O jornalista e historiador Rodrigo Vianna cunhou a expressão neolacerdistas para os tucanos.
Há provas incontestáveis disso nos discursos e práticas dos tucanos. Álvaro Dias, por exemplo, é mestre na prática.
Os tucanos são hoje uma oposição sem projeto político para o país (ao menos para a parcela de trabalhadores do país que há 12 anos não tinha acesso sequer ao mercado de consumo de alimentos). O programa dos tucanos se resume em estimular o ódio ao PT, como Lacerda fazia com Getúlio Vargas no combate ao governo trabalhista. Os meios também são os mesmos, o uso combinado e afinado do discurso único dos principais porta-vozes do partido reverberados, endossados e por vezes pautados pela mídia monopolista. Tucanos e as famiglias midiáticas do Brasil são rua de mão dupla.
Dia a dia buscam minar a estabilidade do país sem se preocupar ao menos em não adulterar charges ou reproduzir notas falsas de instituições públicas, ou publicar spam em primeiras páginas do jornais. Tudo para estimular o ódio contra o seu maior adversário, o PT, e espalhar dezenas de preconceitos nos discursos televisivos ou nas redes, como fizeram durante a copa, como fizeram contra o Mais Médicos, como fizeram contra o Bolsa Família, como fizeram com o ENEM, com o Minha Casa Minha vida e com tantas outras políticas públicas dos governos petistas (não apenas os federais).
Um exemplo explícito do neolacerdismo tucano é um tweet de José Aníbal, poucos dias antes do pleito eleitoral:
Por vezes, fico pensando se estes senhores não se envergonham de ficarem à direita do Clube Militar.
Até mesmo o Clube Militar que até hoje comemora o Golpe Militar como “Revolução Redentora” aceitou o veredito das urnas. Os tucanos não e continuam a estimular uma massa de eleitores movida pelo ódio, pela desinformação e preconceitos que, como na Copa, nos envergonham internacionalmente.
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