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Redes, ruas e eleições: as disputas de narrativas para o Brasil não retroceder e continuar mudando

30 de Agosto de 2014, 13:04 , por Desconhecido - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Em nova pesquisa eleitoral Dilma e Marina estão empatadas.  Ainda acho que os números das intenções de voto de Marina estão muito inflados, já que o Data Folha não esperou nem achar os pedaços dos corpos de Eduardo Campos e equipe destroçados num avião comprado por Eduardo Campos para a campanha num processo cheio de ilegalidades e não declarado na Justiça Eleitoral para registrar a pesquisa eleitoral, lançando Marina a candidata para disputar as eleições.

De todo modo chama a atenção a nova pesquisa divulgada ontem. Alguns dados da pesquisa que nos revelam coisas interessantes:

Várias coisas me chamam a atenção na pesquisa do DataFolha “vamos lançar um ex-petista pra derrubar o PT do poder”:
Marina perde feio na Região Norte, a sua região. Em 2010, ela perdeu de lavada em seu próprio estado.

Marina vence Dilma no coração do agronegócio, a região Centro-Oeste, o que nos mostra que o discurso de ‘sustentabilidade’ de Marina é pra inglês ver. Marina se mostra uma terceira via, atalho pra ruralistas.
Marina perde feio no Nordeste, a região que foi transformada pelos governos Lula e Dilma. Marina e Dilma empatam na região Sul.
Marina vence no Sudeste, a região que concentra o capital internacional, São Paulo governada por tucanos há duas décadas está na contramão do restante do país, aqui a desigualdade aumentou, os mais ricos hoje a cada 100 reais produzidos se apropriam de 20 e há 20 anos se apropriavam de 13,00.
Marina, seus assessores neoliberais, os bancos que não apenas financiam sua campanha, mas ditam seu programa de governo, seu discurso despolitizador negando a sociedade de classes que vivemos, igualando Chico Mendes a Neca Setubal, herdeira do Itau é o  atalho mais curto para que os pobres percam tudo que conseguiram na última década. Como diz Azenha esta é uma eleição decidida por banqueiros, caso os eleitores de bom senso e que desejam um país menos desigual fiquem assistindo a tragédia com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar

É ainda um texto de Azenha desta semana que merece ser lido. Há alguns anos repito isso em minhas palestras pra todos petistas que acham que a Democratização das comunicações era uma bandeira sem importância e não crucial aos governos petistas. Quando vários deles diziam que a Internet era a salvação eu lhes dizia que este monopólio também estava na rede, porque o monopólio não se dá apenas nas concessões, mas na distribuição das verbas publicitárias. O texto de Azenha deveria ser lido e compreendido pelo coração da campanha de Dilma

Entendam como funcionam as redes, em especial a principal rede dessas eleições: o Facebook:
1) Como é que uma tv Revolta tem quase 4 milhões milhões de likes (mais do que qualquer candidato que concorre às eleições 2014)?
Resposta: Durante mais de um ano a direita investiu nisso, pagou os posts desta página para o Facebook, contratou pessoal de marketing para mantê-lao Facebook, foi ganhando espaço, aparecendo no feed (na página inicial) de todos vocês.

2) A direita tem inúmeras páginas de ataques aos candidatos de esquerda, páginas racistas, homofóbicas, páginas que espalham o ódio oficiais e oficiosas. Todas as vezes que vocês entram nas páginas da grande mídia, ou nas oficiosas e comentam (ou compartilham mesmo que seja para denunciá-las), vocês fazem com que estas páginas medonhas subam suas mentiras e preconceitos para toda a sua rede, vocês, involuntariamente, tornam-se  propagadores dessas porcarias.

3) Ruas e redes estão conectadas, todo mundo tem um celular nas mãos com acesso à rede, do sertão nordestino às periferias dos grandes centros. Assim, para a verdade circular é preciso marcar posição, é preciso interagir na rede e nos lugares que a verdade se encontra, que os fatos estão.

4) É preciso entender o real papel das redes sociais e a capacidade de espalhar verdades ou mentiras.

5) Se cada um que entende o risco despolitizador que vivemos e vê a necessidade de reestabelecer a racionalidade no debate político na conversa com parentes, amigos, vizinhos, no ônibus, metrô, supermercado, deve agir nas redes. As redes como as ruas são feitas de pessoas.  Curtindo, compartilhando e comentando páginas com boas informações vocês se tornarão divulgadores de coisas positivas nas redes. Portanto, é tarefa politizadora curtir, compartilhar,  comentar a blogosfera progressista: BlogMaria Frô, Viomundo, Rodrigo Vianna…, as páginas de revistas progressistas como a Fórum, o Brasil de Fato, a Carta Maior, a Caros Amigos, a Carta Capital, as redes de apoiadores de projetos progressistas: Esquerda Festiva, Perifa Livre, Lata d’agua, Falando a Verdade, Politica no Face, Soldadinho de Chumbo e tantas outras que sem perder a capacidade crítica, politizam o debate. Há também as páginas de campanha como o  Muda Mais, a página dapresidenta Dilma e do Partido dos Trabalhadores

6) É preciso entende que o desafio dos que pensam na rede não é falar, é ser lido, ser ouvido. Há inúmeras páginas e perfis que não espalham bobagens, mas se vcs não curtirem, não compartilharem elas não serão vistas. Lembrem-se, do que está em risco e encontrem ânimo pra transformar as redes num espaço efetivo de debate.

7) Vocês podem fazer de suas páginas um megafone da verdade, curtam, comentem, compartilhem boas informações.

8) Há boas maneiras de se falar com os jovens, tentem ouvi-los, argumentar. Usem do humor, é preciso politizar a discussão e sair do campo das ofensas e da despolitização que só serve aos oportunistas da direita e a seu serviço.

9) Não criminalizem os movimentos sociais, isso a direita faz com maestria, não tentem silenciar aqueles que fazem críticas legítimas, ouçam e argumentem. Se a direita volta ao poder pela via direta ou pelo atalho da falsa terceira via, são os banqueiros que virão rapinar o Estado reconstruído às duras penas ao longo desses doze anos. Todos perderemos. Mas os pobres perderão ainda mais.

10) As pessoas de bom senso e que prezam a democracia tem um mês pela frente, é bastante tempo. O que temos para defender é vital. São conquistas imensas que eu poderia gastar muitos posts descrevendo, mas centro em algumas delas:

A polícia federal realizou durante todo o governo FHC 48 operações, nenhuma consequência porque o Procurador Geral da República engavetava todas as denúncias, o governo do PT tornou a PF republicana ao todo durante governo Lula e Dilma a PF realizou 1.273 operações e prendeu 15 mil malfeitores.

Inclusão social

A inclusão sob os governos Lula e Dilma são imensas: Durante o governo FHC a queda de desigualdade Social foi de 2,2%, nos governos do PT a queda foi de 11,4%, a taxa de pobreza em uma década saiu de 34% do último ano do governo de FHC (2002) para 15% em 2012 e ela já caiu mais. A de extrema pobreza que era de 15% em 2003 caiu para 5,2% em 2012.

Em 12 anos, 42 milhões de pessoas saíram da miséria e 38 milhões de pessoas ascenderam à classe C.  Só o programa Brasil Sem Miséria, do governo de Dilma Rousseff em 4 anos retirou 22 milhões da extrema pobreza.

Isso só foi possível porque políticas públicas e investimento em infra estrutura e na recuperação do Estado puderam enfrentar a pior crise da história do capitalismo sem desempregar, ao contrário, gerando emprego.

Enquanto no governo FHC a taxa de aumento de produtividade foi de 0,3%, nos governos petistas alcançou um aumento de 13,2% . A produtividade pode ser vista na balança comercial: as exportações saltaram de 60,3 bilhões em 2002 para  242 bilhões em 2013. O Risco Brasil em 2002 era de 1.446 e em 2013 caiu para 224. Se pegarmos dois setores produtivos as comparações novamente são impressionantes. Vamos a elas: indústria automobilística produziu em 2002 – 1,8 milhões de veículos em 2013, 3,7 milhões. Podemos exigir que se produza trens, mas não podemos falar em crise com esses números. E se pensarmos na agricultura? A safra agrícola de 2002 atingiu o patamar de 97 milhões de toneladas, em 2013: 188 milhões de toneladas

Enfrentando a crise mundial sem desempregar e desenvolvimento o país

Como é que se pode falar em crise econômica com os dados dos governos Lula e Dilma comparados aos de FHC? Vamos a mais alguns deles?

Lula e Dilma juntos geraram mais de 20 milhões de posts de trabalho durante seus governos o que dá em média quase 2 milhões de novas vagas por ano, para ser mais precisa: 1.700.000 vagas de empregos ao ano. FHC em 8 anos gerou 5 milhões, uma média de 627 mil empregos por ano. Por isso a taxa de desemprego em seus melhores índices durante o governo de FHC era de 12,2%. Dilma atingiu índices suecos:  5,4% e houve meses que a taxa chegou a ser menor, como maio de 2014 que chegou a 4,9%. Essa é uma situação tida pelos analistas como de pleno emprego, quadro que os países desenvolvidos lutam para alcançar depois que o neoliberalismo desempregou 62 milhões de pessoas com a crise de 2008 que levou a Europa quase à bancarrota e fez grandes estragos nos EUA.

O salário de fome no período FHC era de 200 reais, correspondia a  86,21 dólares. Nos governos petistas o salário mínimo teve crescimento de mais de 70%. Hoje, o salário mínimo é de a 724 reais, equivale a  305,00 dólares  e compra mais que duas cestas básicas (produtos desonerados de impostos pela presidenta Dilma Rousseff).

As empresas reduziram pedidos de falência: durante os dois governos de FHC  25.587 empresas por ano pediam falência, que caiu para 5.795 nos governos petistas.

Pobre hoje viaja de avião para escândalo das elites que em aeroportos ampliados e modernizados por Dilma compraram em 2013 100 milhões de passagens aéreas contra 33 milhões em 2002.

A taxa Selic  de juros acumulados no governo Dilma dá banho até no do governo Lula, eu peço que vocês vejam a mudança no próprio site da Receita Federal vão lá e comparem ano a ano mês a mês de 1995 a 2014, ou seja durante os dois governos de FHC, os dois de Lula e o primeiro governo de Dilma.

O BNDES, o Banco que seja no setor público ou privado investe no desenvolvimento econômico do país tinha em 2002 lucro de 550 milhões, em 2013 saltou para a casa dos bilhões: 8,15 bilhões Os dois bancos estatais do Brasil que FHC embora tenha tentado sucatear para dar aos banqueiros privados saíram da casa de 2 bilhões em 2002 para um lucro de 15,8 bilhões em 2013; a CEF seguiu na mesma linha: em 2002 seu lucro foi de 1,1 bilhões e em 2013 seis vezes maior: 6,7 bilhões.

O PIB brasileiro, outra tecla ininterrupta de desinformação na mídia bandida: em 2002 era de R$ 1,48 trilhões, em 2013: R$ 4,84 trilhões. O mesmo se dá para a renda per capita que aumentou mais de 300%: ou seja em 2002 era de 7,6 mil e em 2013 saltou para 24,1 mil. Lembrando que a desigualdade diminuiu (menos em São Paulo, onde tornou-se ainda mais concentrada com os sucessivos governos do Estado mínimo para os pobres e máximo para ricos).

E quanto a dívida líquida do setor público? É um verdadeiro milagre. Vejam, FHC vendeu quase tudo: Vale, setor elétrico, telefonia, a privatria tucana produziu miséria, desmantelou o Estado, baixou a indigência os serviços públicos, as universidades sem dinheiro para manter o básico quem dirá a pesquisa e mesmo assim deixou o país com uma dívida pública de 60% do valor do PIB em 2002. Como que um presidente vende quase que o país inteiro e não sana as dívidas públicas? Digo que é um verdadeiro milagre, pois com todos os investimentos feitos em políticas sociais e infra-estrutura no país de ferrovia a hidrelétricas, os governos petistas de Dilma e Lula poderiam justificadamente terem endividado ou Estado, mas ao contrário disso em 2013 a dívida pública caiu quase a metade e está girando em torno de 34%.

Enquanto o governo de FHC ficou de joelhos para o capital internacional, devia para o FMI, Lula pagou a dívida do FMI e hoje somos credores do FMI, emprestamos para o FMI, Dilma criou um banco internacional com os Brics que muda completamente o tabuleiro mundial. O banco começa com um contingente de 100 bilhões

Quando FHC deixou a presidência da República os investimentos estrangeiros diretos no país estava na casa de 16,6 bilhões de dólares. Em 2013 foram 64 bilhões de dólares. As reservas internacionais do Brasil eram em 2002  37 bilhões de dólares, em 2013 são dez vez mais:  375,8 bilhões de dólares.

Saímos da 15ª economia do mundo para a 7ª posição. A média anual inflacionária durante o governo de FHC, daquele que diz que inventou o real (Itamar Franco o fez) era de 9,1%. Nos governos petistas a média é de 5,8%, com meses de inflação zero como foi em julho de 2014.

A Petrobras tão atacada na mídia concentrada a serviço do neoliberalismo valia 15,5 bilhões e FHC tentou de tudo para privatizá-la, não conseguindo porque os petroleiros em 1995 ocuparam as refinarias por mais de 30 dias, defendendo o patrimônio do povo brasileiro até mesmo sob ameaça do exército invadir as refinarias.

A Petrobras hoje, mesmo com todos os ataques da oposição em parceria com a mídia concentrada, vale 104,9 bilhões no mercado, e extrai 505 mil barris por dia do melhor petróleo do mundo: o pré-sal, cujos fundos vão, assegurados por lei, pra educação e saúde. A média do lucro da Petrobras durante o governo FHC era de 4,2 bilhões e insisto, ele fez de tudo para privatizá-la e não transformar em nada e ampliar a dívida pública do Estado, nos governos petistas, este patrimônio do povo brasileiro  gera de lucro em média  25,6 bilhões por ano.

E há mais, muito mais, mas vamos às políticas públicas:

Programas Sociais que vem mudando realidades de exclusão seculares

Nem vou falar do Bolsa Família o programa social mais barato para o Estado e quem vem promovendo a permanências de crianças antes em risco social e hoje que batem recorde na frequência escolar. Que vem contribuindo para a diminuição da mortalidade infantil ao vincular o programa às consultas de pré-natal e à vacinação em dia. A taxa de frequência é maior que 96%, maior que a de todas as crianças sem vínculo com o programa. A mortalidade infantil em 2002 era de 25,3 em 1000 nascidos vivos; o Brasil, sob os governos Lula e Dilma, atingiram três anos antes as metas dos desafios do Milênio estabelecidos para 2015! Em 2012 morrem menos de 13 em 1000 nascidos vivos. Lula e Dilma reduziram a mortalidade infantil em 50%.

A pirâmide etária do Brasil mudou, se antes na década de 1970 a nossa base era de crianças e adolescentes, hoje  a maioria da população está na faixa de 20 a 39 anos. A pressão por formação profissional e por universidades é muito maior. Os governos Lula e Dilma investiram pesadamente na inclusão de jovens nas universidades, na criação de universidades e escolas técnicas e nos investimentos para a pesquisa.

Vamos aos dados? PROUNI hoje corresponde a 1,2 milhões de bolsas para jovens que representam a primeira geração da família a entrar num curso superior, associado ao FIES que financia os estudos universitários de 1,3 milhões de pessoas.

O Ciências sem Fronteiras  beneficia  100 mil estudantes universitários ainda na graduação para intercâmbio em universidades estrangeiras.

Como se isso fosse pouco, enquanto no governo de FHC as universidades mal tinham recursos para pagar a conta de luz e hoje pesquisam genoma dos peixes do Rio São Francisco, Lula e Dilma juntos criaram 18 universidades federais, regionalizaram-nas com mais de uma centena de campis espalhados no interior do país.

Quando se trata de Escolas Técnicas a comparação é com o Brasil pós- Cabralino, já que durante os 8 anos de FHC nenhum tijolo foi assentado para construir nem universidades nem escolas técnicas. D. Pedro II criou um colégio no Rio que leva o seu nome, houve investimentos no período getulista, mas até 1994, o Brasil contava com 140 escolas técnicas em todo o território nacional.  O governo do PT criou nada mais nada menos de 214 escolas técnicas no Brasil em 12 anos.

O PRONATEC já capacitou  6 Milhões de trabalhadores para atender demandas cada vez mais urgente de mão-de-obra especializada.

O Luz para todos do presidente Lula que beneficiou 10 milhoes de famílias levou energia lá pras bandas do sertão onde viveu minha avó, onde durante as férias experimentávamos como era viver no século XIX com luz de candieiro. Mas não foi só isso, Lula levou o século XX até mesmo para áreas periféricas de São Paulo, recuperem, por favor, uma reportagem de Luiz Carlos Azenha, feita para a  TV Record em 2010, que mostra que precisou de um presidente como Lula para que pobres na periferia de São Paulo pudesse ter uma geladeira.  Aliás, ao final do governo FHC eu comprei um no break para poder terminar um livro tal foi a quantidade de vezes que a energia acabou em casa sem aviso prévio e me fazia perder tudo no computador. A capacidade Energética do país em 2001 era de 74.800 MW, em 2013 quase dobramo: saltou para 122.900 MW

Dilma foi a presidenta que mais creche construiu, a ponto de prefeitos tucanos fazerem a ela elogios rasgados, reconhecendo seu republicanismo ao destinar verbas federais para que os municípios ampliassem o atendimento às creches. Foram construídas  6.427 creches, quase 500 mil só no governo Dilma.

O Minha Casa Minha Vida, iniciado no segundo governo Lula e continuado no governo Dilma já beneficiaram 1,5 milhões de Famílias, até mesmo lideranças bastantes críticas ao PT reconhecem isso.

O governo Dilma criou sob a batuta do ministro Alexandre Padilha, hoje candidato ao governo de São Paulo o maior programa de provimento de médicos da história do país. Já temos 50 milhões de brasileiros beneficiados nas periferias dos grandes centros (São Paulo é o estado que mais absorveu os médicos deste programa)

Os gastos públicos anuais com saúde saltaram 2002 28 bilhões em 2002 (e não se esqueçam que FHC tinha reservado só para a saúde sem precisar tirar um centavo do orçamento da união cerca de 40 bilhões de CPMF que não eram diretamente investidos na saúde).

Lula mesmo com a criminosa manobra da FIESP, tucanos e mídia bandida a serviço da privatização da saúde que acabaram com a CPMF investiu pesadamente em saúde. O governo Dilma só em 2013, investiu diretamente 106 bilhões.

A geração jovem marineira não é de direita, é despolitizada, é preciso dialogar com ela e mostrar as contradições

Os jovens que votam hoje e informam e influenciam seus pais com o que recebem nas redes não sabem o que foi viver no governo FHC, não fazem ideia das amplas transformações listadas nos itens anteriores, não entendem que o Estado Mínimo de FHC significou ausência de políticas públicas para os mais pobres, para os que mais precisam do Estado e significou recessão econômica. Não entendem que só estão na universidades porque Lula e Dilma ou a construíram nos lugares mais distantes do país ou com programas como Prouni onde São Paulo abocanha grande parte permitem que esses jovens da nova classe C possam cursar o ensino superior.

Eles querem mais, mas eles não sabem o que significa concretamente o neoliberalismo que Marina acena com força ao dar maior poder a bancos privados e aos sinalizar para a mídia e a direita que vai sim tirar recursos do Estado voltado para políticas públicas que começa a criar o Estado de bem estar social iniciado pelos governos petistas.

O grande problema do jovem despolitizado é que ele acha que com Marina o que deseja ocorrerá. A despolitização imensa do país, permite a Marina igualar Chico Mendes a Neca Setubal como se não vivêssemos em uma sociedade de classes, com conflitos de interesses, com relações desiguais de poder, como se não houvesse qualquer contradição entre o agronegócio que ceifou a vida do sindicalista Chico Mendes e a herdeira do banco Itaú, banco este que, em 3 anos, desempregou 16 mil pessoas e está no coração e no cérebro da campanha de Marina.

O desafio é mostrar a esses jovens que Marina não é a terceira via que tanto almejam, Marina é um atalho curto para que o poder financeiro, ruralista e midiático novamente ditem as políticas excludentes das elites que sugaram a população deste território desde a colonização.

E só é possível fazer isso politizando o debate e não fugindo dele. Mostrar as contradições imensas nos discursos de Marina que além da infidelidade partidária, muda de ideia e opinião de acordo com os ventos do poder.

que ao mesmo tempo em que fala de sustentabilidade foi a ministra de Lula que deu a licença para a construção da hidrelétrica de Jirau, alvo de críticas de ambientalistas.

Jovens eleitores de Marina que compraram o selo “sustentabilidade” não devem saber que a candidata que critica hidrelétricas (embora aprove licenças) e já disse que a energia mais limpa do planeta que é a gerada por hidrelétricas é ruim, agora fala em energia nuclear!

Os recém- marineiros não sabem que no embate entre Natura e povos indígenas, Marina ficou ao lado da Natura. A Natura é ré numa ação movida por povos indígenas e Ministério Público Federal. Como bem disse no debate da Band Luciana Genro, Dilma e Levi Fidelix, este desnudou o discurso sabonete de Marina: não se pode servir a dois senhores, Marina. 

O governo Dilma é sim um governo desenvolvimentista. Lula e Dilma acreditam que é preciso desenvolver economicamente o país, gerando e distribuindo riquezas. E eles fizeram isso. Eu arrolei alguns números para mostrar isso. Claro, todos sabemos, que o Brasil precisa de mais distribuição de renda, de melhores serviços públicos. Mas que jovem sabe na ponta da língua que Dilma e Lula mais que dobraram o número de escolas técnicas das que existiam no país começadas por D. Pedro II, impulsionadas por Getúlio e sucateadas durante o governo FHC como de resto fez com toda a educação?

A ‘terceira via’ de Marina a cada discurso é ainda mais neoliberalizante que a candidatura de Aécio. Aliás eu acho Marina Silva uma candidatura ainda mais danosa, pois, ao menos os tucanos cada vez mais assumem um governo reacionário, excludente, contra políticas sociais como faz . Álvaro Dias ao chamar o bolsa família de “Bolsa Esmola” é um exemplo disso. Marina se aproveita de um desgaste do PT que nunca enfreou a mídia bandida e deixou que ela criminalizasse políticos e governos petistas, para como ex-petista servir aos interesses mais carniceiros do capital. Marina surfa no caldo despolitizador de responsabilidade de toda a esquerda que abandonou a formação política da juventude, num país onde a disputa simbólica é feita 24 horas por dia pela direita nas tvs, rádios, portais da redes e contas pessoais de reacionários babões que recuperam até mesmo o discurso da guerra fria com a chegada de médicos cubanos no país!

Por isso não há saídas para enfrentar a despolitização dos que acham Marina algo novo que não fazer política nas ruas e nas redes. Os compromissos de Dilma tem de ser claros, demarcando o campo de classe, capazes de mobilizar as forças progressistas deste país, os politizados desiludidos com as concessões dos governos petistas.


Fonte: http://mariafro.com/2014/08/30/redes-ruas-e-eleicoes-as-disputas-de-narrativas-para-o-brasil-nao-retroceder-e-continuar-mudando/

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