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April 3, 2011 21:00 , von Unbekannt - | No one following this article yet.
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PSDB tem insistido nas investigações, mas foram Serra, Alckmin e Covas que deram dinheiro público ao laboratório de doleiro

May 2, 2014 15:12, von Unbekannt - 0no comments yet

Governo FHC fechou três contratos com Labogen, suspeito de servir para lavagem de dinheiro, quando José Serra era ministro da Saúde. Covas e Alckmin também contrataram empresa de doleiro em SP.

O deputado federal Renato Simões (PT-SP) apresentou um requerimento na Câmara dos Deputados para solicitar informações sobre três contratos fechados entre o Labogen, laboratório suspeito de servir de fachada para operações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por parte do doleiro Alberto Youssef, e o Ministério da Saúde entre 1998 e 2002, durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e do então ministro José Serra (PSDB). O deputado cobra ainda informações sobre contratos firmados entre a Labogen e o governo do estado de São Paulo nas gestões de Mário Covas (1995-2001) e Geraldo Alckmin (PSDB, 2001-2006, 2011-2014), junto à Fundação para o Remédio Popular do Estado de São Paulo.

Será que veremos notícias sobre a lavagem de dinheiro dos contratos da Labogen durante o governo FHC com Serra ministro da saúde? Será que a denúncia ocupará durante meses as manchetes dos jornais? Reinará em horário nobre na Globo? Será que os deputados tucanos vão pedir CPI?

Serra é convidado à Câmara para explicar contrato com laboratório de doleiro

Por Diego Sartorato, da Rede Brasil Atual

01/05/2014

Governo FHC fechou três contratos com Labogen, suspeito de servir para lavagem de dinheiro, quando José Serra era ministro da Saúde. Covas e Alckmin também contrataram empresa de doleiro em SP

ELZA FIÚZA/ARQUIVO ABR
Serra
PSDB tem insistido nas investigações, mas foram Serra (foto), Alckmin e Covas que deram dinheiro público ao laboratório

São Paulo – O deputado federal Renato Simões (PT-SP) apresentou um requerimento na Câmara dos Deputados para solicitar informações sobre três contratos fechados entre o Labogen, laboratório suspeito de servir de fachada para operações de lavagem de dinheiro e evasão de divisas por parte do doleiro Alberto Youssef, e o Ministério da Saúde entre 1998 e 2002, durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002) e do então ministro José Serra (PSDB). O deputado cobra ainda informações sobre contratos firmados entre a Labogen e o governo do estado de São Paulo nas gestões de Mário Covas (1995-2001) e Geraldo Alckmin (PSDB, 2001-2006, 2011-2014), junto à Fundação para o Remédio Popular do Estado de São Paulo.

Além de solicitar informações, Simões redigiu ainda convite para que Serra vá à Câmara explicar a relação entre sua gestão e o laboratório – como não é mais autoridade pública, Serra não pode ser convocado e, se preferir, pode negar o convite. Os requerimentos devem ser votados na sessão da próxima terça-feira (6).

A Labogen está sendo investigada pela operação Lava Jato da Polícia Federal, que flagrou diálogos do deputado federal André Vargas (PT-PR) que indicam que ele faria lobby pela empresa junto ao Ministério da Saúde durante a gestão de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo. Segundo a PF, a Labogen buscava contrato de fornecimento de matéria-prima para medicamentos com o Ministério com o objetivo de mascarar remessa de dinheiro para fora do país; dos cinco projetos apresentados pela empresa, no entanto, quatro foram descartados imediatamente pelo ministério, e o último não teria condições técnicas de ser firmado, segundo afirmou Padilha ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (28).

“A Labogen não tem contratos com o Ministério da Saúde desde o final do governo Fernando Henrique. Se existe algum vínculo entre o laboratório e o lobby no ministério da saúde, isso ocorreu com o ministro José Serra. A Labogen está sendo usada para atingir a reputação do Padilha de forma absolutamente irresponsável”, afirma Simões. Segundo o deputado, o objetivo dos requerimentos é avaliar se os serviços contratados junto ao Labogen por R$ 31 milhões pelo então ministro Serra e por R$ 5 milhões pelos governos do PSDB no estado de São Paulo foram, de fato, cumpridos. “Como a Fundação do Remédio Popular também recebe dinheiro do ministério, é nosso papel fiscalizar se houve desvio desses repasses”, afirma Simões.

Para levantar os dados, o deputado pretende acionar o próprio Ministério da Saúde, a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União.



Celso Athayde sobre UPPs, segurança pública, drogas, desigualdades e a morte na favela que não tem o mesmo valor de uma vida no asfalto

May 1, 2014 4:45, von Unbekannt - 0no comments yet

Para além dos macacos, das bananas, das celebridades e subcelebridades, para além do discurso fácil.

UPPs em seu Facebook

27/04/2014

Não dá para negar a importância das UPPs. Não dá para negar que ter segurança nas favelas é uma exigência de cada morador de favelas. Não dá para negar q o tráfico é um vespeiro e que eles reagiriam.

Hoje vejo os mais diversos discursos da teoria da conspiração, atribuindo ao Garotinho a orquestração do crime no Rio. Como se isso fosse possível, como se ele pudesse fazer tudo isso sem que ninguém descobrisse.

Vejo as famílias dos policiais defendendo seus filhos e maridos como se eles não fossem parte de um sistema que os tornam corruptos e vítimas dessa lógica. Mas se fossem meus parentes eu também os defenderia e teria razões para isso, eles são vítimas do crime e da sua própria corporação.

Vejo os favelados se manifestarem e serem acusados de falar em nome do tráfico e até de receber dinheiro do tráfico para fazer isso ( eu digo: nunca ouvi falar disso na vida ).

Vejo o tráfico resistindo e vai resistir, e os moradores não sabem o que fazer . Claro, eles não sabem quem vai vencer essa queda de braços. Mas todos sabem ou deveriam lembrar o que todos os moradores disseram quando entraram os policiais das UPPs nos primeiros dias ( que estão felizes) . Mas depois de verem as bocas de fumos funcioando em todas, absolutamente todas as favelas com UPPs, eles não têm mesmo razão para se sentirem seguros.

Concordo com o Beltrame quando diz que a prioridade não é o tráfico, mas a redução de danos a vida. Sim, mas se tem tráfico, tem traficante. Se tem traficante tem dinheiro, se tem dinheiro tem corrupção e aí, amigos, tem a opressão e o medo, pois cada morador sabe exatamente a quem deve respeitar ou temer e quando a noite chega, todos os gatos são favelados.

Tenho escutado falar que existe uma orquestração para desestabilizar as UPPs. Será ? Porque então esses problemas são pontuais em 5 favelas no máximo? Quando temos mais de 30 unidades? Lembrem-se que 90% das favelas ocupadas são de uma única facção?

Negar o esforço do Estado é injusto, negar o esforço de muitos policiais, é injusto, negar que policiais estão extorquindo todos os dias e fazendo cavalos de tróia nas favelas para arrumar um dinheiro, simulando e forjando, é ingenuidade.

Parece que está tudo no seu lugar , que tá todo mundo fazendo seu papel.

Todos os dias ficamos aliviados por sabermos que tiramos mais bandidos de circulação, mas esquecemos de contabilizar quantos fogem ou pagam suas penas e vem para as ruas a cada mês, reingressando no crime, produzindo uma roda gigante de marginais que vão e vem como se fossem uma brincadeira de criança de pega-ladrão.

O tráfico não vai recuar, afinal são marginais e vivem dessas práticas e se todos resolverem procurar emprego, vamos ter outro problema. Pois o número é muito maior do que os cientistas expõem nos jornais. Muito maior…

O crime é silencioso, não tem porta-voz, se manifesta pela força do consumo dos seus clientes externos, são muitos e só crescem. Pela dedicação dos seus clientes internos é um numero tão grande que a favela é auto sustentável a nível de consumo.

Hoje, (domingo, 27/04/2014) morreu dona Dalva, amanhã vai morrer seu Manel. Mas isso não tem a menor importância, exceto para seus familiares, pra nós não. Existe uma D-egeneração G-eneralizada da importância da vida. Estamos aqui correndo atrás do rabo e arrumando um culpado para empurrar a nossa dor. A melhor coisa para alguns é discriminalizar as Drogas e deixar os traficantes migrarem para a pirataria das drogas legalizadas. Assim não assinam mais o 12, que é crime hediondo e assinam o contrafaccionismo que é um crime sem relevância.

Não é aceitável ver nossos heróis , policiais sendo caçados todos os dias ou se prostituindo por uma questão de sobrevivência. Como acontecem nos DPOs ( Destacamentos de Policia Ostensiva ) como acontecia até a pouco tempo na Favela da Maré onde o Estado deixava 5 policiais trancados numa casa, sabendo que do lado de fora havia mais de 400 soldados do crime armados. Como esses homens podem cumprir a lei? Como essas famílias podem dormir sabendo que seus filhos e maridos estão tendo que se corromper para viver?

Não existe paz se a guerra é parte do cotidiano. Vivemos uma tragédia que ninguém tem culpa. Quem falar morre, quem questionar morre. Vivemos uma tragédia que a policia dá entrevista de capuz para não ser identificada e quer que os moradores façam acariação com traficantes e assaltantes para provar a culpabilidade dos mesmos.

Vivemos uma fase em que a polícia se associa com criminosos para se tornarem proprietários de favelas e explorar tudo que existe lá dentro como se fossem reis.

Temos mais de 1.200 favelas no Rio, não estou falando das periferias. Estou falando do que o IBGE chama de Aglomerado Sub Normal. E então, achamos que isso acaba num passe de mágica?

Amigos, fazemos no Brasil políticas públicas para as favelas baseadas na experiência dos homens do asfalto, esses fazem pós-graduação no exterior sobre as favelas, nunca sobre o ponto de vista de quem está dentro dela, por maior que seja sua formação. Lemos nos grandes jormais artigos de mestres em literatura, esses discorrem as frases mais intensas sobre as favelas e seus saberes. Nunca lemos os intelectuais orgânicos ou mesmo os acadêmicos das favelas. Logo, a chance de acertar é a mesma que temos se perguntar a um favelado o gosto do caviar. Pois bem, nada aqui é novidade, e todas as frases aqui darão margem a questionamentos, defesas e ataques, tamanha é a mutilação, a gravidade do problema e a intensidade da questão.

Então, meus amigos, vou chorar a morte do DG. Vou também ignorar os comentários atribuídos a ele, a exemplo do outro moço da Rocinha, pois sabemos que o fato de morar ali já os fazem nascer suspeitos.

Vou ignorar o outro rapaz que no dia seguinte morreu com um tiro na cabeça, afinal, a origem dele o condena, o próprio Beltrame deixou escapulir que a morte na favela não tem o mesmo valor de uma vida no asfalto. Mas, na boa. Ainda que ele não tivesse dito nada, nós sabemos há anos disso.

Uma bala perdida é aquela que entra numa janela de um prédio, não importa quantas paredes de barracos ela atravessou até chegar lá. Morar em favela não é esse romance todo que pintam por aí.

Os moradores do asfalto devem pensar antes de acusar os favelados de fazerem as contas do asfalto mais caras porque eles não pagam suas contas, pois os favelados pagam impostos de tudo que compram e esses impostos servem para melhorar a infra-estrutura do asfalto, nunca das favelas.

Do contrário é melhor dar uma carteira de favelado a partir de um cadastro e livrar essas pessoas de todos os impostos que incidem sobre o que consomem.

Por fim, é difícil para todos, inclusive para a imprensa que sabe que não é politicamente correto ir contra os marginalizados oprimidos, mesmo quando eles fazem um monte de besteiras, mesmo nesses casos temos de dizer que se trata de um problema social para não parecer do mal. Mas a imprensa também tem sua responsabilidade histórica nessa glamourização do crime. A mídia sempre romantizou na imagem de bandidos espetaculares como Escadinha, Lício Flávio, só para citar dois.

O crime é mágico, romântico para muitos, inclusive do bicho, das máquinas. As pessoas de bem dizem: “Eles dão o que o Estado não dá”. Essa frase é tão pronta que dá dó de ouvir, afinal, o bandido dá mesmo o quê? Dizem por aí que uma boca de fumo paga a um menor R$ 1,500,00 por semana . Na boa, se fosse até eu ia trabalhar na boca.

É melhor falar o que sabem, ou melhor, dêem espaços para os moradores, mas não para falar de crimes, pois de crime eles estão de saco cheio e sabem que essa desgraça é parte da suas mazelas, que é uma matriz econômica forte da favela …. Xiiiiiiii, fodeu! Falei a palavra chave: economia!

Então, se queremos realmente mexer direito nesse vespeiro, é melhor gerar riqueza na favela, do contrário vamos ficar felizes por morar num país que cresceu e esta em primeiro lugar na economia mundial e só teremos aumentado a distância entre esse Brasil rico e a favela violenta e pobre.

Bom final de domingo a todos.



Basta de racismo, no trabalho e na vida!

April 30, 2014 18:35, von Unbekannt - 0no comments yet
  • Basta de racismo, no trabalho e na vida!

Por: Maria Júlia Reis Nogueira* e Vagner Freitas* CUT

30/04/2014

A banana que um torcedor atirou no jogador brasileiro Daniel Alves, do Barcelona, foi apenas mais um dos atos de racismo contra jogadores negros. A reação do jogador, que descascou e comeu a banana, no entanto, repercutiu em todo o mundo e se tornou uma das notícias mais comentadas nas redes sociais.

Com seu gesto, Daniel Alves contribuiu decisivamente para trazer a tona um problema social e estrutural que buscamos combater todos os dias que é o preconceito racial entranhado no futebol e em muitas outras instâncias das sociedades.


MEME adaptado do blog do Braian, a imagem não faz parte do post original.

No futebol isso fica mais claro por causa de gestos como o do espanhol, mas a rotina dos/as trabalhadores/as negros/as que não estão sob os holofotes da mídia, é muito mais perversa e pouco comentada em redes sociais ou matérias de jornais.

No mercado de trabalho, mesmo ocupando 48,2% dos postos, a média salarial dos negros é 36,1% menor que a registrada entre não negros. Ainda que  tenham nível de estudo similar ao dos brancos, os negros perdem na batalha por melhores salários. Um trabalhador negro com nível superior completo recebe na indústria da transformação, em média, R$ 17,39 por hora, enquanto um não negro chega a receber R$ 29,03 por hora, segundo o DIEESE.

Os negros também são as maiores vítimas de assassinatos no Brasil (70%). A  cada três assassinatos registrados no país, dois vitimam negros, segundo o  IPEA.

A escravidão foi substituída por relações de subordinação social por causa do racismo. A falta de emprego e de reconhecimento social fez com que os negros ficassem às margens da sociedade.  

A mensagem que a CUT quer deixar neste 1º de Maio é que preconceito e racismo se combatem com políticas de inclusão, leis punitivas realmente duras e de fácil aplicação e com muita educação. Não podemos tolerar o racismo e a melhor forma de combater o preconceito é acabar com todas as suas manifestações em nossa sociedade.  

*Maria Júlia Reis Nogueira, secretária nacional de Combate ao Racismo,

*Vagner Freitas, presidente nacional da CUT

 



“Um lugar ao sol” ou sobre a elite, a privacidade, a natureza, a naturalização da desigualdade em suas coberturas

April 30, 2014 8:07, von Unbekannt - 0no comments yet

Não tenho muita paciência para o discurso da elite. Há momentos que é inacreditável o que dizem sem a menor cerimônia.
Mas há alguns aspectos neste discurso vazio que me chamaram a atenção neste documentário integralmente feito com a fala de moradores de coberturas das grandes cidades brasileiras, São Paulo, Rio, Recife…

O primeiro deles é a preocupação com a privacidade (quando lhes convêm, porque se for para entrar numa lista vip eles fazem questão de se identificarem como moradores de cobertura).

Há uma moradora que justifica a preocupação com a privacidade porque ela se irrita com o som das panelas da cozinheira e vê a importância de habitar uma cobertura para lhe poupar deste som irritante.

Num país de imensa desigualdade, onde uma das moradoras critica o governo por olhar a violência não como caso de polícia, mas como caso de política da má distribuição de renda, enfim, da imensa desigualdade dos estilos de vida dos que estão em suas torres de marfim e não têm a menor consciência política ou mesmo solidariedade em relação aos que estão sendo retirados de seus barracos pra se construir coberturas, a preocupação com a privacidade ganha mesmo o centro da vida daquelas pessoas.

A desigualdade é naturalizada no discurso desta elite, ela não tem nada a ver com mais valia, com o controle financeiro e dos meios de produção por uns poucos que exploram muitos. Ela é vista como um dado da natureza e, o privilégio desses poucos como uma questão de mérito deles: “Eu tenho uma p´re-disposição de liderança genética’ ou’na sociedade você tem mulheres que andam com bolsa Louis Vuitton e outras com saquinho de plástico na mão“, simples assim, isso não tem nada a ver com as relações sociais e produtivas da sociedade capitalista na qual vivemos. quando questionado sobre o que é poder, a resposta do empresário de boates para políticos, artistas e empresários casados endinheirados, Oscar Maroni, responde: ‘poder é um prazer muito bom’

A segunda coisa que me chama a atenção é o status do jardim e das piscinas nas coberturas, há recorrência no discurso desses moradores de como é importante estar perto do céu, ver a cidade de suas ilhas, ter seus jardins privados, seus aquários gigantes com cascatas, suas estátuas de cachorro…

A terceira a preocupação de se mostrarem ‘cultos’, mesmo que a relação com a academia passe pelo lustro necessário ao estilo de vida dos moradores de cobertura: “o direito é meu hobby”. Em sua auto-imagem a elite brasileira se mostra amantes das artes, ‘politizada’, com capacidade de liderança, assistencialista. Alguns mostram um lampejo de consciência social “pô velho, onde eu vivo (a cobertura) não é a realidade do Brasil”.

A última é como eles são pavões, a ponto de não perceberem as leituras críticas que os espectadores farão de suas falas. Eles se dizem ‘humildes’, mas se as nuvens cobrirem Marte, eles alugam um avião para furar as nuvens. Eles se sentem superiores por ter o privilégio de olhar o mundo de cima: “nós podemos falar com Deus mais facilmente daqui (da cobertura)”. No entanto, para garantir, trazem a tecnologia de Israel para fazer a segurança de suas coberturas com sensores de movimento por toda casa, com alarmes em todas as portas, transformando suas coberturas num grande panóptico com mais de 50 câmaras…



O jogo sujo de tirar texto de contexto na fala de Lula sobre o julgamento do “mensalão”

April 29, 2014 14:45, von Unbekannt - 0no comments yet

O vídeo abaixo tem pipocado na Internet com a interpretação de que Lula renegou seus companheiros de vida política. E o Jornal da Cultura tucanamente insistiu no erro.

Um amigo querido, Carlos Faraco, com formação linguística, autor de livros didáticos de Língua Portuguesa e Gramática, fez análise de discurso pra desconstruir a narrativa caluniosa e de má-fé sobre a fala de Lula. Reproduzo sua análise e informo, ele não é eleitor do PT:

Por Carlos Faraco, via mail

Quem ouve com a mínima atenção, observa que ele não renega coisa alguma.

O ex-presidente apenas afasta da conversa (“não se trata de gente da minha confiança”) o dado “gente da minha confiança”, que não cabia no desenvolvimento do raciocínio que ele estava para concluir e que a entrevistadora interrompeu.

Como aconteceu no dia a dia com todos nós em nossa comunicação, por exemplo:

“– Paulo, no seu testamento você não pode se esquecer de colocar seu filho único, que….”

–  Não, não. “Não se trata” de meu filho único, trata-se de pensar na divisão correta dos bens.”

Obviamente, no exemplo anterior não se pode afirmar que o pai rejeitou o filho ou vai tirá-lo do testamento. Ele apenas quis dizer que para o raciocínio dele não importava esse dado. Fim.

Foi nessa dinâmica argumentativa, sem sombra de dúvida, que Lula fala “não se trata de gente da minha confiança”.

A interpretação pretendida, para incriminar Lula, neste caso está completamente fora de cogitação. As ilações sobre o caráter dele, construídas a partir dessa interpretação enviesada, são gratuitas e não deveriam se compartilhadas, porque são injustas.