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abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | No one following this article yet.
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Assim como no filme O discurso do Rei, as hesitações de Dilma é que nos contam: ali está um coração valente!

octubre 24, 2014 19:13, por Desconocido - 0no comments yet

DILMA E O DISCURSO DO REI!

Sônia Maria Rodrigues*, especial para o Maria Frô
Goiânia, 23 de outubro de 2014

Mais um debate se anuncia, o de hoje, dia 24 de outubro, a dois dias da finalização das eleições presidenciais deste ano. Muitos outros aconteceram, contabilizando os realizados no primeiro turno e, agora, temos os do segundo turno, protagonizados pelos dois primeiros escolhidos dentre tantos os que disputaram no primeiro turno.

A cada debate que se vislumbra ficamos sempre na expectativa da divulgação das pesquisas, como também da forma como cada um dos candidatos se apresentará, ou melhor, poderia dizer da performance, pelos seus desempenhos na forma de debaterem os temas que comparecem nas perguntas formuladas por eles ou também pelos jornalistas.

Mas, por que relacionar o nome de Dilma, candidata à reeleição pelo PT com um filme projetado há algum tempo nas telas dos cinemas, cujo título em português é O discurso do rei? Então, foi a partir do primeiro debate deste segundo turno, o do SBT, realizado no último dia 14 de outubro, uma terça-feira, que as cenas do filme foram aos poucos comparecendo, na medida em que lia os comentários a respeito da performance de Dilma, de seu desempenho, muito focados em constatações de que ela hesita e gagueja, disseminando, assim, uma ideia de que não foi bem no debate porque não tem boa dicção, eloquência etc. Isso percorre todas as mensagens postadas no facebook, como em vários artigos de Blogs, jornais etc. É justamente nessa constatação que pretendo colocar uma interrogação para assim tirá-la da vala do senso comum na qual ela vem se cristalizando desde as eleições de 2010.

Assim passo para o filme, O discurso do Rei, filme britânico de 2010, escrito por David Seidler, dirigido por Tom Hooper. Em que ele se encaixaria nessa discussão? Ora, é justamente o seu argumento! A história de um homem que fará um discurso importantíssimo para a nação, mas que é assombrado por uma gagueira que lhe acompanha desde a infância. O fato é que não é um homem qualquer, trata-se de alguém da nobreza britânica, o próprio Rei. Alguns dos elementos da história são recolhidos para constituir essa narrativa, pois trata-se do discurso lido pelo Rei George VI, da Inglaterra, em função de um pronunciamento que fez, após ser declarada guerra à Alemanha nazista.

A narrativa é entrecortada por cenas que remetem ao tempo antes da coroação, quando ainda era Príncipe Albert, Duque de York e culmina no dia em que ele lerá o discurso. Nas palavras do personagem, o Rei, ao amigo e “terapeuta” da fala, está a angústia e o medo de não conseguir se pronunciar. Assim ele diz: “quando eu falo é por eles [a nação], mas eu não consigo”. E quem é esse que o acompanha desde o fiasco de um pronunciamento no Estádio de Wembley até ao estúdio montado no Palácio para que ele ali realize a leitura do tão aguardado discurso? É Lionel Longue, ator australiano, morador de Londres, que se torna terapeuta da fala em função de uma demanda de tratamento por soldados traumatizados após o fim da Primeira Guerra Mundial.

O que do filme se pode retirar e conduzir para a bancada onde Dilma se coloca toda vez para debater com seus adversários? Justamente as cenas finais, logo após o pronunciamento, Lionel diz ao Rei que ele havia falado bem, mas que hesitara em algumas letras. A lembrança do filme no momento do primeiro debate foi exatamente a frase pronunciada pelo Rei em resposta à Lionel: “Tive que gaguejar um pouco para que soubessem que era eu!”

A marca da Dilma é essa, a de discursar com hesitações repetidas vezes. Para quem assiste pode ser angustiante, porque ficamos quase lhe completando as frases, dando-lhes palavras mentalmente. Por que não suportar essa condição? Se para nós, ficarmos assim em compasso de espera, por um tempo mínimo que seja, uma fração de segundo, entre uma palavra e outra, é penoso, como será para ela? Por que não pensar que sejam pontuações, ou melhor, as vírgulas que a fazem respirar? Contam que Clarice Lispector reclamava de seu editor quando mexia em suas virgulas, pois ali eram os buracos por onde ela respirava. Podemos também recorrer à Manoel de Barros. Evocar o seu poema Palavras e citar dele um fragmento: “Vem me dizer que eu desestruturo a linguagem. Eu desestruturo a linguagem? Vejamos: eu estou bem sentado num lugar. Vem uma palavra e tira o lugar de debaixo de mim”.

Essas palavras de Manoel de Barros nos ajudam a falar um pouco mais sobre a forma de Dilma, a cada debate, discursar, considerando que nela se constitui um testemunho de um tempo. E por quê? Porque as hesitações entre as palavras ou frases, nos colocam em um tempo de espera e faz com que uma palavra venha por debaixo para tirar o lugar da outra. No caso desse debate do SBT, foram duas as palavras forjadas para desestruturar a forma da Dilma se apresentar: “leviana e mentirosa”. As duas foram vociferadas para que lhe fosse tirado por debaixo o lugar da verdade.

Só que não! De onde viriam tais se abrirmos o retrovisor da história? Não estaria Dilma, ainda que entre hesitações, firme no propósito de testemunhar um tempo passado de ditadura militar e que dele ainda não fizemos a experiência, mas que por isso mesmo dele retornam traços, como que se atualizando nesse processo eleitoral?

Se quisermos ainda narrar a história que nos atravessou no passado, para que que não seja esquecida ou distorcida, de certo modo, teríamos que suportar esse tempo de espera que se abre entre as hesitações de Dilma, marcas de seu dizer, reconhecendo-as como lugares de onde provém a verdade de seu discurso e, ainda, nos encontrando com ela ali, por aqueles buracos, nos humanizando.
Assim como no filme, as hesitações de Dilma é que nos contam: ali está um coração valente! Isso que nos faz ir para as ruas e defender o voto, palmo a palmo, cantando, pintando as ruas de vermelho com as bandeiras tremulantes!

Depois de falar em história e testemunho, não há como não retornar a 1989, em uma zona apuradora de votos, no tempo em que as eleições se decidiam nas mesas apuradoras de cada zona eleitoral. Estava eu em uma dessas, onde se anulavam os votos de Lula por qualquer traço a mais para além dos limites do quadrado em que um “X” ali demarcado indicava a intenção do eleitor. Um repórter me chamou e pediu que desse uma entrevista porque os fiscais do PT sabiam falar melhor. Perguntou, então, o que estava fazendo ali e o que estava achando das apurações. Respondi-lhe, depois de hesitações, alguns balbucios, em cadeia nacional, o seguinte: “Fazendo história para o Lula ganhar”.

Desse modo, quero finalizar esse texto evocando aqui um conterrâneo de Dilma, de sua Minas Gerais, o Carlos Drummond de Andrade. Ele usou do dispositivo de endereçar-se à Cora Coralina, a quem queria demonstrar o seu apreço, através de uma escrita no jornal: “não tendo o seu endereço, lanço estas palavras ao vento, na esperança de que ele as deposite em suas mãos”. As que ele disse à Cora Coralina podem ser encontradas na contracapa de Poemas dos Becos de Goiás e Estórias mais, e as que gostaria de soprar ao vento para que plainem nas mãos de nossa presidenta, novamente candidata são essas: “seja Dilma nesse debate, nosso coração valente! No dia 26 de outubro estaremos fazendo história para Dilma ganhar!”

*Sônia Maria Rodrigues é Professora da Faculdade de Educação da UFG.

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Dilma responde ao submundo do crime, a revista Veja

octubre 24, 2014 14:22, por Desconocido - 0no comments yet

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A tentativa desesperada da Veja de mudar os rumos do processo eleitoral

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A tentativa desesperada da Veja de mudar os rumos do processo eleitoral

octubre 24, 2014 9:28, por Desconocido - 0no comments yet

A tentativa desesperada da Veja de mudar os rumos do processo eleitoral: suas inconsistências e os interesses que a movem

Por Ignacio Delgado, especial para o Maria Frô

24/10/2014

Preso há três meses,o doleiro Alberto Youssef teria declarado,  segundo a revista Veja, exatamente três dias antes das eleições, em depoimento à Polícia Federal, que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção da Petrobrás. Seu advogado, o insuspeito Antonio Figueiredo Basto, de íntimas ligações com Beto Richa, governador do Paraná, do PSDB, diz desconhecer o depoimento (http://www.infomoney.com.br/petrobras/noticia/3654700/advogado-diz-estar-perplexo-desconhecer-depoimento-yousseff-sobre-lula-dilma ; http://mudamais.com/divulgue-verdade/advogado-desconhece-declaracao-de-yousseff-sobre-dilma-e-alerta-para-especulacao ; http://www.viomundo.com.br/denuncias/altamiro-borges-advogado-de-doleiro-delator-e-proximo-de-beto-richa-governador-psdb.html)

Não é tudo muito estranho?  A CPI da Petrobrás e a própria empresa não conseguem acesso aos depoimentos de delação premiada, mas a Veja sim? Como? Como o advogado do doleiro poderia desconhecer estes fatos, considerada as condições de confidencialidade que envolvem a relação entre advogado e cliente? Como um doleiro, cujas atividades são conhecidas desde 1998, no caso do Banco do Estado do Paraná (BANESTADO), condenado em 2004, teria acesso ao Palácio do Planalto? (http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/09/youssef-e-condenado-quatro-anos-de-prisao-pelo-caso-banestado.html)

Só a ingenuidade e a má fé poderiam atribuir credibilidade ao factoide da Veja, um veículo que se tornou a maior vergonha da mídia brasileira, por isto justamente motivo de chacota (http://mudamais.com/divulgue-verdade/desesperodaveja-se-torna-piada-nas-redes-sociais). Divulgada após o anúncio de pesquisas eleitorais que sinalizam para a vitória de Dilma, trata-se de mais um dos golpes que esta revista perpetra contra o jornalismo honesto, com finalidades puramente eleitorais.Provavelmente a reportagem será repercutida no Jornal Nacional, numa dobradinha repetida há anos e testemunhada por jornalistas que deixaram a Globo, para ser explorada até domingo com a finalidade de manipular a vontade do eleitor (http://www.viomundo.com.br/denuncias/como-funciona-venda-casada-entre-revista-veja-e-o-jornal-nacional.html).

É preciso muito discernimento nesta reta final. A grande mídia brasileira tem uma disposição definida de desestabilizar os governos de Lula e Dilma. A ex-presidente da Associação Nacional de Jornais, Maria Judith Brito (2009-2012), assinalava em 2010 que “os meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada” (http://selito-sd.blogspot.com.br/2010/04/maria-judith-brito-e-tambem-presidente.html. Acesso em março 2013.)

estagiario

Um importante estudo acadêmico já revelara as razões de tal disposição: a ligação umbilical da mídia com a capital financeiro, que deu suporte às políticas neoliberais da década de 1990, de abertura comercial e desmonte da estrutura e da ação do Estado (Fonseca, F. O consenso forjado: a grande imprensa e a formação da Agenda Ultraliberal no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2005).  Com Dilma, a indisposição dos bancos e do capital especulativo com o governo chegou ao paroxismo, quando o Banco do Brasil e a Caixa passaram a reduzir seus juros para forçar os bancos privados a fazerem o mesmo. A partir deste momento, publicações como o The Economist e o Financial Times, representantes da banca internacional, colocaram Dilma em sua mira com reportagens diversas contra o Brasil, repercutidas e acompanhadas pela mídia nativa. Trata-se de uma grande orquestração contra os interesses do país, que tem o capital financeiro e os especuladores como núcleo irradiador.

Não custa lembrar que a organização Repórteres sem Fronteiras apontou o Brasil como o país dos 30 Berlusconis, em virtude da monumental concentração da mídia, dominada por algumas poucas famílias (http://es.rsf.org/bresil-o-pais-dos-trinta-berlusconis-os-24-01-2013,43939.html). Além das razões expostas acima, tais grupos acentuaram sua indisposição com Lula porque seu governo descentralizou as propagandas oficiais, dirigindo-as a veículos regionais e municipais, de modo a tentar reduzir a concentração econômica do setor(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o-balanco-dos-governos-lula).

No caso da Veja, há, além disto, interesses mais diretos em sua fúria com os governos de Lula e Dilma. Tal como outros veículos da mídia, a Veja tem sido aquinhoada com generosos contratos com o governo de São Paulo. Todavia, a Editora Abril, dona da Veja, recebe a parte de leão em contratos de fornecimento de material didático, feitos sem licitação(http://namarianews.blogspot.com.br/2014/10/reproduzo-aqui-nova-entrevista-do_3.html ;http://www.blogdacidadania.com.br/2012/04/abril-recebeu-52-milhoes-do-governo-de-sp-e-implica-com-blogs/). Em dificuldades financeiras, por conta de seu perda de credibilidade e do declínio geral da imprensa escrita decorrente da afirmação da Internet, a Editora Abril mira na ascensão dos tucanos ao governo federal sua tábua de salvação, para obter nacionalmente, a doação que recebe em São Paulo, às custas de uma docilidade imensa com os governos e casos de corrupção dos tucanos e uma fúria desmedida contra o PT (http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-balanco-da-editora-abril ; http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/147492/Em-crise-Abril-contrata-novo-presidente.htm)

Abra o olho. Não se deixe enganar.

*Ignacio Godinho Delgado
Universidade Federal de Juiz de Fora – Laboratório de História Política e Social (LAHPS)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento (INCT-PPED)

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A tentativa desesperada da Veja de mudar os rumos do processo eleitoral: suas inconsistências e os interesses que a movem

octubre 24, 2014 9:28, por Desconocido - 0no comments yet

Preso há três meses,o doleiro Alberto Youssef teria declarado,  segundo a revista Veja, exatamente três dias antes das eleições, em depoimento à Polícia Federal, que Lula e Dilma sabiam do esquema de corrupção da Petrobrás. Seu advogado, o insuspeito Antonio Figueiredo Basto, de íntimas ligações com Beto Richa, governador do Paraná, do PSDB, diz desconhecer o depoimento (http://www.infomoney.com.br/petrobras/noticia/3654700/advogado-diz-estar-perplexo-desconhecer-depoimento-yousseff-sobre-lula-dilma ; http://mudamais.com/divulgue-verdade/advogado-desconhece-declaracao-de-yousseff-sobre-dilma-e-alerta-para-especulacao ; http://www.viomundo.com.br/denuncias/altamiro-borges-advogado-de-doleiro-delator-e-proximo-de-beto-richa-governador-psdb.html)

Não é tudo muito estranho?  A CPI da Petrobrás e a própria empresa não conseguem acesso aos depoimentos de delação premiada, mas a Veja sim? Como? Como o advogado do doleiro poderia desconhecer estes fatos, considerada as condições de confidencialidade que envolvem a relação entre advogado e cliente? Como um doleiro, cujas atividades são conhecidas desde 1998, no caso do Banco do Estado do Paraná (BANESTADO), condenado em 2004, teria acesso ao Palácio do Planalto? (http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2014/09/youssef-e-condenado-quatro-anos-de-prisao-pelo-caso-banestado.html)

Só a ingenuidade e a má fé poderiam atribuir credibilidade ao factoide da Veja, um veículo que se tornou a maior vergonha da mídia brasileira, por isto justamente motivo de chacota (http://mudamais.com/divulgue-verdade/desesperodaveja-se-torna-piada-nas-redes-sociais). Divulgada após o anúncio de pesquisas eleitorais que sinalizam para a vitória de Dilma, trata-se de mais um dos golpes que esta revista perpetra contra o jornalismo honesto, com finalidades puramente eleitorais.Provavelmente a reportagem será repercutida no Jornal Nacional, numa dobradinha repetida há anos e testemunhada por jornalistas que deixaram a Globo, para ser explorada até domingo com a finalidade de manipular a vontade do eleitor (http://www.viomundo.com.br/denuncias/como-funciona-venda-casada-entre-revista-veja-e-o-jornal-nacional.html).

É preciso muito discernimento nesta reta final. A grande mídia brasileira tem uma disposição definida de desestabilizar os governos de Lula e Dilma. A ex-presidente da Associação Nacional de Jornais, Maria Judith Brito (2009-2012), assinalava em 2010 que “os meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada” (http://selito-sd.blogspot.com.br/2010/04/maria-judith-brito-e-tambem-presidente.html. Acesso em março 2013.)

estagiario

Um importante estudo acadêmico já revelara as razões de tal disposição: a ligação umbilical da mídia com a capital financeiro, que deu suporte às políticas neoliberais da década de 1990, de abertura comercial e desmonte da estrutura e da ação do Estado (Fonseca, F. O consenso forjado: a grande imprensa e a formação da Agenda Ultraliberal no Brasil. São Paulo: Hucitec, 2005).  Com Dilma, a indisposição dos bancos e do capital especulativo com o governo chegou ao paroxismo, quando o Banco do Brasil e a Caixa passaram a reduzir seus juros para forçar os bancos privados a fazerem o mesmo. A partir deste momento, publicações como o The Economist e o Financial Times, representantes da banca internacional, colocaram Dilma em sua mira com reportagens diversas contra o Brasil, repercutidas e acompanhadas pela mídia nativa. Trata-se de uma grande orquestração contra os interesses do país, que tem o capital financeiro e os especuladores como núcleo irradiador.

Não custa lembrar que a organização Repórteres sem Fronteiras apontou o Brasil como o país dos 30 Berlusconis, em virtude da monumental concentração da mídia, dominada por algumas poucas famílias (http://es.rsf.org/bresil-o-pais-dos-trinta-berlusconis-os-24-01-2013,43939.html). Além das razões expostas acima, tais grupos acentuaram sua indisposição com Lula porque seu governo descentralizou as propagandas oficiais, dirigindo-as a veículos regionais e municipais, de modo a tentar reduzir a concentração econômica do setor(http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o-balanco-dos-governos-lula).

No caso da Veja, há, além disto, interesses mais diretos em sua fúria com os governos de Lula e Dilma. Tal como outros veículos da mídia, a Veja tem sido aquinhoada com generosos contratos com o governo de São Paulo. Todavia, a Editora Abril, dona da Veja, recebe a parte de leão em contratos de fornecimento de material didático, feitos sem licitação(http://namarianews.blogspot.com.br/2014/10/reproduzo-aqui-nova-entrevista-do_3.html ;http://www.blogdacidadania.com.br/2012/04/abril-recebeu-52-milhoes-do-governo-de-sp-e-implica-com-blogs/). Em dificuldades financeiras, por conta de seu perda de credibilidade e do declínio geral da imprensa escrita decorrente da afirmação da Internet, a Editora Abril mira na ascensão dos tucanos ao governo federal sua tábua de salvação, para obter nacionalmente, a doação que recebe em São Paulo, às custas de uma docilidade imensa com os governos e casos de corrupção dos tucanos e uma fúria desmedida contra o PT (http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/o-balanco-da-editora-abril ; http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/147492/Em-crise-Abril-contrata-novo-presidente.htm)

Abra o olho. Não se deixe enganar.

 

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Angelina Anjos: Mulheres, entre a barbárie e os direitos

octubre 23, 2014 19:36, por Desconocido - 0no comments yet

Mulheres – entre a barbárie e os direitos.
No Blog do Paulo Fonteles Filho
22/10/2014

Por Angelina Anjos

A linguagem do sofrimento é menos original do que se pensa e por isso tão abrangente. Na vivência das mazelas perpetradas pela humanidade, todos e cada um acreditam-se idênticos. Talvez seja o motivo da nossa pouca tolerância com a miséria alheia. Isto mesmo, pouco tolerante.

A exemplo, mãe acorrenta o filho para que ele não consuma drogas.

Olhamos e ficamos passivos. Escutamos e não escutamos com semblantes de mentecaptos.

Por outro lado a linguagem do prazer é original. Sexo, política e futebol – isso escutamos. Com o gozo nos olhos e nos lábios. Treinaram nossa escuta, não ligamos o sofrimento da mãe que acorrenta o filho, com o sarcasmo dos barões do tráfico de drogas.

Diante da apreensão pela Polícia Federal de 450 Kg de pasta base de cocaína num helicóptero de um dos correligionários – desses figadais – do tucano Aécio Neves e a ‘naturalização’ dada pela odiosa grande mídia que aqui reforça a impunidade, revelando que seus padrões são sempre muito perigosos, de dois pesos e duas medidas.

O caso expressa que tanto os jornalões, como os batráquios dos programas policiais – desses imundos que dizem que direitos humanos é coisa de bandido – querem mesmo é fazer fuzilaria nas favelas, sempre contra os mais pobres, sempre jovens, negros, habitantes de nossas imensas periferias.

O que eles querem é reduzir a idade penal e, ao invés de escolas, construir cadeiões.

Sinto a dor de suas lamentações e revolta com a impunidade. E a impunidade, caríssimas, têm cifrões.

A era Lula-Dilma, 12 anos de prosperidade social, infelizmente, não chegou às togas e aos salões, nada higiênicos, da justiça brasileira.

A mãe que acorrentou o filho também acorrentou sua própria alma e assim o fez porque, ele solto, morto seria pelo vício, pelo tráfico ou pela polícia.
Não poderia haver amor mais incondicional, desses que nenhum homem entende, até os melhores, de mãe para filho.

Falo isso porque sou mãe, filha, irmã, amiga e companheira de um homem.

E no curso desse sentimento vamos formulando nosso processo feminino, maternal, profissional, sentimental, diante de muitos entraves enfrentando doses cavalares de machismo dentro e fora dos nossos lares.

Somos ainda amordaçadas, traficadas, vítimas de cárcere privado, assassinadas, ocultadas, inferiorizadas e maculadas por concepções do tipo Malafaia que nos secundariza na vida pública, seja nos salários, na representação política e nos direitos.

Mas esse é um período histórico onde as mulheres podem protagonizar um beijinho no ombro do pátrio-poder porque mulher que se preze tem que ter a espingarda de uma Maria Bonita ou a consciência de Bertha Lutz, fundadora da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, de 1922.

Elas estão aqui e dizem aos nossos ouvidos que devemos travar a luta para eleger Dilma porque na governança brasileira não há lugar mais para a misoginia e espancadores de mulheres.

Queremos mais direitos e respeito. A adversidade fez-nos muitas e deixamos de existir como indivíduo, solitárias e passamos a fazer parte de um contingente humano mais numeroso, economicamente forte, heterogêneo e com um protagonismo capaz de assegurar, em boas mãos, os destinos do país. Mas isso só se resolve se entendermos e alastrarmos a nossa participação eleitoral e política.

Temos a tarefa civilizatória de nos ensinar e ensinar aos homens aquilo que Cora Coralina, linda, nos ensinava: “Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”

E decidimos por Dilma!

Créditos da Foto da capa do post: Jornal “Tribuna da Luta Operária”, Fonte Grabois

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