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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Yuri Soares: Muito mais que um rolezinho

23 de Janeiro de 2014, 17:33, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Muito mais que um rolezinho

Por Yuri Soares*, especial para o Maria Frô

Desde o final de 2013 temos acompanhado um crescimento do fenômeno dos rolezinhos e da polêmica que os acompanha.

Os rolezinhos são eventos sociais convocados via redes sociais onde a juventude periférica se encontra em shoppings para diversão, paquera, conversar com os amigos, dentre outras atividades típicas dos jovens.

São Paulo tem sido a capital dos rolezinhos, o que não é surpreendente, pois é a cidade com a maior população e economia do país.

Muita gente errou feio ao analisar este fenômeno, o primeiro equívoco veio dos próprios lojistas, administradores de shoppings e entidades representativas dos comerciantes. Estes, ao analisarem os rolezeiros pela ótica do preconceito social e racial, fecharam as portas literal e simbolicamente a este público que buscava consumir seus produtos e a mística de seus espaços.

Boa parte da classe média, assídua frequentadora destes templos do capitalismo desde sempre, achou que “bárbaros” estavam invadindo seu império, seu espaço artificial de beleza e paz. Boa parte da imprensa neste primeiro momento corroborou esta visão.

De outro lado, impulsionados pela reação preconceituosa dos comerciantes e de parte da classe média tradicional, setores da esquerda começaram a ver um princípio de luta de classes onde não havia nada disto, enxergando uma suposta disputa possível de um movimento basicamente hedonista.

Como sempre, à direita e à esquerda, não faltou moralismo, mensagens como “façam rolezinhos nas bibliotecas” ou criticando a busca por consumo das classes populares foram comuns nas ruas e nas redes sociais.

No entanto, nos últimos dias o que vimos foi uma inflexão do discurso da imprensa, que passou a ressaltar o poder de compra dos organizadores dos rolezinhos e o seus estilos musicais e estéticos.

Quanto ao futuro, os rolezinhos escancaram duas tarefas para a nossa sociedade, a primeira é combater o racismo profundo que trata de forma tão diferentes os rolezinhos das classes populares dos Flash Mobs das classes A e B.

A outra é a necessidade de criarmos espaços de lazer para esta juventude, não na lógica de criar guetos para mantê-los longe, mas para que eles tenham o que a juventude das classes A e B já tem há muito tempo: opções. Os jovens dos rolezinhos vieram pra ficar, e a maior ilusão possível é querer que eles deixem de frequentar os shoppings.

Em uma resposta aos recentes acontecimentos o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que irá abrir os Clubes da Comunidade, administrados pela prefeitura, para a realização de bailes funk e outras festas. O prefeito também vetou na íntegra um projeto de lei que previa a proibição da utilização de vias públicas para realização de bailes funk e demais eventos musicais não autorizados pela Prefeitura.

Estas respostas iniciais do prefeito Haddad são um bom indicativo do caminho que precisamos seguir, oferecendo mais espaços para os jovens e menos falso moralismo, preconceito e repressão.

Precisamos criar em todas as cidades espaços onde a juventude possa se encontrar, se divertir e construir suas identidades e culturas.

*Yuri Soares Franco

Historiador pela Universidade de Brasília – UnB, atualmente é  Secretário-Executivo do Conselho de Juventude do DF.

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O que Alckmin tem a dizer sobre sua polícia sobrepor poderes e jogar uma ação da prefeitura no Lixo?

23 de Janeiro de 2014, 15:22, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Alguém é ingênuo em achar que Secretaria de Segurança Pública desconhece a operação Braços Abertos? Pois hoje à tarde a polícia civil que está sob ordens do governador tucano Geraldo Alckmin invade a região conhecida como Cracolândia, área foco da operação Braços, durante as ações da prefeitura do petista Fernando Haddad. Segundo matéria dos jornais, funcionários da prefeitura ficaram no fogo cruzado de bombas, balas de borracha. Isso foi uma ação no mínimo ilegal, uma clara afronta à primeira tentativa efetiva de tratar os dependentes de crack.

Até onde os tucanos irão pra destruir toda e qualquer ação de Haddad?

O que Haddad pretende fazer como o prefeito que teve seu poder desrespeitado?

O jornalista Bruno Torturra observa: 

Sobre a ação violenta da PM hoje na Cracolândia.

Apurando melhor, a coisa só piora.

Nem a prefeitura, nem a Guarda Civil foram avisadas sobre a ação do governo que ocorreu no início da tarde. A PM começou uma operação para prender usuários. Utilizou bombas e balas de borracha toda vez que havia algum tipo de resistência. Assistente sociais e agentes do programa “De Braços Abertos” foram pegos no meio do fogo cruzado. Agora há pelo menos 8 hospitalizados, vítimas da violência policial.

Funcionários da prefeitura e responsáveis pelo programa, incluso o secretário de segurança da cidade, estão perplexos.

Resumindo: violência física, atropelamento institucional, e sabotagem política clara.

Isso não pode passar batido.

Em ação surpresa, Polícia Civil reprime com bombas dependentes na Cracolândia

Reportagem do ‘Estado’ testemunhou confronto que surpreendeu até secretário de Haddad que estava no local

Por:  Bruno Ribeiro e Laura Maia de Castro – O Estado de S. Paulo

23/01/2014

SÃO PAULO – Policiais do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da Policia Civil, fizeram uma operação nesta quinta-feira, 23, sem comunicar a Prefeitura nem a Polícia Militar, na Cracolândia, região central de São Paulo, palco da Operação Braços Abertos, aposta do prefeito Fernando Haddad para reabilitar os dependentes de crack.

Por volta de 15h, cerca de dez viaturas cercaram os dependentes de crack que não estão inseridos no programa assistencial e estavam concentrados na Rua Barão de Piracicaba. Os policiais civis atiraram balas de borracha e jogaram diversas bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo na multidão, que correu a esmo e revidou jogando pedras. O quarteirão estava lotado de dependentes.

Agentes da Secretaria de Saúde e de Assistência Social, que também não sabiam da ação, ficaram no fogo cruzado. A ação ocorreu pouco tempo depois de policiais civis à paisana terem feito uma prisão de um dependente no local. Nesta primeira ação, uma dependente acabou ferida na cabeça com bala de borracha.

A reportagem apurou que a avaliação inicial da Prefeitura é que o programa Braços Abertos, que contava justamente com a ausência de repressão dos dependentes, foi prejudicada e terá dificuldades para prosseguir.

Estado estava no local na hora da ação e viu a surpresa de guardas-civis, oficiais da PM e até do próprio secretário municipal de Segurança Urbana, Roberto Porto. Hoje completa uma semana que os dependentes que aderiram ao programa começaram a trabalhar e a equipe estava fazendo um balanço do período.

Foi possível testemunhar a prisão de ao menos cinco pessoas que foram também agredidas pelos policias civis ao serem obrigadas a entrar na viatura.

Entre os dependentes, o clima foi de revolta. Muitos gritavam desesperados, chorando diante da ação surpresa. “Que hotel que nada, eles querem é matar a gente”, disse uma dependente grávida que corria da polícia.

A reportagem tentou contato com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, que ainda não se manifestou.

Leia também:

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Nota Pública sobre o Programa Braços Abertos

Haddad trata dependentes de crack como gente: Operação braços abertos

Com a palavra os dependentes do crack atendidos pela Operação Braços Abertos

Documentário sobre a Cracolândia, domingo, não percam!

Documentário: ações higienistas na Cracolândia, SP

Raquel Rolnik: Pinheirinho, Cracolândia e USP: em vez de política, polícia!

Imagens da Proteção, do Bem-estar, da Justiça e da Segurança Pública de São Paulo



Altamiro Borges: 85 ricaços e 202 milhões sem empregos

23 de Janeiro de 2014, 14:40, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

85 ricaços e 202 milhões sem empregos

Por Altamiro Borges em seu blog
A ONG britânica Oxfam divulgou nesta segunda-feira (20) um relatório espantoso, revoltante. Ele revela que o patrimônio das 85 pessoas mais ricas do planeta equivale às posses de metade da população mundial. Segundo o documento intitulado “Working for the Few”, publicado na semana do elitizado Fórum Econômico de Davos, esta reduzidíssima minoria de ricaços têm um patrimônio de US$ 1,7 trilhão, o equivalente às posses de 3,5 bilhões de pessoas do planeta. O relatório ainda afirma que a riqueza do 1% dos bilionários está aumentando e já atinge um total de US$ 110 trilhões, 65 vezes a riqueza da metade mais pobre da população mundial.
Segundo a Oxfam, apesar da violenta crise do sistema capitalista, nos últimos anos a riqueza ficou ainda mais concentrada nas mãos de poucos. “Este fenômeno global levou a uma situação na qual 1% das famílias são donas de quase metade (46%) das riquezas do mundo… No último ano, 210 pessoas se tornaram bilionárias, juntando-se ao seleto grupo de 1.426 indivíduos com um valor líquido combinado de US$ 5,4 trilhões… É chocante que no século 21 metade da população do mundo – 3,5 bilhões de pessoas – não tenha mais do que a minúscula elite cujos números podem caber confortavelmente em um ônibus de dois andares”, critica Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam.“Sem um esforço concentrado para enfrentar a desigualdade, a cascata de privilégios e de desvantagens vai continuar pelas gerações. Em breve vamos viver em um mundo onde a igualdade de oportunidades é apenas um sonho”, garante Byanyima. Ela festejou apenas o fato de que alguns países, especialmente na América Latina, estão conseguindo reverter esta tendência. “Todos os países de alta renda do G20 (exceto a Coreia do Sul) estão vivendo o crescimento da desigualdade, enquanto o Brasil, México e Argentina estão vendo um declínio destes níveis”. Ela ainda fez questão de elogiar o Brasil, afirmando que o país teve “sucesso significativo na redução da desigualdade desde o início do novo século”.Recorde de desemprego
Na mesma semana em que a Oxfam denunciou o acumulo de riqueza nas mãos de 85 ricaços, a Organização Internacional do Trabalho divulgou um estudo que aponta que 202 milhões de pessoas estão sem emprego no mundo. Os dados se referem a 2013 e indicam um aumento de mais 5 milhões de desempregados no planeta. Pela tendência atual da economia capitalista, a OIT estima que o número de desempregados aumente em mais 13 milhões até 2018. As principais vítimas deste cenário horripilante, ainda segundo o organismo tripartite, são os jovens, com idade entre 15 e 24 anos. Os índices de desemprego nesta camada da sociedade são ainda mais alarmantes, deixando a juventude sem qualquer perspectiva.

A OIT ainda adverte para o aumento do trabalho precário, que hoje representa 48% do emprego total no planeta. Estes assalariados precarizados têm salários menores e pouco acesso à seguridade social. O número de trabalhadores nessa situação aumentou cinco vezes mais do que nos anos precedentes a da crise de 2008. Os dois relatórios – da Oxfam e da OIT – confirmam a lógica destrutiva do capitalismo. Os ricos cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais miseráveis. Eles deverão produzir suspiros de indignação entre os bilionários reunidos no Fórum Econômico de Davos, que logo serão dissipados pelos ventos dos Alpes suíços.

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Mainardi não lê nem o jornal da empresa em que trabalha

23 de Janeiro de 2014, 12:42, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Na entrevista onde foi trucidado não com o blá-blá-blá calunioso que sempre usa contra todos que cheirem algo progressista, mas com dados e dados do Capital, Mainardi disse a Luiza Trajano: 

“Os juros estão subindo, o crédito diminui, a inadimplência aumentou, a inflação aumenta. A pergunta é quando você vai vender as suas lojas para a Amazon .Eu não vejo caminho para o varejista brasileiro. Vai haver crise. Se não existe ainda, haverá.” Disse o urubu Diego Mainardi que torce com todas as suas forças pra o país entrar numa crise econômica. 

Mas bastava que ele lesse o jornal publicado pela corporação onde trabalha que evitaria pagar o mico da semana.

Manhattan Desconnection:  a tradução de Vitor Teixeira depois da surra que Luiza Trajano deu em Mainardi e do beijinho no ombro que o presidente da Riachuelo deu no restante dos ‘colunistas’ urubus

Inadimplência acumulada no ano tem 1ª queda desde 2000, diz Serasa

Recuo foi de 2% em 2013; no ano anterior, índice havia subido 15%.
Maior rigor na concessão de crédito pesou sobre resultado, diz entidade.

Do G1, em São Paulo
A inadimplência do consumidor fechou 2013 com queda de 2%, na comparação com o ano anterior, segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta terça-feira (21). No ano anterior, o indicador havia avançado 15%.

De acordo com o levantamento, esse é o primeiro recuo no comparativo desde o início da série histórica feita pela Serasa, em 2000. Pesaram sobre o desempenho da inadimplência em 2013 os recuos de 9,4% no volume de cheques sem fundo e de 4,8% na falta de pagamentos de dívidas não bancárias (como cartões de crédito, financeiras e lojas em geral).

Inadimplência - Serasa (Foto: Editoria de Arte/G1)

Segundo os economistas da Serasa Experian, mais empregos e uma série de mudanças de comportamentos pesaram para que ocorresse a queda de inadimplentes no país.

“A manutenção de baixas taxas de desemprego ao longo de 2013, o maior rigor na concessão de crédito por parte das instituições financeiras e a maior preocupação dos consumidores em quitar suas dívidas, em vez de assumirem novos financiamentos, impulsionaram o recuo da inadimplência durante o ano passado”, afirmou a entidade em nota.

Já na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo mês do ano anterior, a baixa foi ainda maior, de 6,5% – a sétima queda mensal consecutiva. Quando comparada a novembro de 2013, a inadimplência do consumidor cresceu 2,7%.

No confronto de dezembro com o mês anterior, as dívidas não bancárias e os cheques sem fundo tiveram um aumento de 6,9% e 4%, respectivamente. A inadimplência com os bancos recuou 1,2% e com os títulos protestados (dívidas não pagas que são levadas para cartório e sujam o nome do consumidor), 6,1%.

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A mídia descolada da realidade e que não aguenta o tranco da blogosfera

23 de Janeiro de 2014, 10:51, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Segue a tradução de Vitor Teixeira depois da surra que Luiza Trajano deu no Mainardi e do beijinho no ombro que o presidente da Riachuelo deu no restante dos ‘colunistas’ urubus

E aqui o resultado de como a Globo lida com a informação

Creio ter sido a primeira blogueira a publicar o post sobre a entrevista de Luiza e a surra bem dada no Mainardi, pedi para Renam Brandão abaixar o vídeo no youtube.

Não houve nenhuma apropriação (como se fosse possível se apropriar de uma entrevista de televisão onde até mesmo a logomarca do canal está reproduzida), mas devido ao alcance que o tema teve na blogosfera e nas redes sociais: do Terra Magazine ao Conversa Afiada passando pelo Viomundo Revista Fórum Diário do Mundo, Tijolaço e Blog da Cidadania, todo mundo comentou a entrevista e vários do vídeo que subimos no youtube baixaram e reproduziram em suas próprias contas. Um a um os vídeos foram retirados do ar a mando da Globo.

Ontem comentei no facebook que isso é apenas uma amostra que a Globo e outras corporações podem fazer alegando defesa do Direito Autoral se o Marco Civil não for aprovado nas bases em que foi discutido em consulta pública.

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