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April 3, 2011 21:00 , par Inconnu - | No one following this article yet.
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Lelê Teles: Bandido bom é bandido branco

December 1, 2014 15:16, par Inconnu

Mais uma crônica fresquinha do Lelê Teles para compensar o atraso de não ter publicado a crônica de sábado :)

E o que falar do meme que circula na net?

meme-tosco

BANDIDO BOM É BANDIDO BRANCO

Por Lelê Teles

01/12/2014

A glamourização do branco faz com que um mendigo, veja você, vire um mendigato; a traficante branca é chamada de jovem, linda e dentista pelo noticiário; a ladra de automóveis é chamada de estudante e garota…

Corta pra mim.

Agora eu te pergunto, se fossem negros qual seria o tratamento? Primeiro que o moleque sem camisa e sem estudo seria chamado de traficante perigoso e se sorrisse na foto o chamariam de cínico e frio, diriam que ele zombava da polícia e da sociedade.

Vai vendo.

A modelo loira, viciada em crack, ganhou tratamento gratuito, pago por uma emissora de TV.

Enquanto isso, “pretos imundos” tomam porrada na cracolândia.

A faculdade de medicina da USP tá cheia de estupradores brancos e ricos, não aparece um nome no noticiário, uma mísera foto.

As acusações são graves. As vítimas estão lá dando nomes. Cadê os perdigueiros, cadê os repórteres investigativos, quêde aqueles valentes jornalistas que entram em favelas com coletes à prova de bala, atrás do Caveirão a procurar adolescente aviãozinho, magro, de chinelos e sem camisa?

Custa dar um pulo na USP, respirar um ar puro e perguntar para as moças violentadas quem são os estupradores?

Estupradores, filhos de mulher, gente execrada até por bandidos perigosos, estão a ser protegidos pela mídia.

O macho branco tudo pode.

Recentes pesquisas do IPEA e do Ministério da Justiça revelam que a maioria das penas alternativas são aplicadas aos brancos, negros são com maior frequência condenados à prisão.

Depois perguntam por que diabos as focas estão a estuprar pinguins.

Palavra da salvação.

 

BRANCO-CRIME-DROGAS

*Lelê Teles é jornalista, roteirista do programa Estação Periferia – TV Brasil e TV Aperipê.
Apresentador do programa de música africana Coisa de Negro – Aperipê FM.
Colunista do jornal sergipano Folha da Praia.
Editor do blog de Análise do Discurso Midiático FALA QUE EU DISCUTO
Poesia Blog do Lelê Teles
Twitter/@leleteles
Facebook: Lelê Teles

Leia mais Lelê Teles no blog Maria Frô
Lelê Teles: LOBÃO JOGA A TOALHA
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É urgentíssimo se fazer uma cirurgia bariátrica em nossa mídia

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É urgentíssimo se fazer uma cirurgia bariátrica em nossa mídia

December 1, 2014 10:05, par Inconnu

Com atraso posto a nova crônica de Lelê Teles, mas prometo que valerá a espera. Desta vez o caso é tão patético, mas tão patético que Lelê tem toda a razão, as barrigas da mídia brasileira só mesmo com redução do estômago para resolver: menos publicidade governamental para uma mídia que não faz jornalismo, faz política fanfarrona, com fanfarrões no MP que a leem e dão trabalho aos funcionários do Itamaraty.

Para entender o tamanho da barriga vexatória seguem duas matérias:O Brasil venezuelano e a volta do FEBEAPA;  A fase oral que não passa

SOBRE LUNÁTICOS, IMBECIS E PARANOICOS

Por Lelê Teles

29/11/2014

Dizem que feliz é aquele que já acorda a gargalhar.

Mas a gente não ri só de alegria. Nesse momento, me sinto um daqueles cabras que assistem vídeos de acidentes domésticos para rir da desgraça alheia.

Explico-me. Hoje, logo ao despertar, antes dos exercícios para alongar a coluna dorsal, deparo-me com essa no Tijolaço: “Procurador da República em Goiás, Ailton Benedito de Souza, expôs o MPF ao ridículo ao agir contra decisão do governo venezuelano de convocar 26 jovens do Brasil para compor uma tal Brigadas Populares de Comunicação”.

Você sabe, o Estado Islâmico está a recrutar cidadãos ingleses, na flor da idade, para a terrível guerrilha fundamentalista. Não seria nada estranho que o Estado Bolivariano estivesse a fazer o mesmo com ingênuos jovens petralhas.

Foi pensando nisso, quem não o pensaria, que o heroico procurador goiano vestiu sua capa, botou a cueca pelo lado de fora da calça, meteu nos olhos uma viseira e, alucinado, envenenado como todo midiota ao ouvir falar em Venezuela, saiu a procurar chifres em cabeça de cavalo.

E fez o que qualquer super heroi que se preze faria, mandou uma intimidante intimação ao nosso Itamaraty!

Sufocado pela gravata que usa em pleno deserto do cerrado, o goiano deu dez dias para o nosso desocupado Itamaraty levantar a identidade da garotada patrícia – delírio dele – e impedir que os nossos jovens ingressem no abominável exército bolivariano.

O diabo, previdente internauta, é que o procurador tem um péssimo faro pra perdigueiro, ele leu uma noticiazinha na internet e agiu midioticamente. Veja que coisa vexosa.

O Brasil, ao qual se referia o informe, é um mero bairro popular, uma quebrada, lá mesmo na Venezuela!

patético

Pelas barbas de Bin Laden.

O Globo, veja que o goiano não está só, chegou ao disparate de chamar os venezuelanos de brasileiros. Pode isso, Arnaldo?

Pode, responde o arbitrário juiz, tudo bem pra quem publicou uma entrevista com um sósia de Felipão como se fosse o próprio Big Phill a falar.

Para impedir barrigas como essas será necessário, e urgentíssimo, se fazer uma cirurgia bariátrica em nossa mídia.

Ventilada aos quatro pontos cardeais do planeta, a trapalhada deu motivo para que o mundo inteiro acordasse hoje a gargalhar de Goiás, do Brasil e do patético promotor.

Essa bravata, vergonhosa, me fez lembrar do cãomunista Roberto Freire.

Certa vez o intrépido pernambucano leu uma noticiazinha no site G17 que afirmava ter Dilma cunhado uma herética frase endeusando Lula, o sapo barbudo, em uma cédula de 3 reais.

Quem não se indignaria?

Freire, como um patético patriota, foi ao twitter e denunciou ao país, em menos de 140 caracteres: “Isso é uma ignomínia! Dilma pede e BC coloca em circulação notas com a frase Lula Seja Louvado”.

Louvado seja o nosso senhor Jesus Cristo, como o ódio cega as pessoas.

Que vontade de fazer como o Mestre da Galileia, cuspir nas mãos cheias de barro, esfregá-las e friccioná-las nos olhos destes cabras para ver se a luz penetra.

É muita treva a nos atravancar.

Palavra da salvação.

Lelê Teles

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AEILIJ contra a censura fundamentalista e pela defesa da liberdade de criação literária

November 27, 2014 12:04, par Inconnu

O crescimento do criacionismo nos Estados Unidos que nos espantava nas décadas de 1980, 1990 controlando currículos, impedindo estudos sobre a evolução, tempo geológico e a abordagem antropológica das religiões chegou ao Brasil lentamente, mas persistente.

Creio ter sido uma das primeiras autoras a sentir isso fortemente em meu trabalho.

Em 1999 fui convidada pelo editor-chefe da Scipione para desenvolver uma coleção didática para o Ensino Fundamental 1 na área de História.

Os originais ficaram prontos entre 2000 e 2001 e foram inscritos na avaliação do PNLD. A coleção foi aprovada com elogios dos examinadores e publicada no Guia do PNLD- MEC. Foi apresentada por acadêmicos de renome: professoras da Faculdade de Educação da USP e especialistas no ensino de História e Geografia: Circe Bittencourt e  Nídia Nacib Pontuschka. Chegou ao mercado de 2005 quando recebeu o Prêmio Jabuti, o primeiro prêmio na área para este ciclo.

Mas assim que apareceu no Guia do PNLD-MEC um vereador-pastor da Igreja Quadrangular, do município de Pato Branco, no Paraná gastou algumas horas do dinheiro público para disseminar seus preconceitos contra a África e a cultura afro-brasileira na Câmara dos Vereadores de Pato Branco. O pastor denominava a coleção de “coisa do demônio” e eu “autora do demônio”. Tudo isso porque um dos volumes trazia para as crianças a temática da mitologia dos povos indígenas e dos povos africanos.

Em 2007 o antropólogo especialista em cultura afro-brasileira abordou o tema e chegou a relatar o caso do pastor-vereador em um texto acadêmico: Neopentecostalismo e religiões afro-brasileiras: Significados do ataque aos símbolos da herança religiosa africana no Brasil contemporâneo.

Os originais da Coleção foram escritos muito antes da lei 10639/03, antecipando-a em inúmeras recomendações da Lei de 2003 e que se tornaria Diretrizes Curriculares em 2004.

Embora víssemos professores ávidos por materiais sobre história e cultura africanas e a afro-brasileira, víamos também ataques constantes do fundamentalismo religioso.

Uma escola baiana enfrentou o preconceito e a resistência da comunidade escolar e adotou a coleção, a turma ganhou um prêmio com o resultado da produção nas aulas.

É uma coleção que trabalha com delicadeza temas antes costumeiramente desprezados nos livros didáticos: fala de racismo, questão indígena, religiões afro-brasileiras e indígenas, reforma agrária e a luta dos movimentos sociais. Tem um olhar comprometido com o letramento de nossas crianças.

O que é mais triste é vermos crianças, pais e por vezes professores que abraçaram as igrejas neopentecostais negarem suas próprias heranças culturais, criminalizando-as.

Hoje leio o texto da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil. O relato da AEILIJ me fez recuperar a trajetória destes mais de 10 anos da minha primeira coleção e entristece saber que mesmo após a Lei 10639/03 autores e professores comprometidos com uma educação cidadã tenha de se deparar com esta perseguição irracional dos fundamentalistas.

Algo efetivamente sério precisa ser feito pelo MEC, por nossas universidades, pelas associações de escritores, ilustradores, pela Câmera Brasileira do Livro,  para salvaguardar nossas escolas da fúria destes irracionais autoritários e inconstitucionais, já que nosso Estado é Laico.

Pela Defesa da Liberdade de Criação na Literatura

AEILIJ VIA Facebook

aeilij

A AEILIJ (Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil) convida todos a refletirem sobre uma realidade que nos tem assustado: a volta da censura aos livros infantis. E, o que é, talvez, ainda mais preocupante, uma censura que, desta vez, não é promovida por nenhum governo, mas por pessoas que, a princípio, têm o papel de levar a literatura até as crianças: professores, bibliotecários, coordenadores pedagógicos, editores, livreiros, divulgadores de livros, pais, avós, tios e, como negar, até mesmo por alguns de nós, autores de literatura para crianças e jovens.

Para um olhar desatento, a palavra censura pode parece forte demais. Afinal de contas, parece ser coisa de países com regimes autoritários e centralizadores, como por exemplo, o Paquistão, cuja Autoridade de Telecomunicações recentemente enviou um comunicado às companhias telefônicas exigindo o bloqueio de qualquer mensagem (SMS) que contivesse o nome “Jesus Cristo”. Para justificar tal censura, o órgão alegou que a liberdade de expressão naquele país está sujeita a restrições, no interesse maior da glória do Islam.

Se esta proibição parece absurda e distante, chegou o momento de olhar para o nosso próprio umbigo. Pois o que está ocorrendo hoje em muitos locais no Brasil não é muito diferente disso. Cada vez mais a AEILIJ tem recebido notícias de que determinados livros de literatura para crianças e jovens são vetados em certas escolas e/ou bibliotecas porque citam o nome de deuses ligados a outras religiões que não a religião adotada na instituição. Referências a nomes ou práticas de religiões afro-brasileiras, espíritas, budistas ou outras são usadas como justificativa para a censura.

Em outros casos, o fato de existir, no livro, uma palavra como “diabo”, “capeta” ou semelhante, é tido como razão suficiente para a exclusão de um livro, independentemente do contexto e da motivação em que tal palavra aparece. Tal postura radical e extremada parece esquecer que a própria Bíblia Sagrada traz mais de 100 vezes a palavra Demônio (ou alguma de suas variações), quase todas no Novo Testamento. Em breve estará a Bíblia na mira dos censores furiosos?

De maneira semelhante, têm sido perseguidas, recentemente, obras com palavras e personagens de todos os tipos, da bruxa à fada, do saci ao bicho papão, do Papai Noel à boneca Emília, do palavrão à gíria. A AEILIJ tem visto tais iniciativas com muito receio e consternação, assim como preocupa a imposição frequente de excluir temas, como principalmente a sexualidade, de uma literatura que tem como inspiração dialogar com crianças e jovens.

Há o outro lado, a frase da garota Malala que recentemente ganhou o Prêmio Nobel da Paz e declarou: “Já sei agora o que mais assusta um tirano: uma menina com um livro nas mãos”. Ela tem 17 anos e é a mais nova ganhadora do Nobel de todos os tempos.

Ora, nossa associação acredita na literatura como arte e como expressão de tudo o que é próprio do ser humano, seus dilemas e dúvidas, suas paixões e medos, suas conquistas e frustrações. Mais que isso, entendemos que a literatura para crianças e jovens é um espaço privilegiado para que o leitor conheça a pluralidade do nosso mundo, toda a riqueza de valores, culturas, crenças, ideias, hábitos, linguajares.

Se aceitarmos que um livro de literatura seja banido porque traz uma visão de mundo com a qual não compartilhamos – ou nem isso, apenas uma palavra que evitamos em nosso dia-a-dia, na privacidade do nosso lar – estaremos abrindo a porta para que outras pessoas, em outros momentos e em outros contextos políticos, ideológicos, religiosos ou morais proíbam as palavras, personagens e histórias que tanto nos são caros.

Mais cedo ou mais tarde, o feitiço vai virar contra o feiticeiro. Mas infelizmente ninguém vai perceber, pois as palavras feitiço e feiticeiro estarão, elas também, proibidas.
PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA LITERATURA!!!

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Pepe Mujica e seu diálogo com o mendigo El César

November 27, 2014 9:08, par Inconnu

pepe-mujica-dinheiro-mendigo
Com informações de Victor Farinelli:
O presidente Uruguaio Pepe Mujica durante uma coletiva ontem em Montevidéu é abordado por um mendigo, conhecido como El César. O morador de rua choraminga e pede uma moeda ao Pepe Mujica. O presidente uruguaio pede pra ele parar de chorar e pra um assessor ajudar El Cesar com algum dinheiro, mas o mendigo insiste:
– Quero uma moeda tua, Pepe.
– Moeda eu não tenho – tira uma nota de cem pesos da carteira, entrega ao morador de rua e diz: mas não chora, caralho!!
– Obrigado! Obrigado… Pepe, quero que você seja presidente pro resto da vida!
– Não!!! Cê tá louco!!

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Não há conjuntura que justifique Katia Abreu no Ministério da Agricultura

November 26, 2014 12:32, par Inconnu

Não há conjuntura, ou correlação de força que possa justificar a porta-voz do latifúndio no Ministério da Agricultura

Por: Valmir Assunção, no site da Câmara dos Deputados

25/11/2014

MST-Katia-Abreu-Valmir-Assunsção-Dilma-Rousseff-reforma-agraria

Um Governo, eleito pelas forças populares, por quem acredita em mudanças, não pode sucumbir antes mesmo de começar. Aqui faço coro às diversas manifestações de movimentos sociais, intelectuais, militantes partidários que repudiam veementemente a presença da presidenta da CNA, Kátia Abreu e Joaquim Levy, no quadro executivo. Tivemos uma campanha vitoriosa, mas bastante difícil. Os projetos de Brasil foram confrontados e o discurso vencedor foi justamente o que coloca o nosso país no rumo das transformações estruturais, do questionamento do monopólio dos meios de comunicação, da reivindicação de uma reforma política que garanta participação popular, de executarmos uma reforma tributária que seja justa, sendo prioritário o salário e a renda. No campo, a vitória dos que acreditam que podemos superar o trabalho escravo, democratizar a terra, produzir alimentos saudáveis, sem agrotóxicos que contaminam a nossa terra e o nosso corpo. Avançar na demarcação do território indígena e quilombola, ou seja, garantir os direitos já adquiridos e conquistar ainda mais.

Se essas indicações se confirmarem, o Governo estará promovendo um balde de água fria na própria base que o elegeu. Do ponto de vista dos trabalhadores do campo, é uma sinalização de aliança não sócom quem fez sua história se opondo às políticas que historicamente construímos, mas também com denúncias de uso do trabalho escravo, despejo irregular de pequenos agricultores, toda sorte de atuação, própria de quem sustenta o ruralismo no Brasil. A possível ministra, que não possui o apoio total nem do seu próprio partido, é o símbolo do combate à reforma agrária, do ataque ao território indígena e quilombola, da legislação que preserva o meio ambiente – ou vamos esquecer os embates aqui vividos durante a aprovação do Código Florestal?

Nessa questão, cito ainda as indicações para o Ministério do Desenvolvimento Agrário – e também o INCRA – pasta esta que precisa de atenção e reformulação. Ora, passamos quatro anos do Governo Dilma com sérias dificuldades de diálogo no que tange ao processo da reforma agrária. Permanecer com mais do mesmo é repetir o resultado conhecido por todos e todas: paralisação quase que completa na desapropriação de áreas para a reforma agrária, o não atendimento das demandas dos assentamentos.

Dos 100 decretos anunciados pela Presidenta no ano passado, houve quase que nenhuma concretização, o que coloca o nosso Governo no vergonhoso patamar, perdendo inclusive para o Governo Sarney. É preciso reconhecer os avanços nas políticas de habitação rural, nas políticas de compra de alimentos, tais como o PAA e o PNAE, mas ainda assim encontramos barreiras que burocratizam e engessam o acesso às políticas. Precisamos de nomes que garantam não só essas, mas novas políticas de obtenção de terras, crédito específico para as famílias assentadas (pois o Pronaf não é universal e nem atende a todas as necessidades) e também respeito aos seus servidores, os trabalhadores do Incra e MDA, que sobrevivem a este período sob forte pressão diante da falta de concursos públicos e salários melhores.

Do ponto de vista das políticas econômicas, o nome de Levy representa a ortodoxia, o ajuste fiscal que fomos contra na campanha eleitoral. A representação dos bancos não é sintonizada com o que nos é mais caro: as políticas sociais que levaram os brasileiros e brasileiras a outro patamar de cidadania, com acesso à saúde e educação, com renda e salário digno.

Ora, vencemos a oposição, as políticas de direita. Não faz sentido este espaço que não agrega ao programa defendido em campanha, arduamente levantado por quem não defende o rentismo e o latifúndio, como bem acentua algumas cartas e abaixo-assinados que estão circulando nas redes sociais e outros meios de comunicação.

Este Governo foi eleito sob a base da mudança. O recado foi esse! Mudança nas políticas do campo, de forma a mudar o curso do desenvolvimento para a agricultura, de forma a priorizarmos o fim do uso dos agrotóxicos e a plena democratização da terra, pois já está comprovado que é este mecanismo que garante alimentos, garante o emprego no campo, que garante renda a grande maioria dos que vivem no meio rural. Mudança nas políticas econômicas de forma a conquistar mais direitos, de forma a fazer com que este país cresça priorizando o bem estar da sua população. Emprego e salário devem ser a nossa meta.

*Valmir Assunção é Deputado Federal pelo PT e militante do MST-BA.

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