“Que a Universidade se pinte de negro: debate sobre cotas raciais no estado de São Paulo
17 de Setembro de 2013, 17:30 - sem comentários aindaPor: PT Pinheiros
As cotas raciais implementadas pelo governo do PT foram fundamentais para tornar realidade o acesso da juventude negra às universidades públicas federais.
Enquanto isso, no Estado de São Paulo, a política dos governos tucanos caminha em sentido contrário: promove o extermínio da juventude negra, pobre e periférica e um verdadeiro boicote às políticas afirmativas.
É nessa lógica que está inserido o Programa de Inclusão com Mérito do Estado de São Paulo (PIMESP), proposta de Alckmin em conjunto com as reitorias da USP, UNESP e UNICAMP. O programa não atende às reivindicações históricas do movimento negro e do movimento estudantil, passando longe de democratizar o acesso à universidade, e reforça uma concepção meritocrática e elitista de ensino.
Nesse cenário, o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras tem uma importante tarefa na luta contra o racismo estrutural da sociedade, não apenas enquanto principal força organizada de oposição em São Paulo, mas também como o partido que possibilitou a vitória das cotas raciais no plano federal.
Para aprofundar esse debate, nos reuniremos no Auditório do Diretório Estadual do PT, na Rua da Abolição, 297, na 4ª feira, 25/set, às 19 horas.
Convidadas/os:
- Silvio Almeida – Presidente do Instituto Luiz Gama e professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie
- Selma Rocha – Educadora e diretora da Escola Nacional de Formação do PT
- Antonio dos Santos – Coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT-SP
- Tamires Gomes Sampaio – Militante da Frente Estadual Pró-Cotas e da Juventude do PT
Palmério Dória no Contraponto: O príncipe da privataria
11 de Setembro de 2013, 13:55 - sem comentários aindaEm entrevista a bancário e blogueiros no Contraponto, o autor dá detalhes da história secreta de como o Brasil perdeu seu patrimônio e Fernando Henrique Cardoso ganhou sua reeleição. O programa de webtv é uma parceria do Sindicato com o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e vai ao ar, ao vivo, todas as primeiras segundas-feiras do mês, pelo site do Sindicato, rede Brasil Atual e blogues alternativos.
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Paulo Saldiva, médico e professor de patologia da USP: “Tive vergonha da minha categoria”
11 de Setembro de 2013, 12:54 - sem comentários aindaNão foi só o senhor não. Todos os brasileiros de boa fé ficaram enojados com o comportamento vil, racista, esvaziado de sentido, corporativista dos #coxinhasdejaleco. Nós sentimos muita vergonha alheia por vocês, muita mesmo.
Mas o medo atroz da Folha é a popularidade do possível candidato a governador do estado de São Paulo. A colunista esquece que o programa Mais Médicos está pronto há muito tempo, desde janeiro pelo menos, e o que ela não consegue entender é que as manifestações ajudaram a presidenta a peitar médicos corporativistas de braços dados com mídia golpista.
Nós também sentimos muita vergonha alheia do jornalismo coxinha, mas não tem problema não, mais uma vez vocês perderam e o Brasil ganhou.
Erramos. Não soubemos fazer o diagnóstico da situação. A população ficou contra a gente”.
Por Claudia Collucci, na Folha, Ditabranda
11/09/2013
Ouvi a frase acima de um médico após debate sobre mercado de trabalho médico, promovido na noite de ontem pelo núcleo da GVSaúde, da Fundação Getúlio Vargas.
Antes disso, outros médicos, inclusive um dos palestrantes, Miguel Srougi, professor titular de urologia da USP, já havia manifestado sua insatisfação sobre a maneira como as entidades médicas conduziram o debate sobre o programa Mais Médicos até agora.
Ele lembrou que foi perdido tempo demais na defesa de que o país não precisava de mais médicos ou de mais escolas médicas, quando agora existe uma unanimidade de que não só o Brasil como o resto do mundo vive uma escassez de médicos.
Outros médicos avaliaram como “um grande equívoco” os protestos contra os cubanos, considerada a cereja do bolo da antipatia médica perante a população.
Em debate na USP na semana passada, Paulo Saldiva, professor de patologia da USP, resumiu a insatisfação numa frase. “Tive vergonha da minha categoria”, comentou, quando se referiu às vaias recebidas pelos cubanos ao chegarem ao Brasil.
Drauzio Varella, na sua coluna do último sábado, também já tinha ido na mesma linha: “O que ganhamos com essas reações equivocadas? A antipatia da população e a acusação de defendermos interesses corporativistas.”
Embora essa não seja a opinião oficial das entidades de classe que os representam, esses médicos estão certos em relação a que lado a população está agora. Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada ontem, apontou que 73,9% dos brasileiros se declararam favoráveis à importação dos profissionais formados no exterior. Em julho, esse percentual era de 49,7%.
O número de entrevistados que disse ser contra o programa caiu de 47,4% em julho para 23,8% em setembro.
Talvez os médicos tirem uma lição disso tudo: a necessidade de se colocarem na pele de quem vive nos rincões sem assistência médica. Essa população não quer saber se a União está se esquivando de investir os 10% em saúde ou de que os estrangeiros teriam que passar por exames de revalidação do diploma antes de começarem a atuar no país. Ela só quer um médico por perto.
Essa resposta imediata as entidades médicas não deram. O governo federal, com mais erros do que acertos, deu.
Que a medida do governo Dilma é eleitoreira, tomada às pressas como resposta às manifestações das ruas, ninguém duvida disso. Tampouco há dúvidas sobre a insustentabilidade do programa a médio e longo prazo.
Sem mais recursos para a saúde, sem uma gestão eficiente do SUS, sem equipes multidisciplinares e sem um plano consistente para reter os médicos em regiões longínquas, há pouquíssimas chances de alguma coisa dar certo. Outros países como Canadá e Inglaterra já fizeram essa lição e deveríamos ter aprendido alguma coisa com eles.
Mas o ministro Alexandre Padilha, apontado pelo ex-presidente Lula como candidato ao governo de São Paulo nas eleições do próximo ano, não se lembra disso quando busca nesses países álibis para justificar a importação de médicos. E já colhe os frutos da iniciativa, com o aumento da aprovação popular. E agora, doutores?
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11 de Setembro de 2013, 11:17 - sem comentários aindaVeja também:
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Renato Rovai, Revista Fórum
02/09/2013
Este fim de semana foi, digamos assim, curioso do ponto de vista da Globo. De um lado a emissora reconheceu que não deveria ter dado “apoio editorial” à ditadura militar, mas fez um zigue-zague imenso pra chegar nesse ponto tímido da auto-crítica depois de 39 anos do golpe. Em um dos momentos do editorial, teve a cara-de-pau de dizer que Roberto Marinho protegia os “seus comunistas”. Como se a Rede Globo não tivesse sido uma das sócias investidoras que mais recebeu dividendos de todos os horrores que foram realizados no Brasil durante mais de 20 anos.
A Globo era um grupo de comunicação menor antes do golpe. E ao seu final era um império. Durante o governo Sarney chegou a nomear ministros da economia. Se alguém dúvida, perguntem ao Mailson da Nóbrega como foi essa história. E em 1989 elegeu um presidente da República.
Mas se é verdade que a Globo era sócia investidora da ditadura também é verdade que os EUA eram os maiores interessados em tudo que acontecia por aqui.
Enquanto a Globo lucrava no varejo, os EUA lucravam no atacado. E a subserviência brazuca aos EUA era um projeto que tinha na Globo seu principal aliado.
Por isso é até curioso que o Fantástico de ontem tenha revelado provas apresentadas por Snowden de que o governo de Obama grampeou Dilma e o governo brasileiro. Algo que não é exatamente novidade. O governo dos EUA e a CIA sempre tiveram agentes secretos e colaboradores em todas as partes do mundo para coletar informações acerca dos países que por algum motivo representassem algum tipo de “risco” aos interesses do império.
Imagem de divulgação mostra CIA no controle do mundo
A questão é que hoje os EUA grampeiam de maneira moderna os nossos governantes. E de certa maneira com a conivência deles. O professor Sérgio Amadeu, por exemplo, demonstrou em recente estudo que ao instalar o Windows nos seus computadores, os ministros brasileiros estão autorizando a Microsoft a espionar de forma autorizada suas comunicações. Mas mesmo assim o software livre é defenestrado nos governos. O dinheiro que se gasta no Brasil com softwares proprietários poderia ser utilizado para investir num amplo programa de tecnologia nacional. É muito, mas muito dinheiro.
Acontece que nossos governantes parecem ignorar ou fazem de conta que ignoram que a internet é uma tecnologia de controle. E por isso é fundamental ter regramentos claros para impedir que o controle seja exercido de forma ilegal a partir dela.
Se o governo brasileiro não quiser que os fluxos informativos de seus interesses e do interesse dos seus cidadãos sejam utilizados de forma ilegal, o que é preciso fazer com urgência é aprovar um Marco Civil da Internet onde isso seja ponto central. Em que a neutralidade da rede e a privacidade do cidadão sejam garantidas com base em lei. Exatamente o contrário do que tem sido defendido pelo ministro da Comunicações, Paulo Bernardo, que entende a internet na esfera dos negócios e não dos direitos. Dos negócios que permitirão às teles, quase todas de capital estrangeiro, se adonar de todos as nossas conversas e interações. Se adonar de toda a possibilidade inventiva do povo brasileiro, já que é pela internet que hoje já passam boa parte das nossas produções culturais, educacionais, informativas etc. Já que será pela internet que boa parte da nossa soberania como país existirá ou deixará de existir.
Mas o que tem feito o ministério das Comunicações do ponto de vista estratégico? Tem fortalecido à inovação e a produção nacional ou têm feito acertos para garantir que o capital estrangeiro se fortaleça? Quanto o governo brasileiro investiu para que o país esteja disputando na área de hardwares e softwares de comunicação nos últimos anos? Quais são os programas para que universitários empreendam e disputem o mundo a partir da criação na sociedade da informação?O grampo de Dilma precisa ser visto também neste contexto. Nas relações internacionais vale o “quem pode mais chora menos”. Não é na base do discurso que os homens bons se rendem aos argumentos. Diplomacia é demonstração de força e não de gogó.
Não vai ser com um programa entreguista nesta área que vamos conseguir ter voz global. O governo dos EUA vai ouvir os reclamos do Brasil e vai responder dizendo que em nome da segurança do seu povo e dos interesses do seu país vai continuar investigando quem achar que deve investigar. E como toda a nossa circulação de informação passa pelas tecnologias deles, vamos ter que fazer bico e continuar reclamando. No máximo.
Quanto a Globo, o pirão desandou lá pelas bandas do Jardim Botânico. A Globo percebeu que o Google, o Facebook e Youtube que entregam nossos dados pro governo Obama são seus inimigos da vez. Claro, junto com as teles. E que ela precisa buscar novos aliados para não perder muito do seu poder e das suas verbas publicitárias nos próximos anos.
E por isso os filhos do Roberto Marinho foram visitar o Lula. Eles querem o Lula na presidência porque acham que ele teria força pra enfrentar os grandões de lá. E que poderia encarar o Obama ou quem estiver de plantão na Casa Branca para defender não o povo brasileiro, mas os interesses dos nossos grupos de comunicação, como a Globo.
Parece uma loucura o raciocínio, mas a Globo sabe que não poderá brincar nos próximos anos. Ou vai ver seu patrimônio esfarelar.
E aí que o governo Dilma passa a ter uma janela de oportunidade para construir uma mudança completa na nossa regulação da comunicação. Mas para isso precisaria ter alguém com credibilidade e grandeza para operar esse projeto. Não, com todo o respeito, um Paulo Bernardo. Que vai para Veja xingar o seu partido e os militantes da área que dirige num momento em que mais de 1 milhão estavam nas ruas protestando.O momento é muito oportuno para se construir um grande acordo que faça com que o Brasil se defenda dos grandes grupos internacionais e ao mesmo tempo amplie a democratização na área das comunicações e se desenvolva tecnologicamente. Mas isso não vai se conseguir no gogó. E nem xingando os aliados.
Abaixo, uma apresentação do professor Sérgio Amadeu explica por que a internet livre incomoda.
“Liberdade, Privacidade e o Futuro da Internet”
9 de Setembro de 2013, 19:48 - sem comentários aindaNo dia 18 de setembro, a Secretaria Municipal de Cultura e a Boitempo Editorial realizam o Seminário “Liberdade, Privacidade e o Futuro da Internet”, que terá entre os participantes Julian Assange, fundador do Wikileaks e autor do livro “Cypherpunks: Liberdade e o Futuro da Internet“. Assange falará diretamente da embaixada do Equador em Londres, onde vive sob asilo político. A entrada é gratuita. Confira a programação completa no convite: