Rodrigo Vianna: Haddad mordeu a isca da “Folha”, o que significa mordeu a isca do Serra
13 de Novembro de 2013, 9:04 - sem comentários aindaAlguns amigos militantes acham que Rodrigo Vianna foi desonesto nesta matéria. Acho que ele foi duro, mas desonesto de modo algum, Rodrigo é antes de tudo uma pessoa e um jornalista ético.
Para quem acha que Rodrigo exagera no seu texto examine as chamadas da uol de agora pela manhã, destacadas em amarelo, observem a conexão entre PT e corrupção que UOL cria com elas:
Haddad: um desastre na Comunicação
Por: Rodrigo Vianna, no Escrevinhador13/11/2013
“O escândalo dos auditores é um escândalo do Serra e do Kassab. Ok. Mas outro escândalo é Haddad – o “homem novo” – achar que pode governar São Paulo sem mexer na comunicação. Mais que isso: monitoramento nas redes sociais aponta que o governo Haddad tem, a essa altura, 73% de avaliação negativa, 17% de positiva e só 10% de avaliação neutra. Desastre.
Haddad acha que cultiva boas relações com “Folha”, “Globo” etc…
Para entender o que se passa com a gestão de Fernando Haddad em São Paulo, peço sua atenção. E alguma paciência. Haddad, em sete atos…
1) Junho de 2012. Festa de aniversário de um bom amigo, advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP) – a mesma onde estudou o prefeito. À época da festa, Haddad era um candidato que patinava, nos 5% de intenção de voto. Lá pelas duas da manhã, um dos advogados senta no sofá perto de mim, e a conversa é sobre o petista. Quero saber como era o Haddad na época da faculdade. “O Haddad tem duas características fortes: ele não ouve ninguém, quando você fala parece que ele não está ouvindo de verdade; mas, por outro lado, ele é um sortudo sem tamanho, sempre teve muita sorte”, diz meu interlocutor, relembrando as peripécias de Haddad e outros estudantes, nas disputas pelo Centro Acadêmico no começo dos anos 80.
2) Algumas semanas depois (2012 ainda), a campanha de Haddad procura um grupo de blogueiros: o petista queria “conversar” sobre Comunicação, sobre a cidade. Haddad seguia em baixa nas pesquisas (um dos levantamentos chegara a apontá-lo com 3% de intenções de voto). A assessoria do candidato fez o favor de divulgar a conversa, reservada, como se fosse um “ato de apoio dos blogueiros à campanha petista”. Bela assessoria… Além disso, naquela noite, tive a comprovação de que Haddad não é mesmo muito treinado para ouvir – como dissera meu interlocutor na festa. Educado, escutava perguntas e observações, sem preocupação de travar um diálogo. Estava ali pra ser escutado.
3) Em setembro, reta final da campanha, o petista comprovou que também era sortudo. Ficaria de fora do segundo turno, se não fosse uma declaração desastrada de Russomano sobre Transporte. Haddad aproveitou o delize do adversário para ir ao segundo turno contra Serra. Virou prefeito – graças também a mobilizações que reuniram milhares de pessoas em atos na praça Roosevelt (centro de São Paulo), convocados pelas redes sociais.
4) Na semana seguinte à eleição, alguns daqueles blogueiros (que Haddad buscara quando estava com 3%) procuraram o prefeito eleito: queríamos conversar, sugerir políticas de comunicação inovadoras para o homem que ganhara o pleito com o discurso de “homem novo”. Haddad não recebeu ninguém, mandou dizer que a política e os nomes para a área de comunicação já estavam decididos. E avisou que essa área de inovação digital, e de incentivo à diversidade informativa, ficaria sob os cuidados de uma subsecretaria na área de Cultura.
Esse é o Nunzio…
Logo entendemos o jogo. Haddad nomeou para a secretaria de Comunicação Nunzio Briguglio Filho… Quem? A função dele, basicamente, seria manter boas relações com a mídia convencional. Ou seja, o “homem novo” achava que política de comunicação para São Paulo seria dar uns telefonemas para a “Folha”, a “Globo” e a “Abril”. Ah, eu já ia esquecendo: cabe à secretaria do Nunzio, também, a distribuição das verbas públicas de publicidade. Hum…
5) Os meses passam. Haddad mostra-se um desastre de comunicação durante as manifestações de junho. Perde a chance de reduzir as tarifas diante do Conselho municipal, mostra ali certa arrogância professoral (“não sabe ouvir”). Depois, vai a reboque de Alckmin e anuncia a redução da tarifa de forma tão atrapalhada que, ao final da coletiva no Palácio dos Bandeirantes, um repórter até pergunta: “mas então voltou pra 3 reais ou não?”.
6) Os meses avançam. Haddad toma então duas medidas que me parecem corretas: muda a tabela do IPTU, com aumentos substanciais nos bairros mais ricos (ok, nem todo mundo que mora nessas regiões é “rico”, e alguns nem remediados são) e redução nas áreas mais pobres da cidade; cria dezenas de quilômetros de corredores exclusivos para ônibus.
A imprensa (rádios, jornais, TVs) parte para um jogo de desinformação. Haddad não consegue explicar que o IPTU vai subir para alguns, mas baixar para outros. Sofre um massacre. Contava com as “boas relações” com a velha imprensa. Hum…
No caso dos corredores, o mesmo: motoristas de carros, irritados, vêem o espaço para os automóveis cair nas avenidas. E as faixas de ônibus, por princípio corretas, parecem ficar vazias a maior parte do tempo. A Prefeitura não fala, não se explica. Conta com a “Folha” e a “Globo”. Hum…
7) Agora, vem o escândalo dos auditores. Está claro que Haddad foi no caminho correto. Enfrentou a máfia, que parece ter-se instalado em gestões anteriores. Na sexta passada (8/11), a “Folha” saiu-se com manchete histórica: “Prefeito sabia, diz auditor investigado…” Quem passava pelas bancas e lia só a manchete logo entendia que Haddad sabia de tudo, participava do esquema. Só que, na gravação, estava claro que o auditor investigado e grampeado se referia ao prefeito anterior – Kassab.
Nas redes sociais e nos blogs deu-se gritaria contra a “Folha”, o jornal de colunistas (e manchetes) rotweiller. O que fez Haddad? Finalmente gritou também contra a manipulação midiática. Ah, percebeu ali que poderia se reaproximar das redes, dos ativistas digitais… Uma virada na comunicação, certo?
Nada disso. A virada não durou 48 horas. Domingo (10/11), Haddad já estava na “Folha” a bater em Kassab… Erro duplo: chamou Kassab diretamente para a briga e, de quebra, legitimou a “Folha” como foro onde se dá o debate político em São Paulo.
Quem conhece a imprensa, sabe o que deve ter acontecido depois da manchete absurda de sexta. O tal Nunzio passa a mão no telefone e liga pra redação da Folha: “poxa, assim vocês me arrebentam, que manchete foi aquela”. Do outro lado, o editor matreiro: “que é isso, estamos à disposição pro prefeito falar; abrimos espaço pra uma exclusiva, ele explica tudo”.
E lá se foi o Haddad. Mordeu a isca da “Folha”, o que significa morder a isca do Serra.
Agora, Haddad demitiu o secretário de governo, Antônio Donato. Pautado pela Globo! Um investigado, membro da máfia, disse que pagou propina a Donato quando ele era vereador (ou seja, ainda na gestão Kassab). Só que Donato está (ou estava) no centro do governo petista.
A mídia paulista transformou um escândalo investigado por Haddad num escândalo que ameaça se voltar contra o governo petista. Onde está Mauro Ricardo, o secretário da gestão Serra? Sumiu das manchetes. Mas o petista Donato foi para o olho do furacão.
Ok, o petista Donato tem que se explicar. Ok, o escândalo dos auditores é um escândalo do Serra e do Kassab. Mas outro escândalo é Haddad – o “homem novo” – achar que pode governar São Paulo sem mexer na comunicação. Os sinais que surgem da Prefeitura são péssimos. Há quem diga que as denúncias contra Donato teriam chegado às redações pelas mãos de gente ligada à Comunicação da Prefeitura. Fogo amigo?
Lula está preocupado. Fez chegar a Haddad a seguinte avaliação: “mexa na sua comunicação, troque. Você está perdendo o jogo.”
Mais que isso: monitoramento nas redes sociais aponta que o governo Haddad tem, a essa altura, 73% de avaliação negativa, 17% de positiva e só 10% de avaliação neutra. Desastre.
Haddad agora vai ter que mostrar se é um “sortudo”, como dizia o ex-colega da faculdade de Direito. E ter sorte, a essa altura, significa enfrentar aquela outra característica forte: não ouvir ninguém.
O prefeito é um homem inteligente, e parece bem intencionado. Mas resolveu jogar no campo dos adversários: seguiu a tradição petista de não confrontar com a mídia. E ainda enveredou pelo discurso moralista dos escândalos. Esqueceu que escândalo e moralismo seletivo são a especialidade do outro lado.
Na mão de Nunzios e outros gênios, Haddad seguirá dando verbas e entrevistas exclusivas para a velha mídia. Sem perceber que o objetivo é transformá-lo num Pitta. Dá tempo de mudar. Tomara que Haddad seja mesmo um homem de sorte, porque do outro lado está a turma que conhecemos tão bem…
Ministério da Saúde publica nota a respeito de relatório divulgado pela OMS
12 de Novembro de 2013, 16:19 - sem comentários aindaMinistério da Saúde publica nota a respeito de relatório divulgado pela OMS e repercutido na imprensa.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu, no fim da segunda-feira (11), erro nos dados do Brasil divulgados em relatório sobre déficit global de recursos humanos. O Brasil está entre os 100 países do mundo com número de profissionais de saúde abaixo do ideal para uma cobertura universal de saúde. Segundo a OMS, um país deve ter no mínimo 34,5 profissionais de saúde por 10 mil habitantes para que toda sua população tenha acesso à saúde, sendo que o índice brasileiro é de 31,4. Para o cálculo, são considerados não apenas o número de médicos, mas também de enfermeiros e parteiras.
O relatório da OMS aponta déficit global de 7,2 milhões de profissionais de saúde, com situação mais crítica na Ásia e África. O Brasil, embora abaixo do ideal para uma cobertura universal de saúde, tem mais do que o mínimo de profissionais de saúde por habitantes para promover cobertura mais básica de saúde à população – 22,8 por 10 mil, segundo a OMS.
A Folha já insinuou que a corrupção dos fiscais é do governo do Haddad, agora está afirmando
12 de Novembro de 2013, 14:27 - sem comentários aindaAchei uma decisão equivocada a de Donato, mas torço para que tudo se esclareça. E acho mais, acho que se Haddad não enfrentar a máfia da mídia (ao invés de ficar dando exclusiva à Folha) o escândalo ocorrido durante a administração de Serra-Kassab e descoberto pela Controladoria criada por Haddad vai acabar sendo reinventado na mídia venal como sendo ~ a corrupção de Haddad~.
Do Renato Rovai, em seu Facebook:
“Antonio Donato Madormo entregou o cargo de secretário de governo de Haddad no almoço de hoje. Ele quer voltar à Câmara Municipal para poder enfrentar a máfia dos auditores sem que eles tentem atingir o governo municipal.
É uma atitude corajosa, já que não havia nada de objetivo que pudesse comprometê-lo. O que havia era uma atitude clara de tentar atingir alguém que simbolizasse o governo que abriu, como disse o ministro Gilberto Carvalho, a caixa de Pandora.
É preciso ir pra cima dessa máfia, custe o que custar.Após suspeitas, Donato pede afastamento da prefeitura
Por: MARIO CESAR CARVALHO da Folha
12/11/2013 – 14h03
O secretário de Governo da Prefeitura de São Paulo, Antonio Donato, pediu ao prefeito Fernando Haddad (PT), para se afastar do cargo por causa das suspeitas de seu envolvimento com a máfia do ISS (Imposto sobre Serviços).
O prefeito está disposto a aceitar o pedido de Donato, segundo a Folha apurou.
Neste momento, Haddad e Donato estão almoçando na prefeitura junto com o presidente do PT nacional, Rui Falcão, e com o presidente do PT paulista, Emídio de Souza.
O nome de Donato é citado em pelo menos cinco episódios da investigação sobre os fiscais, acusados de ter provocado um rombo de R$ 500 milhões ao reduzir o valor do ISS de imóveis novos em troca de propina.
Editoria de arte/Folhapress
A Folha revelou hoje que um dos fiscais que foi preso, Eduardo Horle Barcellos, trabalhou de janeiro a abril no gabinete de Donato.
A sala ocupada pelo secretário petista fica no mesmo andar do gabinete do prefeito. Donato solicitou formalmente a transferência de Barcellos da pasta de Finanças para a sua secretaria no ofício 134/2013, de 17 de janeiro.
O auditor permaneceu na pasta até abril, quando voltou à secretaria original. Segundo a gestão petista, ele mesmo quis a transferência e não tinha “função específica” na secretaria de Donato.
A transferência do auditor para a pasta do Governo ocorreu sem que tivesse sido publicada no “Diário Oficial”.
Na época, havia uma apuração em andamento na prefeitura sobre a fraude no ISS, com citação ao nome de Barcellos e de outros suspeitos que acabaram sendo presos no final do mês passado –e liberados após dez dias, para responderem em liberdade.
Aberta na gestão Gilberto Kassab (PSD), ela já contava com um parecer do ex-secretário de Finanças Mauro Ricardo sugerindo seu arquivamento, mas isso ocorreu apenas em fevereiro de 2013.
Para a prefeitura, Barcellos “gozava de prestígio” na época, sem indícios que pudessem comprometê-lo.
O secretário petista foi responsável pela indicação de outro auditor, Ronilson Bezerra Rodrigues, suspeito de chefiar a fraude estimada em R$ 500 milhões, para a diretoria de finanças da SPTrans (empresa municipal de transporte) –cargo que Ronilson ocupou de fevereiro a junho.
Donato também foi procurado por Ronilson quando este soube que estava sendo investigado pela Controladoria Geral do Município.
O nome do secretário petista foi ainda citado em depoimento ao Ministério Público por uma auditora –que mencionou colaborações à campanha dele em 2008, com dinheiro do esquema.
E também em uma escuta telefônica –a ex-mulher de um dos auditores presos afirmou que ele teria recebido R$ 200 mil nas eleições.
Donato nega essas referências à campanha e alega que conheceu Ronilson e Barcellos “porque ambos faziam a interação da gestão anterior com a Câmara Municipal”.
A prefeitura disse ontem que não publicou essa movimentação no “Diário Oficial” porque não havia exigência legal, por não se tratar de um cargo de confiança.
O advogado de Barcellos, Gustavo Badaró, disse à Folha que, no período, ele ficou à disposição de Donato, como um “funcionário de confiança”. A assessoria da prefeitura nega.
Controlador pode investigar quem quiser na prefeitura, diz Haddad sobre secretário
Kassab ficou estressado com investigação, diz Haddad
Fiscal preso em SP trabalhou 3 meses com secretário de Haddad
Não havia indício contra fiscal quando ele trabalhou para secretário, diz prefeitura
Clone do projeto de Mabel, do tucano Azeredo para tirar direitos do trabalhador, pode ser votado amanhã
12 de Novembro de 2013, 12:44 - sem comentários aindaToda atenção é pouca, a campanha das centrais tem conseguido tirar da pauta da Câmara o PL 4330 do infame Sandro Mabel, projeto de lei pensado para precarizar o trabalho retirando direitos dos trabalhadores.
Como se não bastasse isso o senador do AI5-Digital, Eduardo Azeredo desenterrou um projeto mofado clone do de Sandro Mabel. O projeto é tão danoso que quer combater a principal arma do trabalhador: sua organização para lutar contra medidas de políticos inimigos dos trabalhadores como Mabel e Azeredo.
Empresários tentam emplacar clone de projeto de terceirização no Senado
por Viviane Claudino, da RBA12/11/2013Tal qual a proposta barrada na Câmara, texto do tucano Eduardo Azeredo precariza relações trabalhistas e pode enfraquecer a organização sindicalSão Paulo – Sem qualquer discussão com os trabalhadores, a Comissão de Comissão e Justiça (CCJ) do Senado promete colocar em votação na quarta-feira (13) mais um projeto de terceirização que precariza as relações trabalhistas e enfraquece a organização sindical. Trata-se do PL 87, de 2010, do ex-senador e atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), com relatoria do senador e empresário Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O texto é na verdade um clone do PL 4.330, de 2004, do também empresário Sandro Mabel (PMDB-GO), e que está parado na Câmara dos Deputados graças à mobilização e pressão das centrais sindicais.
Tal como o texto da Câmara, o do Senado permite aprestação de serviços terceirizados em todas os setores da empresa, incluindo a atividade principal (conhecida como atividade-fim), ao mesmo tempo em que a isenta de responsabilidade sobre irregularidades trabalhistas cometidas pela terceirizada.
“O que está acontecendo é que eles querem levar para votação o mesmo projeto, transformado em um novo relatório. Por causa dos nossos intensos protestos e da reação dos trabalhadores em relação ao PL 4330, que precariza o trabalho, o empresariado se reorganizou dessa forma para atacar”, afirma a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Maria das Graças Costa.
Segundo ela, a central agora irá se mobilizar também para barrar a proposta no Senado. O PL 87/2010 está em tramitação inicial. Se aprovado na CCJ, segue para Comissão de Assuntos Sociais.
De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos. A cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.
Lei da Mídia Democrática será debatida na Câmara nesta terça (12)
12 de Novembro de 2013, 10:27 - sem comentários aindaLei da Mídia Democrática será debatida na Câmara nesta terça (12)
Do FNDC
12/11/2013
Audiência Pública Conjunta – “Debate acerca da democratização dos meios de comunicação, mais especificamente sobre o projeto de lei de iniciativa popular em fase de coleta de assinaturas”
Dia 12/11, às 16h
Câmara dos Deputados – Plenário 4Deputados e convidados debaterão o projeto de lei em audiência pública conjunta das Comissões CCTCI, CCULT e CE
Deputados Federais debaterão amanhã (12) a democratização dos meios de comunicação no Brasil e mais especificamente a Lei da Mídia Democrática, projeto de lei de iniciativa popular que propõe a regulamentação dos setores de rádio e televisão brasileiros.
A plenária acontecerá às 16h, em audiência conjunta das comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, Comunicação e Informática, da Comissão de Cultura e da Comissão de Educação, a pedido das deputadas Luciana Santos, Jandira Feghali, Alice Portugal (PCdoB), Iara Bernardi e Fátima Bezerra (PT) e do deputado Izalci Lucas Ferreira (PSDB).
O projeto de Lei da Mídia Democrática, um instrumento da campanha Para Expressar a Liberdade, foi lançado no dia 1º de maio por centenas de entidades do movimento social e da sociedade civil. Coordenado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), é uma proposta de regulamentação do setor de radiodifusão que busca garantir os direitos da liberdade de expressão e do direito à comunicação expressos na Constituição Federal Brasileira.
Propõe a regulamentação, por exemplo, dos artigos da carta magna que proíbem o monopólio dos meios de comunicação e daqueles que impedem que políticos sejam donos de rádios e tvs. Apesar da proibição expressa, menos de dez famílias concentram empresas de jornais, revistas, rádios, TVs e sites de comunicação no país. E centenas de parlamentares são proprietários de meios de comunicação. “Esta situação leva à ausência de pluralidade e diversidade na disseminação e acesso à cultura, à informação e ao debate público no país, assim como interfere no direito à voz, à liberdade de expressão”, explica Rosane Bertotti, coordenadora do FNDC, que participará do debate. O projeto já possui mais de 50 mil assinaturas e precisará de cerca de 1,3 milhão para ingressar no Congresso Nacional como vontade da população.
Segundo a Agência Câmara, os parlamentares requerentes lembram que o Código Brasileiro de Telecomunicações, que regulamenta atualmente o setor, é de 1952, quando não existia internet, redes sociais, telefones celulares nem TV por assinatura. A revolução tecnológica e as mudanças sociais, políticas e econômicas, que aconteceram neste período, alteraram drasticamente a forma de comunicação. Por isso defendem uma nova legislação que contemple toda essa convergência tecnológica.
Foram convidados para a audiência o jornalista e editor do Blog Viomundo, Luiz Carlos Azenha; a Coordenadora Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti; o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Miro Borges; o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (AlterCOM), Renato Rovai; e a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patricia Blanco Belmonte.
Também foram convidados para o debate o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero; o presidente da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Frederic Zoghaib Kachar; e o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Carlos Fernando Lindennberg Neto.
A coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e o relator do Marco Civil da Internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ) também farão parte da discussão do tema.
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