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апреля 3, 2011 21:00 , by Unknown - | No one following this article yet.
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Vunesp reforça preconceitos e estereótipos sobre mulheres, continente africano e mundo árabe

ноября 19, 2014 18:38, by Unknown

Historiadores e outros pesquisadores da área de Ciências Humanas, alguns formados pela UNESP escrevem uma carta aberta à comissão de vestibulares da instituição, a VUNESP, tecendo uma série de considerações sobre algumas questões do seu último vestibular, aplicado domingo passado.

Acho que os professores das comissões de vestibulares devem ter autonomia para formular suas questões e, claro, elas não podem se submeter ao crivo ideológico. Mas elas devem considerar sempre a própria produção acadêmica e o que há de mais consistente nesta produção, o que a meu ver não foi o caso desta prova da UNESP.

Sabemos que nem sempre os elaboradores compartilham ou endossam os argumentos utilizados nos textos de suas provas. Mas a questão é, por que reproduzir textos sem apoio em pesquisas acadêmicas que reproduzem senso comum e que em tudo nega a própria existência do fazer científico?

Com tantos africanistas respeitáveis, com décadas de pesquisa acadêmicas no Brasil, nos Estados Unidos e em diferentes países africanos, que fazem a crítica a uma visão anistórica sobre o continente africano pré colonialismo, escolher um articulista de jornal como fonte me parece desnecessário e empobrecedor para fazer os vestibulandos refletirem sobre a questão. Mais grave ainda é o reforço à naturalização dos papéis sociais na questão de gênero, isso de fato nega a própria produção acadêmica da UNESP e das demais universidades públicas deste país.

Sem comentários para a escolha do texto atravessado de Rodrigo Constantino que trata os povos árabes como pedófilos. Semelhante aberração cognitiva ocorreu há alguns anos quando um taxista metido a antropólogo teve uma meia hora de espaço na maior rede de televisão do país, A Globo, no programa do Jô Soares para fazer as leituras mais absurdas sobre penteados de vários grupos de mulheres de Angola e Namíbia, relacionando-os com “promiscuidade sexual” e tratando todos os povos africanos como pedófilos. Tal aberração sofreu uma reação internacional de embaixadas a pesquisadores sobre a irresponsabilidade de se usar uma concessão pública pra disseminar preconceitos sobre um continente inteiro, sem qualquer amparo nas pesquisas acadêmicas da antropologia, história ou sociologia.

Seria importante que a VUNESP considerasse as críticas e no próximo ano mostrasse mais cuidado e respeito às pesquisas consistentes, evitando usar os ~pesquisadores~ da ~Academia de Ciência de Veja~ como diria o professor Miguel Nicolelis ao responder a tríade de bárbaros da mídia monopolista e conservadora que o provocaram sobre o exoesqueleto durante a abertura da Copa.

Abaixo a reprodução dos textos e questões polêmicos e a carta aberta dirigida à VUNESP. Se desejarem assiná-la, acessem: Carta Aberta à VUNESP, professores e vestibulandos

constantino

narloch

questão de gênero

QUESTao-DE-GENERO

Carta Aberta à VUNESP, Professores e Vestibulandos


Partindo do real papel do vestibular na sociedade brasileira, qual seja, selecionar segundo critério meritocrático a entrada de estudantes nas universidades do país, falar desse processo seletivo obrigatório significa compreender que mesmo com a expansão da oferta de vagas efetuada na última década (através do Reuni, Prouni, Fies, entre outros Programas de acesso implementados nas universidades nos últimos anos, sobre os quais cabem críticas relevantes, porém não é o que nos pretendemos aqui no momento), ela ainda não é suficiente e, portanto, o vestibular continua ranqueando estudantes e deixando um grande número para o lado de fora dos muros das universidades públicas, ratificando a desigualdade econômica, de acesso à educação pública de qualidade, aos bens culturais e a meios de comunicação mais democráticos.

Nesse contexto, as provas dos vestibulares geraram e continuam gerando discussões na sociedade em geral a partir dos temas levantados nas questões de cada ano, (re)colocando muitas vezes assuntos importantes na ordem do dia, com base num conteúdo cientificamente embasado e utilizando-se de autores expressivos da sociologia, filosofia, história, geografia, literatura etc. para fazer com que os candidatos reflitam sobre o que se espera que respondam.

Porém, tendo em vista o último vestibular da Unesp -que coloca em cheque conceitos históricos que refletem a história política, econômica e cultural brasileira- vimos por meio desta carta, nos manifestar a respeito de algumas questões que ferem gravemente a legitimidade do vestibular que oferece acesso a esta Universidade, bem como seu estatuto científico, ambos frutos de conquistas às quais sempre fomos instigados a respeitar e defender, enquanto ex-alunos desta Instituição.

Na questão 7, a temática da maternidade é apresentada de maneira absolutamente inapropriada para o momento histórico presente em que se coloca a questão de gênero como central nas análises sociais. Inexplicavelmente a Vunesp recupera uma anacrônica leitura da questão de gênero, concebendo-a a partir de parâmetros naturalizantes. Mesmo não encontrando qualquer evidência nos processos reais, o vestibulando é obrigado a ratificar uma visão que trata o tema como uma fatalidade biológica, se não mesmo como uma obrigação social ou moral da mulher. Se a máxima lançada por Simone de Beauvoir, há mais de sessenta anos (“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher. Nenhum destino biológico, psíquico, econômico define a fêmea humana no seio da sociedade”), parece não incomodar a comissão elaboradora da prova, nos causa estranheza que não se sintam envergonhados por desrespeitar a obra daquela que foi provavelmente a mais destacada professora da Universidade Estadual Paulista em toda a sua história, Heleieth Saffioti, autora do clássico estudo “A mulher na sociedade de classes: mito e realidade”.

Ainda em relação a esta questão, cabe frisar que não é o acesso -ou falta dele- à educação que faz de um grupo social uma minoria política, mas sim a desigualdade vivenciada na correlação de forças, na distribuição do poder existente na sociedade. Desse modo, reduzir toda a luta feminina a um singelo pedido por condescendência dos patrões em relação à ‘vocação natural da maternidade’ nos soa inadmissível.

Na questão 59, existe a tentativa não apenas de suavizar, mas sim de eximir as nações europeias por qualquer responsabilidade sobre as consequências negativas decorrentes do expúrio processo neocolonial que escravizou e explorou diversos povos africanos bem como as riquezas presentes em seus territórios, culpabilizando-os por sua atual situação de miséria, já que segundo o texto da questão, já haviam ali conflitos instaurados, antes da invasão das potências ocidentais. Nos sentimos como se a Unesp estivesse simplesmente negando os ensinamentos de referências como Florestan Fernandes (“A integração do negro na sociedade de classes” ou “O negro no mundo dos brancos”), Octavio Ianni (“As metamorfoses do escravo” ou “Cor e mobilidade social em Florianópolis” -em parceria com Fernando Henrique Cardoso), o pluralismo inaugurado por Levi-Strauss (“Raça e história”) e fundamentalmente o método crítico de autores como Walter Benjamin (“Teses sobre a história”) e Edward Palmer Thompson (“A história vista de baixo”).

O autor joga uma nuvem de fumaça sobre a Conferência de Berlim (1884) e a partilha da África, com todas as suas consequências, portanto é negacionista. Depois, espontaneamente, faz uma alusão ao iluminismo (sem citar fontes), e nega os efeitos da presença de oligopólios europeus no Continente. Ou seja, a análise do texto não se sustenta nem como reles nota de roda pé de estudos consagrados dentro da tradição crítica de interpretação dos processos sociais. E é esta interpretação crítica que vem sendo valorizada em todos os documentos referenciais para o tratamento de tais fenômenos no campo das ciências humanas quando voltadas para o ensino fundamental e médio, para não dizer da educação em geral. É conhecida de todos nós, trabalhadoras e trabalhadores da educação, a resistência imposta pelas universidades públicas de São Paulo em adotar medidas que favoreçam a inclusão em seu meio de estudantes que fazem parte das minorias políticas, mas nem a tão defendida ‘autonomia universitária’ lhes dá o direito de fazer vista grossa para os Parâmetros Curriculares Nacionais em suas avalições admissionais.

Na questão 56, chegamos à conclusão de que o debate sobre o multiculturalismo e o relativismo cultural deseja relativizar as construções sociais e políticas mais profundas da Sociedade Brasileira e sugerir uma ‘tolerância aos que intoleram’. O problema da questão da Vunesp não é quem escreve e nem quem é citado como referência, mas o que se escreve e a maneira como se questiona: o lugar e os termos a partir do qual se decide formular um problema e transformá-lo em questão para os vestibulandos.
Franz Fanon, lembrando daquilo que certa vez um professor seu lhe disse, afirmou: “sempre que você ouvir alguém maltratar um judeu, preste atenção, porque ele está falando sobre você [um negro]“. Quer dizer, falar de diferença enquanto atraso e barbárie no Iraque pode ser também um jeito de falar, por exemplo, de populações indígenas no Brasil, sobre países ou populações africanas ou afro-brasileiras e por aí vai. Nossa preocupação com a questão envolve a linguagem e o formato no qual esta foi construída. Tal discurso, defensor do caráter hierárquico no trato das tradições culturais, pode até encontrar amparo ou legitimidade dentro daquela tradição denominada criticamente por Edward Said como ‘orientalista’, mas soa como ‘palavra mofa’ à luz da renovação crítica que a área dos estudos culturais sofreu nas últimas décadas.

Defendemos uma educação plural, que valorize a diversidade inesgotável no campo das ciências. O que não podemos fazer é nos calar diante de uma proposta educativa que se negue a ser crítica!

Esperamos que esta manifestação quebre o silêncio até agora existente a respeito do problema aqui apontado. O corpo docente parece alienado deste debate, não se incomodando com o fato do vestibular estar fazendo chacota aberta das teses e ideias que eles mesmos nos ensinaram nesta instituição que tem tão larga tradição de participação crítica no debate público nacional. Os estudantes também não se manifestaram publicamente a respeito da questão. Esperamos que o façam a partir de agora, e utilizando os mais variados instrumentos e meios de pressão. Como ex-alunos da Unesp, mas fundamentalmente como trabalhadoras e trabalhadores da educação, nos recusamos a acreditar que auxiliar os alunos a ‘escovar a história a contrapelo’ possa promover a seleção de respostas erradas nas provas admissionais.

Neste sentido, convidamos a todos que sintam-se representados por este documento que assine embaixo e divulgue da melhor forma que julgar possível. Mais que um texto nosso, é uma construção coletiva.

Douglas Oliveira
Thomas Kodaky
Gustavo Rossi
Davi Alexander Boruszewski
Fernando de Figueiredo Balieiro
Fábio Leandrin
Rafaela Rabesco
Carlos Renato Florio
Nathalia Maringolo
Camilla Marcondes Massaro
Del Omo
Rodrigo Dionisi Capelli
Maicon Nicolino
Naiara Teixeira
Lívia Moraes
Diego Alvares Garcia
Daniel Gomes de Carvalho
Aline Pedro
Patricia Olsen
Ricardo Parra Catarina
Rafael Emilio Faria
Vera Cecarello
Marta Menezes
Mônica Menezes Santos
Roberto Della Santa
Robson Rocha Magri
Mateus Godoi
Carlos Zacarias de Sena Júnior
Regina Miyeko Oshiro
Bianca Sabina Olmedo Monteiro Ferreira
Gaya Maria Vazquez Gicovate
Laís Túbero Izidoro
Uiran Gebara da Silva
Wagner Nicolau Tavares da Silva
Pâmela Leite Simões
Lara Rodrigues Facioli
Paula Nicolau Tavares da Silva
Vanessa Xavier Nadotti
Bruno Meng
Carolina Florencio Pontes
Talita Menegas Pontes
Calis Vinicius Stocker Zandoná
Felipe Freitas de Souza
Silvio José Piovani Junior
Lucas de Carvalho Pelegrino
Breno Carlos da Silva
Marcelo Adolfi
Gisele Lemos da Silva
Ricardo Normanha Ribeiro de Almeida
Aline Saes Rodrigues
Larissa Camila Gonçalves
Ricardo Polimanti
Fábio Gerônimo Mota Diniz
Tadeu Carlos Silva
Cibele Aparecida Fabretti
Fabrício Galleti
Michele Mucio Campani
Thais Vahia de Abreu
Erika Siste Boaventura
Arthur Malaspina
Diego Vitorino
Sofia Lopes de Araujo
Renato Remanaschi Cabrini
Gabriela Oliveira da Costa
Regina Rodrigues
Giovanna Bucioli Pojar
Deni Alfaro Rubbo
Henrique Novo
Livia Maria Terra
Carolina Ribeiro Pátaro
Lucas Tanaka
Diego Coletti Oliva
Flávia Mercúrio Prates
Isabelle Demétrio

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Lelê Teles: O bom Ladrão

ноября 18, 2014 17:45, by Unknown

Na crônica política de hoje Lelê Teles comenta a operação Lava a Jato, a cobertura da mídia e o olhar de uma parcela da população que esquece sempre de olhar para os corruptores. De quebra fala da conversão de Pizzolato e das possíveis indicações de Chico César e Gog para ministérios.
Como sempre, texto imperdível.

Leia mais crônicas de Lelê Teles: 

Lelê Teles: LOBÃO JOGA A TOALHA

Lelê Teles: Ao passar pelo STF se benza!

O BOM LADRÃO

Por Lelê Teles

18/11/29014

A palavra corrupção e corrupto nunca esteve tão em voga. Quem acabou de chegar no Planeta Terra está convicto de que foi o PT quem inventou essa contravenção.

Já a palavra corruptor, larga em nosso léxico, nunca fez parte do vocabulário da mídia familiar e nem dos cartazes dos midiotas.

A inevitável associação dicotômica corrupto/corruptor é um tabu no Brasil. Mesmo porque, sabemos todos, de corruptor e de louco todo brasileiro tem um pouco.

Atentai bem.

O corrupto, funcionário público, é um bagre de escama ordinária. Já o corruptor sempre é um peixe grande. E aí é que mora o problema.

Toda vez que um tubarão é preso, Deus o absolve.

juizes-deuses

Gilmar Mendes, essa eminente e ubíqua deidade, deu dois Habeas Corpus para o banqueiro Daniel Dantas em 48 horas; recorde olímpico, pan-americano e mundial que demorará mais tempo a ser batido do que o salto triplo do nosso João do Pulo.

Salvatori Cacciola, outro banqueiro escroque apanhado a delinquir, orou e Marco Aurélio Mello assinou um perdão e Caccio, oh glória, zarpou pra Europa com o bolso cheio de grana suja.

A tradição, desde a cruz de Cristo, é que Deus conceda o perdão aos bons ladrões. E Deus nos dias de hoje você sabe quem é, né? Se não sabe é melhor saber, a multa pelo crime de ateísmo jurídico está atualmente em 5 mil lascas.

Os midiotas dizem que bandido bom é bandido morto, mas isso é retórica reversa. Na real, a turba midiota só deseja a morte do bandido mau.

E nós sabemos como é que a revistaveja, jornalões e tevezonas definem quem é bom e quem é mau.

Veja o caso dessa traficante loira. A curitibana Marina Stresser de Oliveira. Mesmo flagrada com farto arsenal e uma fartura em drogas e munições, a criminosa não corre o menor risco de ser linchada e amarrada nua em um poste com um cadeado de bicicleta.

Toda imprensa se esforça para compreender o que a levou a delinquir. É sempre assim.

Dentista, loira, inteligente, vaidosa, bem sucedida e bem vestida… são as qualidades da moça, segunda a nossa imprensa. Por que será que ela se enveredou pelo mundo do crime, perguntam estarrecidos repórteres?

No entanto, microfone em punho, esses mesmos repórteres se refestelam quando a polícia prende um moleque preto sem camisa e de chinelos, pego com dois papelotes de cocaína no alto de um morrro sujo e caótico.

Não aparece um psicólogo ou sociólogo para dizer que não sendo loiro, nem dentista, nem vaidoso, nem bem de vida e nem bem vestido, era compreensivo que o jovem estivesse vulnerável à pequena contravenção.

Não, homens de bens é igual a homens de bem. Homens sem bens, são homens maus.

Atentai bem.

Penso nisso enquanto assisto ao elegante desfile de executivos milionários indo ao cárcere. A mídia faz média e é protocolar.

Por que diabos não vão pra cima destes cabras com sangue nos olhos, como foram pra cima de Genoíno e Delúbio Soares? Por que os petistas condenados foram linchados em praça pública, execrados pelos midiotas e até agora continuam amarrados a um poste com uma tranca de bicicleta e ninguém faz uma única piada com os corruptores?

Na condição de mero dactilógrafo, respostas não tenho.

O natal vem aí e em seguida o Réveillon, é tempo de champanhe e caviar. Deus, generoso, há de deixar os nossos filantropos corruptores fazer a farra em Paris, guardanapos na cabeça.

Atentai para essa anedota arrebatadora.

Como profissional de marketing político, trabalhei na campanha do PSDB em Brasília em 2006. Lá conheci um sujeito chamado Buani, ele estava na companhia da esposa, que a mídia canalha e rasa batizou de musa do mensalinho.

Buani era candidato a deputado, mas sua mulher é que apareceria na TV pedindo voto. Um fiasco. No estúdio, a moça sequer conseguia ler o texto no TP.

Buani era o dono da Fiorella, grife de lanchonetes que funcionavam dentro da Câmara dos Deputados. Para continuar parasitando os gordos auxílios alimentação dos servidores sem ser admoestado, Buani pagava um mensalinho de 10 mil lascas ao pequeno Severino Cavalcanti, então presidente da Casa.

Buani, corruptor, embora tenha perdido as concessões que tinha para empresariar na Casa, saiu-se dessa como uma vítima. Severino teve que renunciar ao mandato e foi execrado pela mídia e pelos midiotas. Dois presos, duas medidas.

Estes elegantes corruptores de agora, nem precisarão dizer que foram achacados como o fez Buani. Deus os libertará com o divino benefício da delação premiada.

O diabo é que esse foi um recurso usado por satanás. Judas Iscariotes, eu já o disse, foi o primeiro malandro beneficiado pela delação premiada. Entregou o chefão e ainda saiu, ileso, com uma sacola cheia de moedas.

Atentai bem.

MILAGRE

Estarreço-me ao ler o noticiário. Pizzolato se converteu, se evangelizou.

Com mil diabos!

Jesus foi um prisioneiro, disso todos nós o sabemos. Tomou chicotadas, cusparadas, chutes na bunda, dedo no olho e ainda esfolaram-lhe o lombo no látego.

Dali seguiu pra cruz, de lá pro túmulo e de lá já não se sabe pra onde. Desconfio que o Mestre tenha voltado pro cárcere, é impressionante a quantidade de gente que O encontra por lá.

Não conheço um que entrou na cela cristão e de lá saiu ateu; exemplo inverso há aos milhares. A cadeia é hoje o local com o maior índice de conversão ao cristianismo.

conversao-pizzolato

Pizzolato não fugiu à regra. Sentindo-se só, abandonado, faz uma genuflexão semântica e abre seu coração pra Jesus.

O Bom Ladrão, aquele que se arrependeu aos 45 do segundo tempo, confessou-se gatuno e pediu perdão. Assim o faz até hoje todos os larápios que se convertem atrás das grades.

Mas Pizzo é inocente convicto…

Não faz sentido.

GOG E CHICO CÉSAR

GOG-chico-cesar

Não espere nada do centro se a periferia está morta, dizia Fred Zero Quatro. E a perifa tá viva, elástica e transbordante. Antes se dizia “você pode sair da favela, mas a favela não sai de você”. Hoje pode-se dizer que você não entra na favela, mas a favela entra em você.

Essa força centrípeta, da periferia para o centro, ganhará mais força e legitimidade se tivermos Chico César no Ministério da Cultura e o poeta e rapper GOG comandando a Seppir.

Chega de tanta gravata. A periferia já não pode e já não deve mais aceitar apenas fazer figuração em campanhas de 4 em 4 anos.

Palavra da salvação.

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MP653/2014 desobriga todas as farmácias a funcionar com farmacêutico responsável

ноября 18, 2014 16:17, by Unknown

A profissão do farmacêutico corre sérios riscos de desaparecer, caso A MP 653/2014 seja aprovada.

Como sempre uma lei federal que é feita para desburocratizar, quando chega no Congresso ou Senado, piora e degringola. Foi o que aconteceu com a lei 13.021/2014, que transformava a farmácia em um estabelecimento de saúde. Ela foi editada juntamente com uma MP que em sua primeira versão, permitia a pequenas farmácias e drogarias (caracterizadas como pequeno e micro empresa) funcionar com um técnico, dispensando os farmacêuticos. Só que o relator do texto – Manoel Júnior – piorou a MP e agora quer que isso se aplique a todas as redes de farmácias e drogarias. Como a emenda é sempre pior que o soneto a Medida Provisória revisitada, além de desobrigar as farmácias e drogarias a terem o profissional nos estabelecimentos, tira a possibilidade dos conselhos federais e regionais de fiscalizarem as farmácias! Só na cidade de São Paulo há quase 24 mil farmacêuticos, que podem simplesmente perder sua razão de existir por causa dessa MP. Ela ainda incluiu uma “assistência remota” – que é o atendimento a distância.

Num país onde a prática de automedicação é bastante comum, mesmo com as atuais exigências de só vender antibióticos com receita médica, a presença de um farmacêutico nas farmácias é essencial. É uma questão de saúde pública ter nos estabelecimentos um farmacêutico responsável que confira receitas, a adequação dos medicamentos, que oriente os pacientes. Não à terceirização dos profissionais de saúde!

 

Em defesa da saúde dos brasileiros todos contra a Medida Provisória 653/2014

Por Leonardo Cândido, especial para o Maria Frô

18/112014

A Comissão Mista do Senado e Câmara vai votar amanhã (19) o relatório da Medida Provisória 653/2014. Entre seus pontos mais polêmicos, a MP desobriga a presença dos farmacêuticos nas farmácias e drogarias, e tira a possibilidade de fiscalização da lei pelos Conselhos Regionais de Farmácia para exigir a presença do profissional.

Além disso, o texto do relator Manoel Júnior (PMDB, PB) institui a assistência farmacêutica por telefone ou remota, impossibilitando uma avaliação pessoal do paciente.

O relator defende a flexibilização da exigência de farmacêutico em farmácias caracterizadas como pequenas ou microempresas, e que elas poderão funcionar com a presença de um prático inscrito no conselho da categoria, desde que o órgão sanitário de fiscalização confirme a inexistência de farmacêutico na região.

A justificativa é de que não há profissionais suficientes para o devido atendimento. Mas, de acordo com o Conselho Regional de Farmácia no estado de São Paulo, há 55 mil profissionais ativos. Hoje, segundo dados do próprio conselho, cerca de 10% das farmácias do Estado de SP, o equivalente a 1.493 estabelecimentos, não possuem um farmacêutico presente, conforme determina a lei federal 5991/73.

Para o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Glicério Diniz Maia, derrubar a MP é uma questão de saúde pública. “A farmácia como estabelecimento de saúde é um direito do cidadão que deseja um sistema de saúde de qualidade”, responde Glicério. “Farmácia sem farmacêutico, sem profissional qualificado, é mais ou menos como você ir numa escola que não tem professor, ou ir em um hospital e ser atendido por um advogado”, compara. “Cada profissional tem sua área de atuação, com formação específica”.

Representante dos farmacêuticos no Congresso, o deputado Ivan Valente (PSOL, SP) foi ferrenho defensor da lei 13021/2014, que transformava a farmácia em um estabelecimento de saúde. O projeto obriga a presença dos profissionais nas farmácias e drogarias como condição básica de atenção à saúde. Tão indignado quanto a categoria, ele foi incisivo nas críticas. “Eu não entendi a troco de quê a Presidência da República editou essa medida provisória. Só serve para judicializar o processo”, respondeu ao portal do Senado.

A possibilidade de uma demissão em massa é real. A estimativa é de que 60% da categoria atuam em farmácias e drogarias.

“Eu acabei de me formar em Farmácia, e acabei de entrar em uma drogaria, e ontem que eu fiquei sabendo sobre a MP”, diz Tatiana de Melo Silva. “Eu vejo como uma derrota essa MP, eu gastei uma fortuna na faculdade que eu paguei, e agora é como se eu fosse começar do zero de novo”, finaliza.

O presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ronald Ferreira dos Santos, luta em conjunto com as demais entidades, e defende a presença dos profissionais. “Todos ganham com a obrigatoriedade da presença de um farmacêutico nas farmácias, pois é a garantia de qualidade profissional e de atendimento e que o cidadão das pequenas cidades deve ter o mesmo direito daquele dos grandes centros”, disse.

*Leonardo Cândido Simões é jornalista do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo.

Para saber mais acesse :

SINFARSP

CNTU

Senado

E as páginas do Facebook da categoria Sinfarsp e FENAFAR 

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MP653/2014 desobriga todas as farmácias a funcionar sem farmacêutico responsável

ноября 18, 2014 16:17, by Unknown

A profissão do farmacêutico corre sérios riscos de desaparecer, caso A MP 653/2014 seja aprovada.

Como sempre uma lei federal que é feita para desburocratizar, quando chega no Congresso ou Senado, piora e degringola. Foi o que aconteceu com a lei 13.021/2014, que transformava a farmácia em um estabelecimento de saúde. Ela foi editada juntamente com uma MP que em sua primeira versão, permitia a pequenas farmácias e drogarias (caracterizadas como pequeno e micro empresa) funcionar com um técnico, dispensando os farmacêuticos. Só que o relator do texto – Manoel Júnior – piorou a MP e agora quer que isso se aplique a todas as redes de farmácias e drogarias. Como a emenda é sempre pior que o soneto a Medida Provisória revisitada, além de desobrigar as farmácias e drogarias de terem o profissional nos estabelecimentos, tira a possibilidade dos conselhos federais e regionais de fiscalizarem as farmácias! Só na cidade de São Paulo há quase 24 mil farmacêuticos, que podem simplesmente perder sua razão de existir por causa dessa MP. Ela ainda incluiu uma “assistência remota” – que é o atendimento a distância.

Num país onde a prática de auto-medicação é bastante comum, mesmo com as atuais exigências de só vender antibióticos com receita médica, a presença de um farmacêutico nas farmácias é essencial. É uma questão de saúde pública ter nos estabelecimentos um farmacêutico responsável que confira receitas, a adequação dos medicamentos, que oriente os pacientes. Não à terceirização dos profissionais de saúde!

 

Em defesa da saúde dos brasileiros todos contra a Medida Provisória 653/2014

Por Leonardo Cândido, especial para o Maria Frô

18/112014

A Comissão Mista do Senado e Câmara vai votar amanhã (19) o relatório da Medida Provisória 653/2014. Entre seus pontos mais polêmicos, a MP desobriga a presença dos farmacêuticos nas farmácias e drogarias, e tira a possibilidade de fiscalização da lei pelos Conselhos Regionais de Farmácia para exigir a presença do profissional.

Além disso, o texto do relator Manoel Júnior (PMDB, PB) institui a assistência farmacêutica por telefone ou remota, impossibilitando uma avaliação pessoal do paciente.

O relator defende a flexibilização da exigência de farmacêutico em farmácias caracterizadas como pequenas ou microempresas, e que elas poderão funcionar com a presença de um prático inscrito no conselho da categoria, desde que o órgão sanitário de fiscalização confirme a inexistência de farmacêutico na região.

A justificativa é de que não há profissionais suficientes para o devido atendimento. Mas, de acordo com o Conselho Regional de Farmácia no estado de São Paulo, há 55 mil profissionais ativos. Hoje, segundo dados do próprio conselho, cerca de 10% das farmácias do Estado de SP, o equivalente a 1.493 estabelecimentos, não possuem um farmacêutico presente, conforme determina a lei federal 5991/73.

Para o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, Glicério Diniz Maia, derrubar a MP é uma questão de saúde pública. “A farmácia como estabelecimento de saúde é um direito do cidadão que deseja um sistema de saúde de qualidade”, responde Glicério. “Farmácia sem farmacêutico, sem profissional qualificado, é mais ou menos como você ir numa escola que não tem professor, ou ir em um hospital e ser atendido por um advogado”, compara. “Cada profissional tem sua área de atuação, com formação específica”.

Representante dos farmacêuticos no Congresso, o deputado Ivan Valente (PSOL, SP) foi ferrenho defensor da lei 13021/2014, que transformava a farmácia em um estabelecimento de saúde. O projeto obriga a presença dos profissionais nas farmácias e drogarias como condição básica de atenção à saúde. Tão indignado quanto a categoria, ele foi incisivo nas críticas. “Eu não entendi a troco de quê a Presidência da República editou essa medida provisória. Só serve para judicializar o processo”, respondeu ao portal do Senado.

A possibilidade de uma demissão em massa é real. A estimativa é de que 60% da categoria atuam em farmácias e drogarias.

“Eu acabei de me formar em Farmácia, e acabei de entrar em uma drogaria, e ontem que eu fiquei sabendo sobre a MP”, diz Tatiana de Melo Silva. “Eu vejo como uma derrota essa MP, eu gastei uma fortuna na faculdade que eu paguei, e agora é como se eu fosse começar do zero de novo”, finaliza.

O presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ronald Ferreira dos Santos, luta em conjunto com as demais entidades, e defende a presença dos profissionais. “Todos ganham com a obrigatoriedade da presença de um farmacêutico nas farmácias, pois é a garantia de qualidade profissional e de atendimento e que o cidadão das pequenas cidades deve ter o mesmo direito daquele dos grandes centros”, disse.

*Leonardo Cândido Simões é jornalista do Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo.

Para saber mais acesse :

SINFARSP

CNTU

Senado

E as páginas do Facebook da categoria Sinfarsp e FENAFAR 

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Boechat: oportunismo seletivo de FHC e o ridículo dos fascistas nas ruas

ноября 18, 2014 13:58, by Unknown

“O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso veio a público para dizer que sentia vergonha do que estava acontecendo na Petrobras. Eu queria fazer a seguinte observação: Acho que ele [Fernando Henrique Cardoso] está sendo oportunista quando começa a sentir vergonha com a roubalheira ocorrida na gestão alheia. É o tipo de vergonha que tem memória controlada pelo tempo. A partir de um certo tempo para trás ou para frente você começa a sentir vergonha, porque o presidente Fernando Henrique Cardoso é um homem suficientemente experiente e bem informado para saber que na Petrobras se roubou também durante o seu governo. ‘Ah, mas não pegaram ninguém!” Ora presidente! Dá um desconto porque só falta o senhor achar que na gestão do Sarney não teve gente roubando na Petrobras. Na gestão do Fernando Collor não teve gente roubando na Petrobras. Na gestão do Itamar Franco não teve gente roubando na Petrobras. A Petrobras sempre teve em maior ou menor escala denúncias que apontavam desvios. Eu ganhei um Prêmio Esso em 89 denunciando roubalheira na Petrobras. […] A Petrobras sempre foi vítima de quadrilhas que operavam lá dentro formada por gente dos seus quadros ou que foram indicados por políticos e por empresários, fornecedores, empreiteiras. Então essa vergonha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é sim uma tentativa de manipulação política partidária da questão policial”.

(…) “Eu acho mais o que saudável que as pessoas se manifestem politicamente. Contra e a favor do Governo. Eu acho muito bom que se manifestem contra principalmente porque governos sob pressão tendem a ser mais claros, objetivos, focados no interesse coletivo, mas acho que pegar essas manifestações para vender a ideia de que está se trabalhando um impeachment, ou se pedindo um impeachment da presidente Dilma é tão ridículo quanto estar nessas manifestações para pedir a volta a ditadura militar. Quem está pedindo o impeachment, mesmo que não peça a volta da ditadura militar está trabalhando com o mesmo DNA golpista, o mesmo tipo de idiotice, de imbecilidade, porque a Dilma, queiram ou não, foi eleita legitimamente não pelos nordestinos como parte deles prefere de forma neurótica e preconceituosa propagar, mas pelos mineiros que Aécio Neves governou, cariocas e fluminenses que jamais foram dados a votar em governantes da situação. Então ela foi eleita pela maioria dos votos do Brasil. Pronto, acabou, vira essa página e vamos em frente”.

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