Paulistas, este é o quadro da crise de água e São Paulo, o resto é balela
9 de Maio de 2015, 14:13É um balanço sério, com dados, mostra que Sabep e governo do estado de São Paulo vem descumprimento determinações condicionadas à renovação da outorga de concessão, assim como ignorando todos os relatório técnicos desde a década de 1990. Sabesp especulou na bolsa e não fez a lição de casa, resultado estamos sem água e pagando mais caro por um serviço péssimo.
Em qualquer país do mundo onde informações como estas fossem de fato de interesse da imprensa não estaríamos passando por isso, os interesses especulativos de acionistas não se sobreporiam aos interesses públicos de garantir um direito humano, o acesso a água. Em qualquer país do mundo um governador irresponsável, blindado por uma mídia igualmente corrupta jamais teria sido tão irresponsável e se tivesse sido seria limado nas urnas.
Breve Balanço da Crise da Água
Por: Edson Aparecido da Silva
abril 2015
Passado mais de um ano da crise de abastecimento de água que afeta muitas cidades do Estado e toda a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) com mais de 21 milhões de habitantes e após a divulgação do balanço de 2014 da Sabesp, já temos elementos para um breve balanço da crise.
A falta de chuvas e as altas temperaturas do verão de 2013/2014 com o consequente aumento do consumo de água foram o estopim para o colapso dos sistemas de abastecimento, principalmente do Sistema Cantareira.
A pergunta que deve ser respondida é se, apesar dos fenômenos observados anteriormente, teríamos que estar passando por essa crise que afeta de forma mais significativa as periferias de nossas cidades. A resposta é não.
Isso se o Governo do Estado tivesse transformado em ações práticas os estudos e projetos existentes desde os anos 1990 e se tivesse atendido as recomendações contidas na portaria DAEE do ano de 2004 que autorizou a renovação da outorga do sistema Cantareira e que previa entre outras coisas o seguinte: Artigo 11 – A SABESP deverá elaborar, no prazo de 12 (doze) meses a partir da publicação desta Portaria, em articulação com o DAEE, a ANA e os Comitês PCJ e AT, um Plano de Contingência para ações durante situações de emergência.
Artigo 16 – A SABESP deverá providenciar, no prazo de até 30 (trinta) meses, estudos e projetos que viabilizem a redução de sua dependência do Sistema Cantareira, considerando os Planos de Bacia dos Comitês PCJ e AT.
Artigo 17 – A SABESP deverá manter programas permanentes de controle de perdas, uso racional da água, combate ao desperdício e incentivo ao reuso de água, apresentando, anualmente, relatórios ao DAEE e à ANA que disponibilizarão os dados ao Comitê das Bacias Hidrográficas do Alto Tietê e dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Estas medidas não foram adotadas e o pouco que foi feito não apresentou resultado positivo.
Quadro atual e perspectivas
O racionamento que afeta a população da Região Metropolitana de São Paulo se dá através da chamada “redução da pressão na rede” de dez metros de coluna d’água, o que é determinado por norma técnica, para um metro de coluna d’água em 60% da área de cobertura da rede de distribuição. Nos outros 40%, devido a inexistência de válvulas redutoras de pressão, não há redução e sim o fechamento manual dos registros, direto nos reservatórios ou nas redes de maior porte. Na maioria das localidades ocorre a partir da tarde e volta na manhã seguinte. Essas medidas, somadas à concessão de bônus e a imposição de multa, resultaram em redução do consumo e diminuição das perdas. As chuvas que voltaram com forte intensidade em fevereiro e março, superando um pouco as médias históricas, não serão suficientes para recuperar os volumes armazenados nos reservatórios dos sistemas Cantareira e Alto Tietê a níveis que proporcionem segurança hídrica no próximo período de estiagem que se inicia no final de abril.
Novo quadro do abastecimento de água na RMSP
Um novo parâmetro de consumo na RMSP se desenha a partir dessa crise. A produção de água na região baixou de uma média de 70m³/s (70 mil litros de água por segundo) para 51,71m³/s, diminuição de 26%. No sistema Cantareira, que é o maior, a produção baixou de 33m³/s para 13,70m³/s, ou 41,52%, demonstrando que a condicionante de redução da dependência do Cantareira, para a renovação da outorga em 2004, era possível. O consumo per capita na RMSP, que era de 163 litros por habitante por dia em janeiro de 2014, passou a 126 L/hab/dia no final de dezembro do mesmo ano. Isso mostra que há espaço para redução do consumo.
Faz-se necessário realizar um estudo que aponte qual seria a real demanda de produção de água para atender a população garantindo o abastecimento de forma adequada para satisfazer suas necessidades. Isso porque a redução de produção e consumo, que observamos hoje, não reflete a realidade em razão do racionamento forçado. É a oportunidade que temos de tratar a gestão da água considerando não apenas a demanda mas também a oferta.
A SABESP
Em 2014, a empresa gerou uma receita líquida de aproximadamente R$ 11,2 bilhões e um lucro líquido de R$ 903 milhões. Seus ativos totalizam R$ 30,4 bilhões e seu valor de mercado era de R$ 11,6 bilhões em 31 de dezembro de 2014. Fornece água para 28,4 milhões de pessoas (25,3 milhões com distribuição própria e 3,1 milhões de pessoas que vivem nos municípios que compram água da Sabesp no atacado: São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, Guarulhos e Mogi das Cruzes). Coleta o esgoto gerado por 22,4 milhões de pessoas e atende aproximadamente 67% da população urbana do Estado de São Paulo.
A empresa oferece serviços de consultoria sobre uso racional da água, planejamento e gestão comercial, financeira e operacional. Atua no Panamá, Honduras e Nicarágua, sendo nos dois primeiros países, em parceria com a Latin Consult. Apesar de prestar consultoria internacional de gestão comercial e uso racional da água, continua perdendo 29,8% da água que produz, divididos em 18,8% de perdas físicas e 11,0% de perdas comerciais, segundo dados oficiais da empresa que muitos especialistas consideram subestimados.
O Estado detém 50,3% das ações da Sabesp, 24,9% são negociadas na bolsa de Nova York e 24,8% na Bovespa.
Reajuste de Tarifas
A Agência de Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP) decidiu acatar pedido de revisão tarifária extraordinária da Sabesp, alegando ser este um mecanismo previsto no inciso II, art. 38 da Lei Federal 11.445/2007, que estabelece que a reavaliação das condições da prestação dos serviços e das tarifas praticadas “quando se verificar a ocorrência de fatos não previstos no contrato, fora do controle do prestador dos serviços, que alterem o seu equilíbrio econômico financeiro”. A revisão solicitada é de 13,8% . Em nossa opinião não é justo que população arque com mais esse ônus causado pela incapacidade da Sabesp em adotar as medidas necessárias para evitar que a empresa enfrentasse a situação de desequilíbrio econômico e financeiro, que vive hoje, ocasionada pela queda do consumo e pela concessão de bônus. Ressalte-se que a justificativa adotada pela empresa se relaciona ao aumento dos gastos com energia elétrica. Não concordamos com a tese de que a decisão adotada tenha relação com a “ocorrência de fatos não previstos”, já que, como demonstramos, as medidas necessárias para se evitar a crise não foram tomadas em tempo hábil.
A crise que ora enfrentamos significa a decretação da falência de um modelo de gestão do saneamento que há muito tempo trata os serviços de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos como um negócio e, por isso mesmo, nunca se interessou em realizar campanhas permanentes de redução de consumo. Afinal, vender água se tornou um dos objetivos fim da Sabesp. Quanto mais água vende, mais receita e lucro obtêm e mais dividendos distribui aos seus acionistas. Esse modelo de negócio prioriza as grandes obras e não se preocupa em atuar na compatibilização da demanda em relação à oferta. Investimentos em redução de perdas de água tem se demonstrado ineficientes e programas de reuso são pífios. A falta de transparência e democracia tem sido a marca desse Governo com relação à gestão dos recursos hídricos no Estado. A falta de priorização do tratamento de esgotos que polui os corpos d’água que cortam as cidades da RMSP é, sem dúvida, um dos problemas a serem enfrentados para termos água em condições de tratamento para consumo humano. Construir uma empresa democrática, transparente com controle social e que trate a questão da água e do saneamento como um serviço público essencial deve ser um dos principais desafios colocados para o próximo período.
*Edson Aparecido da Silva é Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental, Membro do Coletivo de Luta pela Água
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Chora Paraná, luta Brasil: A resistência dos servidores do Paraná e a solidariedade de todo o país
5 de Maio de 2015, 9:46Ontem recebi um vídeo do Paraná e fiquei impressionada com o que vi. Aliás, a organização dos servidores do Paraná, com o protagonismo dos professores da rede estadual na linha de frente, já vem me impressionando há tempos. Há muito tempo não vemos nada parecido com isso no país.
Foram eles que contaram ao mundo o absurdo de Beto Richa: mexer na aposentadoria dos servidores para pagar o rombo tucano no governo do Estado. Ao invés de o governador ser julgado pelo Tribunal de Contas do Estado por sua improbidade administrativa, ferindo a lei de Responsabilidade Fiscal, a Assembleia do estado do Paraná que deveria defender os interesses do Paraná, votou contra os servidores do Paraná e o povo do Paraná.
E há meses os servidores estão em luta, denunciando o projeto que foi apelidado de pacotes de maldades, porque é o que ele efetivamente é.
A resistência e mobilização dos professores em março fez com que Beto Richa recuasse. Mas o governador tirano e irresponsável não desistiu e voltou com toda a força, mobilizando o aparato policial do Paraná inteiro para garantir a aprovação do pacote de maldades.
Os professores mobilizados também saíram de todas as cidades do Paraná e foram para o Centro Cívico em Curitiba, local onde fica a Assembleia Legislativa, Richa autorizou o massacre: mais de 300 professores feridos, mais de uma dezena hospitalizados, gravemente feridos, e o mundo todo assistiu incrédulo a cenas grotescas de violência gratuita: professores desarmados sendo massacrados pela polícia, professores apelando por clemência e sendo massacrados pela polícia, uma barbárie noticiada no mundo todo.
O projeto foi aprovado por uma Assembleia completamente em sintonia e apoio ao governador ditatorial.
Mas a luta dos servidores do Paraná não parou e o que foi mais impressionante, a solidariedade à luta dos professores do Paraná se nacionalizou: estádios, teatros, ruas e redes viraram espaços de luta e solidariedade em todo o país. A luta dos professores virou a nossa luta #somostodosprofessores
A belíssima e emocionante canção no vídeo abaixo é resultado desta lufada de decência e resistência que tomou conta do Brasil e tomara que permaneça, tomara que nenhum outro governador tenha a ousadia de jogar a polícia contra os trabalhadores deste país. E se assim fizer, tomara que tenha o mesmo destino de Richa: execração pública, limbo da história.
Apreciem:
“Chora Curitiba
Chora chora Paraná
Hoje quem te ensinou
Tá deitado no asfalto
A voz que te cuidou
Deu um grito engasgado
Quem decide educar pela vida
Quer ser reconhecido e vai
Com a certeza da missão cumprida
E ter sua velhice em paz
Hoje fui marcado a ferro e fogo
e borracha em praça pública
Eu estava armado
livros debaixo do braço e tinta guache na mão
Hoje fui a luta,
botei minha cara a tapa
e então soltaram os cães
Mas mesmo com cara estapeada
Mesmo com a carcaça aviltada
Amanhã levanto
Amanhã levanto
Amanhã levanto a cabeça, o corpo e a voz
Luta Curitiba
Segue a luta Paraná”
Confira “29 de Abril”, composição feita lá em João Pessoa – Paraíba como forma de apoio aos professores do Paraná e repúdio contra as ações do governo, ocorridas no dia 29 de abril de 2015. Como os autores mesmo dizem, “é a música que gostaríamos de não ter feito, dado as circunstâncias, mas também por causa delas, a composição se fez urgente”.
Composição de Daniella Gramani e Erick de Almeida;
Fotos de Julio Garrido, Arranjo Erick de Almeida e Baluarte;
Instrumentos e técnico de gravação Erick de Almeida.
Vozes Carol Pacheco, Erick de Almeida, Daniella Gramani.
Apoio Estúdio Angelim.
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O republicanismo petista com a direita que sequestra o Estado e combate o PT
5 de Maio de 2015, 9:12ANTIPETISMO AVANÇA EM INSTITUIÇÕES DE ESTADO
Por Breno Altman, Opera Mundi
04/05/2015
Três fatos recentes, desenrolados no coração judicial e repressivo do poder público, desnudam a natureza classista e degenerada do Estado oligárquico.
O primeiro destes eventos foi a prisão preventiva do tesoureiro petista, João Vaccari Neto, por ordem do juiz Sérgio Moro, no curso da Operação Lava Jato.
Além de desnecessária, pois o réu jamais se furtou a atender demandas do inquérito ou obstaculizou seu trâmite, revela-se discricionária. Medidas desse naipe não afetaram a nenhum dos demais tesoureiros de grandes partidos, embora tenham arrecadado doações de valores semelhantes com as mesmas empresas.
O segundo episódio é a investigação tramada pelo Ministério Público do Distrito Federal contra o ex-presidente Lula, em caso de suposto tráfico internacional de influência.
Como é de praxe, a apuração não apresenta qualquer elemento concreto, mas já está difundida por setores da imprensa como fato notório e sabido, em mais uma realização da parceria entre jornalismo de oposição e frações do sistema judicial.
O terceiro capítulo é a suspeição da Polícia Federal sobre pagamentos recebidos oficialmente pelo jornalista João Santana Filho, em contrapartida a serviços prestados na campanha presidencial em Angola.
Apesar da ampla documentação apresentada pelo investigado, profissional responsável pelo marketing na reeleição da presidente Dilma Rousseff, dissemina-se especulação de que seriam verbas de companhias brasileiras envolvidas no escândalo da Petrobrás e destinadas ao pagamento de despesas eleitorais do atual prefeito paulistano, Fernando Haddad.
Estas três situações são apenas retratos atualizados da perversão alojada no Estado.
O Ministério Público, a Polícia Federal, parte da magistratura e outros espaços estão se convertendo em bunkers contra o PT, marcados por abuso de poder e autoritarismo, atropelando leis e direitos constitucionais, a serviço de determinados objetivos políticos.
O que é pior: sob as barbas do próprio partido governante.
Os governos de Lula e Dilma, em nome de apresentar imagem republicana e evitar críticas de aparelhamento, preveniram quase exclusivamente exageros que seu próprio campo político poderia cometer, concedendo cotas cada vez maiores de autonomia a fortalezas historicamente controladas pelas velhas classes dominantes, sem alterar suas características antidemocráticas.
Afinal, a lógica da conciliação, predominante desde 2003, alimentada por situação parlamentar desfavorável, impunha que a mudança social e econômica não fosse acompanhada pela tentativa de reforma radical das instituições e a substituição de seu comando.
Os inimigos do petismo, beneficiados por este pacto de mão única, tiveram caminho franqueado para abocanhar fatias crescentes dos aparatos de justiça e segurança, assanhadamente partidarizados e coadjuvando estratégia de desestabilização patrocinada por forças conservadoras.
O combate à corrupção, sob a presidência de Lula e Dilma, alcançou patamares jamais vistos na história brasileira, com amplo portfólio de providências legais, administrativas e orçamentárias.
Mas a facilidade de movimento dos grupos reacionários, no interior dos sistemas de coerção, acabou por permitir que se apropriassem deste avanço civilizatório para fabricar campanha permanente contra o PT e seus dirigentes, sempre tabelando com parceiros na mídia corporativa.
Ao não se libertar desta armadilha, o governo silencia diante de malfeito à democracia, agredida por terrorismo judicial nascido nas entranhas do Estado.
A impunidade de policiais federais que faziam abertamente campanha por Aécio Neves, por exemplo, ao mesmo tempo em que lideravam investigações da Operação Lava Jato, serve de estímulo a outros malversadores da função pública.
Talvez o cenário não seja propício a decisões práticas e imediatas que revertam a anomalia. O mínimo que se pode esperar, porém, é que o governo, através do ministro da Justiça, desmascare publicamente manobras que violam preceitos republicanos e ofendem a Constituição.
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Lelê Teles: ESGARAVATANDO OS GRAVATAÍS
4 de Maio de 2015, 18:13ESGARAVATANDO OS GRAVATAÍS
Por: Lelê Teles
Leia também:
Instituto Lula: As sete mentiras da capa de Época sobre Lula
Quando a nefanda figura de Gravataí Merengue nos saltou à vista, muita gente indignou-se. O sabujo estava a ser pago com dinheiro público para achincalhar o PT e somente o PT.
Muita gente se indignou com esse indigno recorte ideológico, e com o fato de que o jornalista Fernando Gouveia se escondia por trás de um pseudônimo e de uma montanha de grana viva.
Uma bufunfa de 70 mil lascas o remunerava, grana do contribuinte paulista, tudo feito às escondidas, na camuflagem. Pagavam para o cabra mentir e disseminar ódio. Veja você.
Os críticos queriam saber se além de Merengue haveriam outros jornalistas sendo pagos pela viúva para antipatizar e antipetizar.
Eu alertei que a prática era antiga, dona Judith Brito já sinalizara isso lá atrás, um pouco antes de uma bolinha de papel cascudear o cocuruto de Serra.
Aliás, até um pouco antes, desde que a revistaveja fez um outdoor com a capa do então candidato Geraldo Alckmin, aquele que é a cara do Tião Gavião da Corrida Maluca. A capa da revistaveja virou panfleto há muito tempo.
A loira do SBT Brasil, Tio Rei, Mainardi, Jabor, todos esses Mervais já gravataizavam antes de Merengue. Todos alimentados com a ração do contribuinte, todos mentindo, destilando ódio e ranger de dentes, caninamente.
Agora foi o editor de polícia de Época, Diego Escosteguy, o neófito, quem aderiu ao gravataismo. Pego de calças curtas, meteu sua revista em uma saia justa.
Sua falsa denúncia contra Lula, acusando-o de esnobe lobista, foi um tiro n’água. Não repercutiu e foi desmentida no dia seguinte. Desmontada anatomicamente, mentira por mentira pelo Instituto Lula, a reporcagem mostrou-se um grande um furo, um furo num saco vazio.
Tratava-se pura e simplesmente de gravataismo.
O gravataismo serve somente como ração para os midiotas, os retardados online. Quem acredita nesses cabras, nos Gravataís que pululam pelas grandes redações, acredita em qualquer coisa, qualquer coisa que venha deles.
Os midiotas São vazios como o saco de Escosteguy e flácidos como a bunda do pequeno Kim.
Porém, são peças fundamentais na engrenagem do que dona Judith chamou de jornalismo de oposição. Na verdade é um jornalismo de posição, terminantemente contra o PT.
Ou melhor, contra o que chamam de petismo – ou lulopetismo – uma doutrina inventada por eles mesmos e para o desfrute deles próprios.
Essa palavra, o petismo – quem não o sabe? – é algo como o jornalismo, tem nome de movimento, mas só tem nome. Movimento não é.
Porque se o jornalismo fosse um movimento, os gravataís estariam a ser chamados de traidores do movimento, como nós punks costumávamos dizer no passado sobre os trânsfugas.
Palavra da salvação.
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Instituto Lula: As sete mentiras da capa de Época sobre Lula
4 de Maio de 2015, 11:54Instituto Lula responde ao porcojornalixo dos sabujos a serviço da famiglia Marinho, grupo do monopólio da comunicação do país que não explica suas contas secretas no HSBC sem declaração no imposto de renda e jamais apresentou o DARF que prova que a Rede Globo não sonegou mais de 600 milhões de reais aos cofres públicos.
Ao ler toda a nota descobrimos como Época não apenas engana seus leitores, como mente descaradamente ao falsear dados públicos. Só espero que o Instituto Lula não fique só em nota e processe quem não tem compromisso nem com a verdade, nem com a informação e com suas capas factoides vive destruindo a reputação de um ex-presidente do porte de Luiz Inácio Lula da Silva.
NOTA À IMPRENSA
As sete mentiras da capa de Época sobre Lula
Por: Instituto Lula
São Paulo, 4 de maio de 2015
A revista Época, em nota assinada pelo seu editor-chefe, Diego Escosteguy, na sexta-feira (1), reafirmou o que está escrito na matéria “Lula, o operador”, como sendo correto e verdadeiro. Como a nota do seu editor é uma reiteração de erros cometidos pela revista, apontamos aqui as 7 principais dentre as muitas mentiras da matéria de Época.
Primeira mentira – dizer que Lula está sendo investigado pelo Ministério Público.
A Época afirma que o Ministério Público abriu “uma investigação” na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria “formalmente suspeito” de dois crimes. Época não cita fontes nem o nome do procurador responsável pelo procedimento.
O Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República do Distrito Federal não abriu qualquer tipo de investigação sobre as atividades do ex-presidente Lula. O jornal O Globo, do mesmo grupo editorial, ouviu a propósito a procuradora Mirella Aguiar sobre o feito em curso e ela esclareceu: há um “procedimento preliminar”, decorrente de representação de um único procurador, uma “notícia de fato”, que poderá ou não desdobrar-se em investigação ou inquérito, ou simplesmente ser arquivada.
A mesma diferenciação foi observada pelo jornal The New York Times e pela agência Bloomberg. O The New York Times chamou de “preliminary step” (um passo preliminar) e não de investigação.Isso não é um detalhe, e para quem preza a correção dos fatos, faz diferença do ponto de vista jurídico e jornalístico.
Ao publicar apenas parcialmente o cabeçalho de um documento do MP, sem citar os nomes do procurador Anselmo Lopes, que provocou a iniciativa, e da procuradora Mirella, que deu prosseguimento de ofício, e sem mostrar do que realmente se trata o procedimento, Época tenta enganar deliberadamente seus leitores.
Segunda mentira- Lula seria lobista
No início da matéria a revista lembra um fato: Lula deixou o poder em janeiro de 2011 com grande popularidade e desde então, não ocupa mais cargo público. Segundo a revista, Lula faria lobby para privilegiar seus “clientes”. Que fique bem claro, como respondemos à revista: o ex-presidente faz palestras e não lobby ou consultoria.
A revista Época colocou todas as respostas das pessoas e entidades citadas nas suas ilações no fim da matéria, que não está disponível na internet. Por isso vale ressaltar trecho da resposta enviada pelo Instituto Lula:
“No caso de atividades profissionais, palestras promovidas por empresas nacionais ou estrangeiras, o ex-presidente é remunerado, como outros ex-presidentes que fazem palestras. O ex-presidente já fez palestras para empresas nacionais e estrangeiras dos mais diversos setores – tecnologia, financeiro, autopeças, consumo, comunicações – e de diversos países como Estados Unidos, México, Suécia, Coreia do Sul, Argentina, Espanha e Itália, entre outros. Como é de praxe as entidades promotoras se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem. O ex-presidente faz palestras, e não presta serviço de consultoria ou de qualquer outro tipo.”
Os jornalistas Thiago Bronzatto e Felipe Coutinho, que assinam o texto, chamam Lula de “lobista em chefe”. A expressão, além de caluniosa, não condiz com a verdade, e revela o preconceito e a ignorância dos jornalistas de Época em relação ao papel de um ex-presidente na defesa dos interesses de seu país.
O que Lula fez, na Presidência e fora dela, foi promover o Brasil e suas empresas. Nenhum presidente da história do país liderou tantas missões de empresários ao exterior, no esforço de internacionalizar nossas empresas e aumentar nossas exportações.
Terceira mentira – sobre as viagens de Lula
A “reportagem” de Época não tem sustentação factual. A revista afirma que nos últimos quatro anos Lula teria viajado constantemente para “cuidar dos seus negócios”. E continua: “Os destinos foram basicamente os mesmos – de Cuba a Gana, passando por Angola e República Dominicana.”
Vamos deixar bem claro: o ex-presidente não tem nenhum negócio no exterior. E, ao dizer “a maioria das andanças de Lula foi bancada pela construtora Odebrecht”, mente novamente a revista. Não é verdade que a maioria das viagens do ex-presidente foi paga pela Odebrecht. Repetimos trecho da nota enviada para a revista: “O ex-presidente já fez palestras para empresas nacionais e estrangeiras dos mais diversos setores – tecnologia, financeiro, autopeças, consumo, comunicações – e de diversos países como Estados Unidos, México, Suécia, Coreia do Sul, Argentina, Espanha e Itália, entre outros. Como é de praxe as entidades promotoras se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem.”
Mesmo sem ter obrigação nenhuma de fazê-lo, as viagens do ex-presidente estão documentadas no site do Instituto Lula e as suas viagens ao exterior foram informadas à imprensa.
De novo, diferente do que diz a revista, depois que deixou a Presidência, Lula viajou para muitos países, e o mais visitado foi os Estados Unidos da América (6 viagens), onde entre outras atividades recebeu o prêmio da World Food Prize, pelos seus esforços de combate à fome, em outubro de 2011, e do International Crisis Group, em abril de 2013, por ter impulsionado o Brasil em uma nova era econômica e política.
Nos EUA encontrou-se ainda, por duas vezes, com o ex-presidente Bill Clinton –que também tem o seu instituto e também faz palestras.
Dois países empatam no segundo lugar de mais visitados por Lula após a presidência: o México e a Espanha (5 visitas cada um). No México, além de proferir palestras para empresas do país, Lula recebeu o prêmio Amalia Solórzano, em outubro de 2011 e lançou, junto com o presidente Peña Nieto, a convite do governo mexicano, um programa contra a fome inspirado na experiência brasileira.
Na Espanha, Lula recebeu os prêmios da cidade de Cádiz por combater a pobreza, o prêmio internacional da Catalunha, e o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Salamanca.
Os leitores que eventualmente confiem na Época como sua única fonte de informação, não só não foram informados desses prêmios, como foram mal informados sobre as atividades do ex-presidente no exterior.
Sobre os países citados pela revista, Lula esteve, desde que saiu da presidência, três vezes em Cuba, duas em Angola, e somente uma vez em Gana e na República Dominicana, os dois países mais citados na matéria.
A revista diz serem “questionáveis” moralmente as atividades de Lula como ex-presidente. Em primeiro lugar, como demonstrado acima, a revista está mal informada ou informando mal sobre tais atividades (provavelmente os dois). Por exemplo, a revista acha moralmente questionável organizar, na Etiópia, um Fórum pela Erradicação da Fome na África, junto com a FAO e a União Africana? Esse evento não foi noticiado pela Época, nem pela Veja. Mas foi noticiado pelo jornal britânico The Guardian (em inglês ).
Ou em Angola, país citado pela Época, a revista acha moralmente questionável fazer uma grande conferência, para mais de mil representantes do governo, do congresso, de partidos políticos e de ONGs, além de acadêmicos e jornalistas angolanos, reunidos para ouvir sobre as políticas públicas de Angola e do Brasil para reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento econômico?
Parafraseando a revista, moralmente, o jornalismo de Época, que mente para seus leitores desde a capa da revista, é questionável. Mas será que à luz das leis brasileiras, há possibilidade de ser objeto de ação judicial?
Quarta mentira – sobre a visita de Luiz Dulci à República Dominicana
A revista Época constrói teorias malucas não só sobre as viagens do ex-presidente, mas questiona e faz ilações também sobre a visita do ex-ministro e diretor do Instituto Lula, Luiz Dulci, à República Dominicana em novembro de 2014. A revista foi informada, e publicou que o ex-ministro viajou ao país para fazer uma conferência, mas não que era sobre as políticas sociais brasileiras. Deu entrevistas à imprensa local e foi convidado pelo presidente Medina para uma conversa sobre as políticas sociais brasileiras, das quais o presidente dominicano é um admirador. A revista registrou apenas como “versão” que Dulci foi convidado pelo Senado do país. Todos os documentos do convite e da viagem estão disponíveis para quem quiser consultá-los. O que a revista não fez antes de se espantar com o interesse no exterior sobre os êxitos do governo Lula.
Quinta mentira – a criminalização da atividade diplomática do Brasil em Gana
Época relaciona como denúncia “dentro de um padrão”, um comunicado diplomático feito pela embaixada brasileira no país um ano antes de Lula visitar Gana, enviado em 30 de março de 2012. Lula esteve em Gana apenas um ano depois de tal comunicado, em março de 2013. É importante lembrar aos jornalistas “investigativos” da Época, que em março de 2012, Lula estava se recuperando do tratamento feito contra o câncer na laringe, que havia sido encerrado no mês anterior.
Quanto ao telegrama de Irene Gala, embaixadora do Brasil em Gana, a resposta do Itamaraty colocada no fim do texto da Época, malandramente longe da ilação contra a diplomata, é cristalina sobre não haver qualquer irregularidade nele: “O Itamaraty tem, entre as suas atribuições, a atuação em favor de empresas brasileiras no exterior. Nesse contexto, a realização de gestões com vistas à realização de um investimento não constitui irregularidade.”
É lamentável que o grau de parcialidade de certas publicações tenha chegado ao ponto de tentar difamar funcionários públicos de carreira por simplesmente fazerem o que é parte de suas atribuições profissionais. Seria como criticar uma embaixada brasileira por dar apoio a um jornalista da Época, uma empresa privada, quando o mesmo estivesse em visita a um país.Sexta mentira – a criminalização do financiamento à exportação de serviços pelo Brasil
A revista criminaliza e partidariza a questão do financiamento pelo BNDES de empresas brasileiras na exportação de serviços. É importante notar que esse financiamento começou antes de 2003, ou seja, antes do governo do ex-presidente Lula.
Sobre o tema, se pronunciou o BNDES em comunicado. A questão foi analisada em textos de Marcelo Zero e Luís Nassif, que lembrou que a publicação irmã de Época, Época Negócios, exaltou a internacionalização das empresas brasileiras em outubro de 2014.
Sétima e maior mentira – o “método jornalístico” de Época
Bolsas de estudo pomposas nos Estados Unidos pagas por institutos conservadores valem pouco se o jornalismo é praticado de maneira açodada, com má vontade e parcialidade, de uma forma mentirosa.
Não é a primeira vez que o Instituto Lula, ou outras pessoas e entidades tem contato com o método “Época” de jornalismo (que não é também exclusivo desta revista). Resumindo de forma rudimentar, o método constitui na criação de narrativas associando fatos, supostos fatos ou parte de fatos que não têm relação entre si, e que são colados pelo jornalista, construindo teorias sem checar com as fontes se a realidade difere da sua fantasia.
Poucas horas antes do fechamento, quando pelos prazos de produção jornalística provavelmente a matéria já está com as páginas reservadas na revista, capa escolhida e infográficos feitos, o repórter entra em contato, por e-mail, com as pessoas citadas na matéria. Em geral sem contar sobre o que realmente o texto se trata (Época não perguntou ou mencionou a iniciativa do Ministério Público). Não há interesse real em verificar se as acusações, em geral muito pesadas, se sustentam e justificam o espaço dado ao assunto ou o enfoque do texto.
Mesmo que a tese do jornalista não se comprove, a matéria não será revista e será publicada. Na “melhor” das hipóteses, as respostas das pessoas e entidades envolvidas serão contempladas ao final da matéria, e este trecho não será disponibilizado online (e muitas vezes não é visto com cuidado por jornalistas de outros veículos que dão a “repercussão” do fato). É feito assim, primeiro porque a revista não teria nenhuma matéria para colocar no lugar, e segundo porque isso poderia afetar o impacto político, bem como a repercussão em outros órgãos de imprensa e nas mídias sociais.
Foi exatamente isso que a Época fez. Contatou o Instituto Lula, a partir de Brasília, três horas antes do fechamento. Haviam duas opções: falar por telefone ou por e-mail. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, para registrar inclusive as perguntas e respostas à revista, optou por responder por e-mail, lamentando que não houve a possibilidade de esclarecer as dúvidas da revista pessoalmente.
É importante registrar que Época ou não ouviu, ou não registrou o outro lado de todos os citados na matéria. Cita e publica fotos de dois chefes de Estado estrangeiros, John Dramani Mahama, de Gana, e Danilo Medina, da República Dominicana, ambos eleitos democraticamente e representantes de seus respectivos países. E não os ouve, nem suas embaixadas no Brasil.
Mais absurdo ainda porque, em tese, a revista Época deveria seguir os “Princípios Editoriais do Grupo Globo”, do qual faz parte, e que foram anunciados para milhões de brasileiros, no Jornal Nacional.
Como a revista não parece respeitar o jornalismo, diplomatas, chefes de estado dominicanos ou ganenses, ou ex-ministros e ex-chefes de estado brasileiros, melhor lembrar a recomendação de um norte-americano, Joseph Pulitzer, sobre os danos sociais da má prática jornalística. “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária e demagógica formará um público tão vil quanto ela mesma.”
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