Campanha de Skaf copia slongan da campanha de Padilha
18 de Junho de 2014, 11:55 - sem comentários aindaA tentativa do candidato do PMDB de se apropriar do mote foi criticada pelo candidato do PT ao Governo do Estado, em entrevista, nesta quarta-feira, à rádio Iguatemi
Padilha diz que cópia de slogan é golpe baixo
Da Assessoria do Candidato Alexandre Padilha encaminhado por e-mail
18/06/2014
São Paulo, 18 de junho de 2014 – No último domingo (15), o PT, em encontro na capital, oficializou a candidatura do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha apresentando o slogan “Para Mudar de Verdade” com propostas de mudança para a população paulista. Desde 9h, quando os portões do Ginásio da Portuguesa, no Canindé, foram abertos, o jingle “Para Mudar de Verdade” e a hashtags #MudançaDeVerdade e #ParaMudarDeVerdade, usadas em redes sociais, eram apresentadas nos sistemas de som e imagem locais.
No dia anterior (sábado, 14), a campanha do candidato do PMDB, Paulo Skaf, lançou em sua convenção o slogan “Por Amor a SP”. Porém, na segunda-feira, campanha peemedebista começa a usar a hashtag #MudançadeVerdade em suas divulgações em redes sociais.
O fato causou estranhamento no candidato do PT, Alexandre Padilha, e na coordenação da campanha. “Nós temos que fazer uma mudança de verdade no Estado. Eu fiquei muito impressionado, chateado, inclusive, de ver outro candidato que tinha um slogan no sábado e a partir de segunda-feira se apropriou daquele que havíamos lançado. Tem gente que usa a propaganda de uma entidade para se promover e agora passou a se apropriar do slogan do PT.”, afirmou Padilha, na manhã desta quarta-feira, em entrevista ao programa Figueiredo Junior (Rádio Iguatemi). “Torço para que essa não tenha sido uma decisão do candidato. Talvez seja da equipe dele. Assim, o candidato pode rever isso de imediato. Mas se a ideia de usar o slogan da candidatura do PT foi do candidato é um golpe baixo, um gesto pequeno que não faz bem para quem quer renovar e fazer com que as pessoas participem mais da política no país”, completou. Para o presidente estadual do PT, Emidio de Souza, tal ação é “desrespeitosa, rasteira, desleal e acima de tudo, absolutamente contraditória, pois quem deseja mudança cria e não copia”.
A alteração do bordão peemedebista, após a divulgação do slogan do PT, fica bem explícita com um acompanhamento de posts nas redes sociais. No dia 14, data da convenção do PMDB, o slogan “Por Amor a SP” foi usado em redes sociais com a hashtag #PorAmoraSP. No mesmo ocorreu no dia seguinte (15). O uso da cópia começa no dia 16, em post de 16h52, quando o perfil do candidato do PMDB usa pela primeira vez a hashtag #MudançadeVerdade e adota o mote também em sua página do Facebook. Na terça-feira (17), Skaf usa, outra vez, a #MudançaDeVerdade.
Também na terça-feira, para a reportagem da Folha.com, a assessoria de Skaf afirmou que a coligação encabeçada pelo PMDB seria registrada como “Mudança de Verdade”.
Vale ressaltar que a busca por alternativas para o Estado, após 20 anos de governos do PSDB, norteiam a estruturação do Programa de Governo coordenado pelo Diretório Estadual do PT, incluindo aí um amplo diálogo com lideranças de diferentes origens, sempre propondo a mudança nos rumos de São Paulo. “Sempre atuei muito na política, mas não sou daqueles que admite que política não combine com ética. Tenho postura ética. Essa é a primeira vez que saio candidato numa eleição. Acho importante essa renovação, porque é preciso ter cada vez mais pessoas que queiram exercer a política com ética, com respeito, sem ataque e sem grosseria”, finalizou Padilha.
O festival de insultos com que a direita brindou a Presidenta da República, foi uma demonstração de explícita de selvageria e desrespeito
18 de Junho de 2014, 6:13 - sem comentários aindaAs redes estão uma delícia, a quantidade de memes e tumblr que surgiram para tirar onda da elite vira-latas são fabulosos, vejam este tumblr, por exemplo: Baronesa do Café. Entenda a razão deste tumblr aqui.
Eu gostaria de publicar todos os textos que trataram do ato de selvageria deste elite ignara, sem capital cultural, que o dinheiro não conseguiu comprar civilidade, educação, refinamento, que não consegue tirá-la da redoma da vida fútil em que vive e aceitar e contribuir para o crescimento do país.
Sei que estou pedindo muito, afinal a nossa elite é herdeira da escravidão, para ela a inclusão de mais de 50 milhões de brasileiros ao mercado de consumo nos últimos doze anos é um acinte.
Esta elite vira-latas se indigna até mesmo com a ida de jovens negros aos shoppings - seus templos de marcas- , usam marcas escravistas em suas camisetas, enfim, é um desperdício tentar convencê-la de que embora era tenha um imenso complexo de colonizado, ela nunca chegará à elite que ela tanto almeja e que sempre tentou imitar desde o século XVIII.
O futuro desta elite é a chacota dos cidadãos que não permitirão que este país dê um passo atrás em suas conquistas cidadãs.
A direita tomou no c…
Marcelo Carneiro da Cunha*, Sul 21
16/06/2014
Fato é que, noves fora tudo, a Copa está sendo uma beldade. As redes sociais, que não nos deixam mentir sem estatísticas, já migraram fortemente de uns 68% de comentários negativos há dez dias para algo como 70% positivos nesse final de semana. Isso se chama mood, em bom português, e só militante do PSTU sofrendo de azia não reconhece que o mood, ora vejam, mudou.
Nenhum aeroporto sucumbiu diante das hordas de torcedores, que se tenha notícia, e os gramados vocês têm visto em HD. Uma beleza, não é mesmo?
E, na contramão de tudo isso, caros leitores, a direita mostrou a cara feia a bexigosa, e o povo viu.
Durante o jogo de abertura, em um momento em que o país se apresentava diante do mundo, e fazendo bonito no conjunto da obra, uma gangue formada por representantes do que existe de mais arcaico no andar de cima da sociedade brasileira usou de palavras inaceitáveis contra a presidente Dilma.
A vaia já teria sido desagradável, e provavelmente injusta. Mas ela pertence à tradição iconoclasta da cultura brasileira. Não gostamos de ídolos, ou gostamos, desde a gente possa maltratá-los livremente.
Já o festival de insultos com que a direita brindou a Presidente da República, foi uma demonstração de explícita de selvageria e desrespeito não apenas a ela, mas ao país. Não se trata a Presidência da República como se lixo fosse, a não ser que a gente a veja como tal. Essa gente, vê assim.
A direita brasileira posa de boazinha. Ela é o sinhô que se acha bom por distribuir sobras, desde que pagas pelo erário. Ela se imagina como a nata de um líquido que não é leite, mesmo que branco, a prova de que somos chiques, mesmo nos trópicos e apesar do povo mestiço que precisam tolerar, ou não teriam quem fizesse o trabalho pesado, deus no salve.
Ela finge que tolera, mas intolera pelos poros. Ela detesta ver um Lula sendo celebrado como estadista. Ela detesta estar nessa posição de coadjuvante, mesmo ganhando os tubos. Se a direita não podia com Lula, achou que podia com Dilma. E ali, em pleno Itaquerão ela se mostrou pra valer, se divertiu, se lambuzou.
E, estimados leitores, essa direita pode ter virado o jogo contra ela, em um belo caso de tiro no pé, coisa de quem não entende o que acontece, mesmo que possa comprar muitas das coisas que não entende.
Até então a narrativa estava na mão deles, desde que a perdemos em 2013. Os protestos contra tudo, nas mãos da imprensa e de um setor que ainda consegue construir narrativa, viraram um protesto contra a Copa e contra o PT.
A direita vive de tentar provar que é uma queridinha, uma tia-avó daquelas com bigode e hábitos exóticos, mas incapaz de maldade. Aquilo que se viu no estádio foi pura maldade. Foi fel escorrendo pelos beiços, foi ódio. De classe.
Se alguém odeia nesse país, é a direita, e ela deixou isso claro.
O povo pode ver ali a sua representante eleita sendo vítima de ódio, de uma classe que ofende por se sentir ofendida com a presença de uma mulher como a Dilma no posto que é deles, por direito divino.
Agora é a nossa vez. A narrativa voltou para o nosso lado, e mantê-la aqui é uma questão de competência. Lula já percebeu, e os movimentos vão começar logo, observem.
A direita é o que é, e sua política de massas cabe em uma Kombi. A convenção do PSDB que decretou Aécio o novo ungido teve que trazer militante pago, como sempre. Cravar uma cunha entre esse movimento sem povo e o povo é algo que depende, apenas, da nossa competência.
A Copa mal começou e lá fora já começam a dizer que é a melhor Copa de todos os tempos. Isso não quer dizer que, subitamente, CBF, governos e o Fortunati passaram a dar certo. Mas simplesmente o reconhecimento de que o Brasil já tinha infraestutura pra dar conta de um evento desses, por não sermos a África do Sul, e que em termos de cultura futebolística somos potência, e não colônia. Jogos aqui estão envolvidos em uma das grandes molduras do mundo, em todos os sentidos, algo que até os centroavantes já perceberam.
A direita mostrou as garras, e elas assustaram a quem até agora estava assim, meio sem saber o que achar. A partir desse momento, é impossível não ver, e cabe a nós simplesmente garantir que isso seja visto.
Cabe agora não dar a eles o espaço que cederam pela própria burrice e selvageria. Deixar claro que aquilo não foi um deslize, mas uma revelação. A direita é horrível, e ela deixou que sua feiura se mostrasse. Isso deve ser mais do que o suficiente para colocar as coisas em seus respectivos lugares, e lembrar a todos que defeitos são parte do negócio, mas existe o que está acima do defeito, e que se chama de alma. Nós temos uma, e isso, caros e estimados leitores, faz toda, mas toda a diferença.
Uma boa Copa a todos, e vamos em frente.*Marcelo Carneiro da Cunha é escritor.
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17 de Junho de 2014, 6:19 - sem comentários aindaJuro que não vou comentar nada sobre o complexo de vira-latas, além de desnecessário, porque ele se configura de modo didático no post, o melhor de tudo são as respostas dadas para a empresária:
Eis o post, clique nas imagens para ampliá-las:
Eis os comentários impagáveis, apenas um reforça o post original, mas todos mostram bem a diferença entre Brazil e Brasil:
Transcrevo o de Jeferson Monteiro, o criador de Dilma Bolada
Jeferson Monteiro
“Até onde sei, ninguém falou que alguém era ou deixava de ser brasileiro, foi dito sim a diferença entre o povo brasileiro e a elite paulistana que puxou as vaias(isso foi noticiado pelo Estadão). Agora se a carapuça serviu pra bonita, que faça bom uso. É o cúmulo do ridículo usar a página da empresa pra querer aparecer, pagar de vítima e se vangloriar de coisas que não são mais que sua obrigação.
Engraçado que a burrice é tamanha que acha que Lula tá querendo mesmo criar uma rixa entre o novo empresariado brasileiro que ascendeu graças a ele mesmo.
A diferença entre a elite ignorante e o povo não é a conta bancárias ou bens pessoais, é o caráter, tem muito empresário bem sucedido por aí que é muito mais do povo que pessoas como você que está começando agora, você poderia perfeitamente se enquadrar na categoria do povo brasileiro mas prefere ter o seu lado, como você mesmo disse, a elite branco-europeia nascida no Brasil. Mas não me surpreende: quem nasceu pra ser Cofee Lab jamais será uma Magazine Luiza.
Em tempo, acho que vc merece um Nobel por dar emprego pra 50 pessoas. E Lula e Dilma que deram emprego pra 20 milhões, nem sei o que devem ganhar…”
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17 de Junho de 2014, 4:10 - sem comentários aindaUma das melhores falas de Lula e Dilma em Pernambuco à semana passada. Vale cada minuto.
Não deixe de ler o post de Conceição Lemes sobre a censura na transmissão da Fifa no chute do exoesqueleto:
Fifa, cadê a íntegra do chute inaugural da Copa do Mundo que ocultou?
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17 de Junho de 2014, 3:22 - sem comentários aindaCaetano Veloso em seu Facebook
Sobre o jogo Argentina x Bósnia, ontem na estreia do #Maracanã na #Copa2014:
“Fui com meu filho mais novo ver Argentina x Bósnia no Maracanã. Fomos de metrô.
A estação da General Osório estava cheia. Gostei de ver tantos argentinos nas plataformas. Muitas camisas celeste-e-branco nos vagões (meu filho, admirador do futebol portenho desde pequeno – quando era fã de Riquelme – e devoto de Messi, usava uma camisa do uniforme B da seleção argentina) mas foram os mexicanos que fizeram mais barulho dentro do trem, gritando “México, México” e girando uma matraca ensurdecedora.
Adorei ir vendo as estações se seguirem: General Osório, Cantagalo, Siqueira Campos, Cardeal Arco Verde, Botafogo, Glória, Cinelândia, Carioca, Uruguaiana, Presidente Vargas, tudo me trazendo à mente as zonas da cidade acima. Não sei se na Uruguaiana ou na Central (talvez antes), tivemos de trocar de linha, passando da que vai para o Uruguai para a que vai para a Pavuna.
Na espera do trem em que prosseguiríamos, tivemos um trailer do que a multidão argentina faria no Maracanã: grupos enormes de rapazes de azul e branco puxando cânticos lúdico-bélicos com voz mais próxima à de coro de ópera das torcidas italianas do que das guturalidades bárbaras dos ingleses.
Na estação Maracanã, um largo rio desse coral dominava a passarela. Já nas arquibancadas, ouvíamos com emoção os refrões.
Esperávamos alguma torcida brasileira contra a Argentina. Mas os gritos de “Olê olê olê olá, Bosniá, Bosniá” só cresceram quando o time argentino pareceu bem menos enérgico do que a torcida – e os bósnios ameaçaram dominar.
O gol da Bósnia encorajou o narcisismo das pequenas diferenças que alimenta a rivalidade entre argentinos e brasileiros. Os torcedores argentinos tinham tomado conta do Maracanã desde a entrada do seu time. O gol contra (será que é a regra nesta Copa?) silenciou os pouquíssimos torcedores bósnios e os muitos brasileiros que os apoiavam.
Meu filho profetizou que Ibisevic traria força à Bósnia. E seu gol excitou a torcida anti-rioplatense. O Maracanã cheio de argentinos torcendo era uma beleza. Senti a força do sentimento de nacionalidade como uma coisa que encontra no futebol um canal de expressão sem vergonha. Meus olhos se encheram de lágrimas. A rivalidade Brasil-Argentina me fazia sorrir. Uma três vezes pintou eco de começo de briga em algum lugar: os assentos batucavam com as pessoas levantando-se de repente para ver (e possivelmente defender-se). Mas nada cresceu.
Uns brasileiros à nossa frente, que vaiavam os argentinos e louvavam a Bósnia, revelaram-se ao substituir a frase “soy argentino”, num cântico, por “sou vascaíno” – e por dizerem, ao ver que um brigão expulso lá no alto vestia camisa rubronegra, “só podia ser flamenguista”.
O fato é que, quando os torcedores brasileiros em peso decidiram responder ao “olê olê Messi” com um “olê olá Neymar”, Messi, que parecia inativo, fez um daqueles gols precisos e surpreendentes que só ele faz. Ele pareceu instigado.
Foi um diálogo Brasil-Argentina de grande profundidade.
No todo, para mim, foi uma experiência exaltante e, de algum modo secreto, animadora.
Há Copa, o metrô anda, muita gente que nem sabe onde fica a Bósnia gritou o nome desse país, e nossa íntima Argentina chegou a brilhar num corisco, sem que houvesse tempo e ritmo para que hostilidades brutas aflorassem.
Estávamos longe dos palavrões dirigidos a Dilma no Itaquerão. Esses, não dá para perdoar.”
#CaetanoVeloso#Caetano#Abraçaço#AbraçaçoNoMundo#AbraçaçoNaCopa#ArgentinaXBósnia#CopaDoMundo
E a versão em espanhol
A pedidos, a versão em castelhano das minhas impressões sobre Argentina x Bósnia na estreia do #Maracanã na #Copa2014:
“Fui con mi hijo menor ver Argentina versus Bosnia en el Maracanã. Fuimos en metro. La estación General Osório estava llena. Me gustó ver tantos argentinos en las plataformas. Muchas camisas celeste-y-blanco en los vagones (mi hijo, admirador del futebol porteño desde niño – cuando era fan de Riquelme – y devoto de Messi, vestia la camisa alternativa de la selección argentina) pero fueron los mexicanos que hicieron más ruído adentro del tren, gritando “México, México” y girando una matraca ensordecedora. Me encantó ir viendo las estaciones que seguían : General Osório, Cantagalo, Siqueira Campos, Cardeal Arco Verde, Botafogo, Glória, Cinelândia, Carioca, Uruguaiana, Presidente Vargas, todo me trajo a la mente las zonas de la ciudad arriba. No sé si en Uruguaiana o en la Central (quizás antes), tuvimos que cambiar de línea, pasando de la que va a Uruguai para la que va a Pavuna. En la espera del tren en el que íbamos seguir, vimos un trailer de lo que la multitud argentina haría en el Maracanã: grupos enormes de tipos en azul y blanco empezando cánticos juguetónes-bélicos con la voz más cercana a de coro de ópera de las hinchadas italianas que a los gruñidos bárbaros de los ingleses. En la estación Maracanã, un largo río de ese coral dominaba el pasadizo. En los graderíos, escuchábamos con emoción los estribillos. Esperávamos alguna hincha brasileña contra la Argentina. Pero los gritos de “Olê olê olê olá, Bosnia, Bosnia” solo crecieron cuando el equipo argentino pareció bastante menos energético que la hinchada – y los bosnios amenazaron dominar. El gol de Bosnia dio coraje al narcisismo de pequeñas diferencias que alimenta la rivalidad entre argentinos y brasileños. Los hinchas argentinos habían ocupado el Maracanã desde la entrada de su equipo. El gol en contra (será una regla de ese Mundial?) silenció los poquísimos hinchas bosnios y los muchos brasileños apoyaban a ellos. Mi hijo profetizó que Ibisevic traria fuerza a Bosnia. Y su gol excitó la hincha anti-ríoplatense. El Maracanã lleno de argentinos hinchando era bello. Sentí la fuerza del sentimiento de nacionalidad como una cosa que encuentra en el fútbol un canal de expresión sin vergüenza. Mis ojos se llenaron de lagrimas. La rivalidad Brasil-Argentina me hacía sonreír. Por tres veces surgió eco de princípios de pelea en alguna parte: los asientos sonaban con las personas parándose subitamente para mirar (y posiblemente defenderse). Pero nada creció. Unos brasileños a frente nuestra, que ululaban los argentinos y glorificaban Bosnia, revelabanse al sustituir la frase “soy argentino”, en una canción, por “soy vascaíno” – y por deciren, al ver que un peleador expulso allá en al alto vestia una camisa rojo y negra, “tenía que ser flamenguista”. El hecho es que, cuando los hinchas brasileños en mayoría decidieron responder al “Olé Olé Messi” con un “Olé Olá Neymar”, Messi, que parecia inactivo, hizo uno de esos gols precisos y sorprendentes que sólo él puede hacer. Él pareció instigado. Fue un diálogo Brasil-Argentina de gran profundidad. El el todo, para mí, fue una experiencia exaltante y, de alguna manera secreta, animadora. Hay Copa, el metro anda, mucha gente que ni sabe donde queda Bosnia gritó el nombre de ese país, u nuestra íntima Argentina llegó a brillar en una chispa, sin que hubiera tiempo y ritmo para que hostilidades brutas aflorasen. Estábamos lejos de puteos dirigidos a Dilma en el Itaquerão. Eses, no se pueden perdonar.”
No link: a versão original, em português: http://fb.me/6W7b4dqjq
#CaetanoVeloso #Caetano #Abraçaço #AbraçaçoNoMundo#AbraçaçoNaCopa #ArgentinaXBósnia #CopaDoMundo
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