Ir para o conteúdo

Maria_Fro

Tela cheia

Blog

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Licenciado sob CC (by-nc-nd)

Campanha da mídia monopolizada busca desmoralizar e enfraquecer o sindicalismo

30 de Julho de 2015, 15:48, por MariaFrô

Muita confusão, desinformação  e sonegação de informações da mídia velha para desmoralizar e enfraquecer o movimento sindical

imposto sindical

A campanha da mídia comercial para atingir e eliminar direitos da classe trabalhadora não encontra limites. Quando não ataca o governo democrático-popular eleito, cuja participação da classe trabalhadora por intermédio do movimento sindical é garantida, ataca o próprio movimento sindical. Uma matéria publicada pelo O Globo, no dia 21 de julho, intitulada “Sindicatos: Caixa-preta se torna a marca registrada” é um exemplo disso. Afirma que o “governo se nega a fornecer informações de quanto é repassado de imposto sindical a entidades”.

Para a mídia, não basta eleger um Congresso Nacional conservador que tem solapado direitos históricos da classe trabalhadora. Ela quer extinguir o movimento sindical no país, inviabilizando-o financeiramente. No texto, O Globo afirma que “em tempos onde transparência é a palavra da moda, o universo dos sindicatos não parece seguir a tendência da estação. Quem quiser saber hoje quanto a entidade que o representa recebe de Contribuição Sindical (imposto decorrente de um dia de desconto do salário de todos os trabalhadores) terá muita dificuldade”.

Sem revelar o outro lado da informação, como preza o bom, o ético e o jornalismo sério, deixaram de buscar nas centrais sindicais e nos próprios sindicatos informações cruciais sobre o tema. Em primeiro lugar, os sindicatos e centrais sindicais, como, por exemplo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), tem o hábito, desde a sua criação, de prestar contas das suas receitas e despesas em assembleias e também em publicações periódicas e, quando há algo errado com as contas das entidades, as próprias categorias interessadas pedem auditoria contábil, fiscal, financeira e patrimonial.

Na matéria extremamente tendenciosa e completamente desfavorável à classe trabalhadora, O Globo tenta jogar luz em locais claros e limpos para, talvez, manter na escuridão setores da mídia nacional que nunca prestou contas das verbas publicitárias públicas que recebe mensalmente dos cofres públicos. E mais grave ainda é que não presta contas também das infinitas e sombrias renovações de concessões públicas de TV, rádio, entre outros serviços públicos estatais factíveis de concessão.

No texto, O Globo divulga dados do Contas Abertas, dando conta de que “dos R$ 3,18 bilhões gerados no ano passado, por exemplo, a única informação repassada por órgãos oficiais é que R$ 173,2 milhões foram para as contas de cinco centrais. O Ministério do Trabalho e a Caixa simplesmente se recusam a informar quanto cada um dos 10.620 sindicatos registrados recebe”.

Indica também que “o Ministério do Trabalho afirmou que, por causa da liberdade sindical, não fiscaliza o balanço das organizações sindicais. Em nota, a pasta informou que, como são entidades privadas, têm diversas fontes de financiamento, não apenas essa contribuição, e que a Constituição determina que elas não sejam fiscalizadas pelo Executivo”.

Diz ainda que “a Caixa, responsável por arrecadar e distribuir a Contribuição Sindical, nega-se a passar as informações sobre quanto cada sindicato recebeu. O banco estatal informou em nota que esses valores ‘são protegidos pelo sigilo bancário, já que os dados não são públicos, tendo em vista que as entidades sindicais não são órgãos públicos. Dessa forma, entende-se que as informações solicitadas só poderão ser fornecidas pelas próprias entidades arrecadadoras do referido tributo’, informou o banco”.

Na obsessão para destruir conquistas da classe trabalhadora, a mídia conservadora omite criminosamente em seus textos a história da luta de classes no Brasil e no mundo e, também, de forma condenável e antiética, esconde o outro lado da informação, demonstrando irresponsabilidade na elaboração da notícia e desprezo pelo (a) trabalhador (a), jogando nuvens de fumaça em cada linha de uma notícia. Na matéria, deixou de mostrar ao (à) leitor (a) que sindicatos do setor público têm uma decisão conjunta de não receber o imposto sindical, todavia, ainda há sindicatos, sobretudo os da iniciativa privada, como o Sindicato dos Jornalistas – que, por sinal, precisa receber o imposto sindical para existir. Há sindicatos inclusive que devolvem o imposto sindical a seus associados.

Importante lembrar que, num primeiro momento, essa quota era denominada contribuição sindical, debitada do salário do trabalhador (a) integrante de categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, independentemente de serem ou não associados a um sindicato. Ela foi instituída pela Constituição de 1937, conferindo aos sindicatos o poder de impor contribuições e exercer funções delegadas do Poder público.

Em 1940, por meio de um decreto-lei, essa contribuição foi denominada de imposto sindical e estabeleceu, entre outros, a época do recolhimento pelas empresas e indicou o percentual a ser distribuído pelos sindicatos às entidades de grau superior. A Constituição de 1988 preservou a contribuição sindical compulsória, mantendo, assim, a principal fonte de recursos dos sindicatos.

Esse imposto foi muito importante para a organização sindical brasileira no momento em que esse movimento foi criado no país, na década de 1930. E, embora ele não seja mais necessário para as entidades do setor público, ele ainda é importante para a manutenção de várias entidades do setor privado, incluindo aí as entidades dos jornalistas profissionais com diploma universitário.

Ao terminar de ler as matérias de pauta única da mídia velha não restam dúvidas, não há qualquer intenção de informar a população, o objetivo é criminalizar uma das formas clássicas da organização da classe trabalhadora, que são os sindicatos, suas federações e confederações e as centrais sindicais.

Em tempos de Congresso com ladrões de direitos que unem-se vergonhosamente pra derrubar 100 anos de conquistas da classe trabalhadora com a aprovação do famigerado PL4330, precarizando as condições de trabalho e pondo em risco as conquistas trabalhistas da CLT, o jornalismo negócio, de espírito escravocrata, faz o de sempre: serve como megafone dos interesses do capital com seu chicote manipulador desinformando e confundindo os próprios trabalhadores.

As tentativas de criminalizar a luta da classe trabalhadora organizada só mostram o quão os sindicatos e centrais verdadeiramente comprometidos com as lutas de seus associados são necessários como instrumento de luta.

The post Campanha da mídia monopolizada busca desmoralizar e enfraquecer o sindicalismo appeared first on MariaFrô.



’678′ um programa na tv pública argentina que tem muitas lições para a TV Brasil

30 de Julho de 2015, 12:09, por MariaFrô

Ontem publiquei aqui no blog algo realmente inédito na TV Brasileira, um jornalista, âncora do principal telejornal da TV Gazeta fazendo autocrítica da mídia e explicando que a notícia sobre a ‘maior alta do dólar em 12 anos’ era falsa. Além disso ele teceu comentários sobre a dificuldade dos meios de comunicação reconhecerem que erram por ignorância, incompetência, soberba ou em casos mais graves por má fé.

Por isso o texto de Lalo Filho de 2012 que reproduzo a seguir é bem interessante. Ele nos mostra que nos países onde o monopólio dos meios de comunicação teve fim, a tv ganhou novas vozes dissonantes, críticas, que enriquecem o debate. Ninguém foi silenciado na Argentina, ao contrário, vozes que antes nunca eram ouvidas na tv passaram a ter espaço e público para assisti-las. A democracia só tem a ganhar com isso.

A TV Brasil tem muito a aprender com as tvs públicas argentinas, conhecê-las tornaria a TV Brasil menos refém de suas irmãs monopolizadoras das concessões públicas que criminalizam a tv pública. Elas assim agem, porque sabem que se a comunicação pública resolvesse ser de fato pública criaria outras referências aos padrões pobres e emburrecedores da tv comercial no Brasil.

Para conhecer o programa a que Lalo se refere em seu artigo, acesse: 678

678

Crítica da mídia é sucesso na TV argentina

Laurindo Lalo Leal Filho, na Carta Maior

31/01/2012

Criticar a mídia não é tarefa fácil. Primeiro pela falta de espaço. Salvo a internet são raros os canais abertos para a discussão do papel dos meios de comunicação na sociedade atual. Contam-se nos dedos os veículos que fazem algum tipo de autorreflexão. O padrão geral é o da arrogância pura e simples.

Lembro da Ong TVer, no final dos anos 1990, encaminhando reclamações recebidas de telespectadores sobre uma menina, exposta no Fantástico, tendo que decidir se ficava com a mãe biológica pobre ou com a adotiva rica. A resposta da emissora foi de uma soberba a toda prova. Não entrava no mérito limitando-se a dizer que sabia o que o público queria, mais ou menos isso.

Ouvidorias na mídia brasileira existem apenas em dois jornais diários e nas emissoras públicas de rádio e TV da EBC. Programas de crítica da mídia são raros. Acostumada a se apresentar como quarto poder, ela não admite qualquer debate público sobre o seu trabalho. Coloca-se acima do bem e do mal, não faltando teóricos a ela alinhados para arrumar justificativas positivistas para esse papel quase divino.

A internet tem sido um instrumento importante para quebrar essas barreiras. Quase diariamente os meios convencionais têm seus erros e omissões denunciados em sites e blogues. Mas ainda atingem parcela restrita da população. Daí a importância de se discutir a mídia nos meios de largo alcance.

Na Argentina a televisão pública vem surpreendendo o telespectador com um debate até então inédito, levado ao ar pelo programa 6 7 8. Com bom humor, ironia e documentação consistente, os grandes jornais e as emissoras comerciais de rádio e TV são analisados e criticados diariamente em horário nobre.

A estreia ocorreu em 9 de março de 2009 e seu nome 6 7 8 refere-se à presença de seis debatedores, no canal sete, às oito da noite. Mudou de horário (passou para as 21 horas) e ampliou o número de participantes mas não alterou o nome.

O uso do arquivo é uma das armas mais poderosas do programa. Selecionam previsões de analistas de política ou economia dos grandes meios, feitas algum tempo atrás, e as confrontam com a realidade atual, sempre diferente. É como se aqui fossemos buscar nos arquivos as previsões catastróficas de comentaristas como Miriam Leitão ou Carlos Sardenberg e mostrássemos como elas estavam furadas. É, no mínimo, divertido.

O sucesso do programa é tal que já há até um livro sobre ele: ¿6 7 8 La creación de otra realidade¿ (Editorial Paidós). Trata-se de uma longa conversa entre uma ex-apresentadora do programa Maria Julia Olivan e o sociólogo Pablo Alabarces, além de depoimentos do criador do 6 7 8 Diego Gvirtz e do jornalista, especializado em TV, Pablo Sirvén.

O objetivo central do programa é explicitado no livro: contradizer a realidade construída pelos grande meios. Para isso procuram mostrar os mecanismos de construção da realidade no jornalismo que ¿se apresenta como real, como verdade, quando é antes de tudo uma narração sobre essa realidade¿.

Maria Julia deixa isso mais claro ao dizer que ¿como produto televisivo, 6 7 8 nos conta a sua verdade ou a sua maneira de ver a realidade. Clarín, ao contrário, faz circular a sua opinião dizendo que essa opinião é a realidade¿.

Esse debate, levado diariamente à casa do telespectador, é inédito. Chega ao grande público uma prática que, até então, estava restrita ao mundo acadêmico e a alguns militantes políticos: a chamada leitura critica dos meios de comunicação.

As conseqüências são palpáveis. Acompanhar o 6 7 8 tornou-se uma forma de ação política ou ¿um ato de militância, de adesão¿ segundo Maria Julia. No Facebook há mais de 450 mil seguidores. O sociólogo Pablo Alabarces diz que o programa é uma espécie de semiologia para a classe média que ¿os estudantes de comunicação têm no ciclo básico comum e aqui se transforma em vulgarização televisiva¿.

Talvez seja por isso que a mãe de Maria Julia tenha dito que ¿até começar a ver o programa, eu acreditava que todas as notícias eram realidade mas depois me dei conta que a informação é construída; que não é o mesmo se te dizem as coisas de uma maneira ou de outra¿.

6 7 8 não esconde seu alinhamento com o governo. No entanto revela, ao mesmo tempo, a existência de um público que apóia o governo e não era contemplado pelos demais meios de comunicação. Nesse sentido o livro ressalta a existência, pela primeira vez na história da Argentina, de uma política oficial de comunicação. Entre seus objetivos está o de contradizer os meios de comunicação tradicionais, papel desempenhado com desenvoltura pelo programa 6 7 8.

The post ’678′ um programa na tv pública argentina que tem muitas lições para a TV Brasil appeared first on MariaFrô.



Mauro Santayana: Google e a manipulação midiática

29 de Julho de 2015, 21:42, por MariaFrô

Google e a manipulação midiática

Mauro Santayana, Jornal do Brasil
27/07/2015

Quando as grandes empresas de internet surgiram, nascidas nas universidades, e não nos grandes grupos de comunicação que já existiam, houve esperança de que elas viessem a contribuir para a consolidação de um ambiente de produção, publicação e troca de informações realmente livre.

Um novo espaço que privilegiasse o indivíduo no lugar do Sistema, ajudando-o a libertar-se do deletério domínio da mídia tradicional, umbilicalmente ligada, de parte a parte, por milhares de tentáculos, aos maiores grupos empresariais privados, que, no mundo inteiro, e em cada país, trabalham para manter o status quo e defender seus interesses, entre eles o de continuar – mesmo depois do surgimento da Rede Mundial de Computadores – a manipular e a explorar, do nascimento à morte, o homem comum.

Website mais visitado do mundo, e a marca mais valiosa do planeta, com aproximadamente 25.000 funcionários, um enorme faturamento e bilhões de usuários, o Google parecia ser uma dessas empresas, voltada, como rezava a missão inicial do  “navegador” criado por Larry Page e Serguey Bryn, para “tornar a informação mundial universalmente útil e acessível.”

A primeira impressão, era a de que o Google buscava, ao menos aparentemente, uma aura de identificação e comprometimento com os “melhores” valores, que se refletia no lema “dont be evil” – “não seja mau”, e outros slogans relacionados de sua “filosofia corporativa”, como “você pode ganhar dinheiro sem fazer o mal”, ou “você pode ser sério sem um terno”.

Uma impressão reforçada – teoricamente – pelo fato do Google não perder  uma oportunidade de declarar seu “marcante” comprometimento com a neutralidade da internet, como diz, quase sempre, seu vice-presidente e “Chief Internet Evangelist”, Vint Cerf, quando afirma  que “não se pode permitir que os provedores de acesso controlem o que as pessoas vêem e fazem online.”

No entanto, o Google, além de ter tido problemas em vários países do mundo no quesito privacidade, sempre esteve estreitamente ligado à comunidade de informações norte-americana, como revelaram jornais como o The Huffington Post , no ano passado, reproduzindo e-mails divulgados pela Al Jazeera America, trocados entre o Presidente da NSA (Agência Nacional de Segurança) dos EUA, o general Keith Alexander, o Presidente do Google, Erick Schmidt, e um dos seus fundadores, Serguey Bryn, nos anos de 2011 e 2012.

Afinal, porque o Google – em uma excelente jogada de relações públicas – por meio do seu presidente Erick Schmidt – fez questão de receber na sede da empresa a Presidente brasileira Dilma Roussef em sua recente visita aos Estados Unidos?

Não apenas porque o Brasil é o quinto país do mundo em usuários de internet ou abriga o único Centro de Desenvolvimento Tecnólógico do Google na América Latina.

Mas também, e principalmente, porque no auge do escândalo de vigilância global da NSA, e dos Five Eyes – a aliança de espionagem anglosaxônica que reúne os EUA, a Austrália, o Canadá, a Nova Zelândia e o Reino Unido e “parceiros privados” – em que Edward Snowden desnudou ao mundo o gigantesco sistema de monitoramento em massa e a íntima correlação entre agências de informação dos EUA e grandes empresas norte-americanas que dominam o negócio da internet – incluindo, como vimos, o Google – foi Dilma Roussef que liderou a reação mundial aos EUA, suspendendo sua visita de Estado aos Estados Unidos, e aliando-se à Chanceler alemã Angela Merkel, na apresentação e aprovação, na ONU, por 193 países – contra a vontade de Washington – das diretrizes de uma “lei de internet mundial” a resolução sobre “O Direito à Privacidade na Era Digital”.

Diante do gigantismo do Google e do dinheiro que aplica em marketing – incluindo um bilhão de dólares para um fundo de filantropia – é preciso prestar a atenção em detalhes para encontrar provas de seu claro comprometimento com o status quo e as forças mais conservadoras em cada país em que atua.

Talvez a mais evidente delas, que pode passar – e essa é a sua função – desapercebida pela maioria dos leitores, é a presença de uma seção denominada de “Sugestões dos Editores”, que se pode ver no alto da tela, na coluna da direita, da página inicial do Google Notícias.

Dependendo do momento em que estiver olhando, o leitor pode se deparar com chamadas para matérias prosaicas, como dicas de beleza, dietas, etc.

Mas, na maioria das vezes, ele terá chance encontrar, “casualmente”, no mesmo espaço, no Brasil, por exemplo – mas não apenas em nosso país – o mesmo tipo de conteúdo  reacionário, anacrônico e fascista, que intoxica maciçamente a internet brasileira, hoje, o que leva, naturalmente, qualquer leitor mais atento a se perguntar : que raios de “editores” são esses?

Seriam “editores” do Google? Ou “editores” voluntários, organizados em grupos de leitores?

Não. Trata-se de “editores” de veículos de informação “tradicionais”,  que enviam suas “sugestões”, principalmente de artigos de opinião, ao Google, por meio de feeds.

Em suas informações sobre a seção, o Google explica que qualquer veículo pode enviar uma sugestão.

Mas quem escolhe quais e em que ordem essas sugestões irão ser publicadas na primeira página do Google News?

Se fossemos pensar no âmbito exclusivamente empresarial, compreende-se que, procurando fabricar de óculos a relógios, de carros a balões de reprodução de sinal de internet – e ampliando suas atividades para serviços correlatos de fornecimento de banda larga para usuários finais, que acaba de lançar nos EUA – o Google se sinta cada vez mais como parte do ambiente empresarial  tradicional, voltado para ganhar dinheiro e lucrar com o consumidor final – no seu caso, bilhões de consumidores finais – com os quais  estabelece contato, por meio de seu brownser, todos os dias.

Também se comprende que o Google busque boas relações com grandes empresas jornalísticas dos países em que está presente, de onde busca – ainda – a maior parte do conteúdo informativo apresentado a seus usuários por seu motor de pesquisa, principalmente depois que foi proibido de indexar esse conteúdo – por ter se recusado a pagar por ele – , em países como a Espanha.

O problema é que, ao fazer isso – dar destaque às “sugestões dos editores” – um eufemismo para levar  o consumidor a ter acesso destacado e facilitado, no alto de página, ao diktat da mídia tradicional, manipuladora e conservadora que predomina nos países em que atua, o Google está tomando uma atitude política, e também está renegando, descaradamente, o seu “GUIA DE NEUTRALIDADE DA REDE” e os princípios que ele evidencia, quando afirma que:

“Neutralidade da rede é o princípio de que os usuários da Internet devem estar no CONTROLE DO CONTEÚDO QUE ELES VÊEM e de quais aplicações eles usam na internet. A Internet tem operado de acordo com este princípio de neutralidade desde seus primeiros dias… Fundamentalmente, a neutralidade da rede é a igualdade de acesso à Internet. Em nossa opinião, as operadoras de banda larga não devem ser autorizadas a usar seu poder de mercado para discriminar candidatos ou conteúdos concorrentes. Assim como as empresas de telefonia não estão autorizadas a dizer aos consumidores para quem eles devem ligar ou o que eles podem dizer, as operadoras de banda larga não devem ser autorizadas a utilizar seu poder de mercado para controlar a atividade online.”

E também está, na verdade, rasgando os compromissos assumidos com o público, quando do lançamento do seu serviço de  notícias, em 2002, quando afirmou que havia criado um site “altamente incomum” que oferecia um serviço de notícias compilado UNICAMENTE por algoritmos de computador, SEM INTERVENÇÃO HUMANA, ressaltando que para esse serviço não empregava “editores, editores de gestão, ou editores executivos.”

Como os usuários devem estar no controle do que eles vêem? Como “unicamente” por “algoritmos de computador” e sem “intervenção humana” ?

São robôs os “editores” privados  que determinam com suas “sugestões” no alto da coluna da direita, da página inicial do Google News, todos os dias, o que o leitor deve ler,  nos países em que o Google atua, começando pelos Estados Unidos?

Desse ponto de vista, o Google pode não estar empregando “editores”. Mas nem precisa.

Ao menos nessa seção,  o maior site de buscas do planeta preferiu terceirizar o trabalho de escolher o que seus usuários devem ler para os grandes grupos de mídia. Abrindo mão de estabelecer – por meio da internet – um marco na história da comunicação – um novo patamar na relação entre o indivíduo e o universo informacional, para transformar-se, como um mero aparelho de rádio ou televisão, em apenas mais um instrumento de repetição e disseminação do que dizem os maiores jornais e revistas de cada país em que atua. Delegando a essas empresas e jornais – que tem seus próprios compromissos e interesses – o direito de determinar o que eles acham que é mais importante e conveniente – para eles e seus anunciantes, é claro – que os usuários vejam e leiam.

Ainda em suas informações sobre o serviço, o Google diz que é possível para o leitor escolher com que “editores” prefere ter mais “vínculos”, e existe até mesmo uma barra deslizante para que ele possa “personalizar esta fonte de notícias”, mas  a maioria dos usuários tem tempo, conhecimento, ou iniciativa para trabalhar com ela ?

E como fica isso no caso das centenas de milhões de usuários que acessam o Google News sem ter uma conta do Google, ou em “lan houses” e “cybercafés”- como ocorre na maioria dos países mais pobres – ou de seu trabalho, por exemplo?

Eles vão deixar de ler, e de ser influenciados, pelas chamadas dessa seção específica?

Seria mais honesto que – caso se visse a isso obrigado, mesmo considerando-se o público que já acarreta para os portais da mídia tradicional – o Google  colocasse como publicidade claramente identificada, banners dirigidos para o conteúdo desses veículos na primeira página do Google News e cobrasse – claramente – por esse serviço.

Ao disfarçar esse conteúdo, colocando-o no alto da página, mas obedecendo ao mesmo layout, tamanho de letra, etc, das chamadas normais de conteúdo automaticamente indexado, o Google mostra que tem reforçado, ao longo do tempo, de forma sutil, mas reconhecível, uma decisão  clara: a de ficar ao lado do Sistema e não do cidadão, ajudando a reproduzir os esquemas de poder, dominação e manipulação que existem no mercado editorial e jornalístico de cada país, na rede mundial de computadores.

Transformando-se em um instrumento e uma extensão a mais da “fabricação do consenso”, ou do consentimento, de que fala Noam Chomsky e do controle do sistema jornalístico tradicional sobre o homem comum, e contribuindo para estender o poder dos grandes grupos empresariais de comunicação de cada país sobre a opinião pública.

Com seus carros  que andam sozinhos, o Google Earth, o novo serviço que permite chamar do Gmail para telefones, e suas ações no apoio à pesquisa científica e à filantropia, a marca Google pretende ser apresenbtar-se e ser identificada com uma empresa inovadora, que pareça estar voltada, como um farol, para o século XXI e o futuro.

Livrar-se dessa excrescência incômoda, do ponto de vista moral e político, deixando apenas os algoritmos, a busca temática, e o critério de relevância arimética, como mecanismos de escolha do leitor, na primeira página de seu serviço de notícias – isso, sim, faria do Google, ao menos aparentemente, uma marca realmente inovadora do ponto de vista da relação  da mídia com a opinião pública.

Quem sabe, assim, o Google poderia abrir caminho para se transformar em uma companhia verdadeiramente global – da forma como pretende apresentar-se e quer que o público o reconheça – e não – como ele parece ser agora –  uma mera extensão do poder do establishment norte-americano – e de seus prepostos locais – sobre a internet e os seus usuários em todo o mundo.

The post Mauro Santayana: Google e a manipulação midiática appeared first on MariaFrô.



TeleSur é um dos projetos mais importantes da última década na América Latina

29 de Julho de 2015, 20:10, por MariaFrô

TeleSur: a revolução e o que veio depois

Tradução: Victor Farinelli, na Carta Maior

29/07/2015

A TeleSur surgiu como um projeto estratégico orientado a criar uma resposta ao relato jornalístico gerado pela ideologia capitalista sobre a América Latina

TeleSur é um dos projetos mais importantes da última década na América Latina. Apadrinhado pela Revolução Bolivariana e pelo presidente Hugo Chávez, o canal de notícias de tornou a primeira tentativa séria de liberação audiovisual e de descolonização midiática, talvez não só na América Latina. Nesta sua primeira década de vida, esse projeto revolucionário enfrentou muitas dúvidas e debates – que se acentuaram nas últimas semanas, quando as redes sociais discutiram a celebração dos seus dez anos. Vejamos alguns fatos importantes relacionados à história do canal:

– TeleSur surgiu como um projeto estratégico orientado a criar uma resposta ao relato jornalístico hegemônico das empresas de comunicação, que replica a visão de continente gerada do Norte. Para isso, era preciso a criação de um canal multi estatal latino-americano. A ideia era cristalizar aquele sonho acariciado durante anos por jornalistas e trabalhadores ligados à cultura na região, de oferecer a imagem e a voz da América Latina para todo o mundo, e, principalmente, ver o mundo a partir de uma perspectiva própria.

– A partir de então, pela primeira vez, havia um espaço público multi estatal de televisão, para difundir uma realidade latino-americana que era, em grande medida, invisibilizada, ocultada, ignorada ou minimizada pelos grandes meios de comunicação dos países desenvolvidos, e inclusive pelos meios comercias da região.

– Com a existência de uma alternativa ao relato hegemônico, novos apoiadores foram se somando à tela, aqueles que durante muitos anos não haviam tido voz nem imagem começaram a informar e ser informados.

– Uma das ideias fundadoras do projeto foi a de que a TeleSur pudesse servir de ponte entre os povos do continente. Como dizia um documento do canal: se vemos, nos conhecemos, se nos conhecemos, nos respeitamos, se nos respeitamos, aprendemos a gostarmos uns dos outros, e esse último é o primeiro passo para nos integrarmos. Se a integração é o propósito, a TeleSur é o meio.

– O projeto do canal TeleSur não consistia em fazer uma CNN latino-americana ou de esquerda, mas sim de revolucionar a televisão com um maior rigor jornalístico, veracidade, qualidade e entretenimento, informação e formação de cidadania. E, junto com o projeto da televisão, transitava outro ainda mais importante: a da Indústria Latino-americana de Conteúdos, que garante material novo – partindo do pressuposto de que podemos ver-nos com nossos próprios olhos – para TeleSur e todas as emissoras que foram surgindo. Esse projeto era (e continua sendo) imprescindível! Hoje, os processos de democratização da comunicação em nossos países permitiram o surgimento de novas frequências… que, em geral, repetem os mesmos conteúdos do inimigo.

– Os documentos preparatórios da televisora multi estatal incluíram a investigação diversa e plural da identidade latino-americana, e nessa tarefa encontraram algumas peculiaridades: a informalidade do latino-americano, o uso coloquial da linguagem e seu senso de humor transversal.

– A TeleSur demonstrou que era possível sim fazer um canal de alcance massivo, que mostrasse a nossa idiossincrasia, nossas realidades, nossas lutas e nossas ânsias. Que nos mostrasse tal qual somos, em toda a imensidade da nossa diversidade étnica e cultural, em toda a pluralidade da região. Lamentavelmente, o alcance da TeleSur sempre esteve limitado, por ser um canal satelital, e haver optado por enaltecer o seu caráter de canal informativo: sua criação, que poderia ter sido massiva como se esperava, lamentavelmente foi frustrada por essas problemáticas, e talvez pelo desinteresse ou pela falta de conhecimento para solucioná-las.

– Quem mais teve que se adaptar a essa nova mensagem alternativa foi a CNN En Español, que depois de 10 anos de ocultamento e invisibilização de negros, índios e movimentos sociais, teve que começar a mudar sua agenda, quando percebeu que já não era transmissor exclusivo das mensagens: por exemplo, transmitiu a cerimônia indígena de posse presidencial de Evo Morales, não pode ignorar os golpes de estado em Honduras e no Paraguai, entre outros fatos.

– Um funcionário de TeleSur conta que o canal tinha uma audiência de mais de 460 milhões de pessoas… potencial. É difícil saber (por ser somente retransmitido através de cabo) a quantidade real de gente que vê um canal que, por ser eminentemente noticioso, é vítima fácil do zapping e pouco propenso a lealdades permanentes, apesar da sintonia política com os espectadores ou a preferência de alguns por programas específicos. A TeleSur é difundido na Venezuela por quatro canais UHF. No Equador, por cinco UHF, 13 canais via satélite e uma dúzia de operadoras de cabo – também pode chegar através de operadoras estrangeiras, através de assinatura.

– Contudo, vários jornalistas fundadores de TeleSur testemunharam as seguintes realidades críticas:

a) falta convicção sobre o que significa a democratização, sobre como garantir a democratização da palavra e da imagem, para que todos sejam protagonistas, sem necessidade de intermediários;

b) a agenda informativa é reativa à gerada pelos meios hegemônicos – e, portanto, dependente da agenda do inimigo);

c) se a maior parte das imagens dos noticiários são produzidas por duas cadeias multinacionais de informação, dificilmente haverá imagens dos fatos que envolvam a visão dos mais pobres e dos movimentos sociais;

d) existe uma prioridade em dar cobertura aos presidentes da região, o que acaba tirando protagonismo dos movimentos sociais;

e) deveria servir para resgatar a memória dos nossos povos, e não somente com documentários nostálgicos ou denunciantes, mas também com programas que estimulassem a reflexão sobre essa memória e o debate sobre para onde caminhamos. Um povo que não sabe de onde vem dificilmente saberá para onde vai.

– Muitas vezes se perde de vista aqueles que devem ser os sujeitos, os protagonistas das nossas histórias, e na louca ideia de competir (inseridos numa dinâmica capitalista), o canal acaba seguindo a agenda informativa dos meios hegemônicos. Não basta entrevistar os líderes dos movimentos sociais para promover suas lutas, é preciso explicar as razões delas, como funcionam, o porquê de lutar. Dando voz e imagem aos verdadeiros protagonistas, fazendo uma televisão realmente democrática, onde todos possam se expressar, não somente os representantes. Onde as pessoas se sintam identificada com as histórias narradas. Uma televisão que priorize claramente o protagonismo popular, como diria Chávez.

– Portanto, a TeleSur não aplicou totalmente sua própria fórmula de permitir que nos vejamos com nossos próprios olhos para poder ser um reflexo, espelho da nossa gente, e segue imitando o formato anglo-saxão de se vestir e discurso padronizado internacionalmente. Enquanto isso, CNN En Español, passou a ter apresentadores com mangas arregaçadas, conversação sobre as notícias tirando o peso da formalidade, e até com um toque de humor em algumas passagens, resgatando nossa investigação sobre a informalidade do latino-americano, o uso coloquial da linguagem e seu senso de humor como traço importante da identidade regional.

– Muitos “especialistas” chegaram oferecer assessoria ao canal (talvez atraídos pela possibilidade de acesso aos petrodólares), mas quase sempre com a ideia de que a comunicação alternativa significava comunicação marginal, enquanto TeleSur aposta na massificação da informação, para que essa possa chegar às grandes maiorias. Disputar a hegemonia. Alguns dos que chegaram tinham boa fé, outros tentaram impedir que o projeto fosse uma realidade. Talvez acreditavam que aquilo que eles não puderam, não souberam ou não quiseram fazer na Europa, não devia ser feito nestes países subdesenvolvidos… Foram fortes as pressões contra Chávez para que desistisse do projeto. E agora sobre Maduro, para abandoná-lo.

– Um Comitê de Assessores, com interessantes propostas, foi desmantelado para dar lugar a assessores e capacitadores de empresas comerciais europeias, com enormes custos e perda de sentido real à televisora.

– Sem dúvidas, o processo de digitalização da televisão em nossos países pode ajudar a TeleSur a ser incluído nas plataformas de televisão digital, o que pode fazer com que o canal ganhe mais audiência, mas seria mais importante que os novos canais disponham dos conteúdos produzidos por TeleSur (e por muitas outras emissoras da região) para difundir esse material, superando os obstáculos capitalistas dos direitos de transmissão. E que a TeleSur aproveite esse acervo audiovisual que se está criando, para se transformar, como era previsto, numa janela importante para a difusão de conteúdos latino-americanos e caribenhos.

– TeleSur não é uma cadeia de televisão, como costumam definir os meios hegemônicos, é somente um canal, que deve responder a uma empresa estatal latino-americana, e que foi se burocratizando, ao insistir em copiar os modelos, em substituir o conselho assessor pelo caro assessoramento de empresas capitalistas europeias, em confundir a linha editorial com consignas.

– Inclusive a equipe que se formou no início, com uma certa “mística telesurenha”, foi desmantelada e substituída por profissionais de meios privados, que trouxeram sua cultura, seus vícios e se desinteresse pelo projeto.

– O “temor” de que se transformasse num meio de propaganda sempre existiu, mesmo antes da estreia do canal, quando o projeto foi apresentado em diferentes foros. Connie Mack, congressista republicano da Flórida, se atreveu a qualificar o TeleSur como “uma ameaça para os Estados Unidos”, porque, segundo ele, “sua existência pode minar o equilíbrio entre os poderes no hemisfério ocidental”, em declaração feita antes que o canal emitisse sua primeira programação. A Câmara de Representantes não duvidou em aprovar, em 20 de julho de 2005, uma emenda que autoriza o governo estadunidense a iniciar transmissões de rádio e televisão que ofereçam aos venezuelanos uma fonte de notícias precisa, objetiva e completa”, demostrando assim uma arrogância colonial descomunal.

– Obviamente, o projeto original não permitia que TeleSur se tornasse um canal propagandístico, ou que servisse à agenda política de algum governo. Porém, sitiados pelos problemas políticos surgidos na região, sua condução terminou não equilibrando a informação de cada país da região. Muitas vezes, pareceu ser mais um canal da Venezuela para o exterior, que uma emissora latino-americana e latino-americanista.

– Todo meio de comunicação tem uma linha editorial, seja ele estatal, público, privado, popular. Nenhum meio é objetivo, nem imparcial, nem neutro, ainda que se disfarce de objetivo – como muitas vezes acontece – para impor seus interesses políticos, econômicos ou religiosos. TeleSur também tinha sua linha editorial bem definida, mas ao não entender bem o que significa a batalha das ideias, muitas vezes acabou por flertar com os refrões, o que lhe valeu o rótulo de propagandístico. Como em todos os meios, os chefes são os que decidem que temas devem se cobertos, qual o enfoque, que fontes consultar. Não há muitas possibilidades de propor temáticas diferentes, já que não existe uma agenda própria, mas basicamente uma postura reativa, de contestar a agenda hegemônica.

– Não existe uma só visão, uma só leitura. Mas sim uma decisão de ver a América Latina com olhos latino-americanos, de visibilizar os processos que nossos povos viviam (e vivem), de contextualizar a informação, de ter uma visão alternativa – contra-hegemônica – à dos meios comerciais, das televisoras e agências europeias e estadunidenses, à mensagem e à imagem uniformizadas, no caminho de construir uma nova hegemonia, como adiantava Antonio Gramsci. Lamentavelmente, o discurso internacional está cheio de consignas, de golpes baixos, e carece de racionalidade, debate de ideias, construção de novas subjetividades e imaginários que ajudem à construção de novas democracias e novas sociedades.

– Durante décadas, os latino-americanos nacionalistas e/ou simpatizantes da esquerda se dedicaram a um denuncismo que parecia perpétuo. Conseguiram verdadeiros doutorados em denunciologia e choramingo. Poucas vezes mostrou alternativas às imposições dos regimes neoliberais: se conformam com denunciar, assumindo o lugar de vítimas. Nos últimos anos isso tem mudado. Agora, em muitos países da América Latina, o cidadão passou a ser sujeito da política (já não objeto), consciente de seus direitos, e vai assumindo a necessidade de passar da etapa de mais de 520 anos de resistência a uma etapa de construção de novas sociedades, baseadas numa democracia participativa, onde o cidadão seja o protagonista.

– E não mostrar essas realidades é o pecado. Existe muito a se informar, sobre o que fazemos, o que propomos, o que construímos o que sonhamos. Existe uma urgente necessidade de impor uma agenda informativa e política própria, sem perder tempo reagindo permanentemente às campanhas do inimigo. Ser reativo e não proativo dá enormes vantagens ao inimigo, que é quem impõe a temática e as regras do jogo. Ser reativo é ser, de alguma forma, cúmplice do inimigo.

The post TeleSur é um dos projetos mais importantes da última década na América Latina appeared first on MariaFrô.



Instituto Lula lança Histórico dos 25 anos de suas atividades

29 de Julho de 2015, 18:57, por MariaFrô

O Instituto Lula lançou um relatório com as atividades das suas diversas frentes de atuação nos últimos quatro anos. Desde a preservação do acervo histórico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até o trabalho de cooperação e intercâmbio com a África e a América Latina.

O relatório também conta a história de 25 anos do atual Instituto Lula desde que era conhecido como IPET, na década de 90, e depois como Instituto Cidadania. O ex-presidente, depois de dois mandatos, retornou para a mesma residência que tinha antes de ser eleito e para o mesmo escritório onde trabalhava antes de ser presidente.

Em um momento onde certos setores atacam a liderança do ex-presidente Lula e lançam mentiras sobre suas atividades, vale conhecer seu amplo trabalho no Brasil e no mundo, e divulgá-lo contra as mentiras espalhadas por certos setores da imprensa.

Conheçam esse histórico através do link: Relatórios Instituto Lula 2015 

instituto lula

The post Instituto Lula lança Histórico dos 25 anos de suas atividades appeared first on MariaFrô.