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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | 2 people following this article.
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Rússia fora dos Jogos: entenda como guerra causou banimento

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

A Rússia terá representantes em apenas cinco modalidades esportivas: sete atletas no tênis, três no caiaque e canoagem, três no ciclismo, um nas competições de natação e um no trampolim.

Por Redação, com Brasil de Fato – de Paris

A Rússia está oficialmente banida das Olimpíadas 2024. Apenas 15 atletas russos estão em Paris para participar dos Jogos, e eles não podem usar nenhum símbolo nacional, como uniforme ou bandeira. Se algum desses atletas chegar ao pódio, o hino russo não poderá ser tocado. Por conta da guerra da Ucrânia, os atletas russos autorizados a competir nos Jogos vão atuar sob condição de neutralidade, com cores e hinos neutros impostos pelo Comitê Olímpico Internacional.

A bandeira da Rússia é hasteada na Cerimônia Encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi em 23 de fevereiro de 2014

As ‘sanções olímpicas’ à Rússia não são uma novidade. O país não compete sob sua bandeira oficial desde as Olimpíadas do Rio em 2016. Na ocasião, há duas semanas do início dos Jogos no Brasil, Agência Mundial Antidoping (WADA) exigiu que a Rússia fosse retirada das Olimpíadas, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) acabou não adotando tal passo, decidindo punir apenas as equipes de atletismo e de levantamento de peso, bem como vários atletas individuais de outras modalidades envolvidos nas acusações de doping.

Daí em diante, em todos os Jogos de Verão e de Inverno os atletas russos mantinham uma presença robusta de esportistas, mas sem o uso de sua bandeira oficial nas competições, pódios e quadro de medalhas.

Nas Olimpíadas de 2018, 2020 e 2022 (incluindo os Jogos de Inverno), os atletas russos competiram com o emblema das Olimpíadas, sendo designados como “Atletas Olímpicos da Rússia”, em 2018, e como atletas do “Comitê Olímpico da Rússia” nas edições seguintes. Em 2022, os russos medalhistas subiam ao pódio ao som um fragmento de um concerto de Tchaikovsky sob a bandeira do Comitê Olímpico Nacional.

Agora, com o país imerso na guerra da Ucrânia, a medidas são muito mais drásticas. Em entrevista ao Brasil de Fato, o historiador esportivo e pesquisador da Rutgers University (EUA), Timur Mukhamatulin, observa que atual posição do COI é  continuação de outras medidas restritivas em relação à Rússia e ao Comitê Olímpico da Russo, mas agora é um “status diferente”.

A bandeira designada aos russos e bielorrussos na competição é azul esverdeada contém um emblema branco sigla AIN (Atletas Neutros Individuais).

Foto da bandeira dos “atletas individuais neutros”, postada pelo diretor de Comunicações Corporativas e Assuntos Públicos do COI, Christian Klaue, na rede social X-Christian Klaue-COI- Rede social X

Também foi designado um “hino” específico para tocar na cerimônia e nas premiações dos “atletas neutros”. A presidente da Federação Russa de Ginástica Rítmica, Irina Viner, classificou a melodia do hino designado pelo COI como algo semelhante a uma “marcha fúnebre”. De acordo com ela, ir aos Jogos sem hino e sem bandeira é “humilhante”. Moscou acusa o comitê de “destruir as ideias do espírito olímpico”.

Quando saiu a decisão do COI, em março deste ano, a diplomacia russa denunciou o banimento da Rússia como uma forma de discriminação. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que essas decisões “demonstram até que ponto o COI se afastou dos seus princípios declarados e caiu no racismo e no neonazismo”. “A segregação de pessoas com base na nacionalidade, etnia, exclusão de pessoas apenas com base na cidadania de eventos desportivos internacionais é a melhor prova disso”, afirmou.

O historiador esportivo, Timur Mukhamatulin, por sua vez, destaca que o Comitê Olímpico Internacional “teve receio de manifestar discriminação sobre o princípio de cidadania”. “Se o COI não permite os atletas da Rússia e de Belarus só porque eles representam esses países, então essa decisão pode significar uma decisão discriminatória por passaporte, por cidadania”, afirma.

Por outro lado, o pesquisador observa que “seria impossível fingir que nada aconteceu”, considerando a particularidade de que a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 aconteceu durante o período olímpico, às vésperas dos Jogos de Inverno de Pequim.

– A base formal para que os atletas russos e bielorrusso não fossem permitidos em competições internacionais sob a égide do Comitê Olímpico Internacional foi a violação da trégua olímpica. A intervenção de larga escala da Rússia na Ucrânia aconteceu antes das Paraolimpíadas de Inverno de Pequim. Por isso, a Rússia e Belarus foram acusadas de violar os princípios da trégua olímpica, então fazer de conta que nada aconteceu também não seria possível. O COI tinha o receio de que atletas ucranianos e de outros países poderiam boicotar as competições com participação de atletas russos – explica.

Assim, decisão do COI, tomada em março deste ano, estabeleceu um limite de no máximo 54 atletas da Rússia e 28 de Belarus para se classificar para os Jogos de Paris. Entre os critérios, o órgão definiu que atletas que “apoiaram ativamente a guerra” ou fossem ligados a agências de aplicação da lei ou do exército, não seriam autorizados a participar dos jogos. Além disso, apenas atletas de esportes individuais destes países puderam se qualificar para os Jogos.

Timur Mukhamatulin diz que a avaliação do COI foi de que esta decisão foi um caminho de “meio termo” possível, o que não agradou nem a Rússia, nem a Ucrânia.

– A parte russa alegou que isso é discriminação por motivos étnicos e a parte ucraniana considerou que a decisão foi uma benevolência com a Rússia. Segundo o lado ucraniano, isso é forma de fechar os olhos para o fato de que a direção política russa continuaria usando os atletas russos, mesmo sob a bandeira AIN, para os seus objetivos políticos – afirma.

Vale lembrar que o número tão inferior de atletas russos, além dos critérios de classificação do COI, também foi causado pela decisão de autoridades esportivas russas, do Comitê Olímpico da Rússia de não liberar os atletas.

Vários atletas com passaporte russo chegaram a receber autorização do COI para atuar nas Olimpíadas, mas algumas federações decidiram recusar a participação. A Federação Russa de Judô, por exemplo, anunciou que não liberou quatro atletas elegíveis para as Olimpíadas, uma vez que outras 13 pessoas não foram permitidas. A Federação Russa de Luta Livre também decidiu recusar a participação nos Jogos.

A Rússia terá representantes em apenas cinco modalidades esportivas: sete atletas no tênis, três no caiaque e canoagem, três no ciclismo, um nas competições de natação e um no trampolim.

Exclusão da Rússia põe em xeque isonomia política do COI

O banimento da Rússia e de Belarus gerou questionamentos sobre a isonomia do COI. Proibições semelhantes aconteceram na história das Olimpíadas, como os casos da Alemanha após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, e da África do Sul no período do Apartheid. No entanto, os EUA, por exemplo, nunca sofreram sanções do COI em casos de invasões e guerras em outros países ao longo da história. E, no caso dos Jogos de Paris 2024, o Comitê Olímpico Palestino (COP) pediu ao COI a “imediata exclusão de Israel das Olimpíadas” pelo massacre em curso na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 39 mil palestinos mortos.

Segundo o pesquisador sobre da Universidade Técnica Estatal de Moscou N.E. Bauman, Andrey Adelfinsky, o princípio sustentado pelo COI de que o esporte está fora da política “sempre pareceu falso, e, na atual situação, o Comitê Olímpico Internacional confirma isto mais uma vez”.

Ao Brasil de Fato, o autor apontou que a política do COI reproduz a política do Ocidente, em particular dos EUA, em relação à Rússia, buscando diminuir a importância da Rússia no mundo.

– A unipolaridade dos EUA, que busca combater a relevância da Rússia no cenário internacional, no atual momento se manifesta também nas relações esportivas. E as sanções que são aplicadas à Rússia nos últimos dez anos são continuidade dessa política – completa.

O presidente russo, Vladimir Putin, ao rejeitar a proposta da França, feita em maio, sobre uma possível trégua olímpica, adotando um cessar-fogo durante os Jogos, fez menção à política de duplos padrões em relação à Rússia e criticou a posição contraditória do Ocidente ao longo da história.

– Esses princípios olímpicos, incluindo a trégua olímpica, são muito justos. Não é por acaso que foi desenvolvido pela comunidade mundial ao longo dos séculos. Mas poucos países a respeitaram na história, com exceção da Grécia antiga (…) Eles próprios violam (os princípios), inclusive em relação à Rússia, não permitindo que os nossos atletas possam competir nos Jogos Olímpicos com o seu nome, com a sua bandeira e com o seu hino nacional, mas querem que, por sua vez, sigamos as regras que eles nos ditam – disse Putin na ocasião.

Prejuízo para o esporte russo

Para além das questões políticas em torno das Olimpíadas, a previsão é que o banimento da Rússia das Olimpíadas gere efeitos negativos para o desenvolvimento de várias modalidades esportivas na Rússia. De acordo com Mukhamatulin, a ausência de concorrência de alto nível terá “consequências catastróficas” para o esporte russo. Ele explica que a maioria das modalidades esportivas olímpicas russas têm um reconhecimento e uma popularidade baixa, portanto, dependem das verbas estatais oferecidas através das federações.

Assim, segundo ele, em qualquer momento o Estado pode cortar estes incentivos. “Isso significará que essas modalidades passarão para um status amador e terão perda de interesse”, completa.

O efeito imediato da exclusão da Rússia, no que diz respeito ao público, é que pela primeira vez em 40 anos as Olimpíadas não serão transmitidas no país. Os canais de TV e serviços de streaming do país decidiram não adquirir os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos.

Ao mesmo tempo, um outro efeito para o esporte russo que já está ocorrendo é a “migração esportiva”. A impossibilidade de competir em alto nível no principal evento esportivo do mundo, tem levado atletas russos a adquirir outras nacionalidades para poder participar dos Jogos representando outros países.

– Alguns se mudam para países da Ásia Central e recebem cidadania do Uzbequistão, Quirguistão ou do Cazaquistão. Outros se mudam para a Europa Ocidental, nessas Olimpíadas, por exemplo, um atleta russa irá representar a França. Por isso, não terá muita coisa boa a partir disso. A ausência de concorrência vai provocar uma degradação, e isso diz respeito não só às modalidades esportivas para os quais as Olimpíadas são o estágio principal, mas em esportes como futebol, basquete, vôlei, hóquei, que são muito populares na Rússia – completa o historiador Timur Mukhamatulin.



EUA prendem cofundador do cartel de Sinaloa e filho de El Chapo

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

As circunstâncias da captura ainda não estão claras, mas os dois narcotraficantes foram detidos após seu avião pousar em um aeroporto em El Paso, no Texas, na fronteira com o México.

Por Redação, com ANSA – de Washington

A polícia dos Estados Unidos prendeu Ismael “El Mayo” Zambada García, cofundador do cartel mexicano de Sinaloa, e Joaquín Guzmán López, filho de Joaquín “El Chapo” Guzmán, principal expoente do grupo criminoso e que cumpre prisão perpétua em uma cadeia norte-americana.

‘El Mayo’ e Joaquín Guzmán López foram capturados no Texas

As circunstâncias da captura ainda não estão claras, mas os dois narcotraficantes foram detidos após seu avião pousar em um aeroporto em El Paso, no Texas, na fronteira com o México.

Outra versão

Veículos de imprensa norte-americanos e mexicanos disseram que os dois se entregaram às autoridades dos EUA, porém outra versão aponta que um membro do alto escalão do cartel de Sinaloa enganou Zambada, fazendo o cofundador do grupo acreditar que visitaria pistas de pousos clandestinas no México.

– El Mayo e Guzmán López se juntam à longa lista de líderes do cartel de Sinaloa que o Departamento de Justiça considera responsáveis por uma das mais poderosas e violentas organizações de tráfico de drogas no mundo – disse o secretário da pasta, Merrick Garland.

– O Departamento de Justiça não vai descansar até que todos os líderes de cartéis responsáveis por envenenar as comunidades com fentanil sejam presos – acrescentou. El Mayo, 76 anos, fundou o cartel de Sinaloa junto com El Chapo, mas nunca havia sido capturado. Já Guzmán López, 38, ascendeu a postos de liderança na organização após a extradição de seu pai pelo México aos EUA, em 2017.

A Justiça norte-americana havia oferecido uma recompensa de US$ 15 milhões (R$ 84 milhões) por informações que levassem à captura de El Mayo.



J. Borges, xilogravurista e poeta pernambucano morre aos 88 anos

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

Conhecido pelos cordéis escritos e ilustrados com suas próprias xilogravuras, José Francisco Borges foi consagrado como grande escritor do estilo nordestino.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

Morreu na manhã desta sexta-feira o xilogravurista, cordelista e poeta pernambucano, J. Borges. Segundo familiares, o artista faleceu de causas naturais em Bezerros, no interior de Pernambuco, onde nasceu e viveu toda a sua vida.

Trajetória do xilógrafo J.Borges está em exposição no Museu do Pontal

Conhecido pelos cordéis escritos e ilustrados com suas próprias xilogravuras, José Francisco Borges foi consagrado como o grande poeta no estilo, mesmo tendo frequentado a escola apenas por um ano. Antes de se dedicar a literatura de cordel, ele foi carpinteiro e pedreiro durante a juventude.

Borges ganhou projeção internacional ao ilustrar livros de outros grandes escritores, como Ariano Suassuna e José Saramago.

Diversas premiações

O artista também acumulou diversas premiações em seu nome, como o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco e o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura. Ele também foi responsável por produzir a obra entregue por Lula ao Papa Francisco como presente.

As obras de J. Borges ainda podem ser vistas na exposição gratuita no Museu do Pontal, no Rio de Janeiro até o dia 25 de março de 2025.



Rosa Magalhães, ícone do carnaval carioca morre 77 anos

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

Rosa Magalhães era formada em cenografia, indumentária e pintura, e foi professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Por Redação, com CartaCapital e ABr– do Rio de Janeiro

Faleceu, na noite de quinta-feira a carnavalesca Rosa Magalhães. Aos 77 anos, a campeã de sete títulos do carnaval carioca não resistiu a um infarto.

A carnavalesca Rosa Magalhães

A morte foi confirmada pela Império Serrano. Além da escola, Magalhães também conquistou títulos com a Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel.

Ela começou a carreira ainda nos anos 70, trabalhando como assistente no Salgueiro. Seu primeiro título veio em 1982, já com a Império Serrano.

A maior sequência de títulos aconteceu entre 1994 e 2001, quando ganhou cinco troféus com a Imperatriz Leopoldinense.

Rosa Magalhães era formada em cenografia, indumentária e pintura, e foi professora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Sua trajetória a levou a ser responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

Amplamente reconhecida no meio como um dos grandes nomes do carnaval carioca, Rosa Magalhães, segundo a Imperatriz Leopoldinense, “promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre restará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e principalmente por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo”.

Escolas de samba se despedem da carnavalesca Rosa Magalhães

Escolas de samba e personalidades prestam homenagens para a carnavalesca Rosa Magalhães, dona de sete títulos do carnaval carioca.

“Com tristeza, a Império Serrano recebeu a notícia do falecimento da carnavalesca Rosa Magalhães, aos 77 anos, nesta noite”, informou a escola. 

“Fica aqui a nossa gratidão por tudo que você, Rosa, fez pelo carnaval, pela contribuição à nossa história e à arte”, completa a agremiação. 

O velório foi aberto ao público no Palácio da Cidade, sede da prefeitura do Rio, em Botafogo, das 12h às 16h30. O sepultamento foi restrito a familiares e amigos, no cemitério São João Batista, também em Botafogo.

Rosa tinha mais de 50 anos dedicado à arte. A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), ao lamentar a morte, afirmou que Rosa Magalhães “fez história” no carnaval.

O título de 1982 com o Império Serrano fez o enredo “Bum Bum Paticumbum Prugurundum” figurar entre um dos mais famosos do carnaval carioca.

Na Imperatriz Leopoldinense, a amante do carnaval conseguiu fazer a escola atingir a supremacia por anos seguidos. Conquistou o bicampeonato de 1994 e 1995 e o tricampeonato de 1999, 2000 e 2001.

“Falar de Rosa Magalhães é falar da história da Imperatriz, tendo em vista que, de sete títulos conquistados pela professora, cinco foram em nossa agremiação”, publicou no X (antigo Twitter), a Imperatriz Leopoldinense.

“Neste momento, faltam palavras para definir a grandeza de Rosa e de toda a sua trajetória não só no carnaval, mas em toda a sua carreira, ao longo dos mais de 50 anos de trabalhos dedicados à arte. Rosa promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre estará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e, principalmente, por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo”, completou a Imperatriz Leopoldinense.

O último campeonato da carnavalesca foi em 2013, comandando o carnaval da Unidos de Vila Isabel. “Viva Rosa Magalhães”, postou nas redes sociais a Vila Isabel após a notícia da morte.

Era Sambódromo

Rosa é a maior carnavalesca da Era Sambódromo, que começou com a inauguração da Passarela do Samba, em 1984. A última participação dela foi em 2023, na escola Paraíso do Tuiuti.

Uma das curiosidades é que ela gostava de fazer e participar dos desfiles para, em algumas vezes, se misturar com os componentes, sem necessariamente se fazer perceber. Era uma forma de sentir a evolução da escola e a reação do público.

Além de levar a magia de fantasias e adereços para a Marquês de Sapucaí, Rosa Magalhães ditou o espetáculo de cores e movimentos na cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e na festa de encerramento das Olimpíadas de 2016, ambas no Rio de Janeiro. A celebração de 2007 rendeu à carnavalesca o prêmio Emmy de melhor figurino.

Uma mente brilhante

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, classificou Rosa como “uma das mentes mais brilhantes da nossa maior manifestação cultural [o carnaval].” Ele acrescentou que a história da carnavalesca se confunde com a do próprio carnaval. “De um jeito único, ela encantou a todos nós com sua capacidade de materializar sonhos na avenida, de contar histórias de um jeito único e emocionar quem assistia”, escreveu o prefeito.

O jornalista e escritor Fábio Fabato, especialista em carnaval, chamou a artista de “maior fazedora de festas populares” e a equiparou a artistas como Tarsila do Amaral e Cândido Portinari. 

– Através da arte de Rosa Magalhães, através de suas criações, nós nos descobrimos mais brasileiros, já que ela foi uma investigadora profunda de causos e curiosidades na nossa cultura que, muitas vezes, os livros didáticos não contam – declarou.

Ele disse que ela se mantinha ativa intelectualmente, escrevia um livro sobre os últimos carnavais e estava envolvida com uma peça de teatro infantil.



MPRJ denuncia delegado por discriminação e injúria racial

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

Além da condenação pelos dois crimes, o MPRJ requer que o delegado seja condenado a pagar R$ 100 mil pelos danos morais causados à delegada, bem como R$ 100 mil a título de dano moral coletivo.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), denunciou o delegado de Polícia Civil Maurício Demétrio Afonso Alves pelos crimes de discriminação e injúria racial. A denúncia relata três episódios em que o delegado mostrou seu desprezo por pessoas de cor preta ou fez ofensas racistas.

Comentários racistas ocorreram em mensagens no aplicativo WhatsApp

Todas as falas ocorreram por meio do aplicativo WhatsApp. Em um dos casos, em outubro de 2018, Demétrio chama uma delegada aposentada de “macaca” e “criola”. Da mesma forma, em 2020, Demétrio utiliza em uma conversa a expressão “tinha que ser preto” ao se referir ao então ministro da Educação.

Outro episódio foi em março de 2018, quando o então delegado ironiza a morte da vereadora Marielle Franco, “que, no contexto do que restou demonstrado com a prova dos autos, assim o fez por preconceito racial, certo que a falecida vereadora era mulher de cor preta”, diz a denúncia.

Além da condenação pelos dois crimes, o MPRJ requer que o delegado seja condenado a pagar R$ 100 mil pelos danos morais causados à delegada, bem como R$ 100 mil a título de dano moral coletivo.

Condenação

Em janeiro deste ano, o delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, preso desde 2021, foi condenado a 9 anos e 7 meses de prisão por obstrução de Justiça. A pena também estabelece a perda do cargo público e pagamento de 52 dias de multa.  

De acordo com a decisão, o delegado criou um complexo plano, que contou com a instauração de procedimentos policiais e administrativos fraudulentos e manipulação da imprensa, entre outras ações.  

A decisão também ressalta o alto padrão de vida de Maurício Demétrio, com inúmeros registros de gastos com aluguel de mansões, utilização de lanchas e viagens internacionais constantes.  

A medida aponta que a culpabilidade do réu é mais elevada, por se tratar de um profissional responsável por investigações de crimes, sendo um paradoxo tentar embaraçá-las.  

O policial foi preso quando era titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial ( DRCPIM), acusado de chefiar esquema de cobrança de propina de lojistas do tradicional comércio de roupas da Rua Teresa, em Petrópolis, na região serrana do Rio.



EUA acusam Coreia do Norte de roubar segredos militares

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

Em comunicado conjunto assinado por Reino Unido e Coreia do Sul, trio alerta para campanha global de ciberespionagem atrelada a programa nuclear de Pyongyang. Nasa e Aeronáutica americana estão entre vítimas dos hackers.

Por Redação, com DW – de Washington

Hackers a serviço da Coreia do Norte deflagraram uma campanha global de ciberespionagem para roubar segredos militares em apoio ao programa nuclear de Pyongyang, acusaram os Estados Unidos, o Reino Unido e a Coreia do Sul em um comunicado conjunto publicado na quinta-feira.

Hackers apoiados pela Coreia do Norte se aproveitam de vulnerabilidades em softwares para se infiltrar em redes militares estrangeiras

O documento foi elaborado pelo FBI, a Polícia Federal dos Estados Unidos, e a Agência de Segurança Nacional (NSA) norte-americanos, pelo Centro Nacional de Cibersegurança britânico (NCSC) e pelo Serviço de Inteligência Nacional (NIS) da Coreia do Sul.

Grupo teria invadido computadores da Nasa e da Aeronáutica norte-americana

Conhecidos por pesquisadores da área de cibersegurança como Anadriel ou APT 45, o grupo seria um braço da agência de espionagem de Pyongyang.

Segundo o comunicado, esses hackers têm mirado sistemas de computadores de empresas de defesa e engenharia, incluindo fabricantes de tanques, submarinos, navios, caças, mísseis e sistemas de radar, em alguns casos, com sucesso.

Uma das vítimas do grupo teria sido a agência espacial Nasa, de quem teriam sido roubados 17 gigabytes em dados, além do próprio FBI e do Departamento americano de Justiça, bem como as base aéreas militares de Randolph, no Texas, e de Robins, na Geórgia.

EUA, Reino Unido e Coreia do Sul afirmam no documento que “o grupo e as técnicas cibernéticas continuam a representar uma ameaça contínua para vários setores da indústria em todo o mundo”, inclusive também “no Japão e na Índia”.

Como os hackers agem

O FBI alega que o grupo explora vulnerabilidades em softwares para lançar ciberataques, por exemplo via malware e phishing, para ganhar acesso a dados e informações sigilosas.

O órgão de inteligência instou as empresas envolvidas nos setores de defesa, aeroespacial, nuclear e de engenharia a “continuarem vigilantes na defesa de suas redes contra ciber-operações patrocinadas pela Coreia do Norte”, e disse que Andariel tem tentado obter informações como especificações para o processamento e enriquecimento de urânio, bem como de sistemas de defesa e de mísseis.



Barack Obama oficializa apoio à campanha de Kamala Harris

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

“Faremos tudo o que pudermos para que você passe por essa eleição e chegue ao Salão Oval”, disse o ex-presidente Barack Obama, acompanhado da mulher, Michelle, à provável candidata democrata.

Por Redação, com DW – de Washington

O ex-presidente americano Barack Obama anunciou nesta sexta-feira, ao lado da mulher, Michelle Obama, apoio à candidatura de Kamala Harris à Casa Branca. Havia uma expectativa em torno do endosso do ex-presidente, o nome mais popular do partido Democrata, à indicação para disputar a presidência contra o candidato republicano Donald Trump.

Vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Barack Obama durante evento em Washington, em 2022

O apoio foi anunciado por meio de um vídeo que mostra Harris aceitando uma ligação telefônica conjunta do casal Obama.

– Ligamos para dizer que Michelle e eu não poderíamos estar mais orgulhosos de apoiar você e fazer tudo o que pudermos para que você passe por essa eleição e chegue ao Salão Oval – disse o ex-presidente a Harris.

Michelle Obama afirmou: “Não posso fazer essa ligação sem dizer à minha garota, Kamala, que estou orgulhosa de você”. “Isso vai ser histórico”, acrescentou.

Harris recebeu a ligação enquanto caminhava nos bastidores de um evento, acompanhada por um agente do Serviço Secreto. Ela agradeceu a amizade do ex-casal-presidencial e disse que está ansiosa para “chegar lá, estar na estrada” com eles nos próximos três meses de campanha.

– Vamos nos divertir um pouco com isso também, não vamos? – destacou Harris.

A vice-presidente ainda não é oficialmente a candidata democrata, mas, de acordo com uma pesquisa da Associated Pres, já garantiu o apoio público da maioria dos delegados à Convenção Nacional Democrata, que começa em 19 de agostos.

Partido democrata fechado com Harris

Michelle e Barack Obama são talvez as últimas figuras importantes do partido a endossar Harris formalmente. Além de populares, eles são um importante ativo para a campanha democrata por sua capacidade de atrair recursos.

Biden apoou Harris uma hora depois de anunciar a decisão , no último domingo, de encerrar sua campanha, em meio a um clima de preocupação sobre a sua capacidade de derotar Trump.

A ex-presidente da Câmara dos Deputados Nancy Pelosi, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, o líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, o líder da minoria na Câmara, Jim Clyburn, o ex-presidente Bill Clinton e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton demonstraram apoio nos dias seguintes.

O casal Obama, no entanto, foi cauteloso enquanto Harris assegurava o apoio de delegados do partido e de alguns dos principais eleitores democratas e arrecadava mais de 120 milhões de dólares (cerca de R$ 678 milhões).

declaração inicial de Barack Obama após o anúncio da desistência de Biden não mencionou Harris. Em vez disso, ele falou genericamente sobre a indicação de um nomeado para suceder Biden: “Tenho uma confiança extraordinária de que os líderes de nosso partido serão capazes de criar um processo do qual surja um um candidato excepcional”, escreveu o ex-presidente na época.



França: ataques coordenados interrompem linhas de trens

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

A poucas horas da abertura oficial dos Jogos Olímpicos de 2024 na capital francesa, empresa de trens diz que vândalos incendiaram instalações. Reparos devem durar todo o fim de semana.

Por Redação, com DW – de Paris

Linhas de trens de alta velocidade (TGV) em toda a França foram vandalizadas, informou nesta sexta-feira a companhia ferroviária francesa SNCF. Os ataques coordenados prejudicam o tráfego e obrigaram o cancelamento de viagens horas antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, cerimônia que deve receber 300 mil pessoas na capital francesa. Estima-se que 250 mil passageiros tenham sido afetados.

França diz que linhas de trem sofreram ataques ao longo da noite. Operações foram suspensas

A operadora estatal disse que vândalos incendiaram instalações ao longo das linhas que conectam Paris a cidades como Lille, no norte, Bordeaux, no oeste, e Estrasburgo, no leste. O trajeto entre Paris e Londres também foi afetado.

“Na noite passada, a SNCF foi vítima de vários atos de vandalismo nas linhas de alta velocidade do Atlântico, Norte e Leste. Incêndios foram deliberadamente provocados para danificar nossas instalações”, disse a companhia ferroviária, em nota.

A empresa trabalha para restaurar o serviço, mas a expectativa é a de que o tráfego se mantenha interrompido durante o final de semana.

“Estamos desviando alguns trens para linhas convencionais, mas teremos de cancelar um grande número deles”, indicou a companhia. 

Segurança reforçada

Os ataques coordenados alimentam a tensão antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos que acontece nesta sexta-feira, às margens do rio Sena. A França implementa uma operação de segurança sem precedentes, com o emprego de mais de 45 mil policiais, 10 mil soldados e 2 mil agentes de segurança privada.

Até agora, não houve reivindicação imediata dos ataques e nem indicação de que a ação estivesse relacionada a um contexto político.

O ministro francês dos Transportes, Patrice Vergriete, descreveu os atos como criminosos. O chefe de polícia de Paris disse que reforçou ainda mais a segurança nas principais estações da capital.

A ministra dos Esportes, Amélie Oudéa-Castéra, afirmou que as autoridades estão trabalhando para “avaliar o impacto sobre os viajantes e atletas e garantir o transporte de todas as delegações para os locais de competição”.

Falando à televisão BFM, ela disse que “jogar contra o evento é jogar contra a França, contra o seu próprio campo, contra o seu país”.



As regiões metropolitanas e o parlamento comum

26 de Julho de 2024, 11:41, por Feed RSS do(a) News

A formação desordenada das metrópoles brasileiras exige soluções integradas; o Parlamento Comum emerge como resposta para a gestão dos desafios metropolitanos.

Por George Câmara – de Brasília

O processo de formação das maiores cidades brasileiras gerou uma tal ocupação de seus territórios, com crescimento desordenado, que sua mancha urbana, em geral, ultrapassou os limites do município núcleo, adentrando no território de municípios vizinhos e formando nossas regiões metropolitanas.

Vista da comunidade do Morro Azul tendo ao fundo parte de um conjunto de prédios modernistas, em Laranjeiras, zona sul da cidade

Isso ocorre em um intervalo de tempo extremamente curto, invertendo completamente o panorama demográfico das cidades e metrópoles brasileiras em pouco mais de 60 anos. O percentual da população residente nas cidades por ocasião do censo demográfico de 1950 era da ordem de 36,2% e, nos últimos censos, alcançou o patamar de 85%, em nosso país.

Além disso, tal crescimento não veio acompanhado da devida estruturação desse espaço geográfico de forma a acolher em condições dignas tão elevado contingente de pessoas, que nasceram nesse local ou que a ele chegaram em busca de oportunidades.

Diante da incapacidade do poder público de assegurar moradia, transporte, saneamento básico, acesso ao mercado de trabalho e a serviços básicos como saúde e educação, entre outros, além do elevado e crescente preço da terra no contexto urbano, essa população passou a ocupar as periferias das grandes cidades.

Na maioria dos casos, essas periferias ultrapassam os limites físicos da cidade polo e passam a ocupar o território dos municípios vizinhos, evidenciando o fenômeno do transbordamento. Muitos desses municípios, de porte bem menor, são desprovidos de uma infraestrutura capaz de atender, adequadamente, às necessidades básicas da população.

Crise habitacional

Dessa forma passam, da escala urbana à metropolitana, graves  problemas como a exclusão, a pobreza e a desigualdade social, a crise habitacional, a segregação espacial, a degradação ambiental, além da violência urbana (agora em âmbito regional), entre outros. Face a tais dilemas, considerando que cabe ao poder público cuidar do bem-estar das pessoas, que resposta oferece a gestão pública?

Dentro dos limites da jurisdição de cada município, no universo do tradicional pacto federativo à moda brasileira, as respostas a esses desafios se configuram como ações fragmentárias e marcadas pela lógica localista, que se mostram insuficientes ao enfrentamento de tamanhos problemas.

Afinal, como podem a prefeitura e a Câmara Municipal, que já não conseguem dar conta de assegurar a universalização do direito constitucional ao bem-estar de seus próprios munícipes, ainda terem que cuidar da agenda de municípios vizinhos?

Entretanto, quando esses problemas são comuns a todos e interferem, igualmente, na vida de todos, é preciso que sejam buscadas soluções compartilhadas.

As chamadas funções públicas de interesse comum, conforme trata a Constituição Federal, em seu artigo 25, inciso III, exigem a efetiva ação do Estado, sob pena de se cometer a violação ao preceito constitucional que atribui, ao poder público, o dever de cuidar do bem-estar das pessoas.

Municipalidade

No âmbito da municipalidade, diante de semelhantes desafios, o Poder Legislativo, uma vez legitimado pelo voto do eleitorado, respeitando os limites da jurisdição de cada município, pode e deve produzir e aperfeiçoar, nos espaços metropolitanos, instrumentos capazes de tratar, junto à sociedade, da agenda comum, a partir da ação articulada com o conjunto das Câmaras Municipais envolvidas.

Como exemplo, um instrumento dotado de capacidade política para tal é o Parlamento Comum da Região Metropolitana, fórum supra institucional formado pelo Poder Legislativo Municipal, reunindo o conjunto de Câmaras Municipais para atuar, em sintonia com a sociedade organizada no âmbito desse território, para aprovar e fazer implementar a Agenda Metropolitana.

O Parlamento Comum da Região Metropolitana, como espaço democrático articulado entre vereadores e vereadoras, é uma experiência concreta. Teve sua criação no ano de 2001 na Região Metropolitana de Natal e tem assegurado o direito a voz e voto no Conselho de Desenvolvimento Metropolitano de Natal, coordenado pelo Governo do Estado.

Existe, a partir dessa experiência, em outras regiões metropolitanas brasileiras. Precisa ser retomado, para contribuir com a tarefa institucional de cuidar das pessoas, no espaço metropolitano.

 

George Câmara, é mestre em Estudos Urbanos e Regionais, Especialista em Gestão de Políticas Públicas e Advogado. Foi vereador em Natal/RN, pelo PCdoB por três mandatos. É diretor Autárquico da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Rio Grande do Norte. Autor dos livros Da janela da metrópole e O saneamento básico na região metropolitana de Natal.

As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil



Esforço de Haddad para taxar super-ricos ganha apoio no G20

25 de Julho de 2024, 23:40, por Feed RSS do(a) News

De acordo com a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, o tema tem avançado de forma consistente.

Por Redação – do Rio de Janeiro

A taxação global aos super-ricos têm avançado no âmbito do grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana (G20). O assunto tem sido levantado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à frente da Trilha Financeira do fórum de cooperação econômica internacional, em curso na capital carioca. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulga a necessidade do imposto para os super-ricos

De acordo com a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, o tema tem avançado de forma consistente. Coordenadora das pré-negociações com representantes dos ministérios e Bancos Centrais, Rosito acredita que haverá consenso nos três documentos propostos pelo grupo, reunido nestas quinta e sexta-feiras. 

Rosito afirmou ainda, em coletiva de imprensa nesta manhã, que um documento trata exclusivamente sobre cooperação tributária internacional, que inclui a taxação de grandes fortunas. O segundo reunirá assuntos como atuação de bancos multilaterais, arquitetura financeira internacional, fluxo de capitais e clima, e um terceiro comunicado terá uma “linguagem geopolítica”. 

— Será uma declaração inédita. Todos os termos levantados pela presidência brasileira estão dentro do documento, incluindo a tributação de super-ricos. Os pontos estão bem avançados — afirmou a embaixadora.

 

Documento

Em apoio ao esforço do ministro Haddad, a Oxfam, em conjunto com outras organizações, entregou ao ministro da Fazenda uma lista de petições de apoio à iniciativa do governo brasileiro por um acordo global de tributação dos super-ricos. O documento reuniu mais de 1,5 milhão de assinaturas em todo o mundo e pede por um aumento na tributação dos bilionários para combater a desigualdade global e fortalecer os serviços públicos.

Para a diretora-executiva da Oxfam Brasil, Viviana Santiago, a iniciativa de taxar os super-ricos é fundamental para a construção de um sistema mais justo e equitativo.

— Tributar os bilionários é uma medida urgente para combater as desigualdades, estamos falando de um avanço necessário para enfrentar as desigualdades extremas que vemos em nosso país, onde a concentração de riqueza perpetua injustiças históricas e impede milhões, especialmente mulheres negras e periféricas, de terem acesso a uma vida digna e oportunidades iguais — pontuou.

 

Por aqui

Na noite passada, Haddad ponderou que não apenas os super-ricos, mas os setores da sociedade brasileira que se beneficiam com isenção no Imposto de Renda, precisam passar a cumprir com suas obrigações como forma de equilibrar as contas públicas. Em entrevista à mídia conservadora, Haddad afirmou que o país tem um “déficit absurdo” há cerca de 10 anos e que o governo tem procurado corrigir o problema.

— Quem não paga imposto tem que voltar a pagar, senão a gente não reequilibra as contas — resumiu o ministro, que voltou a citar o impacto da desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia sobre a arrecadação.