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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Blog dedicado à política nacional e internacional

A Revolução Digital da Escola

17 de Janeiro de 2013, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 18/01/2013

 

 

Ampla cobertura de mídia, recebido pela presidente Dilma Rousseff e pelo Ministro da Educação Aloizio Mercadante, elogiado por dois dos maiores bilionários do planeta – Bill Gates e Jorge Paulo Lemann - tudo isso pode passar a impressão que o norte-americano Salman Khan inventou a fórmula da sabedoria.

Se não inventou, chegou perto.

***

Para ajudar sobrinhos com dificuldades com matemática e física, Khan montou algumas aulas em vídeo. Depois, postou-as no Youtube. As aulas fizeram sucesso, receberam o elogio consagrador de Gates e foram traduzidas para o português pela Fundação Lemann.

Agora, o MEC planeja incluir o material na estratégia de conteúdo para tablets – após ter adquirido 600 mil tablets para alunos da rede pública.

***

O método que desenvolveu é simples de entender e dificílimo de massificar na rede convencional, pois significa uma mudança radical em paradigmas pedagógicos velhíssimos.

***

Em linhas gerais, a filosofia Khan é a seguinte:

Hoje em dia a criançada já nasce digitalizada. E, nos eletrônicos, a figura central são os games, os jogos com vários graus de dificuldade.

Cada criança tem seu próprio ritmo de aprendizado. Algumas passam por todas as etapas rapidamente; outras demoram mais. Mas, passando pelos diversos níveis, todas se encontram no mesmo grau de aprendizagem.

No caso do ensino convencional, o conteúdo é empacotado em aulas de 50 minutos. E todos, na classe, são expostos ao mesmo ritmo. As aulas ainda são fundamentalmente de transmissão de conteúdo.

***

Pelo método Khan, o conteúdo passa a ser adquirido fora de classe, através de seus vídeos e de equipamentos dos alunos conectados à Internet. Cada aluno terá seu próprio ritmo de aprendizado. Como são aulas à distância, com alunos conectados, o sistema produz gráficos e tabelas mostrando – em tempo real – o ritmo de aprendizado de cada aluno.

Muda-se completamente a natureza das salas de aula e enobrece-se o papel do professor. Nas salas, caberá ao professor promover a interação entre os alunos – por exemplo, colocando alunos com dificuldades junto a alunos mais sabidos. Em vez de ser encarado como o juiz implacável, passa a ser o orientador que ajudará o aluno a ultrapassar os níveis dos games.

***

Mais do que os vídeos em si, o modelo pedagógico sugerido é a chave para a próxima etapa da educação brasileira, ingressando finalmente na era digital.

O MEC está montando um acervo de material pedagógico digital, disponíveis em tablets. Há mapas dinâmicos, corpo humano. A maioria absoluta das escolas já dispõe de laboratório de informática e os tablets começam a ser distribuídos.

***

O desafio maior será a reciclagem de professores. Os alunos já nascem plugados; os professores, não. Além disso, a maior parte do ensino médio é de responsabilidade de estados.

A implantação dos novos métodos exigirá parcerias com estados e municípios, cursos intensivos para os professores, de usabilidade dos equipamentos. E, principalmente, a constatação de que tecnologia não substitui nem sala de aula nem professor. Caberá ao professor, na sala de aula, liderar o processo pedagógico.

 

IGP-10 termina janeiro em alta de 0,42%

O IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) subiu 0,42% em janeiro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa apurada em dezembro foi de 0,63%. Em janeiro de 2012, a variação foi de 0,08%. Ao longo do período, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ficou em 0,34%, abaixo dos 0,66% de dezembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) atingiu 0,76% em janeiro, acima dos 0,65% do mês anterior, enquanto o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) atingiu 0,16%, abaixo dos 0,36% de dezembro.

Como esperado, Copom mantém juros estáveis

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 7,25% ao ano, dentro do esperado pelos analistas do mercado financeiro, que estimam a Selic no mesmo patamar até o final do ano. A decisão foi unânime e sem viés. Em nota, o colegiado considerou “o balanço de riscos para a inflação, que apresentou piora no curto prazo, a recuperação da atividade doméstica, menos intensa do que o esperado, e a complexidade que ainda envolve o ambiente internacional”.

Indústria tem leve recuperação, diz CNI

O faturamento da indústria brasileira cresceu 2,5% em novembro de 2012, em comparação a outubro, após dois meses consecutivos de queda, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade ressaltou que esse aumento é um indicador “robusto”, e o crescimento do setor deverá fechar o ano em 2,5%. A utilização da capacidade instalada apresentou o maior resultado desde março do ano passado, com a média de 81,4% da indústria em operação. Em relação a 2011, o índice foi o mesmo.

IPC-S avança em seis capitais

A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou crescimento em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda semana de janeiro. Apenas Salvador registrou queda nos preços no período apurado, quando a taxa passou de 1,12% para 1,02%, com queda de 0,10 ponto percentual. Belo Horizonte apresentou a maior alta do índice, ao passar de 0,72% na primeira semana de janeiro para 1,01% na segunda, com aumento de 0,29 ponto percentual.

Pedidos de seguro desemprego em queda nos EUA

O total de cidadãos norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego ao longo da última semana atingiu o menor patamar apurado nos últimos cinco anos, o que pode ser considerado um sinal bastante positivo na retomada do mercado de trabalho após um longo período de estagnação. Segundo o Departamento do Trabalho, os pedidos iniciais recuaram 37 mil, para 335 mil segundo dados ajustados sazonalmente, o menor nível desde 2008, e a maior queda semanal já registrada desde fevereiro de 2010.

Teto da dívida americana leva FMI a pedir cautela

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou em entrevista à agência de notícias Reuters que a disputa sobre o aumento do teto da dívida do governo dos Estados Unidos pode ser "catastrófica" para a economia global caso não seja resolvida a tempo. Recentemente, o presidente Barack Obama afirmou que pode haver caos econômico caso os republicanos não aprovem o aumento do teto da dívida em fevereiro.

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RodapéNews - 1701/2013, Quinta-Feira: AULAS DE MANIPULAÇÃO E DE LAVAGEM CEREBRAL SÃO DIÁRIAS NA REDE GLOBO

16 de Janeiro de 2013, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

(informações de rodapé e outras que talvez você não tenha visto)
De: Paulo Dantas 
 

INCRÍVEL: COM GOVERNO DILMA E PT "DEITADOS EM BERÇO ESPLÊNDIDO", BRASIL CONTINUA MUITO ATRASADO EM RELAÇÃO À DISCUSSÃO SOBRE CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA

 

AULAS DE MANIPULAÇÃO E DE LAVAGEM CEREBRAL SÃO DIÁRIAS NA REDE GLOBO

Direto da Redação (via Viomundo) – 16/01/2013

Rede Globo, exemplo de manipulação da informação – por Mário Augusto Jakobskin
O Globo está cada vez mais extremado em matéria de pensamento único. Continua inconformado com a decisão da Suprema Corte de Justiça da Venezuela confirmando que o presidente Hugo Chávez não precisava tomar posse necessariamente no último dia 10. Mas é impressionante, o jornal da família Marinho a cada dia se supera em matéria de jornalismo ideologizado.
Televisão é uma concessão pública e não pode ser utilizada pelos proprietários para o esquema de lavagem cerebral, como acontece também diariamente nos informativos das emissoras da família Marinho.
O desespero das Organizações Globo em relação ao que acontece na Venezuela chega as raias do absurdo. Convocam os colunistas de sempre, que seguem a pauta do Departamento de Estado e do Instituto Millenium. Qualquer crítica ao que acontece em matéria de manipulação da informação é geralmente respondida, quando respondida, como restritiva à liberdade de imprensa e de expressão.

Em relação ao que acontece em matéria de manipulação de informação nas emissoras de televisão e rádio das Organizações Globo, mais do que nunca é preciso que o Brasil retome a discussão sobre o controle social da mídia, para que a democracia avance neste país, porque, sem isso, não se pode afirmar que no Brasil a democracia é cem por cento.

E o governo de Dilma Rousseff também não foi poupado por sua posição admitindo que a Venezuela adotou uma solução democrática na questão da posse de Chávez.

 
Um exemplo do braço estendido da pauta pré-definida pela direção da Globo: na maioria dos programas e setores de seu conglomerado de mídia,  o roteiro é seguido, embora, em parcela deles, seus produtores não tenham controle sobre os entrevistados:
 
Entre Aspas
Convidados analisam o quadro político na Venezuela

 

ALI KAMEL, DIRETOR GERAL DA GLOBO, O MANIPULADOR DE ELEIÇÕES

Escrevinhador (via CartaMaior)

Justiça do Rio: a TV Globo joga em casa; mas Kamel está derrotado pela história - por Rodrigo Vianna

Se Kamel pensava em calar ou intimidar seus críticos, vai se dar mal. Esse processo vai ajudar a mobilizar aqueles que lutam contra os monopólios de mídia. Vai ajudar a escancarar a hipocrisia daqueles que na ANJ e na SIP pedem “ampla liberdade de crítica”, daqueles que usam Institutos Milleniuns para exigir “que não se criem travas ao humor como ferramenta de crítica”, mas que fazem tudo ao contrário quando são eles os objetos da crítica e do humor

http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21507

 

APESAR DO ALARMISMO SOBRE EVENTUAL RACIONAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA, ELA ESTÁ GARANTIDA E COM REDUÇÃO EM SEU PREÇO EM 2013, AFIRMA MINISTRO

Folha – Tendências / Debates – 13/01/2013

Energia elétrica garantida – por Edison Lobão, ministro de Minas e Energia

A escassez de chuvas, em dezembro do ano passado, que reduziu substancialmente o nível dos reservatórios de algumas de nossas mais importantes hidrelétricas, estimulou previsões alarmistas sobre o setor elétrico brasileiro. Sem medir consequências, que resultaram extremamente danosas para o país, anunciou-se um indesejável, e improvável, racionamento de energia --o que seria um desastre, num instante em que o Brasil se prepara para um novo salto de desenvolvimento, impulsionado por medidas de impacto, como a redução do preço da energia elétrica, destinadas a tornar a nossa economia mais competitiva

http://noticias.bol.uol.com.br/economia/2013/01/13/tendenciasdebates-energia-eletrica-garantida.jhtm

 

Parte deste alarmismo pela mídia, você encontra aqui, discutido no  "Programa Entre Aspas"  e no Estadão, deste domingo (como a página está em pdf, conforme tamanho do arquivo, pode haver demora para exibi-la):
 
GloboNews
Convidados debatem risco de racionamento de energia elétrica no Brasil
 
Reportagem do Estadão
Página B1

http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/01/13/b1.pdf

 

Página B3

http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/01/13/b3.pdf

 

Página B4

http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/01/13/b4.pdf

 

BOLSA FAMÍLIA: BLOG "CONVERSA AFIADA" CONTEXTUALIZA CONTRADIÇÕES NA REPORTAGEM  DO ESTADÃO DESTE DOMINGO

CA

Bolsa familia é um fracasso.  No PiG

A educação e a saúde melhoraram. A mortalidade infantil diminuiu. A Fome acabou. Isso é que é ser “refém” !

Neste domingo, o Estadão dedica e capa e três páginas ao Bolsa Família, ancorado em pseudo-analises de planejamento do Cebrap.

É um ataque em pinça, o do Estadão.

Uma equipe foi a Guaribas, no interior do Piauí, onde o Nunca Dantes lançou programa, em 2003.

Outra foi ao jazigo do Cebrap.

Em Guaribas, a Panzer-Division fez uma descoberta extraordinária: a cidade de 4 mil habitantes ganhou água encanada, agências bancárias, uma unidade básica de saúde (que horror !), mais escolas (que horror !), ruas calçadas, os índices de mortalidade infantil e analfabetismo caíram (que horror !), o aproveitamento escolar das crianças subiu (que horror !), e a fome desapareceu (assim não dá ! Isso é uma desgraça !).

Mas, mas, é o “mas” da editoria “o Brasil é uma m…” que infesta o PiG (*) e especialmente o jornal nacional.

Mas…

Mas, diz o Estadão, falta emprego.

E, por isso, Guaribas “permanece refém dos programas e renda”

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/01/13/bolsa-familia-e-um-fracasso-no-pig/

 

Acesse a reportagem do Estadão, relatadas por Paulo Henrique Amorim, clicando nas páginas abaixo:

 

Página A4

Dez anos depois, população pobre do País permanece refém de programas de renda

http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/01/13/a4.pdf

 

Página A6

Fome se vai, mas perspectiva não chega

http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/01/13/a6.pdf

 

Página A7

‘Programa não é suficiente para mudar desigualdade’, afirma Alexandre de Freitas Barbosa

http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/01/13/a8.pdf

 

E que prossegue na edição desta segunda-feira, 14/01/2013:

 

Página A8

‘Berço’ do Fome Zero não muda com programas sociais

http://digital.estadao.com.br/download/pdf/2013/01/14/A8.pdf

 

FOLHA APLICA VELHO TRUQUE MUDANDO, SEM AVISO PRÉVIO AOS SEUS LEITORES, PERÍODOS DE ANÁLISE DE SUA REPORTAGEM, QUE SE DESMONTA SOZINHA

 

 

Observatório da Imprensa ( via Viomundo)

Luciano Martins Costa: Quando os números ajudam a enganar

Quanto vale uma manchete de jornal?

Observe-se, por exemplo, a manchete da Folha de S.Paulo de segunda-feira (14/1): “Brasil perde investimento para outros emergentes”. No texto interno, o jornal afirma que “fundos de investimento estrangeiros estão trocando o Brasil por outros mercados emergentes, em um movimento que tem entre suas causas os impostos mais altos e a maior interferência do governo na economia”.

O jornal paulista se vale do velho truque de mudar os períodos de análise, sem avisar o leitor, para forçar uma interpretação predeterminada dos fatos. Note-se, por exemplo, que a reportagem começa com base no cenário do final do ano passado, comparando-o ao período de três anos anteriores, afirmando que “o percentual do portfólio de fundos de ações especializados em mercados emergentes investido no Brasil caiu de 16,7% no fim de 2009 para 11,6% em novembro (de 2012), o patamar mais baixo desde 2005”.

Já essa referência ao “patamar mais baixo desde 2005”, fora do período proposto para análise, entra na missa para reforçar o credo. Por que não incluir, por exemplo, o patamar de 2003?

http://www.viomundo.com.br/denuncias/luciano-martins-costa-quando-os-numeros-ajudam-a-enganar.html

 

Blog do José Dirceu

Folha faz editorial com base em notícia especulativa

E, como fez a reportagem de ontem, o editorial quase esconde e coloca lá no finalzinho a informação “paradoxal” de que o Investimento Estrangeiro Direto segue firme e forte. A Folha acha paradoxal porque ou não entendeu nada do que estava tratando ou resolveu pura e simplesmente, sem nenhum compromisso com os fatos, atacar o governo

http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&&id=17206&Itemid=2

 

 

Clique aqui para ler matéria da Folha:

http://noticias.bol.uol.com.br/economia/2013/01/14/brasil-perde-fundos-para-outros-paises-emergentes.jhtm

 

MÍDIA SE ANTECIPA AO PT E JÁ REALIZA SUAS "CARAVANAS" PELO PAÍS

CartaMaior

Caravanas: há uma pedra no meio do caminho

Antes que o PT esboçasse o roteiro das caravanas que Lula planeja realizar este ano o dispositivo midiático iniciou a sua.

Reportagens publicadas nos últimos dias pelo 'Estadão' e 'O Globo' revisitaram marcos do governo petista.

Alguns títulos pinçados desse primeiro arranque :

'Dez anos depois, população pobre do Brasil permanece refém de programas de renda';

'Berço’ do Fome Zero não muda com programas sociais';

'Em Guaribas, 87% da população vive do Bolsa Família';

'PT tira milhões da pobreza, mas abandona responsabilidade fiscal'.

Vai por aí a coisa

 

LEMBRANDO PANE NO AR  REFRIGERADO DO AEROPORTO TOM JOBIM, NO FINAL DO ANO PASSADO

 

PT E PETISTAS PAGAM UM PREÇO ALTÍSSIMO PELO FRACASSO NA COMUNICAÇÃO, AFIRMA JANIO DE FREITAS
Folha - 30/12/2012
PT e petistas são um fracasso de comunicação - por Janio de Freitas
[Titulo original do artigo: Confronto que endurece]
Para aturdir os governantes e dirigentes petistas, deixando-os à mercê da pancadaria, nem é preciso um canhonaço como foi o mensalão. Um aparelho de ar refrigerado em pane é suficiente. Nada mais normal do que a quebra de uma máquina. Mas há cinco dias os usuários do aeroporto Santos Dumont se esfalfam em queixas e acusações; e, no outro lado, a presidente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Secretaria de Aviação Civil (a que veio mesmo?) e a Infraero apanham, inertes, dos meios de comunicação e da estimulada opinião pública.
Tão palavrosos como dirigentes partidários e como militantes, nos seus governos os petistas são um fracasso de comunicação até aqui inexplicável.
E pagam preços altíssimos por isso, sem no entanto se aperceberem dos desastres e suas consequências.
Ou melhor, às vezes percebem, e até se autocriticam, mas com atraso de anos.
Saiba mais
 
DANDO MILHO PRA BODE
 

 

ENQUANTO ISSO, PARCELA CONSIDERÁVEL DAS VERBAS PUBLICITÁRIAS DO GOVERNO FEDERAL É DESTINADA PARA AQUELES - SOBRETUDO INTEGRANTES DA GRANDE MÍDIA - QUE FAZEM O "JORNALISMO" ACIMA DESCRITO
 

OB

Por que o governo deve apoiar a mídia alternativa? – por Venício A. Lima

Em audiência pública na Comissão de Ciência & Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, realizada em 12 de dezembro último, o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom), Renato Rovai, defendeu que 30% das verbas publicitárias do governo federal sejam destinadas às pequenas empresas de mídia.Dirigentes da Altercom também estiveram em audiência com a ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), Helena Chagas, para tratar da questão da publicidade governamental.Eles argumentam que o investimento publicitário em veículos de pequenas empresas aquece toda a cadeia produtiva do setor. Quem contrata a pequena empresa de assessoria de imprensa, a pequena agência publicitária, a pequena produtora de vídeo, são os veículos que não estão vinculados aos oligopólios de mídia.Além disso, ao reivindicar que 30% das verbas publicitárias sejam dirigidas às pequenas empresas de mídia, a Altercom lembra que o tratamento diferenciado já existe para outras atividades, inclusive está previsto na própria lei de licitações (Lei nº 8.666/1993)



A Insuficiência do Discurso Econômico

16 de Janeiro de 2013, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

Coluna Econômica - 17/01/2013

 

 

 

Há tempos venho alertando para a insuficiência do discurso público do Ministro da Fazenda Guido Mantega.


Está-se em uma fase crucial da economia. Há mudanças estruturais profundas e o desconforto daí decorrente, a dificuldade da retomada do crescimento e, ao mesmo tempo, os efeitos da crise econômica global.


Sem o discurso eficiente por parte da autoridade econômica, abre-se espaço para uma atoarda ampla, na qual as dúvidas dos agentes econômicos são potencializadas pelo choro dos prejudicados pelas mudanças.


 

***


Por exemplo, atribui-se a falta de investimentos à insegurança da economia devido ao excesso de intervencionismo do governo. Ora, todas as intervenções têm sido no sentido de melhorar o ambiente econômico. Se existe uma lógica na ação, onde a insegurança?


As dúvidas que seguram os investimentos são muito mais comezinhas. O "pibinho" de 2012 lançou dúvidas sobre a capacidade de recuperação da economia. Tendo dúvidas sobre a demanda futura, o empresário segura os investimentos e trata de aumentar marginalmente sua produção, até ficar claro que a capacidade ociosa existente será efetivamente completada.


***


O problema maior tem sido a hiperatividade da Fazenda, lançando dúvidas sobre as contas públicas.


Aí entra a dubiedade do discurso de Guido Mantega.


No início do ano, havia uma corrente defendendo a redução do superávit fiscal.


Mas Guido insistiu na manutenção da meta de superávit para não dar espaço para as críticas do mercado.


Era um contrassenso.


De um lado, estava clara a mudança nos paradigmas da política econômica, priorizando os investimentos. Tinha-se sob controle o principal indicador de desempenho fiscal - a queda sistemática da relação dívida líquida/PIB. Tinha-se uma economia patinando, o que justificaria uma ação contracíclica. E tinha-se a redução da Selic reduzindo o serviço da dívida.


Em suma, a política econômica passou a ter orelha de coelho, focinho de coelho, pata de coelho, mas Guido teimava em continuar chamando-a de gato.


***


No terceiro trimestre, quando houve a frustração da arrecadação fiscal, o governo estava amarrado à meta fixada na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).


Tinha-se, então, duas alternativas: ou mandava uma nova lei ao Congresso, reduzindo a meta de superávit; ou recorria à chamada "contabilidade criativa".


Decidiu-se pelo segundo caminho. E a tarefa foi entregue ao Secretário do Tesouro Arno Augustin, um tecnocrata arrogante que não se julga na obrigação de se explicar para ninguém.


***


As medidas foram tomadas no fechamento de 2012 sem que nem Augustin nem Guido se preocupassem em justificá-las ao distinto público.


Há toda uma literatura no FMI defendendo medidas contábeis pontuais para fechar as contas. E uma lista de argumentos defensáveis. Deixou-se tudo de lado.


Agora, o principal consultor do governo, ex-Ministro Antonio Delfim Netto, escreveu um artigo arrasador sobre a "contabilidade criativa".


Delfim fala de cátedra. Em 1979 quando as contas externas foram arrebentadas pela crise do petróleo e juros, recorreu a um amplo estoque de artifícios que pretendia passageiros. No final do governo Figueiredo, o passageiro tinha se transformado em uma barafunda orçamentária que destruiu a credibilidade da política econômica.


 

IPC-S volta a subir


O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) encerrou a segunda semana de janeiro em alta de 0,89%, ante 0,77% da semana anterior, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Quatro das oito classes de despesa ampliaram suas taxas, com destaque para Educação, Leitura e Recreação (de 1,26% para 2,09%) e Alimentação (de 1,57% para 1,78%). Na outra ponta, alguns dos grupos que reduziram suas variações foram Vestuário (de 0,64% para 0,13%) e Transportes (de 0,34% para 0,30%).

 

Atividade avança 0,4% em novembro


O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ajustado para o período avançou 0,4% no mês de novembro em relação ao mês anterior. De acordo com a autoridade monetária, este é o segundo mês consecutivo em que o indicador, que serve para mostrar a tendência de crescimento da economia, tem elevação. Em relação a novembro de 2011, houve crescimento de 2,67%, de acordo com o índice sem ajustes para o período. No ano, até novembro, o IBC-Br cresceu 1,28% e, em 12 meses, 1,32%.


 

Intenção de consumo das famílias caiu 3,3% em janeiro


Os brasileiros começaram o ano de 2013 com a intenção de consumir menos do que em 2012. Segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), houve queda na intenção de consumo das famílias de 3,3% em janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com a CNC, o nível de endividamento continua elevado, assim como há menos otimismo em relação ao mercado de trabalho.

 

Fluxo cambial de janeiro está positivo


O saldo entre saídas e entradas de dólares do país, conhecido como fluxo cambial, foi positivo em US$ 170 milhões no mês, até o dia 11 de janeiro, de acordo com o Banco Central (BC). O saldo obtido na semana passada, no valor de US$ 254 milhões, reverteu o fluxo negativo da semana anterior, de US$ 84 milhões, apurado entre os dias 2 e 4. Na última semana, a conta financeira apresentou um superávit de US$ 1,630 bilhão, ao passo que a conta comercial registrou déficit de US$ 1,291 bilhão.

 

Preços ao consumidor nos EUA terminam ano em alta


O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) apurado nos Estados Unidos permaneceu sem mudanças no mês de dezembro e fechou o ano de 2012 com uma inflação de 1,7%, segundo o Departamento de Trabalho. O núcleo da inflação, que exclui os preços de alimentos e energia, foi de 0,1% em dezembro e de 1,9% no ano. No mês passado, os preços dos alimentos subiram 0,2% e em todo o ano aumentaram 1,8%. Por outro lado, os preços da energia caíram 1,2% em dezembro, mas subiram 0,5% em 2012.

 

Brasil deve avançar 3,7% em 2013, diz Fitch Ratings


A América Latina deve apresentar uma recuperação econômica rápida neste ano, disse a diretora de ratings soberanos da América Latina para a agência de classificação de risco Fitch Ratings, Shelly Shetty. A Fitch prevê que o PIB da América Latina crescerá 3,7% neste ano, após a expansão estimada de 2,8% em 2012. A recuperação, segundo ela, será altamente influenciada pelo Brasil, cujo PIB deve expandir-se também 3,7% neste ano, depois da alta esperada de 1% para o ano passado.


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A Contabilidade Criativa do Tesouro

15 de Janeiro de 2013, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Coluna Econômica - 16/01/2013

 

 

Em seu artigo semanal no jornal Valor Econômico, o ex-Ministro Delfim Netto criticou asperamente a chamada “contabilidade criativa” da Secretaria do Tesouro, que valeu-se de diversos expedientes contábeis para obter o superávit primário previsto na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).


Sustentou que esse conjunto de medidas, embora legais, mais a hiperatividade da Fazenda – disparando uma isenção fiscal por minuto – acabam comprometendo a visibilidade das contas públicas.


***


O superávit primário é previsto na LDO. É a diferença entre a receita e as despesas operacionais. As despesas são relativamente fixas. Já as receitas dependem fundamentalmente do nível de atividade econômica. A queda no ritmo de crescimento no terceiro trimestre pegou os analistas de surpresa e constatou-se a impossibilidade de atender à meta.


***


Há duas saídas para o enquadramento nos limites da LDO. Uma, a de enviar uma nova lei ao Congresso e passar pelos trâmites habituais para sua aprovação. A outra, recorrer à tal contabilidade criativa.


Decidiu-se pelo segundo caminho por dois motivos.


O primeiro, as dificuldades regimentais para a aprovação de uma lei. O segundo, para não abrir mão das metas de superávit primário. Considera-se no governo que a redução da meta abriria um dique de reivindicações represadas de aumento de gastos. A meta elevada abre espaço para os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que podem ser descontados dos gastos.


Coube ao Secretário do Tesouro Arno Agustin recorrer ao estoque de medidas extraordinárias. Consistiram elas basicamente na antecipação de dividendos e na venda de ativos do Fundo Soberano.


Muitas delas foram puramente contábeis, como a transferência de saldos de depósitos judiciais da CEF (Caixa Econômica Federal) para a Conta Única do Tesouro.


***


O Departamento Econômico do Banco Itaú procedeu a um pente fino criterioso nas operações. Expurgadas, o superávit primário do setor público ficaria um pouco abaixo de 2% do PIB. Com as operações criativas, o superávit vai para 2,4%.


Com as operações,  a relação dívida/PIB esperada é de 35%. Se excluídas as operações especiais, ficaria 3 ou 4 pontos acima, mas ainda assim inferior ao observado nos últimos anos.


***


O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê o uso dessas medidas de caráter temporário. Portanto, não se afrontou nenhuma norma internacional de contabilidade.

De qualquer forma, há abuso. 47,3% das receitas atípicas correspondem à distribuição acima do usual de dividendos das estatais; 31,9% à operação de capitalização da Petrobras; 19,1% a pagamentos de dívidas tributárias renegociadas; 8,9% à transferência de estoque antigo de depósitos judiciais; e 6% a saques do Fundo Nacional do Desenvolvimento.


***


O banco reconhece que a influência das receitas não recorrentes não teve papel determinante na manutenção da condição de solvência fiscal do país. Ou seja, a curva de queda da relação dívida/PIB é consistente.


Mas provoca ruídos desnecessários. Melhor seria, nos futuros orçamentos, diz o banco, prever válvulas de escape para situações de queda de receita acarretadas por ciclos econômicos desfavoráveis.


IBGE: Comércio varejista tem leve melhora


O comércio varejista do país apresentou variação positiva de 0,3% para o volume de vendas e 0,8% para a receita nominal de vendas em novembro ante o mês anterior, ajustadas sazonalmente, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No caso do volume, trata-se do sexto mês seguido de crescimento, enquanto para a receita é o nono período de crescimento consecutivo. Em relação a novembro de 2011, as variações foram de 8,4% para o volume de vendas e de 13,7% na receita nominal.


 

PIB brasileiro deve avançar 0,9% em 2012


Relatório elaborado pelo Banco Mundial indica que o Brasil deve apresentar um crescimento econômico de apenas 0,9% no ano de 2012. Para 2013, a instituição projeta um avanço na casa de 3,4%, que deve ser estimulado por políticas monetárias e fiscais que já foram adotadas pelo governo, e “cujos efeitos ainda serão sentidos”. Os esforços no sentido de redução do chamado “custo Brasil” também devem afetar os indicadores.


 

Micro e pequenas empresas ampliam faturamento


As micro e pequenas empresas (MPEs) do estado de São Paulo tiveram em novembro o melhor faturamento para o mês desde 2000, de acordo com levantamento divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP): sem considerar a inflação, as empresas faturaram R$ 45,1 bilhões, um crescimento de 4,7% em relação a novembro de 2011. O montante significa um faturamento médio de R$ 28,9 mil por empresa.


 

Copom inicia primeira reunião de 2013


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começará na tarde desta terça-feira a primeira reunião de 2013, com o objetivo de avaliar os principais indicadores macroeconômicos desde a última reunião do colegiado, realizada no fim de novembro do ano passado. A avaliação pode determinar uma correção de rumo da taxa Selic, que está em 7,25% ao ano – o nível mais baixo da história do comitê, criado em junho de 1996. Contudo, analistas acreditam na manutenção dos juros básicos.


 

Empresários pretendem investir mais em 2013


A intenção de investimentos das empresas industriais para o ano de 2013 aumentou 5,2 pontos percentuais sobre os investimentos efetivamente realizados no ano passado: segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), 85,4% delas estão dispostas a investir em 2013, contra 80,2% que investiram em 2012. A disposição de investir, contudo, é a menor desde 2009, quando 86,6% das indústrias anunciaram a propensão de investir no ano seguinte.


 

Dilma veta reabertura de prazo do Refis da Crise


A Presidência da República vetou a tentativa do Congresso de ampliar o parcelamento de dívidas de empresas com a Receita Federal no chamado Refis da Crise. O Congresso Nacional havia incluído e aprovado uma proposta de que as empresas poderiam se habilitar ao Refis da Crise até 28 de fevereiro de 2013, mas a presidenta Dilma Rousseff afirmou que a questão foi prevista na Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009. Assim, a Lei 12.788 não poderia tratar novamente desses prazos.

 

 

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Para Entender o Jogo Político

14 de Janeiro de 2013, 22:00, por Castor Filho - 0sem comentários ainda

 

 

Coluna Econômica - 15/01/2013

 

 

Disputa política x confronto, pombas x falcões. Este é o dilema da política brasileira para os próximos anos.


Há uma ebulição no cenário político brasileiro, transformações profundas com a mudança de guarda nos dois principais partidos políticos pós-redemocratização – PT e PSDB -, a busca de protagonismo por agentes oportunistas – especialmente no STF (Supremo Tribunal Federal) e mídia.


Há dois cenários possíveis no horizonte político:


Cenário de normalidade – O amadurecimento da democracia brasileira, com os partidos convergindo para o centro, ampliando-se o leque das alianças partidárias, a exemplo das democracias europeias, e disputando quem entrega o melhor produto para o eleitor (qualidade de vida, desenvolvimento, gestão eficiente etc.) e disputar o poder nas urnas. Esse desenho comporta um partido social democrata mais à esquerda (PT), outro mais à direita (PSDB), partidos médios gravitando entre um e outro e pequenas agremiações ocupando a esquerda radical e a direita radical.


Este é o cenário provável para a democracia brasileira.


***


Cenário de guerra - Grupos se digladiando em torno da guerra fria, do chavismo, do bolivarianismo, do imperialismo e de outros ismos que só servem como retórica para disputas de poder.


***


Não se trata de um jogo com poucos jogadores comportando-se de forma homogênea. Em cada agrupamento há uma disputa interna, na qual o cenário de normalidade ou de confronto reflete-se no resultado final.


Se prevalece o clima de paz, determinados grupos assumem a liderança. Em caso de confronto, outros grupos. Esses interesses internos acabam se refletindo no resultado final.

Para entender o jogo, é importante debruçar-se sobre a situação interna de cada agente do jogo.


***


No PT,  duas estrelas máximas sempre foram Lula, com seus sindicalistas e a aproximação com a Igreja, e José Dirceu, com sua visão “aparelhista”.


O papel de Dirceu foi essencial para a unificação a ferro-e-fogo das ações do PT, permitindo a vitória de Lula. No poder, no entanto, havia embates surdos entre ambos.


O “mensalão” foi o divisor de águas. Sem a competição de Dirceu, Lula passou a comandar uma mudança radical no PT, com a indicação de Dilma para presidente e de Fernando Haddad para prefeito de São Paulo, visando livrar o partido da herança “aparelhista.”


Dilma Rousseff segue fielmente a estratégia lulista, ao se afastar dos “mensaleiros” e definir uma divisória: entra na guerra só se tentarem atacar Lula.


A direção do partido caminha em outra direção e se fortalece em caso de tentativa de desestabilização do governo; e também na solidariedade aos líderes caídos no julgamento.


***


No caso do PSDB o jogo tem menos alternativas.


O Lula do PSDB deveria ser FHC; o Dirceu, José Serra.


Mas FHC não possui a visão política nem a liderança de Lula. É o chamado homem-água que se molda ao que vê pela frente. Quando percebe que há um acirramento político, radicaliza. Quando percebe que o tempo amaina, reflui. Tendo à disposição os laboratórios dos dois maiores estados do país, na hora de pensar o novo, convoca os velhos economistas do Real.

No campo partidário, Dirceu é capaz de se sacrificar pelo partido; Serra, é capaz de sacrificar o partido por ele.


Para se adequar aos novos tempos, o PSDB precisaria tomar uma série de medidas de baixíssima probabilidade de ocorrer.

Protagonismo dos governadores

O primeiro passo seria um pacto entre os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, Antônio Anastasia, de Minas. visando criar uma alternativa à direção partidária. Definir-se-ia um conjunto de ações inovadoras de políticas públicas, capazes de criar uma marca para o partido, recolocando-o no jogo político. É inacreditável o PSDB tentar se valer dos economistas do Real e esconder um Antônio Anastasia, por exemplo.

Nova inteligência

Sob a orientação dos governadores, haveria o fortalecimento do Instituto Teotônio Vilela com uma visão municipalista, trazendo para dentro Luiz Paulo Vellozo Lucas, José Aníbal, José Luiz Portella, Britto Cruz, Júlio Semeghini, os herdeiros das políticas sociais de Dona Ruth para pensar o novo e irradiar para o partido. Ao mesmo tempo, uma ação sobre a inteligência acadêmica, hoje totalmente divorciada do PSDB.

Cenário improvável

Esse cenário é pouco viável no quadro atual do partido, em que perdura uma gerontocracia incapaz de pensar o futuro e de abrir mão do poder para novas gerações. Sem uma liderança alternativa, só restará ao PSDB permanecer na pasmaceira atual, de ter como único discurso o negativismo e o antilulismo. E ver a liderança da oposição escorrer para as mãos do PSB, de Eduardo Campos.

A mídia

Outro obstáculo para a normalização política é o papel da mídia. Nos últimos anos ficou amarrada na armadilha que ela própria criou, do discurso da guerra fria e da escandalização permanente dos fatos políticos. Hoje em dia reside nesse discurso o poder maior da mídia, mas, também, o impedimento maior para que retome o papel de mediação, que deixou de ter. A fogueira só irá se abrandar lentamente.

Judiciário

A atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) no episódio do mensalão trouxe preocupações sobre os limites do ativismo político da corte. Ao condenar os réus, ajudou a fortalecer os pombos, mostrando a impossibilidade de manutenção do estilo “aparelhista” na política. Ao exagerar na retórica, na interpretação das leis e na aplicação das penas, fortaleceu os falcões, permitindo suspeitas sobre suas intenções.

Judiciário - 2

Passado o vendaval, sem os holofotes da mídia, com os egos aplacados e com a indicação de Ministros mais profissionais para a corte, é possível que o STF deixe de ser um fator de turbulência política e que cesse a fase libelú de marmanjos. Todo esse cenário dependerá basicamente do desempenho da economia este ano.


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