“Venha fazer carreira na Assembleia Legislativa de MG”
28 de Novembro de 2013, 22:01 - sem comentários aindaSó eu que acho que tem algo de muito, mas muito errado em um país onde Cachoeira, Demóstenes, Perrellas estão soltos e Genoíno e Dirceu presos ou está tudo bem o fato de nas Casas Legislativas do Brasil, incluindo o Senado, terem representantes de bicheiros e traficantes internacionais?
Manifestantes pedem que a Assembleia Legislativa investigue o fato de um helicóptero de um deputado numa fazenda de um senador com quase 500 quilos de cocaína sem dono seja investigado, lembrando que o piloto já declarou que deu dois telefonemas ao deputado amigo íntimo de Aécio antes de voar.
Por Daniel Carneiro
28/11/2013Farinhaço na assembléia em repúdio ao deputado Gustavo Perrella (SDD), filho do senador Zezé Perrella (PDT), que está envolvido em uma história cabeluda de tráfico de drogas internacional. O helicópero dele foi pego 450 kg de cocaína no Espírito Santo, leia mais aqui.
Agora falando sério…
Até quando? Seremos capazes de suportar a canalhice desses que se dizem representantes da sociedade e que entopem as bocas de pó e as cadeias de negros… que matam a míngua nas filas de hospitais… que matam de fome e de sede no nordeste… que matam na 381, na 0 40, no anel rodoviário… que emburrecem o povo… que pagam e compram votos… que prostituem crianças… que isolam aleijados… que fazem camarotes de um milhão… que constroem mansões em Miami…que derrubam hectares de mata virgem por minuto… que inundam tribos…que pagam salário mínimo… que se escondem atrás de cegos… que demonstram prazeres cruéis em suas organizações…que abafam o caso… que criam mercenários…que apresentam indicadores forjados… que riem por detrás das propagandas…que jogam lixo de merenda… que derramam sangue inocente…que poluem os rios…que fazem parte de uma corja insignificante… que dominam o mundo…que produzem de tudo, da verdade nua e crua a doce ilusão satisfatória… que fazem safari… que desfrutam…e certamente celebram a miséria … que expulsão quem inclui… que assinam lideranças… que latrocinam sonhos… que vendem esperanças!!!
Fotos de: Fotos: Nereu Jr., Bruno Figueiredo, Daniel Carneiro e Neide Pacheco
Mas como eu não sou muito fã da violência… prefiro não procurar as FARC… poderia acabar descobrindo onde arrumar um metralhadora anti aérea…ou um arsenal de fuzis AR15… melhor ainda uma bomba de efeito ético!!!
Pra falar a verdade melhor engolir a seco toda essa putaria e cantar:
hare krishna hare krishna
Krishna krishna hare hare
Hare rama hare rama
Rama rama Hare hare…
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Manifestantes cobram investigação em “Farinhaço” na Assembleia
Audiência Pública sobre a desmilitarização das polícias e o filme: Entre a Luz e a Sombra
28 de Novembro de 2013, 12:36 - sem comentários aindaAudiência Pública sobre a desmilitarização das polícias
Em 28 de novembro, quinta-feira, a Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, junto com o SOS Racismo e a Comissão de Direitos Humanos, discutirá a relação entre as violações de direitos humanos da ditadura brasileira e a violência de Estado ainda hoje existente.
Na parte da manhã, a partir das 10h, no Auditório Teotônio Vilela, Luiz Eduardo Soares discutirá o tema da desmilitarização da polícia. Soares é professor de Antropologia na UERJ e um dos maiores especialistas em segurança pública do país. Ele foi Secretário de Segurança Pública no Rio de Janeiro e ocupou a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
À tarde, a partir das 14h, no Auditório Franco Montoro, será exibido o premiado documentário “Entre a Luz e a Sombra”, de Luciana Burlamaqui, que trata da violência e do sistema carcerário brasileiro. Depois do filme, haverá uma mesa de debates com a diretora, Padre Jaime (presidente da ONG Sociedade Santos Mártires) e Marcos Fuchs (da ONG Conectas – a confirmar).28/11 – Audiência Pública sobre a desmilitarização das polícias
Das 10h às 13h – debate com o professor Luiz Eduardo Soares
Local: Auditório Teotônio Vilela, 1º andar
Das 14h às 18h – exibição do filme “Entre a luz e a sombra” seguido de debate com a diretora Luciana Burlamaqui
Local: Auditório Franco Montoro, andar Monumental
Avenida Pedro Álvares Cabral, 201, Ibirapuera | São Paulo | SP
Ex-presos políticos relatam tortura no prédio da Tutóia onde funcionou a Oban e o Doi-Codi
27 de Novembro de 2013, 21:37 - sem comentários aindaO Doi-Codi de SP foi o maior centro de tortura do país, por onde se estima terem passado 5000 pessoas, várias torturadas e 52 foram assassinadas pelos agentes da ditadura no local onde hoje luta-se para que seja tombado e se transforme num memorial às vítimas da ditadura militar.
Hoje (27/11), a Comissão Nacional da Verdade e as Comissões estadual e municipal de São Paulo entraram na área onde funcionou a Oban e o Doi-Codi do II Exército, entre 1970 e 1977, na rua Tutoia, em São Paulo, para realizar o reconhecimento formal do local como um centro de tortura, morte e desaparecimento de pessoas, visando acelerar o tombamento do conjunto para que no local seja erguido um memorial em homenagem às vítimas da ditadura. 52 pessoas foram assassinadas no local, muitas ainda desaparecidas.
A diligencia teve a presença do secretário de segurança de São Paulo, Fernando Grella Vieira, e do secretário de Cultura de São Paulo, Marcelo Araújo, e de seis ex-presos políticos que, neste vídeo, contam às autoridades e peritos da CNV presentes o Inferno que se passava no Doi-Codi do 2 Exército, no bairro do Paraíso, em São Paulo.
A CNV está preparando um laudo de reconhecimento de local para atestar formalmente que aqueles edifícios hoje ocupados por três diferentes áreas da Polícia Civil de São Paulo integravam o Doi-Codi de SP, o maior centro de tortura do país, por onde se estima terem passado 5000 pessoas.
Data: 27/11/2013
Edição: Thiago Dutra Vilela (CNV)
Vinheta: Thiago Dutra Vilela (CNV)
Trilha Sonora da Vinheta: Gustavo Lyra
Arte do canal: Paula Macedo e Isabela Miranda (CNV)
Captação de imagens e áudio: Thiago Dutra Vilela (CNV)
Xico Sá: Lulu e a sacanagem desautorizada
27 de Novembro de 2013, 21:29 - sem comentários aindaLulu e a sacanagem desautorizada
Por: Xico Sá em sua coluna
27/11/2013
É, velho Crumb (ilustração), aventuras e desventuras do macho perdido e da fêmea que se acha.
Repare nessa história.
Vingativa, ela queimou o filme dele, um reles ficante –status “rolinho primavera”- no Lulu, o aplicativo que funciona como um clube onde as garotas avaliam os rapazes do desempenho sexual ao caráter propriamente dito.
Ô mundão objetivo e sem porteira. Mas pensando como cronista de costumes, Lulu é apenas uma vingança tardia das velhas notas masculinas para as moças na escola. Vingança lupicinicamente machista, óbvio,só vingança, vingança, vingança aos deuses clamar.
O Lulu é um SPC, um Serasa moral, um cadastro geral dos marmanjos para consumo.
Reproduz, para todas as mulheres do mundo, o que já se faz em pequenas rodas femininas.
Calma, meu rapaz, é só um banheiro ampliado, um tricô ao infinito, um fuxico hiperbólico.
Não vale pedir para as amigas lavar a sua honra, tornando-lhe um homem de qualidades. Relaxa. Leva na esportiva, fair play, brother, fair play.
Deu pra maldizer o nosso lar, pra sujar meu nome, me humilhar… Não passa nada.
O Lulu é a verdadeira biografia desautorizada. O Rei deve ser contra. Detalhes tão pequenos de nós dois são coisas muito grandes pra esquecer.
A avaliação de usos e costumes também está valendo: #UsaRider. Melhor ainda é o critério estético: #CurteRomeroBritto. Essa é genial.
Sim, falam até de pau pequeno (#NãoFazNemCosca é a hashtag maldita), mas, meu amigo, você também acha que tem, por mais que normal ou saído à semelhança do “jumento na sacristia”, como no conto do gênio cearense Moreira Campos. O primeiro insatisfeito nessa parada é você mesmo.
Relax, meu rapaz, leve na buena onda, no humor, na graça, ser maldito também tem seu charme e a vida é sempre mais subjetiva do que sugere o vão aplicativo. Como diz a lírica do Conde do Brega: ninguém é perfeito e a vida é assim.
AOS QUE SE FORAM DEVIDO A MINHA DEFESA IRRESTRITA A GENOINO
16 de Novembro de 2013, 10:15 - sem comentários aindaÍcones como Genoino que pegaram em armas para lutar contra a ditadura militar sempre foram referências em minha vida desde que comecei a me interessar pela história que não era contada na escola. Sim, porque todos como eu que nasceram durante a ditadura militar não tiveram acesso a um currículo livre de história, aliás eu não tive história nos meus primeiros 8 anos escolares, só ‘estudos sociais’ e ‘educação moral e cívica’. Não me tornei historiadora impunemente, acho que a escolha de modo inconsciente era para sanar a angústia de querer saber e não ter como.
Quando começaram as lutas pela anistia não entendia direito os noticiários, mas os atuais tucanos como Edmur Mesquita (vejam vocês, eles não nasceram escrotos), frequentavam as comunidades de base e líamos vorazmente e discutíamos vorazmente e ouvíamos os primeiros presos políticos libertos que haviam sido torturados e outros que voltavam do exílio. Chegou até a minha mão 1984 de George Orwell e eu tinha certeza qual seria a tortura da sala 101, ouvi e li depoimentos de mulheres que haviam sido torturadas como o protagonista de 1984.
E padre Porfírio nos alimentava com mais e mais livros de filosofia e um mundo angustiante e solidário se descortinava para aquela adolescente ávida de informação. A mãe se angustiava com meus sumiços e conversas, o Lula apareceu e com ele tantos outros adultos que fariam parte da minha trajetória de formação como ser humano, como cidadã, como sujeito político.
Ao final da adolescência e a entrada na História em 1984 (olha que coincidência) me levou para a luta das Diretas-Já e a manter o forte vínculo com as lutas da Baixada Santista. O movimento estudantil não me atraía, havia tucanos demais na minha universidade, eram nas favelas de Cubatão que eu via a luta acontecer que gostava de discutir o Homem que virou suco, que lutávamos contra a poluição e as crianças que nasciam anencefálicas. Minhas batalhas foram ficando cada vez mais amplas: lutar pelo socialismo, lutar contra o machismo, lutar contra o racismo, lutar pelos direitos humanos.
Tornei-me professora desde o primeiro ano da universidade, foi como sobrevivi em São Paulo, dando aula de educação de adultos e depois para crianças e adolescentes.
E foi na Vila, em 1993 que conheci mais de perto um dos meus ídolos de adolescência: José Genoino, o guerrilheiro do Araguaia. Genoíno, pai de meu aluno Ronan.
Lembro de histórias engraçadas de sala de aula , pelas intervenções que Ronan fazia, eu dizia a ele: você só poderia ser filho do Genoino.
Em 2005 como todos que lutaram arduamente para ver o PT no poder eu chorei. Chorava de raiva por ver o nome de toda uma luta na lama, chorava de raiva porque eu já sabia que sem democratização das comunicações o discurso único que criminaliza a luta dos trabalhadores seria o maior inimigo da classe trabalhadora. Chorava de raiva porque já havia Orkut e eu avaliava o estrago que isso faria à esquerda, à luta à esquerda.
No Orkut via companheiros de esquerda putos da vida e xingando muito. Xingando Dirceu, xingando Genoino, como vejo até hoje e não era o discurso raivoso da direita, mas de todo modo era um discurso raivoso.
Comecei a blogar por causa da cobertura porca feita na imprensa sobre o Caixa 2 do PT.
Não consigo aceitar que uma pessoa seja condenada por ocupar a presidência do partido, como no caso de Genoino. Não há nada que o incrimine, nada, só a teoria porcamente lida pelo STF do ‘domínio do fato’ que só serve pra condenar políticos petistas.
Li todo o processo do Dirceu, condenado pela mesma teoria, o processo do Dirceu está na rede para qualquer um ler, não há um documento assinado por ele, nada.
Li as reportagens de Conceição Lemes que mostra que Pizzolato também não poderia ter praticado o que STF o acusa de praticar, há documentos, datas, nada bate.
Um julgamento de exceção, um julgamento partidário, um julgamento vergonhoso para história da Justiça brasileira onde até juristas da direta reconhecem que réus foram condenados sem provas.
Por causa deste julgamento de exceção perdi o meu trabalho. Fui demitida. Sofri assédio moral por ser uma professora de história que não faz concessões, por não repetir o discurso da Veja, por ousar manter a integridade, o compromisso com os fatos, doa a quem doer.
Portanto, perder alguns ‘amigos’ no Facebook ou twitter por defender incondicionalmente o direito dos réus à ampla defesa (e foram injustiçados porque foram condenados sem provas e não tiveram direito à ampla defesa), não é nada pra mim.
Pior é perder o senso de justiça e agir feito manada repetindo rottweiler raivoso sem ao menos se dar ao trabalho de se informar.
No futuro, distante deste transe midiático, espetacularizado nas tevês, rádios e jornalões, historiadores sérios mostrarão como este julgamento foi de exceção e como se condenou, torturou e encarcerou mil vezes os rebeldes que ousaram resistir à ditadura militar.