Ciro Gomes come com farinha as ~análises~ de Constantino e outros ~comentaristas~
17 de Fevereiro de 2014, 16:47 - sem comentários aindaO programa não é novo, o debate ocorreu em 2007, pois Ciro, que aniversaria em novembro e está com 56 anos, à época tinha 50 anos e fez referência ao fim da CPMF (dezembro de 2007).
Mas sete anos depois o debate ainda vale ser visto.
Dá zero para o Constantino, gente.
Dá zero pra esses comentaristas. A direita só respira porque tem o monopólio da comunicação, ela não tem ideias, ela repete a mesma ladainha há décadas. Ver este espetáculo triste dá saudades de Roberto Campos.
Ciro Gomes que está longe de ser esquerda e dá uma surra argumentativa naquele ~doutor~ da Veja #vergonhaalheia que se deslumbra e escreve sobre o seu próprio deslumbramento ao ser reconhecido na Disney :P. É imperdível.
E um dos senhores chama Constantino de ‘doutor’. Minha nossa!
O bom disso é que fica bem claro de que lado está este discurso de “tira dinheiro do MST” para ‘enxugar o Estado’ quando o governo federal que não faz reforma agrária acaba de soltar 136 bilhões para o agronegócio. E aí Constantino, você vai pregar tirar dinheiro do agronegócio?
Nas redes e na mídia velha a direita faz a festa para desinformar sobre a Venezuela
17 de Fevereiro de 2014, 16:23 - sem comentários aindaEstá na hora de rever A revolução não será televisionada, documentário de Kim Bartley e Donnacha O’Briain sobre sobre o golpe ocorrido na Venezuela em abril de 2002.
O golpe foi consumado, pois não houve resistência de Chaves que foi preso. Mas as manifestações e o apoio de militares fiéis ao país enfraqueceram os golpistas, e Chaves retornou ao governo. Com a participação clara da mídia privada, empresários e militares oposicionistas no golpe, além de declarações do governo dos EUA de apoio ao golpe na Venezuela.p
Ao ver o documentário entendemos que a mesma estratégia usada há doze anos se repete agora: a direita venezuelana sem votos com o apoio yankee busca novamente derrubar um governo popular e legitimamente eleito pelo povo e para isso a mídia monopolista e reacionária da Venezuela e do restante da América Latina exerce papel decisivo.
Um exemplo, os confrontos entre a tentativa golpista liderada por Leopoldo Lopez e a resistência dos chavistas já resultou em 3 mortes, uma delas é de um chavista. A grande mídia brasileira não informa isso. Abram o olho.
PROTESTOS NA VENEZUELA: WEB É USADA PARA DIFUNDIR IMAGENS FALSAS OU DESCONTEXTUALIZADAS
Por Marina Terra, em São Paulo, no Ópera Mundi
17/02/2014 – 06h00
A partir da internet, saber o que de fato acontece nas ruas da capital e de outras cidades do país é impossível
Em abril de 2002, a atuação dos principais veículos de comunicação privados na Venezuela foi decisiva para a derrubada – apesar de breve – de Hugo Chávez. Conforme depois o documentário A revolução não será televisionada demonstrou, a manipulação de imagens e informação armou o cenário e legitimou o golpe de Estado contra o presidente venezuelano, dentro e fora do país.
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Agora, em 2014, as recentes manifestações contra Nicolás Maduro, eleito após a morte de Chávez, ano passado, também teriam sido manipuladas somente por televisões e jornais, de acordo com denúncias do atual governo, mas igualmente na web – espaço que há 12 anos não tinha o mesmo potencial informativo e político.
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Na Venezuela, as redes sociais, com destaque para o Twitter, são amplamente usadas por ambos os lados, tanto que o próprio presidente e políticos da oposição o usam para fazer anúncios e se comunicar com seus seguidores. Desde quarta-feira (12/02), quando uma marcha opositora culminou em violência no centro de Caracas, diversas montagens e imagens falsas contra Maduro e o governo foram disseminadas, inclusive por jornalistas de redes como a CNN.
A partir da internet, saber o que de fato acontecia nas ruas da capital e de outras cidades do país foi impossível. No entanto, logo, a origem real de algumas imagens que eram compartilhadas, mostrando repressão policial e demonstrações multitudinais de apoio à oposição, foram reveladas. Fotos de protestos no Chile, Egito, Tailândia e até Brasil foram usadas “como prova” de que a polícia venezuelana reprimia violentamente, enquanto imagens de atos pró-independência da Catalunha foram apresentadas como marchas oposicionistas em Caracas.
Veja alguns exemplos encontrados no Twitter:
Tida como venezuelana, a imagem abaixo foi feita em junho de 2013, no Brasil:
Nesta foto, guardas usando um felpudo chapéu de inverno na Caracas caribenha?
“Eu e você somos venezuelanos, amigo”. Mas a frase deveria ter sido escrita em búlgaro:
Era pra ser da repressão na Venezuela, mas o site da Al Jazeera comprova a origem da imagem:
Nesta, a foto de um chavista ferido em abril do ano passado é usada por opositores:
Só não prestaram atenção à data:
Uma procissão religiosa foi retratada como protesto contra o governo:
Imagem de apoio à independência da Catalunha, na Espanha:
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Relembre fatos mais marcantes
MST dá sua versão sobre agressão policial durante Marcha do 6º Congresso
17 de Fevereiro de 2014, 9:17 - sem comentários aindaJoba Alves, da coordenação nacional do MST, agredido durante a Marcha, fala sobre a repressão policial em que foi preso
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17 de Fevereiro de 2014, 9:09 - sem comentários aindaDurante o sexto Congresso do MST, na quinta-feira (13) durante o ato político de diversos partidos, sindicatos, confederações, o dirigente do MST faz um balanço sobre a situação da questão agrária no Brasil.
Tenho muito a escrever sobre este Congresso, vou compartilhando vídeos, fotos e análises a medida que a roda viva da sobrevivência permitir. Por hora fiquem com o que já consegui publicar e com a própria fonte do Congresso, o MST. Esqueçam toda a desinformação que lêem na grande mídia que na defesa de seus interesses de classe só criminalizam este fantástico movimento.
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“No Brasil nunca houve reforma agrária. No Brasil, as classes dominantes sempre impediram a possibilidade de democratizar a terra, mesmo que fosse apenas uma reforma republicana e democrática. Mas a classe dominante brasileira se apropriou dos recursos naturais (da terra, da água, da semente), como propriedade privada; como se só eles tivessem esse direito na sociedade. [...]
{Nós temos, no Brasil} um Estado burguês, que funciona a serviço da burguesia, e impede que os trabalhadores tenham conquistas. [...] Mesmo quando a gente consegue eleger governos ou pessoas comprometidas conosco, o Estado, através dos seus mecanismos, impede os avanços. [...]
Os assentamentos que existem aqui, no Brasil – todos eles -, só aconteceram poque, antes, os trabalhadores ocuparam aquele latifúndio. Portanto, não são frutos de programa de reforma agrária; não são frutos de vontades governamentais; são apenas resultados da vontade e da garra do povo trabalhador, que, com coragem ocupou aquelas terras para distribuir para o povo.”
João Pedro Stédile no ato político de quinta-feira durante o VI Congresso.
Vagner Freitas: Bancos dão as costas para os trabalhadores e para o Brasil
14 de Fevereiro de 2014, 11:29 - sem comentários aindaVagner Freitas aborda neste artigo a escandalosa festa de lucratividade dos bancos no Brasil.
A classe trabalhadora precisa se unir contra esses vampiros da nação que como bem apontou Stédile, em duas semanas com juros sobre o Brasil, os bancos lucram tudo que o BNDES emprestou pra construção e reforma de estádios para a Copa de 2014.
Bancos dão as costas para os trabalhadores e para o Brasil
Vagner Freitas, presidente da CUT
Em um País onde a prioridade é conquistar o desenvolvimento sustentável, com distribuição de renda igual ao crescimento, com menos spread e mais crédito, é escandalosa a festa de lucratividade dos bancos.
As altas margens de lucro – a rentabilidade dos bancos é de cerca de 20%, enquanto a dos demais setores da economia gira em torno de 10% -, aliadas às políticas de contenção de gastos, inclusive com pessoal, escancaram a desigualdade e a alta rotatividade, que prejudicam a sociedade, em especial os trabalhadores bancários.
Estudo do DIEESE sobre os balanços e as demissões no Itaú, Bradesco e Santander, em 2013, comprova que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) não está, efetivamente, voltado ao desenvolvimento do país e aos interesses da coletividade, como determina o artigo 192 da Constituição, no capítulo desempenho da função social das instituições financeiras.
No ano passado, o lucro líquido do Itaú foi R$ 15,8 bilhões – o banco demitiu 2.734; o Bradesco lucrou R$ 12,2 bilhões e fechou 2.896 vagas. Já o Santander Brasil, que gerou lucro de R$ 5,7 bilhões (23% do resultado mundial do banco espanhol), eliminou 4.371 postos de trabalho. Isso, no mesmo ano em que a economia brasileira gerou 1,1 milhão de novos postos de trabalho formal.
Outras características do SFN que afetam toda a sociedade brasileira são a escassez de crédito, os juros altos e as tarifas bancárias. As tarifas foram “inventadas” pelo governo Fernando Henrique Cardoso pós Plano Cruzado como uma espécie de compensação aos bancos pela perda das receitas inflacionárias (overnight). Em 2012, os 6 maiores bancos brasileiros arrecadaram R$ 85 bilhões com essas tarifas. As taxas de juros de cartão de crédito, cheque especial e empréstimo pessoal são outro tormento para a classe trabalhadora e para toda a sociedade. O Santander, por exemplo, chega a cobrar 900% de juros ao ano do cartão de crédito.
Apesar de tudo isso, alguns analistas econômicos ligados ao mercado financeiro, criticam o aumento real dos salários dos trabalhadores e a expansão do emprego. Segundo a teoria desses analistas, o Brasil só vai retomar o ciclo de crescimento se reduzir a demanda e, assim, afastar o risco inflacionário. Para isso, o remédio seria arrocho salarial e desemprego. O contrário do que o Brasil vem fazendo desde 2008, quando explodiu a crise financeira internacional, com sucesso.
Por causa dessas teorias, a categoria bancária enfrenta uma verdadeira guerra durante as campanhas salariais anuais. Em 2013, foram 20 dias de greve, muita mobilização, pressão e negociação até chegar a um aumento real de 2%, índice que consideramos uma vitória, especialmente se levarmos em consideração os contra-argumentos patronais que, vemos agora, tinham um único objetivo: aumentar ainda mais o lucro que vai para os seus bolsos.
A nossa luta por um país com desenvolvimento sustentável, distribuição de renda e justiça social só avançará de fato quando alterarmos as perversas características do SFN. O alto lucro, as altas taxas de juros e de spread – um dos mais altos do mundo -, baixa participação do crédito na economia e no financiamento ao desenvolvimento econômico, no fomento ao setor produtivo ou na geração de emprego e renda.
Neste sentido, a CUT e a Contraf lutam pela regulamentação do Sistema Financeiro. Queremos que o SFN seja controlado democraticamente pela sociedade, ofereça mais crédito, tenha maior liquidez, direcionada para a produção e o consumo, com geração de emprego e renda.
Um governo democrático-popular não pode permitir bancos com tamanha lucratividade, especialmente quando sabemos da paralisia da indústria. É como se estivéssemos adubando um campo fértil apenas para a lucratividade, sem levar em conta que esta é uma atividade parasitária.