Ir al contenido

Maria_Fro

Full screen

Blog

abril 3, 2011 21:00 , por Desconocido - | No one following this article yet.
Licensed under CC (by-nc-nd)

Entrevista de Pablo Villaça, um dos #66twitteiros processados pelo Aécio

septiembre 12, 2014 14:13, por Desconocido - 0no comments yet

Entrevistado pela TVT, Pablo Villaça, escritor citado em ação judicial proposta pelo presidenciável, Aécio Neves (PSDB), diz que medida fere princípios da liberdade de expressão na internet.

Leia também:

A democracia particular de Aécio Neves

Quatro tuiteiros escrevem ao Blog do Mello sobre o processo movido por Aécio Neves contra 66 de nós

Aécio Neves processa 66 usuários do Twitter

Judiciário, Twitter e internautas rechaçam ofensivas de Aécio por censura de redes sociais

A quem interessa calar a internet? Os 66 perseguidos de Aécio

Altamiro Borges: “Processo contra 66 tuiteiros prova que Aécio é grande censor”

AE-66, CENSURA OU HIPOCRISIA DIGITAL?

Blogueiros desmentem Aécio Neves sobre “rede de difamação”

TWITTER DÁ “BRONCA” EM AÉCIO APÓS AMEAÇAS CONTRA 66 INTERNAUTAS



Associação Comercial de Ponta Grossa, PR, quer voltar aos tempos do Império e retirar direito de voto de beneficiário do Bolsa Família

septiembre 11, 2014 18:01, por Desconocido - 0no comments yet

Durante o Império eleger-se e votar era só para quem tinha recursos. A Constituição da Mandioca como foi apelidada o o texto da breve Constituinte dissolvida por D.Pedro I previa que só teria direito ao voto homens, proprietários de terra com renda anual equivalente a 150 alqueires de farinha de mandioca. Desde seus primórdios a elite agrária brasileira garantiu a exclusão da maioria da população: voto censitário, manutenção da escravidão.

A Constituição outorgada pelo monarca em 1824 não alterou significativamente esse aspecto: num regime monárquico os poucos homens proprietários que tinham direito ao voto deveriam ter acima de 25 anos, uma renda anual mínima de 100 mil-réis. Para se eleger, então, precisava ser bem mais rico: renda de mais de 400 mil-réis para eleger-se deputado e de 800 mil-réis no mínimo para se candidatar a senador (com cargo vitalício). O voto censitário só caiu com a República, mas direito ao voto para uma ampla maioria da população sem segregar por gênero, instrução, renda só foi conquistado com a Constituição de 1988.

O direito ao voto, ferramenta básica para a democracia, é garantia Constitucional, não pode ser condicionado a nada, a não ser o que reza a própria Constituição.

Mas, eis que associação comercial de Ponta Grossa, Paraná resolveram escancarar todo seu reacionarismo. Querem tirar Dilma Rousseff de qualquer forma, nem que seja ignorando a Constituição.

Associação propõe suspender voto de quem recebe Bolsa Família

Por: Roldão Arruda, Estadão

10/09/014

No Paraná, associação comercial propõe a candidatos a defesa da ‘suspensão do direito ao voto’ para beneficiários de programa. Se fosse adotada agora, medida prejudicaria Dilma Rousseff

A ideia já tinha aparecido em redes sociais e até em cartazes nas manifestações de rua de 2013. Agora, porém, foi assumida formalmente pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, município paranaense de 334 mil habitantes, a quase cem quilômetros de Curitiba. Em documento que está apresentando aos candidatos a cargos do Legislativo, a entidade propõe o fim do voto para quem é beneficiário do Bolsa Família.

O texto não cita o programa, que beneficia 13,8 milhões de famílias no País. Mas é explícito, ao propor ao candidato a defesa do seguinte ponto: “Suspensão do direito ao voto para beneficiados de qualquer programa de transferência direta de renda, nas esferas municipal, estadual ou federal.”

O documento provocou reações. Foi criticado por ferir direitos previstos na Constituição. Também é visto como uma forma de atingir o Partido dos Trabalhadores (PT). Nesta eleição, de acordo com pesquisas de intenção de voto, o apoio à presidente Dilma Rousseff entre beneficiários do Bolsa Família é de 54%, enquanto no conjunto dos eleitores do País está situado em 37%.

O presidente da entidade, Nilton Fior, disse ao Estado que não se trata de uma solicitação de comprometimento dos candidatos. “Simplesmente apresentamos a eles”, afirmou. “Nos colocamos à disposição para discutir, com maior profundidade, cada uma das propostas”.

OUTROS GRUPOS

Em debates anteriores, pelas redes sociais, já foi observado que uma proposta dessas poderia levar à cassação do voto de outros grupos beneficiados pela transferência direta e temporária de recursos públicos. Os pesquisadores científicos que recebem bolsas de estudo estariam entre eles.

O título do documento é Proposta da ACIPG – Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa para os Candidatos Locais à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Paraná. Segundo Fior, numa etapa seguinte o texto será apresentado também aos candidatos a cargos no Executivo, inclusive os que disputam a Presidência da República.

___________________________________________________

Sobre o assunto leia também entrevista da socióloga Walquiria Leão Rego



Enquanto a mídia e reacionários repetem “bolivarismo”, Brasil ganha prêmio na ONU por participação social

septiembre 11, 2014 6:24, por Desconocido - 0no comments yet

Nossa mídia e oposição sem projeto é tão canalha que tem medo de democracia, medo de participação popular. Reagiram ao Decreto de Participação Popular, ou seja a formação e ampliação dos conselhos consultivos em todos os órgãos do governo, algo que já existia no Brasil (até mesmo nos tempos da ditadura militar) e cujo Decreto da presidenta Dilma busca ampliar e melhorar  como “bolivarismo”. Desse modo, o pacote completo da mídia em parceria com a oposição sem projeto político para o país amplia a ignorância da população sobre a Bolívia e sobre democracia participativa. Até mesmo a ex-petista e neoMarina Silva entrou na onda de se aproveitar do imaginário reacionário contra a Venezuela e Bolívia e a leitura que a mídia faz e ‘bolivarismo’ para atacar o governo.

Daí descubro (porque para saber das notícias positivas do país a gente tem de pesquisar muito, que o Brasil recebeu da  ONU o prêmio mais importante em gestão pública do mundo!

É isso mesmo, o governo Dilma, com o Fórum Interconselhos, uma iniciativa conjunta da Secretaria-Geral da Presidência da República (SGPR) e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), recebeu a premiação máxima do United Nations Public Service Awards (UNPSA) como uma das melhores práticas inovadoras de participação social no mundo. 

Não é em página petista que está esta notícia, é no site da ONU, destaco um trecho:

Um dos prêmios foi destinado ao Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão e à Secretaria-Geral da Presidência da República, para a iniciativa “Fórum Interconselhos”, que estimula a participação social no monitoramento dos Planos Plurianuais (PPA). No último PPA, foram apresentadas 629 contribuições da sociedade civil, das quais 77% foram incorporadas integralmente. Como inovação, foi constituída uma instância de monitoramento do PPA pela sociedade civil – o Fórum Interconselhos –, que reúne periodicamente representantes dos diversos conselhos para avaliar o cumprimento dos objetivos e metas estabelecidas.

Já o Governo do Estado do Rio Grande do Sul foi premiado com o projeto “Central do Cidadão, Transparência e Acesso à Informação: uma política de Estado no Governo do Rio Grande do Sul”. A iniciativa diz respeito ao portal “Central do Cidadão” e às ferramentas implementadas pelo governo gaúcho para atender as determinações da Lei de Acesso à Informação.

Leia também:

PSD, PSDB, DEM PPS contra a participação popular, vamos reagir!

Conselhos da sociedade civil são constitucionais, mas a oposição acha que são ‘antidemocráticos’

Dilma consolida democracia participativa e espanta fantasma da ditadura

O decreto 8.243/2014 e a tentativa de “carteirada” de articulistas da grande imprensa

O debate sobre o Decreto 8.243: Caminho da servidão ou medo do povo?

Finalmente: Governo escancara o jornalixo da Veja e mostra que esse folhetim para forrar caixa de gatos mente

Dilma consolida democracia participativa e espanta fantasma da ditadura

O decreto 8.243/2014 e a tentativa de “carteirada” de articulistas da grande imprensa

O debate sobre o Decreto 8.243: Caminho da servidão ou medo do povo?

 



Fabrício Lima sobre a perseguição de Aécio a 66 twiteiros: é um ataque frontal aos dispositivos do recém-aprovado Marco Civil da Internet

septiembre 10, 2014 18:31, por Desconocido - 0no comments yet

Não é apenas por 66 perfis

Por Fabrício Lima, especial para o Maria Frô

10/09/2014

Não deu muito tempo das primeiras notícias de que 66 perfis no twitter eram alvo de ataque judicial do presidenciável Aécio Neves até o processo de 30 páginas chegar às minhas mãos. Antes da página 10 eu estava estarrecido. Nem tanto pelas práticas de silenciamento de opiniões divergentes, muito comuns partindo do candidato, mas pelo festival de absurdos redigidos pela agência de advogados paulista Opice Blum.

O processo não é meramente uma retaliação à 66 perfis opositores, é um ataque frontal aos dispositivos do recém-aprovado Marco Civil da Internet.

Para quem não sabe (ou não se recorda) o Marco Civil da Internet é uma lei defensiva de caráter popular que surgiu em resposta à proposta da PL 84/1999 do então senador Eduardo Azeredo (PSDB)*, que foi prontamente apelidada pelos ciberativistas de AI-5 digital ou ACTA/PIPA/SOPA brasileiro. O Marco Civil foi desenhado durante um processo colaborativo onde qualquer cidadão poderia ajudar a redigi-lo.

O resultado das intensas discussões entre distintos setores da sociedade civil resultou em um Marco Regulatório tido como referência mundial e objeto de celebração por nomes como Tim Berners-Lee, Javier Toret e Julian Assange.

Para entender o tamanho da aberração criada por Aécio Neves e seus advogados, precisamos recordar o tripé de princípios básicos fundamentais que pautam o recém Marco Civil da Internet aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta da República:

Liberdade na rede: trata-se do direito de que cada cidadão brasileiro poder acessar, criar e compartilhar qualquer tipo de conteúdo (salvo os conteúdos que infrinjam a Constituição Brasileira passíveis de punição nos códigos criminais existentes) impedindo, por exemplo, que conteúdos já divulgados na Internet, que não se caracterizem como ofensivos, sejam retirados do ar antes de uma decisão judicial. Possibilitará que reportagens, documentários e conteúdos de entretenimento continuem disponíveis para acesso de todos.

Privacidade na rede: trata-se da garantia a confidencialidade das mensagens e dados do usuário na rede, obtidos através de cadastros e formulários. As empresas deverão manter essas informações arquivadas por até 6 meses, mas o acesso à elas só poderá ser feito por decisão judicial, como um sigilo telefônico ou bancário.

Neutralidade da Internet: as empresas provedoras de pacotes de Internet passam a não poder mais diferenciar valores de acordo com conteúdos ou páginas acessadas, bem como limitar a velocidade para determinados sites ou ferramentas. Dados são dados, não importa se tratam-se de vídeos, redes sociais, ou qualquer outro tipo. As empresas continuam vendendo pacotes baseados em velocidade, mas o usuário utiliza a Internet como quiser sem restrição por “tipo” de dado. Ou seja, nenhum provedor pode lhe cobrar a mais para você acessar o youtube seja para ver, baixar ou subir vídeos, ou vender pacotes de acesso para você manter um blog ou acessar o Facebook, como as tvs por assinatura fazem com os canais pagos.

Voltando ao processo 1081839-36.2014 movido por Aécio Neves contra 66 perfis do twitter: o ataque ao Marco Civil já começa na segunda folha, quando o requerente Aécio Neves da Cunha requisita ao Twitter Inc, “em até 48 horas sob pena de multa”, os dados cadastrais dos 66 perfis. O artigo 15 do Marco Civil da Internet é bem claro em suas disposições sobre as obrigações do provedor de aplicação. Não cabe ao provedor de aplicação sofrer as retaliações por conta das atividades do usuário em sua plataforma, salvo a recusa de remover conteúdo considerado ilegal após o devido julgamento.

Mas o horror está mesmo na página 9 da peça da Opice Blum, quando a defesa do processo alega que os 66 perfis pretendem “retirar a Neutralidade da Internet, manipular informações e tornar a grande rede um palco para mentiras e crimes contra a honra”. Não vamos aqui entrar no mérito se houve neste trecho uma cavalar dose de má-fé ou um total desconhecimento do terreno de atuação por parte da agência de advocacia (o que é igualmente grave).

O fato é que o conceito de Neutralidade da Internet, como é conhecido internacionalmente desde que Tim Wu, professor Columbia Law School, publicou há 13 anos a sua definição é, exatamente, como consta no Marco Civil, muito longe da definição atribuída por Aécio e seus advogados.

Entre suposições e acusações subjetivas em sua argumentação, o processo impetrado pelo candidato Aécio Neves é um ataque ao princípio da Privacidade, desfigurando o princípio da Neutralidade da Rede para, enfim, derrubar o princípio da Liberdade – princípio este aliás que, dado o histórico, nunca foi o forte do referido candidato.

Nota do Maria Frô: Azeredo para quem não se recorda é o principal acusado do Mensalão Mineiro. Pesa sobre ele acusações de crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Em 7 de fevereiro deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a  condenação de Azeredo a 22 anos de prisão. Ele teria desviado recursos do Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais), extinto, e das estatais mineiras Copasa e Cemig para sua campanha à reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998. Em valores atuais, seriam cerca de R$ 9 milhões. Como o processo já no STF, Azeredo renunciou ao cargo para perder o foro privilegiado e o processo voltar à primeira instância, onde corre o processo de outros acusados do Mensalão mineiro que não tinha cargo legislativo. De acordo com a Folha, aliados do senador Aécio Neves (PSDB-MG), à época pré-candidato tucano à Presidência da República, faziam pressão nos bastidores para que o caso do mensalão mineiro não atrapalhasse a campanha.

 



Dilma: a infra-estrutura mais estratégica para o país é a banda larga

septiembre 10, 2014 15:23, por Desconocido - 0no comments yet

A presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff foi a primeira candidata a aceitar o convite das instituições e coletivos que compõem a Campanha Banda Larga é um Direito Seu para dialogar com ativistas digitais e especialistas na área de infraestrutura de telecomunicação.

O encontro aconteceu ontem (10/09) na sede dos Sindicatos dos Engenheiros. Ela foi sabatinada sobre o tema com vistas à universalização da banda larga no Brasil. Ativistas e acadêmicos questionaram a candidata à reeleição também sobre políticas públicas como Pontos de Cultura, uso de software livres pelos órgãos do Estado Brasileiro, o fomento do desenvolvimento de softwares, a segurança informacional e outros temas.

A presidenta ouviu as questões sem deixar de responder nenhuma delas e surpreendeu o público presente apresentando vasto conhecimento sobre a questão.

Ao avaliar a qualidade da banda larga no país ela concordou com o público especialista que a qualidade da nossa banda larga é ‘péssima’. Dilma defendeu a universalização da banda larga como política de Estado e não feita por decreto.

Dilma falou também sobre segurança e soberania nacional e replicou o professor e ativista Sergio Amadeu, assim como fez antes com Pedro Ekman sobre o caso Snowden. Para ela, não foi o caso Snowden que foi o epicentro pra aprovação do marco civil e sim a organização e pressão da sociedade civil para a sua elaboração e aprovação. A presidenta lembrou aos ativistas e acadêmicos a importância de se manter a mobilização para o processo de Regulamentação do Marco Civil.

Ao tratar do caso Snowden, em relação aos sistemas de intrusão, a presidenta mostra que está atenta à complexidade da indústria de espionagem a ponto de um funcionário e baixo escalão ter acesso a tantas informações. Ela chegou a brincar com Sergio Amadeu: “Ao nos espionar, inovam” (referindo-se a robustez da tecnologia utilizada na indústria de espionagem). Para a presidenta garantir a proteção de um país não se reduz ao Estado usar softwares livres e criptografia, mais do que isso é garantir o fomento da produção de tecnologia própria (dos computadores aos aplicativos passando pela criptografia. A presidenta ressaltou ainda que o Estado brasileiro não pode ser só reativo a casos de intrusão

A presidenta passou mais de duas horas discutindo o assunto com especialistas na área. Ela recebeu vários documentos das associações que compõe a campanha Banda Larga é um Direito Seu e se comprometeu a fortalecer os Pontos de Cultura, telecentros, mídia livre, rediscutindo seus formatos com a sociedade civil  e com a criação de políticas públicas para o fomento da produção de conteúdos e aplicativos nacionais.

A presidenta sinalizou muitas coisas interessantes ao longo do encontro: a valorização do diálogo, a necessidade de setores estratégicos no país se tornarem políticas de Estado, a importância da organização da sociedade civil para fazer o país avançar em questões cruciais como o Marco Civil e a Universalização da banda larga. Vale a pena ouvir o áudio na íntegra.

Veja alguns trechos do debate que gravei ao longo do encontro.

Ouça o áudio na íntegra aqui, role a barra até mais ou menos 34 minutos quando efetivamente começa a gravação: