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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Notas internacionais (por Ana Prestes) 12/03/19

12 de Março de 2019, 11:08, por Ana Prestes – O Cafezinho

– O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, está em Brasília hoje, 12 de março. O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai. Em 2018 o intercâmbio comercial foi de 4,1 bilhões de dólares, tendo aumentando 8,6% em relação a 2017. O Paraguai também abriga a segunda maior comunidade brasileira no exterior, com mais de 300 mil pessoas, muitas delas trabalhando no setor agrícola. Marito, como o clã Bolsonaro se dirige a ele, foi um dos primeiros chefes de Estado a se relacionar de forma amistosa com o atual presidente do Brasil. São parceiros na tentativa de isolamento do atual governo da Venezuela e tratarão em reunião do combate ao tráfico nas regiões fronteiriças, acordo automotivo e projetos de pontes binacionais.

 

– Exatamente há 30 anos atrás, em 12 de março de 1989, surgia a WWW – World Wide Web – criada pelo engenheiro Tim Berners-Lee em Genebra, na Suíça. Neste dia, Lee apresentou ao CERN (Centro Europeu de Pesquisa Nuclear) o documento “Gestão da Informação: Uma Proposta”. Era o projeto de um software para compartilhamento universal de documentos em formato digital. Foi também Berners-Lee que publicaria em 1991 o primeiro site.

 

– Por falar em internet, a atribuição do domínio na rede “.Amazon” pelo ICANN (Conselho Diretor da Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números) à empresa norte americana Amazon Inc, continua dando polêmica com os países amazônicos como o Brasil. Reunidos no Japão, membros do ICANN resolveram que na ausência de acordo entre os países amazônicos e a empresa norte-americana até 7 de abril, o conselho anunciará uma decisão após 21 de abril. Desde 2012, o Brasil, via Itamaraty, coordenado com demais países amazônicos opõe-se à atribuição do “.Amazon” de forma exclusiva para a empresa Amazon Inc.

 

– Após mais um Boeing 737 cair em menos de 6 meses, agora na Etiópia, vários países suspenderam as operações com o modelo. As ações da Boeing fecharam com forte queda ontem em Wall Street.

 

– Na Argélia, milhares de manifestantes foram às ruas ontem (11) contra a candidatura do presidente Abdelaziz Bouteflica à um quinto mandato presidencial. Mais de mil juízes anunciaram que se recusariam a supervisionar as eleições se o presidente voltasse a concorrer. Bouteflika está há 20 anos no poder. Há indicativo de que ele desista da reeleição.

 

– Presidente da Colômbia, Ivan Duque, anunciou no último domingo (10) a objeção a 6 dos 159 ítens que compõe o complexo de decisões dos acordos de paz firmados por Santos, quando presidente, e as Farc em 2016. O acordo macro está sendo operado pela Justiça Especial para a Paz, criada para esse fim. Negociadores que representaram o governo na época, ex-dirigentes das Farc e a ONU anunciaram que o levantamento dessas objeções por Duque pode colocar em risco a implementação do projeto de paz e gerar dissidências entre ex-combatentes.

 

– Trump não desiste do muro com o México. O presidente deve solicitar esta semana ao Congresso uma verba de 8,6 bilhões de dólares para o Orçamento federal de 2020 para financiar o projeto. Segundo a imprensa, Trump quer cinco bilhões do Departamento de Segurança Interna e 3,6 bilhões da Defesa. Nancy Pelosi e Chuck Schumer, respectivamente líderes dos democratas na Câmara e no Senado, já anunciaram que se oporão.

 

– No Reino Unido, deverá ser votado hoje (12) novamente o acordo do Brexit na Câmara dos Comuns. Não há muita expectativa de aprovação. Caso não seja aprovado, amanhã (13) o Parlamento votará pela aceitação ou não de uma saída da UE sem acordo. Se a saída sem acordo for rejeitada, na quinta (14), vota-se pela extensão do artigo 50 do Tratado de Lisboa, ou seja, pela extensão do prazo do Brexit inicialmente estipulado para 29 de março. Tal adiamento também deve ser aprovado pelos 27 países membros da UE.

 

– As recentes e polêmicas declarações de Benjamin Netanyahu de que Israel não é um Estado para todos os cidadãos, mas apenas os judeus, gerou contrariedade até mesmo por parte do presidente de Israel, Reuven Rivlin. O presidente disse que “são totalmente inaceitáveis as declarações sobre os cidadãos árabes de Israel”. O país terá eleições no próximo 9 de abril.

 

– Será no próximo dia 19 de março o encontro entre Bolsonaro, como presidente do Brasil e o presidente dos EUA, D. Trump. Será a segunda viagem internacional de Bolsonaro. A primeira foi para o Fórum Econômico Mundial de Davos em janeiro. Um dos “presentes” que Bolsonaro levará para os americanos será o “Acordo de Alcântara” que permitirá o uso comercial do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara) no Maranhão. O encontro entre os dois durará 20 minutos. Empresários brasileiros não vislumbram a assinatura de nenhum acordo comercial mais concreto entre JB e DT.

 

– Governo da Venezuela detalhou ontem (11) como o sistema elétrico do país foi atacado para gerar o apagão que já dura alguns dias. Houve ataques ao sistema computadorizado da empresa Corpoelec que fica em El Guri e também à central de operações elétricas que ficam em Caracas. Na sequência houve rompimento das vias de transmissão por “dispositivos móveis”. Quando Caracas já havia recuperado o sistema, foi atacada a estação de Alto Prado, que desestabilizou todo o sistema novamente. Subestações foram alvo de explosões e incêndios.

 

– Um colunista da revista Forbes, Kalev Leetaru, afirmou que seria “muito realista” pensar que o governo dos EUA lançaria um ataque cibernético contra o complexo hidrelétrico de Guri na Venezuela, gerando o apagão. Segundo ele, “interromper sistemas de energia e agua, desacelerar ou interferir no acesso à internet são tópicos cada vez mais discutidos entre integrantes das forças de segurança nacional dos EUA como táticas legítimas e legais para atacar um Estado estrangeiro”.

 

– De forma casada com a sabotagem elétrica, o autointitulado presidente J. Guaidó aprovou na Assembleia venezuelana um decreto que declara estado “de alarme” na Venezuela e convocou manifestações para essa terça 12 de março.

 

– Ainda sobre a Venezuela, no último domingo (10) o jornal New York Times divulgou um vídeo que comprova que o incêndio de um dos caminhões de “ajuda humanitária” destinados a entrar na Venezuela pela fronteira com a Colômbia no dia 23 de fevereiro foi incendiado por um coquetel molotov lançado por manifestante contrário ao governo de Maduro. Na época, o governo Maduro foi acusado de promover o incêndio.

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Firme no cargo, Maduro adverte aos EUA que não façam da Venezuela um novo Vietnã

10 de Março de 2019, 18:49, por Correio do Brasil

Elliott Abrams, que serviu nas administrações de Ronald Reagan e George W. Bush, disse em seu relatório a Trump que qualquer solução negociada precisaria ser alcançada entre os próprios venezuelanos.

 

Por Redação, com agências internacionais – de Caracas e Washington

 

Não há o menor sinal de que o presidente venezuelano Nicolás Maduro esteja aberto a negociações para acabar com o impasse político com o líder da oposição Juan Guaidó, disse neste domingo o enviado de Washington à Venezuela, Elliot Abrams, ao presidente norte-americano, Donald Trump. Maduro, que segue firme no cargo, disse aos norte-americanos que não tentem uma invasão ao seu país. Caso insistam, voltarão a enfrentar “um novo Vietnã”, disse, referindo-se à clássica derrota dos EUA para um inimigo comunista.

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro avisa que os EUA não levarão embora o petróleo dos venezuelanos

Elliott Abrams, que serviu nas administrações de Ronald Reagan e George W. Bush, disse em seu relatório a Trump que qualquer solução negociada precisaria ser alcançada entre os próprios venezuelanos. E que os Estados Unidos poderiam ajudar mais se levantassem ou facilitassem as sanções norte-americanas.

Abrams, no entanto, minimizou qualquer possibilidade de que o presidente venezuelano estivesse pronto para falar sobre sua saída.

— De tudo o que vimos, a tática de Maduro é ficar parado — disse Abrams.

Moscou

Embora cerca de 56 países reconheçam Guaidó como o chefe de Estado interino da Venezuela, o presidente Maduro tem assegurado o apoio da Rússia e da China e se mantém integralmente no controle de instituições estatais, incluindo as forças armadas.

Abrams se encontrou com representantes russos nos EUA e conversaram sobre o apoio de Moscou a Maduro. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse no início do mês, depois de um telefonema com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que Moscou estava pronta para participar de conversações bilaterais sobre a Venezuela.

— (Os russos) continuam a apoiá-lo e não há indicação de que eu tenha visto que eles estão dizendo que é hora de acabar com isso — disse Abrams.

Empréstimos

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da agência inglesa de notícias Reuters. Washington, por sua vez, pediu aos bancos estrangeiros que garantam que os funcionários do governo de Maduro e da Venezuela não estejam escondendo ativos financeiros no exterior.

John Bolton, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, na semana passada ameaçou impor sanções contra qualquer instituição financeira que ajudasse Maduro.

Moscou tem US$ 3,1 bilhões em dívidas soberanas da Venezuela e atuou como credor de última instância para Caracas, com o governo e a gigante do petróleo russa, a Rosneft, entregando à Venezuela pelo menos US$ 17 bilhões em empréstimos e linhas de crédito desde 2006.

Cuba também segue firme no apoio a Maduro.

— De certa forma, eles são os principais assessores de Maduro — disse Abrams sobre o papel de Havana.

Sabotagem

Cuba tem sido um dos principais apoiadores do governo socialista venezuelano desde a Revolução Bolivariana que começou sob o ex-líder Hugo Chávez. O governo cubano negou ter forças de segurança na Venezuela e disse que declarações como a de Abrams faziam parte de uma campanha de mentiras que visava abrir caminho para a intervenção militar norte-americana no país sul-americano.

Ainda neste domingo, o presidente Nicolás Maduro disse que o blecaute é culpa de um ato de “sabotagem” dos Estados Unidos na represa hidrelétrica de Guri.

Nos hospitais, a falta de luz, combinada com a ausência ou performance ruim de geradores reserva resultou na morte de 17 pacientes pelo país, segundo a organização não governamental norte-americana Doctors for Health. Os números, porém, não foram confirmados, oficialmente.

Assista à advertência de Maduro aos EUA: