Estar em Cuba não significa em absoluto que eu estou livre, porque eu não estar enquanto os meus quatro companheiros Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando Gonzalez permanecerem confinados" René González.
René González, em sua primeira entrevista coletiva em Cuba, depois que recebeu a permissão de ficar em definitivo no país e receber o certificado de renúncia a sua cidadania estadunidense, afirmou hoje em Havana que o movimento de solidariedade com os Cinco deve ser ampliado e reforçado, sobretudo nos Estados Unidos.
González disse em resposta à Prensa Latina que o movimento solidário cresceu mundialmente. No entanto, explicou que o estadunidense médio desconhece que cinco homens foram processados e condenados com penas terríveis, por supostamente representar um perigo para seu país, mesmo depois que nada foi provado.
É necessário que o povo estadunidense saiba desses cinco homens "e por que fomos julgados", reiterou.
René González reafirmou que foram, são e seguirão sendo Os Cinco e que a única coisa que fizeram foi tentar salvar vidas, algo que considerou 'o bem mais precioso'.
Quanto ao reencontro com sua família, afirmou que "encontrei a Olguita (Olga Salanueva, sua esposa) maior, quero dizer, engrandecida por todo este processo vivido. Eu a amo mais que antes" e apontou que apesar do tempo de separação forçada, "a conexão se estabeleceu imediatamente e parece que nunca tivesse partido".
"É o que sinto agora e, claro, o tempo passa, as crianças crescem... foram perdidos momentos preciosos. Isso deixa uma marca, mas o amor vence tudo. Algumas coisas não se viveram e outras se recuperam, e isto é o que estamos fazendo", explicou.
René González, nascido em 13 de agosto de 1956 na cidade estadunidense de Chicago, junto com seus colegas vigiou, até sua prisão em 12 de setembro de 1998, os planos de grupos e indivíduos violentos de origem cubana residentes em Miami dedicados a organizar e realizar ações criminosas contra Cuba.
González foi condenado a 15 anos de prisão e, depois de cumprir 13, saiu da prisão de Marianna, Flórida, em 7 de outubro de 2011, mas teve que continuar em território estadunidense por outros três anos sob a condição de liberdade supervisionada.
Isso foi modificado, podendo ficar em sua pátria em troca de renunciar à cidadania estadunidense, o que fez.
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