Prestigio de Temer, ladeira abaixo, acende a luz vermelha no Planalto
15 de Fevereiro de 2017, 14:47Aqueles que acham o governo Temer ruim ou péssimo passaram a 44,1%, ante 36,7% no levantamento anterior
Por Redação – de Brasília
A avaliação do governo do presidente Michel Temer piorou muito, em fevereiro. A pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta quarta-feira, mostra o declínio rápido da gestão atual. A resposta popular vem no momento em que o país se esforça para superar a profunda recessão que tem gerado recordes de desemprego.
Sem tempo e perdendo apoio no Congresso, Temer tenta correr com as reformas que retiram direitos dos trabalhadores
Segundo a pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte, 10,3% consideram o governo Temer ótimo ou bom, ante 14,6% em outubro. Os que acham o governo ruim ou péssimo passaram a 44,1%, ante 36,7% no levantamento anterior.
A avaliação regular foi para 38,9%, ante 36,1%. Ao mesmo tempo, a parcela dos que não tinham opinião ou não quiseram responder recuou para 6,7%, ante 12,6%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.
O desempenho pessoal de Temer foi aprovado agora por 24,4%, ante 31,7% em outubro, enquanto a desaprovação foi para 62,4%, ante 51,4%.
Foram ouvidas 2.002 pessoas em 138 municípios do país, entre os dias 8 e 11 de fevereiro.
Rapidez
Ciente que seu tempo se esgota, Temer busca agilizar as reformas impopulares que pretende passar no Congresso. Confiante em uma base parlamentar dilatada, ele disse na noite passada esperar que o Congresso Nacional aprove rapidamente a proposta de reforma trabalhista enviada pelo Executivo ao Legislativo. E afirmou a uma plateia de parlamentares da bancada ruralista que o governo quer simplificar o sistema tributário.
Temer participou da posse do novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), e agradeceu o “entusiasmo” dos ruralistas e o apoio na aprovação de matérias no Congresso como o teto dos gastos públicos e a reforma do ensino médio.
Críticas
O presidente disse que a proposta de reforma trabalhista que enviou ao Congresso foi “uma conjugação, uma compreensão de esforços entre os empregados e os empregadores”. No entanto, o texto que tem entre seus pontos centrais a prevalência dos acordos coletivos sobre a legislação, foi alvo de críticas de alguns sindicalistas.
— (A reforma trabalhista) poderá, certa e seguramente, ser rapidamente aprovada no Congresso Nacional com o apoio e o aplauso de todos os senhores e senhoras. Tenho absoluta certeza deste fato — disse Temer aos parlamentares.
Entusiasmo
O atual inquilino do Palácio do Planalto também afirmou que o governo quer alterar a legislação tributária do país.
—Devo reanunciar a todos os meus colegas, companheiros do Congresso Nacional, nós queremos simplificar o sistema tributário do país. Nós queremos desburocratizar. E, para isso, nós precisamos contar com apoio. Mais do que apoio, nós precisamos contar com o entusiasmo — acredita.
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Governo Temer Golpista pretende mudar composição do Comitê Gestor da Internet
14 de Fevereiro de 2017, 22:39 - sem comentários aindaO golpe contra o Brasil e seu povo segue a passos largos. A ditadura chega à internet. Eles querem destruir até uma das poucas coisas boas feitas durante o governo FHC, o Comite Gestor da Internet, modelo para o mundo de gestão da internet.
Artigo do site em-rede.com, sugerido por Marcos Dantas
Criado em 1995, O Comitê Gestor da Internet no Brasil tem a atribuição de estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil. O CGI é uma referência internacional em governança da internet por dar voz a diferentes setores da sociedade. Atualmente é formado por 21 integrantes: dez nomeados pelo governo, inclusive seu coordenador, e o restante indicado por associações de empresas, da comunidade científica e da sociedade civil.
No entanto, notícias divulgadas recentemente na imprensa dão conta de que o atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, pretende reduzir o número de integrantes do comitê e alterar sua representação. A suspeita é que se pretenda aumentar o poder das empresas de telecomunicações nas decisões do Comitê, já que os representantes da sociedade sempre votam em bloco na defesa dos interesses dos consumidores.
As próximas eleições dos membros do CGI estão marcadas para abril de 2017. Mudanças na representatividade de sua composição só poderão ser feitas através de decreto assinado pelo presidente. Diminuir a participação da sociedade civil nesse fórum significa aumentar ainda mais o poder das teles nas definições da política de acesso e uso da internet no País.
A internet deve ser tratada como um recurso comum, já que dele dependem tantos outros direitos como o acesso à informação, à educação e ao conhecimento. Não podemos permitir que deixe de ser território livre e comum. Para isso, é fundamental a participação direta da sociedade na definição de sua governança.
Lançamento Mundial: Cervejaria Feminista apresenta Cerveja Maria Prestes
22 de Dezembro de 2016, 15:31A Cervejaria Feminista fará o lançamento mundial da Cerveja Maria Prestes no dia 29 de janeiro de 2017, a partir das 17h, no Bar Manifesto, Av. Nossa Sra. de Copacabana, 22, Leme, Rio de Janeiro!
PEC 241 AGORA VAI SENADO COMO PEC 55.
30 de Outubro de 2016, 0:36https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=127337&voto=contra
Fonte: - http://crabastosbrasil.blogspot.com.br/2016/10/pec-241-agora-vai-senado-como-pe55.html
Golpe, fim e começo
2 de Setembro de 2016, 9:06Em 2002, através de eleições gerais, o Brasil começou a trilhar um caminho novo de construção nacional, sumariamente chamado de desenvolvimento com inclusão social. Um partido político, originário de grandes mobilizações sindicais, e que forjara um grande líder, liderou esse processo, apoiado por quase todos os progressistas do país
Por Haroldo Lima – de Brasília:
Iniciou-se um período de grandes transformações sociais: o Brasil saiu do mapa da fome da ONU, mais de 30 milhões de brasileiros ascenderam a um padrão de vida minimamente digno.
Isto foi feito sem que as estruturas de poder no país fossem alteradas. Os ricos, especialmente os banqueiros, continuaram ganhando uma enormidade. Mas, turbulências econômicas cresceram, por conta da crise que desde 2008 assola o capitalismo, e que aqui se abateu com força a partir de 2014. As revelações dos métodos espúrios existentes entre grandes grupos econômicos privados, o capital público e setores políticos, e sobretudo o combate a esse sistema corrupto, fizeram estremecer os alicerces dos que sentiam estar perdendo poder com a ascensão de camadas sociais.
Tirar Dilma e, com isto, encerrar a experiência de “desenvolvimento com inclusão social” no Brasil
A isso tudo se agregam as debilidades, hesitações e erros do governo, leniente em tomar medidas de recuperação da indústria, em dialogar com aliados, em criar expedientes para dinamizar a economia, em democratizar meios de comunicação, em falar mais para o povo sobre a dimensão dos problemas e em convocá-los para a busca de soluções.
A insatisfação das elites brasileiras crescia. A perspectiva de mudar a situação a seu favor através de eleições não era visível. Seus partidos já tinham perdido quatro eleições presidenciais sucessivas. Lula, o líder maior dessas forças populares, apesar de toda a campanha difamatória que contra ele se faz, continua aparecendo como o preferido para a eleição de 2018. A saída, para elas, através da democracia, parecia não existir. Então, dane-se a democracia. E vire-se o jogo do jeito que der.
Em outras oportunidades, aqui no Brasil, e em diversos países sul-americanos, a saída era clara: com o respaldo norte-americano, articulavam-se os militares, formados nas escolas de guerra dos Estados Unidos, onde aprendiam que reforma agrária, urbana, educacional, direitos humanos, de minorias, sindicatos, intelectuais, padres avançados, tudo isso, era comunismo, que deveria ser barrado em função da “segurança nacional”. Na continuidade, tanque na rua, Constituição rasgada, Constituição outorgada, o golpe clássico.
Agora as coisas são diferentes. O mundo mudou, e muito. Rasgar Constituição ou outorgar uma outra é muito difícil. O golpe clássico – tanque na rua – está ultrapassado. É necessário modernizá-lo.
O rumo da modernização golpista já tinha sido indicado em 2012 no Paraguai, quando o Congresso votou um impeachment do presidente progressista Lugo e este foi substituído pelo seu vice, um direitista, o Federico Franco. Tudo foi feito com tal “legalidade”, que o próprio Lugo chancelou de certa forma aquele golpe.
Repetir a dose no Brasil era mais complexo. Mas a urdidura foi toda feita. Uma frente parlamentar-policial-judiciária-midiática foi montada. Tomava algumas posições simpáticas, como um combate à corrupção, de forma seletiva, mas bem camuflada, parecendo uma coisa séria e não facciosa. E partiu-se à cata de um pretexto a ser caracterizado como “crime de responsabilidade”, capaz de legalizar o golpe. Os prazos, os ritos, as aparências, tudo seria respeitado. Mas a decisão já estava tomada. Tirar Dilma e, com isto, encerrar a experiência de “desenvolvimento com inclusão social” no Brasil.
E assim a democracia foi sacrificada. O partido que há trinta anos, pelo caminho das eleições, não conseguiu chegar na Presidência, agora, sem eleições, chegou fácil.
Mas o golpe é, por um lado, um fim; por outro, um começo. Fim de uma era de bonança para o povo, que vive de salário mínimo, de previdência pública, do SUS, e que estava vendo filho em universidade, gostando de viajar de avião e de comprar carro. E começo de uma nova fase de entreguismo, de privatizações e de arrocho, nos salários, nos direitos, na cultura, nas representações políticas. Seria o prevalecimento do negociado sobre o legislado, do aniquilamento da CLT, da elevação da idade para a aposentadoria, do fim da política de reajuste do salário mínimo.
Concluído o golpe, o governo de Michel Temer tomou posse incontinenti. E as fotos divulgadas das suas reuniões mostram, pelo que revelam, outro escândalo, um governo só de homens, e só de brancos. Seria um governo misógino-racista, com aversão às mulheres e aos negros?
Se a experiência golpista do Paraguai foi a inspiração primeira desse golpe de 2016 no Brasil, as diferenças das situações dos dois países são muitas. Lá, o Lugo saiu derrotado mas dizendo que se “submetia”. Aqui, a Dilma, saiu derrotada, mas aclamada e, coração valente, denunciando o golpe. Depois, a realidade política e social do Brasil é bem diferente da paraguaia.
A massa humana que enxergou o caminho da libertação não abrirá mão de recolocar-se em marcha e desbravar novos caminhos.
Imediatamente desafios estão postos. É muito provável que o governo enverede pelo caminho da repressão às manifestações. Nosso povo reagirá. A ilegitimidade do governo é a sua marca indelével. E nosso povo não tem o mau costume de aceitar governos ilegítimos.
Amplos setores, entidades e partidos, como o PCdoB, já vinham levantando a ideia de irmos a uma eleição direta para presidente da República, antecipando-se as eleições de 2018. Os mecanismos para se viabilizar essa antecipação deveriam ser buscados, a exemplo do plebiscito que se levantava.
A eleição direta para presidente não se efetivou. Sua convocação, com direitos políticos assegurados, poderia nos levar ao reencontro com a democracia e a legitimidade do poder seria restaurada.
Haroldo Lima, é engenheiro, consultor na área de petróleo, ex-deputado federal e ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. É membro da Comissão Política do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
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