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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
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Qual dos Brasis você escolherá?

21 de Setembro de 2015, 22:18, por MariaFrô

Dois vídeos interessantes circulam no facebook, são depoimentos fortes de duas mulheres, duas trajetórias.

No vídeo com depoimentos da década de 1990, uma jovem de 18 anos chamada Angela Moss vocifera preconceitos, no outro uma mulher que acumula mais de cinco décadas traça sua  trajetória de sonhos e luta.

Uma, luta por um pedaço de chão, outra quer cobrar ingresso para acesso ao mar.

Uma provocaria asco na jovem carioca zona sul por sua cor, sua aparência, sua existência. A outra, por sua vez, deve sentir  pena daquela jovem da década de 1990. Dona Maria Lindalva, uma pessoa tão humana e tão feliz, deve realmente sentir pena por algo tão sem importância como a aparência que até hoje incomoda tanto uma parcela da sociedade e cujo discurso foi sintetizado no depoimento da jovem da década de 1990.

E você, em qual Brasil você aposta? Assista aos vídeos e faça a sua escolha. 

brasis

ATUALIZAÇÃO:

Até mesmo Angela Moss reviu suas escolhas. O depoimento abaixo é da jovem da década de 1990, passados 30 anos a senhora Angela Moss, renega a jovem Angela:

revendo

 

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Em qual Brasil você aposta?

21 de Setembro de 2015, 22:18, por MariaFrô

Dois vídeos interessantes circulam no facebook, são depoimentos fortes de duas mulheres, duas trajetórias.

Um vídeo com depoimentos da década de 1990, outro de uma mulher que acumula mais de cinco décadas em sua trajetória de luta.

Uma, luta por um pedaço de chão, outra quer cobrar ingresso para acesso ao mar.

Uma provocaria asco na carioca zona sul por sua cor, sua aparência, sua existência. A outra, por sua vez, deve sentir  pena daquela jovem da década de 1990. Dona Maria Lindalva, uma pessoa tão humana e tão feliz, deve realmente sentir pena por algo tão sem importância como a aparência incomodar tanto uma parcela da sociedade tão bem expressa no depoimento da jovem da década de 1990.

E você, em qual Brasil você aposta? Assista aos vídeos e faça a sua escolha;

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Lelê Teles conhece os bastidores dos OA e relata o que viu e ouviu

21 de Setembro de 2015, 10:51, por MariaFrô

Lelê Teles conseguiu penetrar num grupo de Odiadores Anônimos e nos relata incríveis depoimentos.

SÓ POR HOJE

LeLê Teles

uma amiga alugou uma sala na comercial da Asa Norte de Brasilia para uma turma de liberais, jovens e endinheirados, como ela definiu.

ela os conhecia e sabia que eram da turma de midiotas verde-amarelos que marcham pelas ruas a bater panelas e mostrar o dedo médio para as câmeras.

“achei estranho, devem estar a conspirar, a sala deve estar sendo usada para dar palestras, só há cadeiras nela e em semicírculo”. contou-me pelo telefone.

há, pensei, darei um bisbilhote. sou um perdigueiro e farejo fuleiragens de longe. tinha que pensar em um disfarce para penetrar naquela reunião.

não poderia me transformar em uma mosca, não sou chegado a plantar escutas, não aprecio arapongagens, não ficaria abjetamente escorado atrás da porta, ouvido colado, a decifrar o burburinho lá de dentro.

como proceder?

minha curiosidade aumentava. e se tramam matar a presidenta, se planejam plantar uma outra bomba por aí?, tá cheio de tarados nas ruas.

ah, já sei. o melhor seria me tornar invisível e ver aquela reunião do início ao fim. e você sabe, é muito fácil se tornar invisível em meio a machos brancos de direita. é só ser negro e vestir-se de serviçal.

os burguesotes costumam ignorar garçons, domésticas, motoristas, porteiros… toda sorte de serviçais. falam na frente deles sobre qualquer assunto, sem pudor; como se aquela gente não os pudesse ouvir, ou não compreendessem o que dizem, ou simplesmente por ignorá-las como pessoas.

bingo.

botei um macacão de firma e me converti numa não-pessoa. entrei na sala antes da reunião começar e disse que o condomínio me contratara para retificar o ar-condicionado. nem me deram ouvidos.

as janelas estavam abertas e a manhã de domingo era fresca. em Brasília é assim, pela manhã cantam cigarras, à noite, guitarras.

fui tirando delicadamente as ferramentas enquanto os convidados chegavam à sala. achei tudo muito estranho, as paredes estavam decoradas com fotografias de gente sorrindo, crianças, velhos, adultos e até cães sorridentes.

que diabos aconteceria ali?

de repente a coisa começou.

me chamo Paolo Luccinni, sou advogado, tenho escritório próprio e fui membro do Movimento Pátria Livre.

todos falaram em coro: bom dia Paolo. e Paolo prosseguiu.

vivi meses alimentando-me de ódio. de repente, não podia mais viver sem ele. e a cada dia eu precisava de uma dose maior. comecei comentando posts em blogs progressistas, depois destratava amigos e parentes em churrascos, frequentei passeatas, passei a xingar vizinhos no elevador se usavam algo vermelho nas vestes, quando me vi a noite a bater panelas na minha varanda percebi que algo muito grave se passava.

dormia com estremecimentos musculares, sonhava com refregas e cheguei um dia a socar minha esposa enquanto dormíamos. o médico me disse que eu poderia enfartar a qualquer momento, por isso estou aqui para compartilhar com vocês minha experiência.

só por hoje não vou mais sentir ódio.

disse isso e baixou a cabeça, foi aplaudido. alguns colegas se levantaram e lhe afagaram, bateram-lhe nas costas, cafunaram-lhe.

com mil diabos, tratava-se de uma reunião dos Neuróticos Anônimos. parei de mexer no ar-condicionado e fiquei a escutar aqueles interessantíssimos relatos.

na outra extremidade da sala uma outra voz.

sou Roberto Tomazio Neubarth, empresário, herdei de meu pai uma concessionária de automóveis e alguns imóveis. também sofro do mal da histeria coletiva. razão para sentir ódio não tenho. vivo confortavelmente, compro o que quero, não deixei de ganhar um centavo por causa de governo algum.

porém, no facebook bloqueei e fui bloqueado, fiz da rede social uma rede antissocial, me converti de pacato cidadão liberal em visceral sociopata de plantão.

passei a malhar e a praticar jiu-jitsu para dar vazão à minha revolta. mas nada suplantava o meu desejo de socar, arrancar sangue vermelho do nariz de um comunista.

fui um dos primeiros a entoarem o refrão vai pra cuba, e sempre rezava o pai nosso com meus amigos antes das caminhadas cívicas.

de repente eu vi o papa indo a Cuba, aquilo deu um nó na minha cabeça. me vi como um autômato que sofria lavagem cerebral e agia descerebradamente.

de repente tudo o que eu defendia se materializava na minha frente de outra maneira.

Obama foi a Cuba, os estadunidenses estão a parar cruzeiros na costa cubana, o papa está lá e Raúl Castro, como pude me deixar enganar?, tem formação jesuítica.

senti-me um idiota. só por hoje não vou mais sentir ódio.

foi aplaudido e afagado.

e as falas iam se sucedendo. um coroa, médico conhecido por todos, disse que percebeu que estava doente quando convidado a se retirar de um shopping – manu militari – na presença da filha pequena, porque xingava e gritava com o papai noel, chamando-o de comunista.

minha esposa convenceu-me a fazer análise. ao chegar no analista ele me disse: logo o papai noel, amigo, símbolo maior do capitalismo, ali dentro de um shopping, templo do consumo?

só por hoje não vou mais sentir ódio.

uma senhorinha confessou que foi às ruas pedir intervenção militar e o marido, que é militar reformado, a aconselhou uma internação psiquiátrica. ela disse que por alguns meses agia como um animal de tourada, esticavam-lhe um lenço vermelha e ela bufava, abaixava a cabeça e mostrava os chifres.

um jovem universitário disse ter percebido que era um ódio adicto quando se apaixonou por uma estudante de antropologia.

ela o corrigia sempre com muita paciência. até que um dia ela lhe falou: Giuliano, você estuda numa universidade federal e recebe pensão vitalícia, cara. quando seu pai era vivo você vivia em um apartamento funcional. como você pode pregar o estado mínimo se você suga o máximo do estado, fera?

só por hoje não vou mais odiar. aplausos e afagos.

me chamo Rebeca Werneck, funcionária pública. comecei como quase todo mundo aqui, lendo a revistaveja e compartilhando qualquer coisa que eles dissessem. via o jornal nacional todos as noites, ia jantar espumando pela boca; depois passei a comentar, anonimamente, em blogs progressistas, colei o adesivo da Dilma de pernas abertas no meu carro e, como dizer?, meu último ataque de ódio foi atropelar um ciclista.

com ele caído no chão eu gritei: vai pra cuba comunista. com ódio nem o vi. ele me reconheceu, era meu sobrinho e estava voltando da faculdade.

quase ficou paraplégico. detalhe, ele odeia falar em política.

só por hoje não vou mais sentir ódio.

os depoimentos foram se sucedendo. antes da pausa para o lanchinho – sucos variados e pães integrais com geleias de frutos do cerrado – um dos presentes leu um aforismo que ele atribuiu a Shakespeare:

amigos, reflitamos sobre as palavras do grande dramaturgo e façamos dela um mantra: “sentir ódio é como tomar veneno e querer que o outro morra”.

só por hoje, gritaram em coro.

se auto aplaudiram, se abraçaram olhando nos olhos uns dos outros e sorrindo com todos os dentes para cada um dos presentes.

a ambiente exalava felicidade, era como uma selfie.

é isso, pensei comigo, mais amor e mais alegria. be your selfie.

entrei e saí sem que ninguém desse pela minha presença. aqueles mentecaptos deixaram de sentir ódio por uma questão de saúde, por egoísmo, mas continuam indiferentes aos do andar de baixo.

peidei silenciosamente e saí da sala como entrei, invisível como um flátulo.

palavra da salvação.

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CCJ do Congresso quer vedar às vítimas de violência sexual atendimento no SUS

17 de Setembro de 2015, 14:45, por MariaFrô

A proposta de autoria do presidente da Câmara Eduardo Cunha que pode ser apreciada hoje na Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania é tão absurda  que se não tivesse consultado o link oficial da Câmara acharia que estava delirando. Ela nega tantos direitos num só projeto que transforma o Congresso numa Casa Verde, que nem Machado de Assis poderia imaginar a quantidade de loucos por metro quadrado que hoje ocupa a maioria desta Legislatura.

Negar atendimento do Sistema Único de Saúde a qualquer cidadão brasileiro é crime por si só, negar socorro às vítimas de violência sexual é crime contra a humanidade, que deve ser julgado em corte internacional. Ver o presidente da Câmara dos Deputados propor tal despautério para ser apreciado numa comissão que recebe o nome de Cidadania e Justiça é a antítese de qualquer bom senso da realidade.

ABSURDO

Da deputada Jandira Feghali em seu Facebook

MULHERES, NÃO PERMITAM!

A CCJ pode votar hoje o PL 5069/2013 que VEDA o atendimento no SUS às vítimas de violência sexual. É uma série de retrocessos absurdos que querem implementar no Brasil, mesmo depois de conquistas dos movimentos feministas e de saúde.

1 – O PL só considera violência sexual “em que remetem danos físicos e psicológicos”, dificultando o atendimento de saúde.

2 – REMOVE no atendimento de saúde a profilaxia da gravidez às vítimas de estupro, por exemplo.

3 – VEDA às vítimas o fornecimento de informações sobre seus direitos legais e sobre todos os serviços sanitários disponíveis.

Entenda: Câmara- Proposições

 

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Peça de Bicudo é aberração jurídica e presidente da Câmara atropela o próprio regimento em favor de golpistas

17 de Setembro de 2015, 13:09, por MariaFrô

Vários deputados fizeram defesas acaloradas contra o movimento golpista da Câmara contra a democracia brasileira na seção de 15 de setembro quando fora da ordem do dia, um deputado do DEM tenta inserir uma aberração jurídica no plenário da Câmara.

Silvio Costa mostra como regimentalmente o presidente da Câmara atropelou todo o regimento abrindo a palavra para os golpistas:

Jandira Feghali, por exemplo, disse: “Quem faz política tem lado e neste momento nosso lado é o da democracia brasileira. Uma democracia que veio depois de muita luta, de muita morte, e que não admite que sem nenhum delito da Presidência da República seja acatado um pedido de impeachment. Não há base técnica, política ou jurídica para isso. Estamos aqui defendendo um projeto de mais Estado, de mais políticas públicas, de mais emprego, de mais renda. Tentar emplacar um processo de impeachment agora é golpe.”

Já Orlando Silva esclareceu: “O DEM quando se presta a este papel demonstra que é legítimo herdeiro da Arena, o partido que sustentou o regime militar no Brasil. Hora de crise é momento de refletir e construir alternativas para retomar o crescimento nacional. O povo lá fora não quer saber de briga entre governo e oposição, mas que responda aos desafios que o país enfrenta. Aqueles que imaginam  que Dilma Vana Rousseff é igual a Fernando Collor de Melo irão se surpreender. Haverá luta política de nosso povo. Aqui no Brasil tem organização, os trabalhadores irão defender as conquistas. Não adianta querer fazer um atalho, não adianta querer cortar caminhos. Atitude democrática é aguardar as eleições. Na mão grande vocês não vão tirar a presidenta Dilma não”. Vocês tem de ir pra rua ganhar voto a voto, esperar 2018 e atenção, se prepare bem, senão, Lula vem aí. ” 


Paulo Teixeira afirma que o pedido de impeachment de Hélio Bicudo é “peça jurídica inepta”, de acordo com o deputado  o pedido formulado pelo jurista Hélio Bicudo, ao qual se agarra a oposição, é inconsistente porque “atribui à presidenta da República crimes que ela não praticou” e é mais “um discurso político” do que uma peça jurídica. “Este pedido de impeachment quer tirar uma presidenta da República atribuindo a ela problemas nas suas contas que ainda não foram julgadas. Ora, como eu posso atribuir um crime a algo que foi praticado em contas que não foram sequer avaliadas pelo Tribunal de Contas da União? Quem julga as contas da presidenta da República é este Congresso e não me consta que este Congresso tenha julgado as contas dela”

Assista todos os vídeos na íntegra, vale a pena.

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