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Toni Cordeiro

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Um tratado com o futuro...

27 de Novembro de 2017, 11:22 , por Gestão Pública Social - | No one following this article yet.
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Do ponto de vista pessoal, cá da minha individualidade, falo de futuro com certo receio, pelo simples fato de não saber do quanto será comigo presente, porém do ponto de vista político, como ativista de uma causa humanista, falo de futuro com prazer, visto que poderei ser historia presente em ações futuras e isso me faz caminhar com mais pressa ainda. 



Em minhas andanças no campo da imaginação, fico a me perguntar o que leva uma pessoa a dedicar toda sua vida às causas humanas e tantas outras simplesmente a explorar a boa fé da humanidade. Algo complexo de explicar do ponto de vista racional para quem luta pela humanidade e mais fácil para quem dela tira proveito, visto que estão sempre em busca de resultados.

A partir dessa realidade vêm algumas perguntas: O que deu errado? Como se desenvolve a natureza humana? O que incide para esse comportamento ou escolha? Em que momento da vida pode se dar a escolha para um dos caminhos? Enfim, várias perguntas com várias possíveis respostas, dependendo exatamente das escolhas que se faz.


Ao analisar o cenário nacional nos dias de hoje, chega a ser assustador o fato de milhares de pessoas aceitarem a alienação como condição humana e, portanto serem conduzidas por vontades alheias, como se a alienação fosse uma escolha. Por mais indignado que eu possa estar jamais posso aceitar essa ideia e aí vem nossa enorme tarefa, que é levar o conhecimento e reflexão como pontos de partidas para uma possível mudança de comportamento para esses e essas que transitam no campo da alienação.


O fato é, se a alienação é também uma ferramenta do sistema e que mantém a massa junta para um enfrentamento manipulado, sejamos o que tempera essa massa, o que altera sua composição e passemos a disputar cada grão que a compõe. Sejamos nem que seja o que vai desandar o resultado esperado pelos agentes do sistema.


Por outro lado, se de fato a opção pela luta se dá de forma consciente, vale a pena ressaltar que tudo começa pelo sonho de mudar a sociedade e, portanto, se luta pelo incerto, por algo que nem possa acontecer, porém, para milhares de pessoas que se encontram em luta permanente contra as desigualdades e as injustiças em qualquer parte do planeta, não importa ao certo a qual resultado se chegará e quanto tempo isso vai levar, o mais importante é mostrar ao mundo nossa indignação pelo acúmulo de capital e riquezas em detrimento da miséria e às más condições de vidas de milhões de pessoas e mostrar também nossa indignação constante pela pirâmide econômica que dá sustentação a todas as formas de desigualdades.


É importante deixar claro que lutamos sim também por todos alienados e todas alienadas que se encantaram pelo canto da sereia, pelo simples fato de entendermos que a alienação se constrói no vácuo deixado pela falta de conscientização e aí está o grande papel do ativista, que é a luta diária na disputa das ideias.


Declaro-me totalmente contra a cooptação de quem quer que seja pela via da lavagem cerebral, ou ainda por resultados momentâneos, que na prática se constitui noutras formas de alienação.


Disputar ideias é antes de tudo disputar a condição subjetiva da própria existência humana, no sentido de levar as pessoas a optarem de forma consciente ser alienadas e servir ao sistema ou se juntarem a milhares de sonhadores e sonhadoras que se alimentam da utopia da construção de uma sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas.


Comprometer-se com o futuro é ser leal à causa e ser um agente multiplicador da possibilidade das pessoas de bem voltarem a sonhar.


Quero sonhar junto com todos e todas para que meu sonho faça sentido.



Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social
tonicordeiro1608@gmail.com



Fonte: http://gestaopublicasocial.blogspot.com/2017/11/doponto-de-vista-pessoal-ca-da-minha.html