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Toni Cordeiro

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Blog

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Oração ao Tempo que virá

28 de Outubro de 2018, 23:57, por Gestão Pública Social

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Tempo, que és Senhor da Razão, caminhas lado a lado com a minha essência e me ajudas a refazer o percurso que tracei visando o amanhã, para que, quando o amanhã chegar, eu não me envergonhe do tempo que passou.

Invadas minha alma quando eu estiver distraído e me conduzas a um lugar seguro. Leva-me ao topo de uma montanha onde eu possa enxergar a linha do horizonte e sentir uma leve brisa tocar meu rosto.


Mudas minha essência, se necessário for. Fortaleces minha razão de ser e não me deixes enveredar pelas emoções da vida quando o momento exigir determinação e coragem.


Não me deixes cegar pelo ódio, tampouco enxergar amor onde à falsidade habitar. Os inimigos do povo de bem também serão os meus.


Ajuda-me a levantar quando a vida me der pequenos tombos e que eu possa me erguer mais forte do que eu era ou estava e possa continuar na minha caminhada em busca de um novo amanhã, junto com todos os sonhadores e sonhadoras, que lutam na construção de uma nova sociedade.


Faz-me enxergar as entrelinhas da minha vida que em muitos casos me inebria de falsos sentimentos e se disfarça de boas vindas e fáceis soluções.


Mostra-me as possíveis soluções e me passes força para os combates necessários que poderão vir e que eu nunca me acovarde diante da defesa intransigente da justiça e da liberdade.


Ajuda-me a resolver algumas equações que a vida apresenta e alguns enigmas que não consigo decifrar:


Que códigos são esses?
Que segredos guardam?
Quem está do outro lado?
Quem são essas pessoas?


Conduza-me, se necessário na busca de soluções, há tempos passados, para que eu possa ir de encontro às raízes da minha existência.


Estejas comigo sempre e me mostres o que se esconde por trás dos arvoredos. Rostos me confundem. Sombras brincam na escuridão e sei que do outro lado um lindo sol me espera. Ajuda-me, portanto, a fazer com segurança, essa passagem de um tempo para o outro e que eu nunca me confunda de que lado sempre estive e com quem sempre deverei estar.


Enveredas comigo pelas veredas da vida e pelos becos apertados das lutas concretas onde sombras aparecem. Ajuda-me a decifrar se por acaso for uma mensagem e o caminho que devo seguir.


Ajuda-me por fim, para que eu me complete enquanto é tempo, visto que me considero um ser incompleto em busca de completude e em constante mudança. Refaço-me sempre quando encontro minha outra parte.


Estejas comigo em todos os momentos que eu estiver escrevendo ou reescrevendo parte da minha história de vida que um dia deixarei para a humanidade. Uma história escrita a várias mãos. Uma história plural.


Venha-nos, pois agora não sou mais eu e sim uma nova forma de pensar e agir coletivamente, intervir onde a casa rui, onde a dor habita e onde o riacho seca por falta de água. Conforta-nos nesse momento... 


Ajude-nos a recompor o cenário que ora se destrói e nele possamos colorir gente com jeito de gente e não espectros do mal, e que tenhamos num futuro breve a oportunidade de cantarmos juntos quando o amanhã chegar, a tão sonhada canção da liberdade e da vitória.


Tempo que o tempo leva.
Tempo que o tempo traz.
Tempo passado e presente.
Tempo que não se desfaz.

Antonio Lopes Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social




Lutando contra o Vale da Morte e contemplando o Vale dos Sonhos

2 de Outubro de 2018, 17:32, por Gestão Pública Social

Acordei introspectivo e angustiado, com vontade de soltar um grito no ar diante do cenário de mentiras e negociatas promovidas pela falta de justiça, pela mídia golpista partidária que manipula os dados e pela pena que dá de ver homens e mulheres perdidos rodando em volta de um diabo e o chamando de mito, com a intensão apenas de serem cortejados. Estamos diante novamente da ameaça de um cenário de trevas, repleto de fome, perseguição e dor, como já vivemos no passado quando da ditadura militar por vinte anos.


Um verdadeiro caos que afeta nosso intelecto e se deixarmos, invade nosso estado emocional, tamanha é a insensatez do que está sendo proposto.


Sinceramente, eu não quero nem saber quantos “amigos” perderei nessa batalha, pois, o antagonismo que nos divide já explica por si só a situação das nossas reais diferenças. Eu defendo o lado que sempre defendi e essas pessoas defendem o mundo que a Globo golpista projetou em suas cabeças.


Sinto-me como se tivesse caminhando através de um vale sombrio, com a necessidade de passar por algumas pontes e com o medo de não saber nadar. Porém, ao mesmo tempo me vem à cabeça de que sempre foi assim e o prazer de lutar por uma nova sociedade, me trouxe junto com milhares de outros sonhadores e sonhadoras até aqui.


O momento político do pós-golpe e os momentos derradeiros que nos separam das eleições, está levando milhares de pessoas a diversas incertezas e uma confusão generalizada. Exatamente como os golpistas previam. Plantar a dúvida e o falso pudor para serem geridos com a desinformação.


O Brasil da atualidade está carrancudo com cara de poucos amigos e sendo puxado para uma espécie de vale da morte. Um lugar onde mulheres, negros e negras, índios e petistas serão tratados como inimigos e, se possível, abatidos como bichos que se abate apenas para lhes roubar a vida.


Sinto-me frágil por entender que por não ocuparmos os espaços de debate, as forças reacionárias ocuparam. Por não termos feito as tão sonhadas reformas, eles fizeram e, por não disputar as ideias com a população os herdeiros da casa-grande ganharam grande parte da população. Ver pobre defendendo os ricos e o candidato fascista é como ver um monte de baratas aplaudindo o inseticida ou aplaudindo um grande chinelo pronto para esmagá-las.


Estamos perdendo o debate para o setor reacionário, para uma parte podre alienada da sociedade e para o fundamentalismo religioso, que enxerga o diabo até na poeira do vento, mas quando se depara com um de verdade, o chama de mito. Um setor que ao invés de lutar por seus direitos e sonhos se refugia nas masmorras do vale da morte e traem suas próprias existências.


Esse estado de caos nasce do individualismo e do ódio de classe disseminado pelos detentores dessas ideias absurdas, dividindo famílias, afastando quem se considerava amigos e, principalmente, construindo um futuro incerto e sem sonhos, onde ao invés de pessoas se confraternizando e comemorando as pequenas vitórias, restarão vultos inacabados e sem rumos pisoteando na lama das masmorras do vale da morte.


Não nasci pra isso. Não nasci para conviver com esse tipo de gente. Não nasci para me acovardar diante da necessidade de luta. Nasci para oferecer minha vida, se necessário for, para que milhares de pessoas desvalidas tenham o direito de voltarem a sonhar. Eu e milhares de sonhadores e de sonhadoras continuaremos a lutar por uma nova sociedade justa, fraterna e igual para todos e todas. Onde o dever de justiça prevaleça ao valor do capital.


Enquanto isso não ocorre, continuaremos a defender o projeto que respeita a juventude, mulheres, negros e negras, homossexuais, índios e todas as pessoas excluídas do país.


O projeto que colocou o Brasil no protagonismo mundial, com ações como: Tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU, criação de mais de vinte milhões de empregos com carteira assinada, construção de 18 Universidades Federais e 282 Escolas Técnicas gratuitas, redução do IPI (Imposto de Produtos Industrializados) e Cotas Estudantis para pessoas pobres e negras. Além disso, a criação dos programas: ProUni, FIES, Universidades para Todos, Ciência sem Fronteiras, Luz para Todos, Fome Zero e o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Transposição do Rio São Francisco, Energia Eólica, entre tantos outros que ficarão para a história. 


Enquanto vocês defendem o Senhor das Trevas, continuaremos a lutar até o final, com as armas que tivermos para salvar o país do Vale da Morte e construirmos de forma coletiva o Vale dos Sonhos.


Quem vota em fascista, fascista é, e serão sempre tratados como aliados dos ladrões de sonhos de milhares de pessoas. Saibam que vamos derrotá-los.
Fascistas não passarão!


Antonio Lopes Cordeiro
Estatístico e Pesquisador em Gestão Pública e Social