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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Chegou o Dórinha, porque ser prefeito é brincadeira!

16 de Agosto de 2017, 15:48, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Do perfil de O Soldadinho de Chumbo, sugerido por Luiz Skora, via twitter.

Dorinho



O futuro e o desemprego

16 de Agosto de 2017, 9:00, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Lançamentos

Por Clemente Ganz Lúcio, Diretor técnico do DIEESE

O ritmo de fechamento de postos de trabalho diminuiu no primeiro semestre de 2017, com a economia no fundo do poço, após uma queda de mais de 9% do PIB per capita e mais de 14 milhões de desempregados, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa de desocupação ficou em 13,7% no primeiro trimestre deste ano (em 2014, chegou a 6,5%) e em 13% no segundo, primeira queda estatisticamente significativa desde 2014. O mercado de trabalho brasileiro tem quase 104 milhões de pessoas, 90,2 milhões de ocupados ou empregados e outros 13,5 milhões de desempregados.
   
No desemprego medido pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (DIEESE/Seade/parceiros regionais), realizada nas regiões metropolitanas, as taxas continuam altas, mas há alguma diferença no comportamento do desemprego. A RM Salvador apresentou, em junho, desemprego em alta, com taxa de 24,9%; a RM Porto Alegre tem taxa de desemprego muito menor e estável, na casa de 11%; na RM São Paulo, o maior mercado de trabalho metropolitano, o desemprego é de 18,6% e, no Distrito Federal, de 19,9%, as duas áreas com redução das taxas.

Além da queda do ritmo de fechamento de postos de trabalho, os indicadores refletem a criação de vagas temporárias na agricultura e o aumento do número de trabalhadores autônomos, por conta própria e assalariados sem carteira assinada.

O travamento da economia torna a situação de desemprego duradoura. O tempo médio de procura por trabalho (segundo a PED) é de 60 semanas na RM Salvador, 43 semanas na RM São Paulo e 37 semanas na RM Porto Alegre.

Em resumo, o desemprego estaciona, mas em elevados patamares, deixando como resultado o desalento diante de extenso e tortuoso tempo de procura para encontrar vagas precárias no setor informal (autônomos e assalariados sem carteira).

E o futuro ainda pretende entregar três pacotes com presentes bomba para os trabalhadores.

O primeiro será aberto em novembro, quando a reforma trabalhista entrar em vigor para, em um mercado de trabalho debilitado por uma economia em recessão, brindar os trabalhadores com múltiplas formas precárias e, agora, legais de contratação, de arrochar salários, reduzir direitos e benefícios.

O segundo presente reserva para 2017 e 2018 uma economia andando de lado, escorregando no limo da recessão. Os trabalhadores serão ainda mais pressionados pelo desemprego e, desesperados, submetidos “à livre escolha” de aceitar os novos postos de trabalho precários, abrindo “livremente” mão dos direitos.

O terceiro presente virá no centro da profunda desnacionalização da economia (a venda dos ativos de um país que está barato). O capital internacional imputará uma modernização tecnológica na base dos ativos adquiridos, aumentando a produtividade das empresas, com tecnologias que desempregam e ajustes estruturais do custo do trabalho permitidos pela reforma trabalhista – a produtividade espúria ganhará legalidade.

Ao Brasil está sendo imposto um caminho para experimentar um processo de vertiginosa mudança do padrão produtivo, uma imensa concentração de riqueza e acentuada extensão da pobreza, resultado de uma soberania reduzida à servidão ao capital financeiro.

Será preciso lutar, sustentar a democracia na raça, para que os brasileiros e brasileiras deem, pelo voto, outro destino ao país. Será preciso jogar esses presentes no lixo da história e retomar, com altivez, a tarefa que cabe a uma nação: conduzir o desenvolvimento do país para promover desenvolvimento econômico e social que gere bem-estar com qualidade de vida e sustentabilidade ambiental para todos.



Grandes empresas desviaram R$ 3 trilhões da Previdência em 20 anos, diz senador

14 de Agosto de 2017, 10:20, por Bertoni - 0sem comentários ainda

'Olha, os valores são assustadores. Se eu falava em 3 trilhões, há quem diga que é o dobro'.

Paim previdênciaPaulo Paim (PT-RS) acredita que o governo não conseguirá votar a reforma da Previdência até outubro (Waldemir Barreto/Agência Senado)

O valor desviado da Previdência por grandes empresas nos últimos 20 anos supera R$ 3 trilhões. A estimativa foi feita pelo senador Paulo Paim (PT-RS) durante audiência da CPI da Previdência nesta semana. “Olha, os valores são assustadores. Se eu falava em 3 trilhões, há quem diga que é o dobro”, disse o parlamentar, presidente da CPI.

O senador afirma que os trabalhadores irão pagar a conta do chamado déficit da Previdência, que, segundo ele, tem origem não nas regras atuais, mas justamente no desvio de dinheiro do setor e na falta de pagamento das contribuições pelas grandes empresas.

“Porque quando eles [o governo] fazem a reforma, eles fortalecem os bancos, que são os grandes devedores. Quer que eu diga nome, eu vou dizendo já: Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, aí vai montadora, vai frigorífico, o mais famoso é esse JBS. Reforma da Previdência, não!” 

De acordo com o senador, mais de cem pessoas, entre eles grandes devedores, foram ouvidas pela CPI da Previdência. Paim acredita que o governo não conseguirá votar a reforma até outubro deste ano. Ele disse ser importante que a sociedade se mobilize contra a proposta.

Caixa

Paulo Paim lamentou ainda que a Caixa Econômica Federal tenha anunciado o desejo de substituir os concursos pela contratação de trabalhadores terceirizados. Já o setor privado, segundo o senador, estuda substituir os trabalhadores contratados por tempo indeterminado por terceirizados ou por pessoas ligadas à empresa por intermédio de outros vínculos permitidos depois da entrada em vigor da nova lei trabalhista.

Como as recentes mudanças na legislação trabalhista impõem um prazo mínimo para que um trabalhador demitido seja contratado pela mesma empresa nas novas modalidades de contrato previstas nas regras que passarão a valer a partir de novembro, Paim denunciou alguns mecanismos para burlar essa determinação legal.

" [As empresas] estão se preparando para demitir aqueles que têm o contrato formal. E eles terão que deslocar para uma outra empresa, para a tal de quarentena, de não sei quantos dias, mas vão fazer parceria, vão para outra empresa, entram como "PJ" [pessoa jurídica], ou como autônomo exclusivo, ou entram como terceirizado, ou ficam desempregados. Essa é a tal de livre negociação".

Fonte: http://domtotal.com/noticia/1178658/2017/08/grandes-empresas-desviaram-r-3-trilhoes-da-previdencia-em-20-anos-diz-senador/