Figura: http://parolebrevi.wordpress.com/
Ao olhar do último andar de um prédio de qualquer cidade, a impressão que dá é de uma paz absoluta. Ainda mais se for à noite. Apenas um barulho típico de cidade nos vem de imediato e a confusão de luzes dos prédios, ruas, avenidas e os automóveis a circular.
Nem dá para imaginar que no meio de tudo que vemos ao longe, existe uma violência incontida, que afeta todos os segmentos da sociedade. Trata-se da violência urbana que já invade a rural. Algo ligado à modernidade, sem regras e sem limite. Uma verdadeira guerra entre o bem e o mal, além da guerra pela manutenção do poder.
Essa violência aliada ao descaso da maioria dos governantes mata uma mulher a cada duas horas, 72 jovens por dia, sendo 50 jovens negros, além de 115 mortes diárias por acidente de trânsito. Um pequeno resumo do caos urbano e rural, o que faz com que a questão da violência e de sua prevenção seja um dos assuntos mais discutidos, porém fica apenas no papel na maioria das cidades brasileira, sem contar que a polícia brasileira mata quatro vezes mais que a dos EUA. Em muitos casos mata pelo prazer de matar ou pela síndrome de Rambo.
Essa é a violência que se vê, porém existem muitas outras que está no dia a dia, no interior das instituições, como é o caso das crianças que simplesmente desaparecem e são assassinadas para venda de órgãos ou vendidas para famílias estrangeiras e as mulheres vitimizadas pelo crime sexual? No meio de tudo isso existe ainda a droga, onde os traficantes aliciam jovens indefesos em nome de uma vida fácil. A disputa é diária e à luz do dia.
Além de toda essa violência, vivemos numa sociedade alienada pelos meios de comunicação pertencentes a seis famílias abastadas e reféns da indústria da corrupção. A propina virou uma moeda de troca e os escândalos já não abalam os muitos empresários que são os verdadeiros corruptores, além dos corruptos, dependendo claro do volume arrecadado.
A grande dúvida na cabeça de grande parte da população, com relação às próximas eleições é quem votar. A imprensa golpista diz que todos são iguais e todos roubam e a falta de informação gera a insegurança de não se saber em quem está votando. Aí o resultado é votar em qualquer, visto que se vende a ideia de todos agem da mesma forma.
Só há uma saída. Quanto mais se pratica gestão participativa mais barato se torna uma eleição e quanto mais o cidadão participar e praticar seus direitos de participação e de gestão social, menos corruptos serão eleitos e mais corrutos serão desmascarados.
Afinal, quem tem um projeto de vida paga o preço. Quem tem um nome a zelar não aceita dinheiro fácil. Quem defende a humanidade não aceita ser financiado por quem a explora e quem usa o ato de governar como meio jamais usará para beneficio próprio e sim para mudar o que for necessário na sociedade. Romper com o sistema e criar uma nova sociedade.
O mais interessante é que parte dessa guerra invisível está nas redes sociais. Todos os dias se faz necessário se divulgar o óbvio para que o insano não prevaleça.
Portanto, na dúvida participe!
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Pesquisador em Gestão Pública e Social
Coordenador do Programa de Capacitação Continuada
em Gestão Pública da Fundação Perseu Abramo
toni.cordeiro1608@gmail.com
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