A pesquisa Data Golpe de hoje a noite desnuda todas as intenções da direita, do PIG e principalmente da extrema direita com sua candidata transgênica. Uma candidatura construída à beira de uma tragédia e transparente quanto aos seus escusos anseios de chegar ao poder a qualquer custo, inclusive passando por cima do PSB se necessário for. Ela conta nesse momento com os agentes financeiros e com velhas raposas que já delapidaram os galinheiros no passado, assim como o agronegócio e também os banqueiros. Algo que de alguma forma imaginávamos, até porque Marina, na sua nova versão, não hesitará em se juntar a todos os demais candidatos reacionários e direitosos contra Dilma no segundo turno, porém nem de longe imaginávamos que ela conseguiria juntar tanto reacionário de plantão para dar o bote e quem quebrou o país no passado, como ela conseguiu.
Nós que sempre lutamos por um país livre e soberano sabemos que estamos lutando nesse momento contra as forças do mal, ou seja, de um mal organizado e elaborado até nas mensagens subliminares. Um mal que quer levar novamente o país para os tempos de trevas, onde o trabalhador nada tinha e o mercado financeiro global era o rei do pedaço. Um país que, além de não ter crédito, mendigava um espaço no cenário político e econômico global. Quem mandava no Brasil até 2002 era o FMI e o presidente tucano vivia pedindo a benção para o Tio San, mês sim e mês não. Era uma situação deplorável. Essa crise se agravou quando FHC resolve assumir o projeto discutido na reunião chamada de Consenso de Washington, que previa a entrada do neoliberalismo na América Latina e no Caribe, ora com Collor que fracassou e quis tudo só para ele depois com FHC que de forma eficiente encurtou o tamanho e potencial do Estado brasileiro, através da tese do Estado Mínimo, vendendo praticamente todo patrimônio nacional e dando total autonomia ao Banco Central, como previa o Manual de Instruções Neoliberal. Após a venda o dinheiro foi parar nos lugares e contas descritos pelo Jornalista Amauri Ribeiro Júnior (amigo de Aécio Neves), em seu brilhante livro: A Privataria Tucana. Essa saga durou até a entrada em 2003 de Lula, que estancou a onda, pagou o FMI e de quebra emprestou dinheiro ao mesmo, só para ficar claro de quem é que deve agora.
Nunca para nós foi fácil, sempre conquistamos tudo com muita luta, desde a eleição de Lula, sua reeleição e principalmente para eleger uma mulher vinda da luta contra a ditadura, que não só ficou presa por quatro anos, como foi barbaramente torturada e dessa vez não será diferente. Eles têm a mídia que quer dar um golpe em Dilma e no PT ao seu lado, porém nós temos o que há de mais sagrado: uma militância apaixonada e comprometida que faz campanha de coração e por convicção política e não por dinheiro, como é o povo deles.
Em termos de projetos, principalmente o de Marina, se trata em regras gerais, de um projeto camaleão, indecifrável aos olhos da população, mas não para os nossos. Sabemos exatamente o que querem, como querem, quem está construindo a estratégia e o tamanho do estrago que poderão fazer com esses anos de conquistas e de inclusão de milhares de famílias novamente na sociedade, sem nenhum apoio deles ou da velha mídia. Os projetos são claros, tanto o de Aécio, como o de Marina, resgatam o que há de pior das práticas do passado e com a população bem longe das decisões políticas, como ficou claro no último debate, ao se referirem ao Decreto que cria a Política Nacional de Participação Social e sobre o Plebiscito que estará sendo votado na semana de 1 a 7 de setembro por uma Assembleia Constituinte exclusiva para discutir a Reforma Política.
Nesse momento me arrisco a dizer que o projeto de Marina é o pior deles, pois vende a alma dos trabalhadores, do povo pobre e do pequeno e micro empreendedor ao mercado global e ao capital internacional e ao mesmo tempo em que ilude a população afirmando que será a sua autêntica representante e defensora de seus direitos. Além dela ter traído as convicções que dizia ter quando se encontrava ao lado de Chico Mendes, joga nos braços dos algozes o futuro da população, principalmente a mais necessitada, sem o menor escrúpulo, como se tivesse vendendo almas ou ainda trocando "garrafinhas" para se perpetuar no poder. Odeio quem trata a população como "garrafinhas" ou massa de manobra. Por sua vez o PIG fica entre a cruz e a espada, pois ambos os candidatos são ótimos para derrotarem Dilma, principalmente juntos, mas pende para Aécio, pois não saberão como Marina agiria se viesse a ganhar e por conhecer profundamente e apoiar as políticas entreguistas defendidas pelo candidato tucano.
Como estatístico, posso afirmar, sem medo de errar, que é tão fácil conduzir emocionalmente os resultados de uma pesquisa como roubar um doce de uma criança, com um agravante de uma reunião ocorrida há dias atrás entre os institutos de pesquisa, que vazou, onde o principal objetivo era construir uma forma de derrotar Dilma e para isso não medirão esforços.
Em resumo, o que está em jogo é o futuro dos Pais. É o futuro de milhares de crianças, jovens, trabalhadores e trabalhadoras, mulheres, negros e pessoas com mais idade, que não tinha chão quando os agentes ligados a eles governavam no passado e hoje tem à sua disposição centenas de políticas públicas construídas a várias mãos que mudaram o Brasil e o futuro de todos e todas. Estamos falando de milhares de empregos com carteira assinada, salário mínimo crescendo acima da inflação, casa própria para os pobres, médicos para a periferia do país, Plano Nacional de Educação e tantas outras situações inimagináveis no passado. O Brasil hoje é respeitado principalmente por ter agido na redução das desigualdades e na construção de milhares de ações afirmativas.
Vamos ficar de olhos bem abertos. Nesse caminho existem sete mortes, um avião, que ao que tudo indica foi comprado com dinheiro de empresas de fachadas, o rei da soja, os latifundiários, os barões do agro negócio, os banqueiros e todos aqueles que sempre tiveram contra os trabalhadores assalariados e um dos sonhos deles é abaixar o Salário Mínimo e mandar uma parcela dos trabalhadores embora, para que novamente possam dispor do exército industrial de reserva (massa desempregada), para que possam controlar o salário e principalmente aumentar sua margem de lucro.
Não recuaremos um milímetro, até porque sabemos quem estamos defendendo. Defendemos Dilma, não pela sua beleza, mas pelo seu projeto e pelo fato de ser um projeto para todos e todas e não somente para meia dúzia de privilegiados, que moldarão um País da Casa Grande para eles e da Senzala para a maioria da população brasileira.
Enfim, só temos um caminho: a luta. É vencer ou vencer. É seguir em frente ou se entregar ao passado. Então se assim for, vamos a ela, com vontade e determinação, como se estivéssemos numa guerra, onde o maior patrimônio que é a sorte da população pobre está em jogo.
Encontrarmo-nos nas ruas, com a estrela no peito e o coração cheio de vontade de libertar o povo brasileiro.
Abraços Fraternos
Antonio Lopes Cordeiro (Toni)
Pesquisador em Gestão Pública e Social
toni.cordeiro1608@gmail.com
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