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Cúpula dos Povos

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Cupula dos Povos

11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.

Anatel tenta fechar a Rádio Cúpula

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A Agência Nacional de Telecomunicações foi ao Aterro do Flamengo hoje (17) para tentar fechar a Rádio Cúpula, transmitida na frequência 90,7. Junto com a Polícia Militar, a Anatel pediu para tirar a antena da Rádio, mas um grupo de pessoas se reuniu em volta do espaço — em frente ao Museu de Arte Moderna (MAM), nos Territórios do Futuro 1 — e tentou bloquear a entrada dos responsáveis pela ação do governo.

Até agora (17h30), a Anatel e a Polícia Militar estão conversando com representantes da Rádio sobre a situação. Acompanhe em tempo real o desenrolar do caso na Rádio Cúpula, pelo player abaixo.

Veja as fotos da resistência da Rádio Cúpula à tentativa da Anatel de parar a programação e tirar a antena:

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Baixe os programas da Rádio Cúpula

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Som e cores: não é difícil achar o espaço da Rádio Cúpula no Aterro, em frente ao MAM

A Rádio Cúpula está sendo transmitida ao vivo das 7h30 às 24h no player disponível na home deste site. Mas, se por acaso você não conseguiu ouvir, disponibilizamos aqui o áudio dos programas veiculados na rádio. Vamos atualizar esta página com frequência para apresentar, aos poucos, todos os programas em mp3. Aproveite!

E se você vier à Cúpula, faça uma visita à Rádio! Ela está nos Territórios do Futuro 1, em frente ao Museu de Arte Moderna (MAM) e ao Vivo Rio. É só seguir o som!

Baixe e ouça os programas do dia 15 (sexta-feira):

Programa 1, 9:30, 25 min: Intro / Contacto Sur (Port./Esp.)

Programa 2, 10:00, 60 min: Convergencia de medios (Esp.)

Programa 3, 11:00, 40 min: Rede de Radios ARCO (Port.)

Programa 4, 12:30, 40 min: Radio Pop Goiaba (Port.)

Programa 5, 13:20, 40 min: Nas Ondas do Ambiente  (Port.)

Programa 6, 14:00, 40 min: RadioTube no Ar (Port.)

Programa 7, 15:00, 50 min: Convergencia de medios (Esp.)

Programa 8, 16:00, 20 min: Entrevista Ambiental (Port.)

Programa 9, 16:20, 40 min: Sobre Econimia Verde (Esp.)

Programa 10, 17:00, 70 min: Planeta Lilás-Redes de Mulheres (Port.)

Programa 11, 18:10, 50 min: Planeta Lilás-Redes de Mulheres (Port.)

Programa 12, 19:00, 60 min: Pulsar Brasil (Port.)

Programa 13, 20:00, 50 min: Convergencia de medios (Esp.)

Programa 14, 21:00, 120 min: Muqueca de Siri-RadiosLivres (Port.)



Cúpula dos Povos e o G20: encontros opostos

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Nota à imprensa do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20

Não é pura coincidência que a Cúpula do G20 se realizará no México os dias 18 e 19 de Junho, dois dias antes da Rio+20. Ambas as cúpulas são certamente acontecimentos muito diferentes, sobretudo em termos de legitimidade, transparência e multilateralismo.

Quando o G20 anunciou que uma das cinco prioridades da agenda para a Cúpula deste ano era o que chamam de “crescimento verde”, começou a se desvelar a ameaça que agora aparentemente se consolida. A presença no México dos presidentes das maiores economias, muitos dos quais não virão ao Rio de Janeiro,  complementa as notícias de que as principais decisões a serem adotadas na Rio+20 já chegarão em um pacote pronto e definido pela reunião do G20. Assim, a atual correlação de forças no mundo utilizará mais uma vez o caminho da imposição de sua lógica dominante.

Os movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que realizamos neste momento a Cúpula dos Povos no Rio de Janeiro, repudiamos e denunciamos este acionar que reforça não só o sistema econômico que vem promovendo a mercantilização e financeirização da natureza, como que já sem nenhum pudor, impõe o sequestro das democracias do mundo.

As consequências da atitude antidemocrática, predatória e gananciosa dos governos dos países mais desenvolvidos a serviço dos interesses de suas corporações serão com certeza dramáticas para o futuro do planeta e sua população.

Ao contrario, a Cúpula dos Povos reafirma sua luta contra a mercantilização e privatização da Natureza, em favor da Justiça socioambiental, de uma governança global democrática e a defesa dos Bens comuns da Humanidade.



Começam hoje (17) as Plenárias de Convergência

16 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Começam neste domingo (17), a partir das 9h, as Plenárias de Convergência da Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo. Serão cinco Plenárias, dedicadas a temas chaves para a elaboração do documento final da Cúpula dos Povos, que será produzido durante as Assembleias dos Povos: Soberania Alimentar; Energia e indústrias extrativas; Defesa dos bens comuns contra a mercantilização; Direitos, por justiça social e ambiental; Trabalho: por outra economia e novos paradigmas.

As Plenárias acontecem nas tendas de 1 a 5, destinadas especificamente a essas atividades. Neste domingo (17), de 9h às 12h e das 14h às 18h. Na segunda-feira (18), na parte da tarde, das 14h às 18h.

Para localizá-las, consulte o mapa do Aterro durante a Cúpula (tendas das Plenárias, assinaladas em azul claro).



Articulação Nacional de Agroecologia debate alternativas para o Agronegócio

15 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Comunicação de convergência da Cúpula dos Povos – MST

A Articulação Nacional de Agroecologia- ANA- realiza, durante os dias 15 e 16, como parte Cúpula dos Povos, o seminário “Agricultura familiar e Camponesa e Agroecologia como alternativa à crise do sistema agroalimentar industrial”. A primeira palestra teve como tema Crise alimentar mundial e desafios à soberania alimentar. Participaram da palestra Aksel Naerstad, da Coalizão More and Better; Maria Emília Pacheco, da FASE/Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil; Pat Mooney, Membro do Grupo de Ação sobre Erosão, Tecnologia e Concentração (ETC, sigla em inglês). A mesa foi coordenada por Jean Marc Von der Weid, da Agricultura Familiar e Agroecologia (AS-PTA).

Aksel iniciou a palestra indagando que crise alimentar o mundo sofre hoje. “ A crise alimentar é permanente: em 1992, época da Rio92, havia 858 milhões de pessoas passando fome. Há muito alimento no mundo para alimentar o dobro da população mundial. Parte desse alimento se perde no armazenamento, parte é usada em alimentação de animais, além do desperdício nos restaurantes, que, se fosse evitado, poderia alimentar o 1 bilhão de pessoas que passa fome. Ele salientou que a verdadeira crise está na concentração de poder em poucas grandes empresas multinacionais alimentícias, que acabam com a diversidade alimentar e poluem o meio ambiente devido ao uso de agrotóxicos e fertilizantes.

A lógica que as grandes indústrias impõem foram apontadas por Aksel como um grande problema para o avanço da agricultura familiar. “o próprio sistema cria a crise. A OMC obriga a importação de alimentos, o que impossibilita o desenvolvimento agrário local. Na Noruega, por exemplo, comemos muitas batatas, mas não há batatas Norueguesas, pois a maioria vem de outros países europeus”.

Por fim, encerrou dizendo que os governos não podem continuar investindo no agronegócio. “Há sim formas ideaias de se produzir alimentos, como a agroecologia. É preciso que as políticas governamentais mudem para que esse novo modelo de produção possa florescer.

Pat Mooney iniciou sua exposição analisando a Rio+20: “a Cúpula oficial é um fiasco, os diplomatas lá presentes não tem a resposta para solucionar a crise. Vinte anos atrás, na Rio92, a discussão era como os países do norte poderiam controlar a biodiversidade do sul. Hoje, os países do norte querem pegar o que sobrou da natureza que pode ser explorado”. Pat disse que não existe outra maneira de resolver a crise climática sem a agroecologia. “A cadeia industrial não tem flexibilidade para nos sustentar. Para cada caloria de comida produzida pela indústria, gasta-se quatro calorias de energia, o que resulta em emissões de poluentes. Na cadeia campesina, a proporção é de uma caloria de alimento para uma de energia”.

Além disso, ele apontou que o sistema agroecológico trabalha com mais diversidade de espécies animais e vegetais, além de não patentear os produtos que cria como a indústria faz. Também criticou a pesquisa em relação à agricultura. “Antes, era necessário um milhão de dólares para criar um organismo geneticamente modificado; hoje, é necessário mais de 136 milhões de dólares para se criar um transgênico. É um investimento estúpido”. Pat acredita que “a minha geração é a primeira do planeta que perdeu mais conhecimento do que ganhou. Mas ainda temos muito e podemos reverter esta situação”, referindo-se às técnicas camponesas que foram sendo destruídas devido ao êxodo rural e imposições industriais.

Ele encerrou sua fala afirmando que não vamos sobreviver a uma crise ambiental com o sistema agrário que temos, e pediu que os agricultores do mundo se unam, para trocar conhecimento e diversidade de espécies.

Segundo Maria Pacheco, a crise alimentar é o elo mais dramático do conjunto de crises que vivemos hoje, pois o próprio valor da via está em crise. Para ela, o aumento dos preços devido à especulação, que transforma alimentos em mercadoria e “gera um contexto mundial no qual uma a cada sete pessoas passa fome”. O que preocupa Maria em relação às soluções apontadas pelo capital para a crise econômica é que estas “se referem ao saber tradicional dos povos indígenas e camponeses como algo que deve ser incorporado ao mercado para resolver a crise. Isso se dá porque esses novos conhecimentos de mercado querem privatizar inclusive o conhecimento natural”.

Maria acredita que o sistema agroecológico será implantado apenas com muita luta social por parte dos movimentos. “Os sistemas agroecológicos tem índice de produção maior e reduzem a pobreza rural. É com a agroecologia que os camponeses conseguem sua subsistência sem necessariamente ter de passar pelas regras do mercado”, e terminou salientando a importância da Reforma Agrária para se estabelecer a agroecologia. “A Reforma Agrária é essencial. Sem acesso à terra não há como assegurar o direito à vida. É fundamental que o movimento ecológico se uma na luta pela terra”.



Rio+20 ao vivo!