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‘Ameaça existencial direta’ da mudança climática se aproxima de ponto sem volta, alerta chefe da ONU

12 de Setembro de 2018, 12:53 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Em 2017, o secretário-geral da ONU, António Guterres, percorre um bairro destruído por seguidos furacões na cidade de Codrington, Antígua e Barbuda. Ele visitou o país para avaliar a devastação e oferecer apoio da organização. Foto: ONU/Rick Bajornas

Em 2017, o secretário-geral da ONU, António Guterres, percorre um bairro destruído por seguidos furacões na cidade de Codrington, Antígua e Barbuda. Ele visitou o país para avaliar a devastação e oferecer apoio da organização. Foto: ONU/Rick Bajornas

O mundo corre o risco de cruzar o ponto de não retorno da mudança climática, com consequências desastrosas para as pessoas em todo o planeta e os sistemas naturais que as sustentam, alertou na segunda-feira (10) o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

Ele pediu mais liderança e maior ambição pela ação em prol do clima como uma reforma de reverter essa tendência.

O compromisso feito pelos líderes mundiais no Acordo de Paris há três anos para impedir que a temperatura aumentasse em 2 graus Celsius e trabalhar para manter o aumento o mais próximo possível de 1,5 grau Celsius “foi realmente o mínimo para evitar os piores impactos da mudança climática”, disse o secretário-geral Guterres, em um discurso histórico sobre a ação climática, na sede da ONU em Nova York.

“A montanha à nossa frente é muito alta, mas não é intransponível. Sabemos como escalá-la”, continuou ele.

“Simplificando, precisamos colocar um freio nas emissões letais de gases de efeito estufa e impulsionar a ação climática”, acrescentou, pedindo uma mudança da dependência de combustíveis fósseis para uma energia mais limpa e longe do desmatamento para um uso mais eficiente dos recursos.

O chefe da ONU chegou a dizer que tal mudança de pensamento é onde “enormes benefícios aguardam a humanidade”.

“Ouvi o argumento – geralmente baseado em interesses – de que combater as mudanças climáticas é caro e prejudica o crescimento econômico. Não é correto. Na verdade, o oposto é verdadeiro”, enfatizou.

Em sua mensagem, Guterres destacou os enormes custos econômicos da mudança climática e as oportunidades apresentadas pela ação climática.

“A ação climática e o progresso socioeconômico se apoiam mutuamente, com ganhos de 26 trilhões de dólares previstos até 2030, em comparação com os negócios tais como são feitos hoje, se buscarmos o caminho certo”, disse ele, citando os resultados do recente relatório de “Economia Climática”, da Comissão Global sobre a economia e as mudanças climáticas.

Os benefícios transcendem os valores monetários.

“O abastecimento de água e o saneamento resilientes ao clima podem salvar as vidas de mais de 360 mil bebês por ano, o ar limpo tem vastos benefícios para a saúde pública, [e] na China e nos Estados Unidos, novos empregos de energia renovável agora superam os criados no setor de petróleo e as indústrias de gás”, explicou Guterres, observando vários exemplos de todo o mundo da ação climática, resultando em enormes benefícios para países e comunidades.


Fonte: https://nacoesunidas.org/ameaca-existencial-direta-da-mudanca-climatica-se-aproxima-de-ponto-sem-volta-alerta-chefe-da-onu/

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