A subsecretária-geral das Nações Unidas para as Comunicações Globais, Alison Smale (primeira da esquerda para a direita), participa do Seminário Internacional de Mídia das Nações Unidas sobre Paz no Oriente Médio, em Moscou, Rússia, em 5 de setembro de 2018. Foto: ONU/Shymaa El-Ansary
O debate sobre como resolver o conflito entre Israel e Palestina e promover a paz no Oriente Médio é um lembrete de que palavras têm mais poder que armas, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para o Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio deste ano, que ocorreu em Moscou, no início de setembro (5 e 6).
O evento foi organizado pelo Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI) como parte do Programa Especial de Informação Especiais sobre a Questão da Palestina, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, e com o apoio da Associação das Nações Unidas da Rússia e da ‘Russia Peace Foundation’ – em português: Fundação pela Paz na Rússia.
“O seminário foi uma importante plataforma para discutir tópicos da mídia relacionados à situação difícil e desafiadora do Oriente Médio”, disse a representante de Guterres no encontro, a subsecretária-geral da ONU para as Comunicações Globais, Alison Smale.
Em sua mensagem, o chefe da ONU destacou ainda que “é encorajador que o seminário permaneça forte, 27 anos após o seu início”.
“O conflito israelo-palestino continua sendo central no difícil cenário do Oriente Médio. As recentes tensões em Gaza são uma lembrança dolorosa do quão delicada a situação é”, disse Smale.
“As pessoas da região e do mundo não podem suportar outra onda de violência”, acrescentou a subsecretária-geral, observando que a ONU continua “fortemente comprometida com uma solução de dois Estados justa, abrangente e duradoura, que possa encerrar a ocupação de 50 anos e resolver todas as questões restantes. Isso é fundamental para a segurança e a estabilidade de toda a região”.
O evento reúne mais de 150 diplomatas, jornalistas, especialistas em mídia e representantes de jovens de Israel, Palestina e outras partes do Oriente Médio, Rússia, Estados Unidos, Europa, entre outros.
Os assuntos para discussão e debate feira incluíram um retrospecto do legado dos Acordos de Oslo de 1993; como os jornalistas cobrem o conflito israelo-palestino e como podem se proteger; e a situação dos refugiados da Palestina, 70 anos depois da data que passaram a chamar de “Nakba”, árabe para “catástrofe”, pela qual os palestinos lembram seu êxodo em massa durante a guerra de 1948-1949.