Fita amarela é símbolo dos movimentos de conscientização sobre o suicídio. Foto: Jared Keener (CC)
Por ano, quase 800 mil pessoas em todo o mundo cometem suicídio, que é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos de idade. Os números foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na véspera do Dia de Prevenção do Suicídio, lembrado nesta segunda-feira (10). A agência da ONU também publicou um conjunto de orientações para ajudar a sociedade a impedir esse tipo de morte.
A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no planeta. De acordo com o organismo internacional, todos os países, sejam eles ricos ou pobres, registram casos de suicídio. Mas quase 80% desses óbitos são identificados em nações de renda baixa e média, segundo dados de 2016. A maioria das ocorrências acontece em zonas rurais e agrícolas.
O envenenamento por pesticida é o método usado em 20% de todas as mortes. Outros meios comuns são o enforcamento e o uso de arma de fogo.
A OMS lembra que, nos países de renda alta, já foi reconhecido um vínculo entre suicídio e problemas de saúde mental, como depressão e transtornos de uso de álcool. Mas muitos suicídios, aponta a agência da ONU, são cometidos por impulso, em momentos de crise.
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— OPAS/OMS (@OPASOMSBrasil) 9 de setembro de 2018
O organismo internacional considera a prática do suicídio um problema de saúde pública e recomenda que países identifiquem os principais métodos que algumas pessoas usam para pôr fim à própria vida. Com isso, é possível restringir o acesso a esses meios. Outras medidas para prevenir esse tipo de morte é a implementação de políticas para limitar o consumo abusivo de álcool e drogas.
A OMS defende ainda o fornecimento de serviços de saúde mental eficazes. Governos também devem oferecer acompanhamento médico após tentativas de suicídio.
Na avaliação da agência das Nações Unidas, é necessária uma abordagem integrada, que mobilize não apenas a saúde, mas também a educação, os meios de comunicação, instituições trabalhistas e o setor agrícola.
Cada suicídio é uma tragédia que afeta famílias, comunidades e países inteiros, afirma a OMS. Em muitos países, o tema é um tabu — o que impede pessoas que tentaram se suicidar de procurar ajuda. Até hoje, apenas alguns países incluíram a prevenção do suicídio em suas prioridades de saúde e apenas 28 nações relataram ter uma estratégia nacional de prevenção.
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