Fachada do Museu Nacional do Rio de Janeiro, interditado após o incêndio do último domingo. Foto: Agência Brasil/Tânia Rêgo
Em pronunciamento sobre o incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, a diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, afirmou na terça-feira (5) que a agência da ONU está à disposição das autoridades brasileiras para oferecer expertise técnico e tentar atenuar as consequências do que descreveu como uma tragédia.
No último domingo, chamas destruíram grande parte do acervo e do interior da instituição cultural e científica, localizada na Quinta da Boa Vista, zona norte da capital fluminense.
“Desejo manifestar minha solidariedade ao povo brasileiro diante dessa perda inestimável do patrimônio cultural para toda a humanidade. Este Museu universitário era considerado também como um símbolo da vivacidade das alianças entre a cultura e a pesquisa e da memória brasileira”, afirmou Azoulay.
“A UNESCO se coloca à disposição das autoridades brasileiras para mobilizar toda sua expertise – particularmente no campo da proteção e da conservação do patrimônio cultural – para tentar atenuar as consequências desta tragédia.”
ONU: incêndio no Museu Nacional é ‘perda inestimável’ para o Brasil e o mundo
O Museu Nacional era um dos mais antigos do Brasil e abrigava uma coleção excepcional de mais de 20 milhões de itens de paleontologia, antropologia e etnologia biológica. O acervo incluía o crânio de Luzia, a mulher mais velha das Américas, datada de 12 mil anos, e Bendengó, o maior meteorito já descoberto em território brasileiro. O estabelecimento comemorou o seu bicentenário em junho passado.