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Governo transfere mais de 200 venezuelanos de Roraima para o Rio Grande do Sul

12 de Setembro de 2018, 19:08 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Venezuelanos vindos de Boa Vista (RR) chegam a Canoas, no Rio Grande do Sul. Foto: ACNUR

Venezuelanos vindos de Boa Vista (RR) chegam a Canoas, no Rio Grande do Sul. Foto: ACNUR

Duzentos e um venezuelanos deixaram Boa Vista (RR) nesta quarta-feira (12) e chegaram a Canoas, no Rio Grande do Sul. Transferência marcou mais uma etapa do programa de interiorização, uma iniciativa do governo federal para realocar estrangeiros de Roraima. Projeto tem apoio da ONU Brasil.

Desde abril, mais de 1,7 mil venezuelanos foram levados para outros estados brasileiros por meio da iniciativa. Todos os solicitantes de refúgio e de residência que aceitaram participar da interiorização foram vacinados, submetidos a exame de saúde e tiveram sua documentação regularizada – inclusive por meio da emissão de CPF e carteira de trabalho.

Em setembro, as autoridades esperam transferir cerca de 400 pessoas por semana. Nos dias 4 e 5 deste mês, 408 venezuelanos saíram de Roraima com destino a Manaus, Cuiabá, São Paulo, Esteio (RS) e Brasília (DF).

Repasse de recursos

Uma portaria publicada no início do mês (3) autorizou o repasse de recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para Esteio, que receberá 534,3 mil reais, e Canoas, com um incremento orçamentário de 1,2 milhão de reais. Verba financiará serviços de assistência social para o acolhimento dos venezuelanos.

Como é organizada a interiorização

A interiorização conta com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Organização Internacional para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

O ACNUR identifica os venezuelanos interessados em participar do programa e cruza informações com as vagas disponíveis e o perfil dos abrigos. A agência assegura que os indivíduos estejam devidamente documentados, além de providenciar melhorias na infraestrutura dos locais de acolhida.

A OIM atua na orientação e divulgação de informações antes do embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão consciente, sempre de forma voluntária, sobre participar ou não da interiorização. O organismo também acompanha os venezuelanos durante todo o transporte.

O UNFPA promove diálogos com mulheres e pessoas LGBTI para que se sintam mais fortalecidas neste processo, além de trabalhar diretamente com a rede de proteção de direitos nas cidades de destino, aprimorando sua capacidade institucional. Já o PNUD trabalha na conscientização do setor privado para a inclusão da mão de obra refugiada no mercado de trabalho brasileiro.

O governo e a ONU se reúnem com autoridades locais e com a coordenação dos abrigos para definir detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino de Português e cursos profissionalizantes.


Fonte: https://nacoesunidas.org/governo-transfere-mais-de-200-venezuelanos-de-roraima-para-o-rio-grande-do-sul/

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