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Cúpula dos Povos

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Cupula dos Povos

11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.

Quem apoiou a Cúpula

25 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Apresentamos abaixo as pessoas que colaboraram com a Cúpula dos Povos por meio do sistema de financiamento coletivo Catarse e escolheram ter seus nomes exibidos no site oficial da Cúpula como recompensa.

A essas pessoas e a todas as que colaboraram, de alguma forma, para a realização desse evento, muito obrigado!

Raquel de Paula Sant’ Ana
Iglesias Brasil Cabalero
Camila Benedita da Silva
Marcos Vinicius Basilio Rocha
Sergio Luiz de Souza
nayara carvalho pereira
Luiz Carlos Ribeiro da Silva
APROESP – ASSOC. PROF.SERV.PUB. MAGIST. OFIC. S.PAULO
Lorena Portela Soares
Raimundo Maurício Matos Paixão
Telma de Souza
Débora Cristina Rocha Marques (deboracrocha@hotmail.com)
Camila Rebello Amui
Fernanda Tubenchlak
Murilo Furtado
Dani Kulka
Mariana Kapps
francisco da silva santos
Caio R M Miranda
Talinne Helena da Cunha
Filipe Oliveira Capuchinho
Elisabeth Maria Cardoso
Arlene Carvalho da Silva
Alceu José Estevam
Adalcira Santos Bezerra
Luis Paulo Vieira Braga
Bruno Andreoni
geffson da silva barbosa junior
Gustavo Henrique Marafigo da Cruz
Antonio Torrinha da Silva
Ivna de Holanda Pereira
Moyses Aparecido Berndt
Luciano Araújo Pereira
Luc Doray
João Sousa Corrêa
GEMM-Lagos
Thais Rosa
Yara Luiza da Trindade de Souza
Jussara Calmon Reis de Souza Soares
Bicho D’água: Conservação Socioambiental
Janayna Castanheira
Valter Cezar Dias Figueiredo
Larissa Boing
ronaldo souza
Alexandre Maia do Bomfim
Simone Auxiliadora Borges Oliveira
Emerson Barbosa da silva
Willian Moreira da Costa
Marcela Brite Alfaiate
Geraldo José Murta
José Elcias Raulino Alves Junior
Bárbara Wolff Dick
Vicente Falqueto
vera lucia pereira de carvalho
Pedro Curvello Saavedra Avzaradel
Patricia Dorneles
claudia werneck
Geraldo Lavigne de Lemos
Tammy Iwasa Arai
Anderson Nascimento Nunes
Roberta Caldo
Thiago Ferreira de Albuquerque
francisco da silva santos
Beloyanis Monteiro
Wagna Soares de Souza
Lucas de Alencar Oliveira
Irene léia Bossois
Maria Beatriz Saldanha Tavares
Uiara Maria Rodrigues Teodoro
Mila Henriques Lo Bianco



Encontrado quilombola desaparecido na Cúpula

3 de Julho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Nesta segunda-feira (2/7), foi encontrado o quilombola Alvani Gonçalves Pereira, desaparecido desde o dia 20 de junho, na Marcha dos Povos. Alvani teve um acidente e foi operado, mas está em recuperação.

A Cúpula dos Povos agradece a todos que ajudaram na busca por Alvani.



Manifesto de Repúdio pelo Assassinato dos Pescadores da AHOMAR

28 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Os movimentos sociais e organizações da sociedade civil que subscrevem o presente Manifesto expressam sua indignação pelo brutal assassinato dos pescadores artesanais Almir Nogueira de AmorimJoão Luiz Telles Penetra (Pituca), membros da Associação Homens e Mulheres do Mar (AHOMAR), da Baía de Guanabara. Exigimos que o Estado do Rio de Janeiro e o Estado Brasileiro tomem as providências imediatas para investigar os fatos, proteger e garantir a vida dos pescadores artesanais ameaçados.

Almir e Pituca eram lideranças da AHOMAR, organização de pescadores artesanais que luta contra os impactos socioambientais gerados por grandes empreendimentos econômicos que inviabilizam a pesca artesanal na Baía de Guanabara. Ambos desapareceram na sexta-feira, dia 22 de junho de 2012, quando saíram para pescar. O corpo do Almir foi encontrado no domingo, dia 24 de junho, amarrado junto ao barco que estava submerso próximo à praia de São Lourenço, em Magé, Rio de Janeiro. O corpo de João Luiz Telles (Pituca) foi encontrado na segunda-feira, dia 25 de junho, com pés e mãos amarrados e em posição fetal, próximo à praia de São Gonçalo, Rio de Janeiro.

A História de Luta da AHOMAR
A AHOMAR representa pescadores artesanais de sete municípios da Baía de Guanabara e possui 1870 associados. Desde 2007 vem denunciando sistematicamente as violações e crimes ocorridos na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) um dos maiores investimentos da história da Petrobrás e parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em 2009, os pescadores da AHOMAR ocuparam as obras de construção dos gasodutos submarinos e terrestres de transferência de GNL (Gás Natural Liquefeito) e GLP (gás liquefeito de petróleo) realizado pelo consórcio das empreiteiras GDK e Oceânica, contratadas pela Petrobras. Essa obra inviabiliza diretamente a pesca artesanal na Praia de Mauá-Magé, Baia de Guanabara, onde fica a sede da AHOMAR.

Eles ancoraram seus barcos próximos aos dutos da obra e ali permaneceram durante 38 dias. Desde então, os pescadores sofrem constantes ameaças de morte. Em maio do mesmo ano, Paulo Santos Souza, ex-tesoureiro da AHOMAR, foi brutalmente espancando em frente a sua família e assassinado com cinco tiros na cabeça. Em 2010, outro fundador da AHOMAR, Márcio Amaro, também foi assassinado em casa, em frente a sua mãe e esposa. Ambos os crimes até hoje não foram esclarecidos.

Em função da violência contra os pescadores e das constantes ameaças de morte, desde 2009 Alexandre Anderson de Souza, presidente da AHOMAR, vive com sua família sob a guarda do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, vivendo 24 horas por dia com escolta policial. O que não impediu que Alexandre Anderson sofresse novos atentados contra a sua vida.

Intensificação das ameaças e novas mortes

No final de 2011 e início de 2012 os pescadores da AHOMAR voltaram a se mobilizar contra os impactos decorrentes das obras do COMPERJ. Com a justificativa de acelerar o cronograma de execução das obras, a Petrobras e o INEA tentaram retomar uma proposta já descartada durante o processo de licenciamento ambiental. A manobra visa transformar o Rio Guaxindiba, afluente da Baia de Guanabara, localizado na Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, numa hidrovia para transporte de equipamentos do COMPERJ.

Conscientes da magnitude dos impactos que seriam provocados sobre a Baia de Guanabara e a pesca artesanal, os integrantes da AHOMAR denunciaram a intenção da Petrobras e lideraram uma mobilização em solidariedade ao Chefe da APA Guapimirim, Breno Herrera, ameaçado de exoneração da ICMBIO por se opor ao impacto desse empreendimento. Desde então, as ameaças aos pescadores da AHOMAR se intensificaram.

Para agravar a situação, no mês de fevereiro deste ano o Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da Praia de Mauá, onde fica a sede da AHOMAR e a residência do Alexandre Anderson, foi desativado, expondo os pescadores a novas ameaças e tornando a população local ainda mais vulnerável. Nesse período pelo menos outras três lideranças da AHOMAR foram ameaçadas de morte.

Foi neste contexto, de desarticulação da segurança pública na região e intensificação das ameaças contra os pescadores que Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra (Pituca) foram assassinados. Trata-se, portanto, de uma crônica de mortes anunciadas. Ambos foram encontrados com claras evidencias de execução.

Diante destes graves acontecimentos manifestamos toda a nossa solidariedade à AHOMAR e aos familiares dos pescadores assassinados. Ao mesmo tempo, exigimos:

  1. Que os mandantes e assassinos diretos de Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra sejam identificados e responsabilizados;
  2. Que sejam concluídas as investigações pelas mortes de Paulo Santos Souza e Márcio Amaro, até hoje não esclarecidas, e que seus assassinos também sejam identificados e responsabilizados;
  3. Que sejam investigadas todas as ameaças aos pescadores artesanais da AHOMAR.
  4. A assinatura pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do Decreto de institucionalização do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos;
  5. O acompanhamento da apuração dos assassinatos das lideranças aqui listadas pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República;
  6. O fortalecimento da proteção do Alexandre Anderson e que a escolta policial seja estendida à sua esposa, Daize Menezes de Souza;
  7. A imediata reabertura da DPO da Praia de Mauá e o Fortalecimento da Segurança Pública da região;
  8. Que a Petrobrás e as empresas a ela vinculadas no escopo das obras do COMPERJ na Baía de Guanabara negociem com a AHOMAR a justa pauta de reivindicações do movimento.

Os signatários abaixo listados seguirão denunciando os extermínios dos lutadores sociais que estão enfrentando de modo legitimo a destruição das condições de pesca artesanal na Baia da Guanabara e nas demais áreas pesqueiras do Rio de Janeiro. Igualmente, acompanharemos o processo de investigação e as providencias do governo estadual em defesa da integridade dos demais pescadores em luta. As mortes de Almir, João Luiz, Paulo e Marcio nos leva a afirmar: somos todos pescadores, somos todos militantes da AHOMAR!

___

Assinam:

3IN, 4 Cantos do Mundo, ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva, ACCION ECOLOGICA – EQUADOR, ASDUERJ, Adufrj – sind, Alternativa, Terrazul – RJ, Amigos da Terra Brasil, Amigos da Terra Internacional (ATI/FoEI), Amigos de La Tierra América Latina y Caribe (ATALC), Andes-Sn, APAPG -Associação de Pescadores e Aquicultores de Pedra de Guaratiba, APREC Ecossistemas Costeiros, APROMAC – associação de Proteção ao Meio Ambiente de CIANORTE – Paraná, APROPUCSP-Associação dos Professores da PUCSP, Articulação Antinuclear Brasileira, Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro, Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, ASCAE – Associação Cultural Arte e Ecologia, ASFOC-SN – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da FiocruzAsociación departamental de usuários campesinos Del Meta Colombia, ASPOAN – ASSOCIACAO POTIGUAR AMIGOS DA NATUREZA, Associação “Dando as Mãos” Organização Solidária dos Assentados e Empreendedores em Geral, Associação Alternativa Terrazul, ASSOCIAÇÃO AMBIENTALISTA COPAÍBA /SP, Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA, Associação de Moradores e Pescadores da Vila Autódromo – AMPVA, Associação dos Geógrafos Brasileiros, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB Vitória, Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Distrito Federal, ASIBAMA-DF, Associação dos Servidores do Ministério do Meio Ambiente, ASSOCIAÇÃO MOVIMENTO PAULO JACKSON – Ética,Justiça,Cidadania, Balcão de Direitos/Ufes, Bicuda Ecológica, Bio-Bras, Bios Iguana A.C. México, Brigadas Populares, Casa da Mulher Trabalhadora-CAMTRA, CEBES – Centro Brasileiros de Estudos de Saúde, Ceiba – AT Guatemala, CENSAT Agua Viva Colombia, Central de Movimentos Populares, Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra/ ES, Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, CDDH de Petrópolis, CENTRO DE ESTUDOS AMBIENTAIS – CEA, Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul – CEPEDES, Climaxi – movement for climate and social justice (Belgium), COECO Ceiba – Amigos d ela Tierra Costa Rica, Colectivo VientoSur (Chile), Coletivo Catarse de Comunicação (Porto Alegre – RS), Coletivo de Estudos Marxistas e Educação – COLEMARX/UFRJ, COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA POPULAÇÃO DE TUBIACANGA – CDDPT, Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité, Comitê Acorda Amapá, Comite Departamental en defensa del Agua y la Vida de Antioquia, Colombia, Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre, de Belém-PA, CONSULTA POPULAR, CONCA- Conselho Carioca de Cidadania, Concerned Citizens against Climate Change, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Regional Amazônia Ocidental, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Conselho Indigenista Missionário Regional Mato Grosso – CIMI MT, Conselho Pastoral dos Pescadores, Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP/RJ), Corporación Ecológica y Cultural penca de Sábila/Colombia, CSP Conlutas, Defensores Públicos em Movimento – DOMOV, Econg-Ong de defesa do meio ambiente de Castilho e regiao, Environmenal Rights Action, Nigeria, Escritório de Direitos Humanos da Prelazia de São Félix do Araguaia – MT, Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria, FASE, FDCL – Forschungs- und Dokumentationszentrum Chile-Lateinamerika, FEDEP, FERN, Inglaterra e Belgica, Fórum Ambiental (IM/UFRRJ), Fórum Alagoano em Defesa do SUS e contra a Privatização, Fórum Comunitário do Porto, FÓRUM CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE NITERÓI, Forum de Cooperativismo Popular do Rio de Janeiro, Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, FÓRUM DOS AFETADOS PELA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQUÍMICA NAS CERCANIAS DA BAIA DE GUANABARA (FAPP-BG), Fórum Mudanças Climáticas e Jusitça Social, Fórum Popular do Orçamento do Rio de Janeiro, Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, Friends of the Earth – US, Friends of the Earth Croatia, Friends of the Earth Cyprus, Friends of the Earth England Wales and Northen Ireland, Friends of the Earth Europe, Friends of the Earth Flanders & Brussels, Friends of the Earth France, Friends of the Earth Ground Work FoE South Africa, Friends of the Earth Mauritius, Friends of the Earth Nepal, Friends of the Earth Norway, Friends of the Earth Srilanka, FULANAS: Negras da Amazônia Brasileira – NAB, Fundação Dinarco Reis, Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia, GEEMA  - Grupo deEstudos em Educação e Meio Ambiente( RJ), GERESS – GRUPO DE ESTUDO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAL E SERVIÇO SOCIAL, Greenpeace Brasil, Grupo Arte Fuxico do Fórum de São J. de Meriti, Grupo de Defesa Ecológica – GRUDE, Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte, GPEA-UFMT, Grupo Tortura Nunca Mais – RJ, Grupos Ecologicos de Risaralda – GER, GT Combate ao Racismo  Ambiental da RBJA, GT Meio Ambiente AGB Associação dos Geógrafos Brasileiros, GT Minorias do Fórum Justiça, GT Moradia do Fórum Justiça, HUMANITAS – DH e Cidadania, INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase, Instituto Búzios, Instituto Caracol, iC, Instituto de Estudos da Religião – ISER, Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos (DDH), Instituto Humana Raça Fêmina – INHURAFE, Instituto Humanitas, Belém, Pa, Instituto Mais Democracia, Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul – PACS, Instituto Socioambiental (ISA), INTERSINDICAL, Jubileu Sul Américas, Jubileu Sul Brasil, Justica Ambiental, Mocambique, Justiça Global, Laboratório de Investigações em Educação, Ambiente e Sociedade (LIEAS, UFRJ), Laboratório Territorial de Manguinhos – LTM/FIOCRUZ, Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo – PSOL/RJ,  Mandato do Deputado Federal Chico Alencar – PSOL/RJ, Mandato do Vereador Eliomar Coelho – PSOL/RJ, Mandato da Deputada Estadual Janira Rocha – PSOL/RJ, Mariana Criola – Centro de Assessoria Jurídica Popular, MDDF – Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Favelas de Santo André, Mesa Humanitária Del Meta Colombia, Mileudefensie/Netherlands, Movimento Ambientalista Os Verdes/RS, Movimento Autonomo Utopia e Luta – Porto Alegre, Movimento dos 500 – Servidores Públicos Federais de Meio Ambiente Contra o Desmonte da Política Nacional de Meio Ambiente, MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST, Movimento Nacional de Direitos Humanos, Movimento Nacional de Direitos Humanos/ ES, Movimento Nacional de Direitos Humanos/ RJ, Movimento Popular Saúde Ambiental de  St Amaro-Ba, Movimento Pró-Saneamento e Meio Ambiente da Região do Parque Araruma – São João de Meriti, Movimiento Madre Tierra Honduras, MUCA- Movimento Unido dos Camelôs, NAPE – Friends of the Earth Uganda, NIEP-Marx – Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas Marx e o marxismo- UFF, Núcleo de Solidariedade Técnica – SOLTEC/UFRJ, Núcleo interdisciplinar de estudos da Baixada Fluminense  sediado na UERJ/ Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, Observatório do Pré-sal e da Indústria Extrativa Mineral, Observatorio Petrolero Sur, Buenos Aires, Argentina, Oil Watch International, Otros Mundos Colombia, Partido Comunista Brasileiro – PCB, Pastoral de Favelas , Plataforma Dhesca Brasil, Plataforma Interamericana de Derechos Humanos, Democracia y Desarrollo (PIDHDD), Plenária dos Movimentos Sociais, Pro Natura, Switzerland, Proam-Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental – São Paulo – SP, Proam-Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental – São Paulo – SP, Proceso de Comunidades Negras en Colombia PCN, Projeto Esperança de São Miguel Paulista, Projeto Políticas Públicas de Saúde – FSS/UERJ, PSOL, PSTU, Rede Axe Dudu, Rede Brasil sobre Insituições Financeiras Multilaterais, Rede Brasileira de Ecossocialistas, Rede Contra o Deserto Verde – Espírito Santo, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, Rede de Economia Solidária Complexo do Alemão, Rede de Educadores Ambientais da Baixada de Jacarepaguá, Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), Rede Iberoamericana de Territórios Sustentáveis, Desenvolvimento e Saude, Rede Justiça nos Trilhos, Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental, REMTEA, Rede Questão Urbana e Serviço Social, REDES – Amigos de la Tierra Uruguay, SAHABAT ALAM Malasya, SEPE, Sind Trabalhadores em Radiologia do Est SP, Sindicato dos Bancarios de Santos, Sindicato dos Quimicos Unificados, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri – Ac, SINTUPERJ, Sociedade Angrense de Proteção Ecológica(SAPE), STVBrasil – Sociedade Terra Viva, Terra de Direitos, Terræ Organização da Sociedade Civil, The Corner House – Inglaterra, TOXISPHERA – Associação de Saúde Ambiental (Paraná), União da Juventude Comunista (UJC), Unidade Classista, Via Campesina



O que ficou da Cúpula

28 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Reuniões no Rio de Janeiro (crédito: GT-Rio)

A preparação levou tempo e a Cúpula dos Povos aconteceu de forma plena, com resultados efetivos e uma agenda inteiramente comprometida com os direitos civis e com o meio ambiente ao. Para todo o sucesso que obtivemos ao final do encontro — que chegou ao fim como processo, mas não como luta –, não dá para deixar de falar dos comitês estaduais, que tiveram um papel-chave na articulação com estados e cidades fora do Rio de Janeiro. O legado que eles deixaram — o Fórum dos Povos e a carta à Assembleia dos Povos — também mostra que essa iniciativa veio para ficar.

Durante o processo preparatório e de construção do encontro, os comitês, geralmente organizados nas capitais de seus estados, realizavam reuniões e atividades, eram responsáveis por agregar um grupo de pessoas interessadas e por manter contato com a articulação central da Cúpula.  No total, cerca de 100 mil pessoas foram mobilizadas em todo o país e nas regiões fronteiriças.

Para Simone Mamede, do comitê do Mato Grosso do Sul, as expectativas para a Cúpula dos Povos foram, sim, alcançadas. E, até que o evento acontecesse, os comitês contribuíram significativamente para que as discussões sobre Rio+20 chegassem até cidadãos de todo o Brasil e mudassem sua percepção em relação aos temas debatidos na Cúpula: segurança alimentar, direitos individuais, trabalho, mercantilização da natureza e energia. “Os comitês foram verdadeiras extensões da Cúpula dos Povos em nível local”, opina Mamede. “As ações promovidas pelos comitês tiveram grande repercussão, contribuindo em novas atitudes e assegurando políticas públicas mais sustentáveis em seus territórios. Só para se ter uma ideia o Comitê Sul-Mato-Grossense, atingiu de forma direta duas mil pessoas por meio de suas atividades”. Se levarmos em conta as pessoas influenciadas pelo comitê de forma indireta, acrescenta Mamede, esse número pode chegar a 30 mil.

Mas quem pensa que a atividade dos comitês cessaram? Simone explica que os comitês terão uma nova função. Com o término da Cúpula, serão criados fóruns permanentes de discussão sobre sustentabilidade local. “O Fórum dos Povos é nosso espaço de socialização, de compartilhamento de propostas, planos e agendas com o propósito de construirmos um grande panorama de ações e propostas para um mundo melhor”, diz.

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Atualização: mudamos o título desta matéria uma vez que a manchete anterior (“Quem disse que a Cúpula acabou?”) não está de acordo com as deliberações do Grupo de Articulação (GA) da Cúpula dos Povos. O GA trabalhou com o consenso  de que, no dia 23 de junho, a Cúpula e as instâncias criadas para viabilizá-la iriam terminar, e que a partir daquela data cada um seguiria sua luta por meio de seus movimentos e entidades.



Quem disse que a Cúpula acabou?

28 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Reuniões no Rio de Janeiro (crédito: GT-Rio)

A preparação levou tempo e a Cúpula dos Povos aconteceu de forma plena, com resultados efetivos e uma agenda inteiramente comprometida com os direitos civis e com o meio ambiente. Para todo o sucesso que obtivemos ao final do encontro, não dá para deixar de falar dos comitês estaduais, que tiveram um papel-chave na articulação com estados e cidades fora do Rio de Janeiro. O legado que eles deixaram — o Fórum dos Povos e a carta à Assembleia dos Povos — também mostra que essa iniciativa veio para ficar.

Durante o processo preparatório e de construção do encontro, os comitês, geralmente organizados nas capitais de seus estados, realizavam reuniões e atividades, eram responsáveis por agregar um grupo de pessoas interessadas e por manter contato com a articulação central da Cúpula.  No total, cerca de 100 mil pessoas foram mobilizadas em todo o país e nas regiões fronteiriças.

Para Simone Mamede, do comitê do Mato Grosso do Sul, as expectativas para a Cúpula dos Povos foram, sim, alcançadas. E, até que o evento acontecesse, os comitês contribuíram significativamente para que as discussões sobre Rio+20 chegassem até cidadãos de todo o Brasil e mudassem sua percepção em relação aos temas debatidos na Cúpula: segurança alimentar, direitos individuais, trabalho, mercantilização da natureza e energia. “Os comitês foram verdadeiras extensões da Cúpula dos Povos em nível local”, opina Mamede. “As ações promovidas pelos comitês tiveram grande repercussão, contribuindo em novas atitudes e assegurando políticas públicas mais sustentáveis em seus territórios. Só para se ter uma ideia o Comitê Sul-Mato-Grossense, atingiu de forma direta duas mil pessoas por meio de suas atividades”. Se levarmos em conta as pessoas influenciadas pelo comitê de forma indireta, acrescenta Mamede, esse número pode chegar a 30 mil.

Mas quem pensa que a atividade dos comitês cessaram? Simone explica que os comitês terão uma nova função. Com o término da Cúpula, serão criados fóruns permanentes de discussão sobre sustentabilidade local. “O Fórum dos Povos é nosso espaço de socialização, de compartilhamento de propostas, planos e agendas com o propósito de construirmos um grande panorama de ações e propostas para um mundo melhor”, diz.



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