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Cúpula dos Povos

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Cupula dos Povos

11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.

Conheça a programação parcial da Cúpula dos Povos

9 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Atualização: Recebemos uma serie de solicitações de ajustes na programação autogestionada. Aguarde. Colocaremos em breve a versão FINAL do programa, com os ajustes que foram possíveis fazer.

As atividades alocadas no Museu da República serão transferidas para outros locais. Os responsáveis serão avisados por e-mail.


A Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental divulga as datas e horários das Atividades Autogestionadas de Articulação e dos Territórios do Futuro confirmados. Esta programação é parcial e ainda não inclui as atividades culturais e de algumas tendas específicas, que serão divulgadas nos próximos dias. Em breve também publicaremos uma grade de programação completa da Cúpula dos Povos, com todas as atividades.

Agradecemos a todas as organizações, movimentos, redes, articulações e pessoas que atenderam ao chamado e fizeram suas inscrições. A programação parcial que divulgamos agora foi elaborada com base na lista de atividades confirmadas que publicamos aqui neste site há uma semana.

Fizemos um grande esforço para alocar as atividades nos períodos solicitados mas, devido à grande quantidade de inscrições, foi necessário fazer algumas adaptações. Questionamentos e dúvidas podem ser encaminhados a programa@rio2012.org.br, sempre indicando número, código e título da atividade.

Os responsáveis pelas atividades aprovadas podem conferir os lugares indicados na planta final da Cúpula dos Povos, disponível aqui.

Não esqueça!

Cada inscrição passa a ter um número
Além do nome das inscrições, a lista traz o número de usuário e um código da inscrição. A partir de agora, estes números identificam as inscrições confirmadas.

Cancelamentos. O que fazer?
Se você cancelou sua atividade, por favor escreva para o email programa@rio2012.org.br indicando no assunto: CANCELAR + código do usuário + código da atividade. Não é mais possível informar alterações no programa (data, proponente, titulo etc.).

Quantidade de inscrições
As inscrições superaram as expectativas: foram mais de 1.200 propostas de atividades autogestionadas e cerca de 200 inscrições para os Territórios do Futuro.


Para conhecer a programação dos Territórios do Futuro, clique aqui.

Em breve disponibilizaremos também a versão final das atividades autogestionadas de articulação. Aguarde!

Para conhecer algumas tendas específicas que ainda não têm horário ou data, clique aqui.

Para ver a planta da Cúpula dos Povos no Parque (Aterro) do Flamengo, clique aqui.



Errata: programação da Cúpula será apresentada neste sábado (9/6)

7 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A programação de atividades autogestionadas e dos Territórios do Futuro da Cúpula dos Povos será disponibilizada neste sábado (9/6) no site oficial da Cúpula dos Povos na Rio+20 – e não na meia-noite de sexta-feira (8/6), como dissemos antes. Pedimos desculpas pela divulgação equivocada.

Na programação, você vai poder consultar as atividades, as datas e horários, bem como os locais onde serão realizadas. Aguarde! Faltam apenas algumas horas.

Para saber as atividades confirmadas, clique aqui.



Tendas temáticas na Cúpula: Abdias do Nascimento

7 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

As tendas que ocuparão o Parque (Aterro) do Flamengo durante a Cúpula dos Povos para as atividades autogestionadas e plenárias receberam nomes de figuras importantes na luta pela igualdade e nas reivindicações por transformações sociais em todas as esferas.

Nós decidimos, então, aproveitar o espaço para tentar contar para vocês como cada uma destas pessoas contribuiu para a sociedade. Começaremos a nossa série por Abdias do Nascimento, um dos pioneiros na luta pelas desigualdades raciais. Na tenda Abdias do Nascimento, serão realizadas atividades autogestionadas de articulação.

Serão montadas, no total, cinco plenárias, 36 tendas de atividades autogestionadas e 14 tendas financiadas por entidades específicas (CUT, FBOMS, Rebea etc.).


Abdias do Nascimento: líder negro, político e ativista social brasileiro

Nascido em 14 de março de 1914, em Franca, no interior de São Paulo, Abdias do Nascimento viveu a maior parte da vida no Rio de Janeiro, onde se formou em economia.

Abdias começou sua militância na década de 1930, quando entrou para a Frente Negra Brasileira e foi preso no governo de Getúlio Vargas por resistir a agressões racistas. O líder negro estava nos Estados Unidos quando o Regime Militar instituiu o AI-5, em 1967, e por conta de vários inquéritos policiais, foi impedido de retornar ao Brasil. Seu exílio durou 12 anos.

Ao retornar, ingressou na vida política – foi deputado federal e senador – e contribuiu para a criação do Movimento Negro Unificado.

Abdias foi um dos grandes defensores da cultura e das igualdades para as raças afrodescendentes. Sua defesa dos direitos humanos lhe rendeu, em 2010, a indicação ao Prêmio Nobel da Paz.

O ex-senador morreu de insuficiência cardíaca em 24 de maio de 2011, no Rio de Janeiro.



O sonho do Xingu

7 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Em 1977, Gilberto Gil teve ‘um sonho‘: discursava sobre a importância da tecnologia para o progresso do Brasil e apontava os malefícios da poesia. Ao acordar, assustado, viu que trabalhadores e estudantes aclamavam nas ruas o “índio do Xingu”. Hoje, 35 anos após Gil lançar a música ‘Um sonho’, o velho antagonismo entre o progresso tecnológico e as culturas tradicionais – e os direitos humanos – ali simbolizado veste roupas novas no conflito em torno da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Pará.

O discurso a favor da usina passa pela segurança energética que sua construção permitiria, “necessária para o crescimento e desenvolvimento do País”, segundo o BNDES, financiador do projeto orçado em R$ 26,5 bilhões. Por outro lado, os impactos socioambientais e as falhas na aprovação e implantação do projeto têm gerado denúncias de violação de direitos humanos na construção da hidrelétrica. Estão previstos o alagamento perene de 640 km2, a desocupação de 486 hectares no perímetro urbano da cidade de Altamira, a inundação de cerca de mil imóveis rurais, a vazão drasticamente diminuída em 100 km do rio Xingu, e muitos outros impactos socioambientais. O número de atingidos pelas obras de Belo Monte e suas consequências pode chegar a 40 mil, além das 24 etnias indígenas que habitam a bacia do Xingu.

Xingu+23
Para fortalecer as vozes dos grupos contrários à usina, o Movimento Xingu Vivo para Sempre – uma das maiores frentes de oposição a Belo Monte – realizará um encontro de entidades, movimentos sociais, ribeirinhos, pescadores, acadêmicos, ambientalistas e trabalhadores rurais e urbanos, entre 13 e 17 de junho. O encontro foi batizado de Xingu+23, em referência ao 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em 1989, que marcou o início da resistência a Belo Monte. O cenário será a comunidade Santo Antônio (a 50km de Altamira), que já está parcialmente desocupada pelas obras da usina.

Não à toa, portanto, ‘Um sonho’, de Gilberto Gil, é o hino do Xingu+23. Por essa canção, o Xingu Vivo e os cidadãos contrários a Belo Monte tomam uma posição clara: ao lado do “índio do Xingu”, do “espaço cultural da poesia”, do estudantes e dos proletários; oposta à “pujança econômica baseada na tônica da tecnologia” e “dos polos industriais”.

“Queremos mostrar a noção de que Belo Monte não é um fato consumado”, explicou por telefone a jornalista Verena Glass, do Xingu Vivo, à redação da Cúpula. “Há problemas na Norte Energia [consórcio que detém direitos de construção e operação de Belo Monte] que, se passarem pelos processos jurídicos pertinentes, impedem a construção da usina”, acrescenta. Um desses problemas, segundo Glass, é a demora em apresentar um relatório de cumprimento de condicionantes ao Ibama.

Programação
No dia 13 de junho, o primeiro do Xingu+23, está programada uma recepção aos participantes e a missa tradicional de Santo Antônio. “Essa missa tem um peso simbólico, porque é a última que acontecerá na comunidade, já em boa parte desapropriada. É uma retomada simbólica do território”, afirma Glass.

No dia seguinte, 14 de junho, será realizada a assembleia dos atingidos por Belo Monte. Nesse espaço, todos os grupos afetados pela construção da usina levantarão as questões que consideram mais pertinentes: pescadores, pequenos agricultores, moradores das cidades atingidas etc. “As populações precisam ter uma noção mais consistente dos seus direitos e onde eles estão sendo violados”, diz Flass.

Já no dia 15, o Xingu+23 promoverá uma marcha pela cidade de Altamira, em mais uma manifestação contra Belo Monte. E, no dia 17, os participantes do encontro se reunirão para planejar as próximas ações e posicionamentos na luta contra a usina.

Resistência a Belo Monte e influência internacional
Frente às críticas de que o Xingu Vivo e os movimentos contrários a Belo Monte são intervenções de atores internacionais na soberania do Brasil, Glass rebate: “Essa crítica não faz sentido. Em relação a violação de direitos humanos, qualquer ser humano de qualquer parte do mundo tem o direito de criticar. Se nós nos manifestamos em relação à intervenção norte-americana no Iraque, estamos atentando contra a soberania dos EUA? Não, estamos apenas dando nossa opinião de que é um absurdo.”

Por isso, para a realização do Xingu+23, o Xingu Vivo criou um sistema de financiamento coletivo (uma “vaquinha” virtual) e pede constribuições. Para participar do encontro, qualquer interessado pode se inscrever ou organizar um comitê de mobilização em sua cidade.

Xingu na Cúpula dos Povos
Além do Xingu+23, no Pará, o movimento Xingu Vivo organizará duas atividades na Cúpula dos Povos. A primeira será no dia 19 (terça-feira), com o objetivo de debater as usinas hidrelétricas como falsa solução para a crise ambiental do planeta. Já no dia 21 (quinta-feira), a entidade realizará um encontro de trabalho para organizar ações locais, estaduais e internacionais contra Belo Monte.

Assista ao vídeo de divulgação do Xingu+23 e ouça o “hino” da campanha – a música ‘Um sonho’, de Gilberto Gil



Conga não passará: manifestações contra mineradora peruana chegam a Paris

7 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Manifestação do Comitê de Solidariedade a Cajamarca em Paris, no último dia 3 de junho. Conga no va! (foto: divulgação)

falamos por aqui sobre uma questão que tem mobilizado bastante a sociedade civil peruana: o projeto de mineração Conga, da multinacional Yanacocha, que coloca em risco o abastecimento hídrico de toda a região de Cajamarca, no noroeste do país. Aprovado sem consulta efetiva das populações que habitam a região (entre elas, povos indígenas), o projeto Conga tem gerado conflitos e manifestações contrárias à sua realização em todo o mundo, desde novembro de 2011. A campanha contra o projeto tem um lema que se espalhou pelo globo: “Conga no va”.

A luta contra Conga e contra o que o projeto representa inspirou a criação do Comitê de Solidariedade a Cajamarca, que realizou uma manifestação “Conga no va” no último dia 2 de junho nas ruas de Paris (França). Segundo Marcos Rodriguez, integrante do comitê, o objetivo do coletivo é:

  • Solidarizar-se com a luta do povo de Cajamarca;
  • Informar e sensibilizar a opinião pública francesa sobre a natureza da luta de Cajamarca, no Peru;
  • Conseguir a solidariedade do povo francês e de suas instituições;
  • Denunciar, por meio de diferentes ações e meios, a repressão e perseguição sofridas pelos líderes sociais e autoridades locais e regionais do Peru.

A Cúpula dos Povos também se solidariza com os indígenas e outros povos de Cajamarca na resistência à implantação de Conga. Estamos juntos nesta luta!

Veja mais fotos do ato em solidariedade à campanha “Conga no va” em Paris aqui.



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