Jovens de 110 países irão apresentar na Rio+20 propostas para meio ambiente e problemas sociais
June 11, 2012 21:00 - Pas de commentaireA Conferência das Juventudes para a Rio+20 tem o objetivo de treinar jovens líderes que vão participar dos debates das principais conferências.
Alfredo Sirkis diz que Brasil faz mais em defesa do meio ambiente
June 11, 2012 21:00 - Pas de commentaireA partir de amanhã, um grupo de cientistas, políticos e representes de organizações não governamentais negociará um acordo sobre medidas necessárias para redução do aquecimento global. Em entrevista a Denise Viola, o deputado Alfredo Sirkis diz que o grupo vai tentar um compromisso internacional sobre clima. Ele avalia que o Brasil faz mais que outros países, mas é preciso avançar na defesa do meio ambiente.
Brasil precisa avançar em desenvolvimento sustentável, defendem especialistas
June 11, 2012 21:00 - Pas de commentairePor Carolina Gonçalves
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, tem que ser mais do que um espaço de conceito e filosofia na opinião do escritor e engenheiro Fernando Almeida. O autor do livro Desenvolvimento Sustentável 2012-2050, que participou da Rio92, disse que os países avançaram pouco nestes últimos vinte anos na consolidação de um novo modelo econômico que considerasse os riscos reais da degradação ambiental para o desenvolvimento do mundo.
“A percepção dos grandes pensadores é a de que regredimos. A maioria dos indicadores ligados ao desenvolvimento sustentável, como a dos animais em extinção, a qualidade da água, a miséria acirrada com crise de 2008, se tornaram piores e mais preocupantes”, disse. Para o engenheiro, os chefes de Governo que vão participar da conferência precisam definir projetos que realmente saiam do papel e tenham escala capaz de provocar transformações.
“Podemos dizer que os conceitos avançaram na mídia, na academia e entre algumas organizações da sociedade civil, mas não atingiu as lideranças empresariais ou governamentais. O debate de 1992 não se reverteu em projetos de desenvolvimento sustentável que tirasse a Amazônia de risco, ou que revertesse a extinção dos corais da Austrália, ou ainda que extinguisse a pobreza na África”, avaliou Almeida.
Um dos objetivos da conferência que ocorre no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22 de junho, é avaliar o que foi feito pelos países desde a Rio92, que resultou na assinatura de importantes acordos como a Agenda21, um documento que orientava ações para um novo modelo de desenvolvimento que reduzisse os impactos ambientais. Para Fernando Almeida, a Agenda21, que deveria ser adotada por todos 110 países que participaram da convenção, “ficou na retórica”.
O escritor também não considera que as Convenções de Biodiversidade e a de Mudanças Climáticas, da Rio92, resultaram em avanços. “Em relação à questão do clima, países como os Estados Unidos continuam sem ratificar acordos e continuamos sem um posicionamento. Nada substitui o Protocolo de Quioto e, inclusive o Brasil se apresenta de forma muito rarefeita em relação aquele documento, em uma posição irresponsável. Não é porque naquela época o país deixou de ser apontado pela poluição que pode justificar esse posicionamento hoje”, disse.
Cláudio Maretti, líder da Iniciativa Amazônia Viva e superintendente de conservação da organização não governamental WWF-Brasil acredita que os governos tentaram implementar as medidas, mas não conseguiram concluir bem as lições, assim como o setor privado. Segundo ele, os “agentes econômicos estão devendo muito nesta mudança por um novo modelo de desenvolvimento”.
Para Maretti, a implementação de uma economia verde é uma das maneiras de compensação desse atraso. O conceito é um dos resultados que se esperam da Rio+20 e ainda levanta polêmica, como temores sobre possíveis ameaças que esse modelo poderia trazer ao comércio internacional.
“O fato é que a economia tem que trabalhar para o desenvolvimento sustentável. As dimensões [econômica, social e ambiental] têm que vir juntas. Temos que produzir alimentos porque a população está crescendo, mas, se produzir, sem considerar a natureza estamos gerando uma dívida que será cobrada no futuro”, avaliou Maretti.
Edição: Rivadavia Severo
Para ONU, ausências de Obama e Merkel não enfraquecem Rio+20
June 11, 2012 21:00 - Pas de commentairePor Vladimir Platonow
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Rio+20, Sha Zukang, disse que as ausências de importantes líderes mundiais – como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron – não vão enfraquecer a conferência.
“Eu não acho [que as ausências enfraquecerão o documento final da Rio+20], pois os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha vão estar muito bem representados, em alto nível”, disse Zukang, após reunião na tarde de hoje (11) com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, na qual trataram dos detalhes de logística do encontro.
Zukang disse entender os motivos das prováveis ausências, como as eleições americanas e a crise econômica europeia, mas considerou que ainda mantinha esperança da presença desses líderes
“São problemas internos deles e uma questão soberana de cada país, dizer quem participará da conferência. Mas nós ficaremos muito felizes se eles mudarem de idéia e decidirem estar aqui”.
Segundo Zukang, já estão inscritos para discursar na conferência 134 chefes de Estado ou de governo, mais do que na Rio92, quando foram 108 discursos, e do que em Johannesburgo, na África do Sul, em 2002, na Rio+10, quando foram 104 participações.
O diplomata assegurou que a Rio+20 será um sucesso. “Estamos otimistas, porque vamos, definitivamente, sob a presidência do Brasil, chegar a um bom resultado”.
Edição: Rivadavia Severo