Rio+20 é o maior evento já realizado pela ONU, diz porta-voz
21 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Thais Leitão e Flávia Villela
Com um público quase três vezes maior do que a Rio92, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, já é o maior evento da história da organização multilateral. Durante os dez dias do encontro, que termina hoje (22) no Riocentro, zona oeste da capital fluminense, cerca de 45,4 mil pessoas foram credenciadas, segundo informou a porta-voz da conferência, Pragati Pascale.
Ela destacou que, desse total, quase 11 mil foram emitidos para delegações de diversos países, aproximadamente 10 mil para organizações não governamentais e representantes da sociedade civil, mais de 4 mil para profissionais da imprensa e 4,3 mil para contingente de segurança.
Ainda segundo Pragati Pascale, mais de 50 milhões de pessoas acessaram o site da conferência. Somente no twitter em inglês, a hashtag Rio+20 apareceu mais de 1 bilhão de vezes e a plataforma brasileira sobre o evento teve mais de 1 milhão de acessos.
“Isso indica a mobilização positiva que o evento gerou, que já produziu uma enorme quantidade de ações para o desenvolvimento sustentável”, disse.
A porta-voz da ONU adiantou que, ao longo do evento, foram feitos quase 700 compromissos voluntários “incluindo o assumido por várias entidades de investir US$ 175 bilhões em transporte sustentável e mais de US$ 50 bilhões no Programa Energia para Todos”.
O chefe de comunicação da divisão de desenvolvimento sustentável da ONU, Nikhil Chandavarkar, acrescentou que os números de participação do evento indicam uma maior conscientização popular sobre o desenvolvimento sustentável.
“A maioria dos participantes foi da sociedade civil e essa abertura foi reforçada pelos Diálogos Sustentáveis, que atraíram aproximadamente 2 mil pessoas que não estavam credenciadas e também foram admitidas. Nem Rio92, nem Copenhagen foi desse tamanho”, avaliou.
Os Diálogos Sustentáveis, propostos pelo governo brasileiro, foram encontros, durante a Rio+20, entre representantes de organizações não governamentais (ONGs), movimentos sociais e integrantes da sociedade civil que serviram para definir 30 sugestões ao documento final da conferência. Todas as recomendações foram encaminhadas aos líderes políticos.
Edição: Lílian Beraldo
Governo brasileiro e Pnud anunciam construção do Centro Rio+
21 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDa Redação com informações de Lauro Mesquita
O governo brasileiro e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) anunciaram hoje (22) a construção de um centro internacional de desenvolvimento sustentável como legado da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que termina hoje (22). O local será chamado Centro Rio+.
O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e pela representante do Pnud Helen Clark, durante entrevista coletiva.
O objetivo do centro será coordenar ações que já ocorrem no plano internacional e dar continuidade aos debates da Rio+20. Para Helen, “a jornada pelo desenvolvimento sustentável continua e é necessário um lugar para reunir o conhecimento”.
De acordo com a ministra brasileira, o centro nasce com fundo de doações de US$ 3 a 5 milhões e a ideia é captar mais verbas.
O centro ficará localizado no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ).
A ideia, ainda segundo Izabella Teixeira, é unir as ações de sustentabilidade e manter os diálogos entre governo e sociedade para dar prosseguimento ao processo da Rio+20.
Na opinião do professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Coppe, a criação do Centro Rio+ foi uma das principais conquistas do evento. O especialista considera que, em geral, os resultados da conferência foram aquém do esperado.
Confira a entrevista do professor Luiz Pinguelli Rosa após coletiva de anúncio do Centro Rio+:
Organizações sociais saem frustradas de encontro com Ban Ki-moon
21 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Flávia Villela e Thais Leitão
A sensação era de frustração entre os integrantes de movimentos sociais na saída do encontro, com acesso restrito à imprensa, que reuniu representantes da Cúpula dos Povos e o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, nesta manhã (22), no Riocentro, zona oeste da capital fluminense.
Os cerca de 20 ativistas entregaram a Ban Ki-moon um documento preliminar com demandas das organizações da sociedade civil no evento paralelo à Conferência das Nações Unidas, Rio+20.
Para o Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace Internacional, o representante da ONU não deu nenhuma garantia de que os governos vão realmente implementar as decisões acordadas na conferência.
“A resposta dele [Ban Ki-Moon] não foi muito reconfortante. O problema maior é o fato de que não há especificações, prazos, dinheiro na mesa para fazer as coisas acontecerem. E a sociedade civil seria idiota ou qualquer um se acreditasse que agora vão fazer o que a sociedade pede”, comentou Naidoo.
A ativista Cindy Wiesner, do movimento da Aliança Grassroots Global Justice, criticou a falta de posicionamento do secretário-geral da ONU em várias questões levantadas pelo grupo. “Quando perguntamos sobre a posição dele a respeito dos direitos reprodutivos das mulheres, ele desconversou e falou da igualdade de gênero por meio do voto. Não respondeu”, lamentou a ativista norte-americana.
Segundo os ativistas, Ban Ki-moon disse que essa foi uma das reuniões mais importantes do evento e reconheceu a importância do papel exercido pela Cúpula dos Povos. “Basicamente, falamos que não queremos que as discussões da Rio+20 sejam dominadas pelas corporações, soberania alimentar, que a natureza não tem preço e não está à venda e do direito à terra dos povos indígenas”, contou Cindy. “Mas foi frustrante, as respostas foram muito genéricas, assim como o documento final que deve sair daqui”.
Nem todos os representantes da sociedade civil acharam que o encontro foi em vão. De acordo com Graziela Rodrigues, da Articulação de Mulheres Brasileiras do Comitê Organizador da Cúpula dos Povos, a reunião representou um avanço em termos de diálogo com as Nações Unidas.
“O fato de termos nos encontrado e entregado o documento da Cúpula dos Povos é importante, sobretudo, é importante que eles tenham visto pela televisão e pelas notícias uma enorme manifestação, uma cúpula extremamente diversa, plural e cheia de propostas, e que os movimentos estão mais mobilizados e isso é a garantia de que mudanças vão acontecer.”
Graziela defendeu, entretanto, que os movimentos devem manter suas reivindicações para que os encontros oficiais sobre desenvolvimento sustentável saiam da retórica.
Na opinião do representante da organização Religiões por Direitos e da Rede Internacional Act Aliança, Rafael Soares de Oliveira, as demandas das organizações sociais não têm nada de utópicas e são todas possíveis de serem alcançadas se houver vontade política. “Os governos veem essas ideias como utópicas, mas são na verdade muito concretas e já estamos levando-as adiante, de proteção e manutenção da natureza e precisamos ser escutados”
Rio+40
21 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Agência Jovem de Notícias
Eco92. Vinte anos depois, Rio+20. Como estaremos em uma possível Rio+40?
Fórum Mundial de Mídia Livre: Comunicação e sustentabilidade
21 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Agência Jovem de Notícias
Comunicação e sustentabilidade.