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Cúpula dos Povos

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11 de Junho de 2012, 21:00 , por Vicente Aguiar - | No one following this article yet.
Cobertura da Empresa Brasil de Comunicação da Rio+20

Cúpula dos Povos conclui texto final e entrega a Ban Ki-moon

22 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A Cúpula dos Povos, maior encontro da sociedade civil que aconteceu no Rio de Janeiro em paralelo à conferência da ONU, apresentou na última sexta-feira (22) seu documento final. Texto repleto de críticas às negociações de líderes políticos foi entregue ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.



Documento “O futuro que queremos” é conclusão da Rio+20

22 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Depois de mais de dez dias de debates, a Rio+20 foi encerrada com a conclusão do documento “O futuro que queremos”, que traça metas para o desenvolvimento sustentável. O texto conduzido pelo Brasil é um consenso entre quase 200 países. Confira a reportagem do Repórter Brasil.



Jornalistas que cobriram Rio+20 aplaudem fim dos trabalhos

22 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Flávia Villela e Thais Leitão
Repórteres da Agência Brasil

Centenas de jornalistas reunidos na central de mídia montada no Riocentro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, comemoraram com aplausos o encerramento do evento, na noite de hoje (22).

Poucas horas antes, a imagem de um delegado que dormia enquanto eram lidas as considerações finais sobre o documento aprovado pelos países-membros foi a atração dos profissionais que cobriam os últimos discursos da cúpula de chefes de Estado e Governo. Flagrado pelas câmeras oficiais do evento, ele ofuscou a fala do orador da Suíça na plenária. Minutos depois, ele acordou e foi aplaudido por jornalistas, que aproveitaram para fotografar e filmar a cena inusitada.

Mais cedo, outro evento também disputou a atenção de repórteres no centro de mídia: o jogo em que a Alemanha derrotou a Grécia por 4 a 2, pelas quartas de final da Eurocopa. Assistindo à partida pelas telas de computadores, eles comemoraram os gols com gritos abafados e abraços.

Segundo dados divulgados hoje pelos organizadores da Rio+20, mais de 45 mil pessoas participaram do encontro no Riocentro, entre elas 4 mil profissionais da imprensa.

Jan Stejskal, único jornalista da República Tcheca, disse estar exausto com a cobertura intensa. Pela primeira vez na América do Sul, ele lamentou não ter tido oportunidade de conhecer a cidade. “Cheguei há três dias, mas só vi o Rio pela janela. Como vou embora só na segunda, amanhã vou dormir e depois quero aproveitar para visitar o Pão de Açúcar. Vamos torcer para o tempo ficar bom”, disse ele, que está hospedado em um albergue em Ipanema, zona sul carioca, por ter achado elevado os preços dos hotéis.

Hospedados em um motel em Madureira, zona norte, jornalistas japoneses também reclamaram do sistema hoteleiro da cidade. A paulista Ana Suzuki, coordenadora da equipe da Nipon TV, criticou ainda a organização do evento e a estrutura insuficiente para os jornalistas no Riocentro. “Não encontramos vagas nos hotéis da cidade, por isso fomos parar em um motel longe. Além disso, a internet wifi não funcionava direito e os jornalistas tiveram que disputar os espaços onde havia internet por cabo”, disse, ao fim da conferência.

A dificuldade de acesso ao local do evento foi citada como ponto negativo por Ana Sukuzi. Segundo ela, as equipes foram obrigadas a descarregar os equipamentos em locais distantes do pavilhão de imprensa. “A ONU sempre organizou esses eventos muito bem e tudo isso nos deixa preocupados com o que teremos que enfrentar durante os próximos grandes eventos no Brasil, como a Copa do Mundo”, acrescentou.

Depois de dez dias trabalhando das 8h às 21h, o correspondente da agência de notícias espanhola Efe Santiago Carnere aplaudiu entusiasmado o fim do evento. “Não sei se produzimos bem, mas produzimos muito. Amanhã, vou dormir o dia inteiro”, comentou o madrilenho, que avaliou como positiva a organização do evento e reclamou apenas do ar-condicionado que, segundo ele, estava muito forte e lhe rendeu uma gripe.

Edição: Lana Cristina



Participantes da Cúpula dos Povos partem levando experiências na bagagem

22 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaFabio Rodrigues Pozzebom/ABr

por Vladimir Platonow

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Depois de passarem uma semana discutindo e debatendo temas ligados à sustentabilidade, brasileiros e estrangeiros deixam a Cúpula dos Povos

Os milhares de brasileiros e estrangeiros que vieram para a Cúpula dos Povos começaram a voltar para suas casas hoje (22), depois de passar uma semana discutindo e debatendo temas ligados à sustentabilidade. Para o agricultor da Giné-Bissau Alanso Faty, presidente da Plataforma Nacional Camponesa e representante de uma rede de organizações agrícolas de 13 países do Oeste africano, a experiência foi inigualável.

“Valeu a pena ter vindo à Cúpula dos Povos. Esse encontro vai dar frutos positivos para o Rio, o Brasil e o mundo. A mensagem da África para a cúpula foi a necessidade de haver compreensão, unidade e igualdade. O ser humano tem direito à água, a comer e à escola”, disse Faty, que integra a Via Campesina.

No Sambódromo, que durante sete dias foi residência para cerca de 8 mil pessoas, os participantes da cúpula terminavam de arrumar a bagagem para embarcar nos ônibus de volta para casa. O reciclador Edson de Jesus se preparava para enfrentar 28 horas de viagem para Salvador. Apesar do cansaço e das acomodações precárias, ele disse que estava satisfeito.

“Foi muito boa a integração. Interagi com povos e costumes diferentes. Apresentamos nossa experiência de economia solidária e tivemos uma participação ativa. A economia solidária significa um ajudando o outro, com ajuda humanitária e troca de serviços”, explicou Edson, que vive com uma renda de R$ 400 a R$ 450 por mês catando materiais recicláveis.

A estudante de Ciências Sociais Maria de Lourdes Fernandes Silva, ligada ao Movimento Camponês Popular (MCP), aprovou a oportunidade de ter debatido com diversos movimentos sociais, o que permitiu ver que tinham mais semelhanças do que diferenças. “Só quem esteve aqui vivenciando esses dias todos sabe o que significou. A união de todos os movimentos sociais foi muito interessante. O Brasil só vai resolver nossos problemas com a participação de todos. Não são só os poderosos que vão encaminhar nossas vidas. Todos devemos lutar por um futuro comum”, disse Maria de Lourdes, que veio de Catalão, Goiás.

A universitária de jornalismo Marina Muniz Mendes, também do MCP, disse que voltava para Goiânia com uma bagagem de experiências maior do que quando chegou ao Rio. “Tivemos dificuldades com alojamentos, banheiros e deslocamento. Mas se estamos aqui junto com 8 mil pessoas é porque estão todos acreditando em alguma coisa. Participar disso, apesar do cansaço e de todos os problemas, é muito importante, porque nos dá mais força para continuar nossa luta. A gente sabe que não está sozinho, que tem outras pessoas participando e querendo mudar as coisas”, disse Marina.

 

Edição: Lana Cristina



Dilma Rousseff: “Rio+20 terá efeito transformador nas gerações atuais e futuras”

22 de Junho de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários aindaFoto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr

Dilma Rousseff encerra Rio+20 e destaca trabalho conjunto para chegar ao documento final

Ao encerrar a reunião de cúpula da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou o trabalho coletivo das delegações na construção do documento O Futuro Que Queremos. Segundo ela, os compromissos acordados entre líderes de mais de 193 nações é um marco no conjunto de resultados das conferências da Organização das Nações Unidas (ONU).

Dilma afirmou que, aos resultados concretos da Rio+20, soma-se um “legado intangível”, que é a mobilização de uma nova geração no Brasil e no mundo, em torno dos desafios da sustentabilidade. “Assim como em 92, [a conferência] terá efeito transformador nas gerações atuais e futuras.”

A presidenta ainda cobrou que dos países empenho, agora, em colocar os compromissos assumidos em prática e avançar em relação às metas definidas na conferência. “Cada país pode e deve avançar em relação aos compromissos e ir além do documento. Porém, nenhum país tem direito de ficar aquém do documento”, disse. Dilma ainda acrescentou: “Iniciamos uma caminhada que deve ser orientada por ambição”.

Ao destacar os principais avanços acordados durante a conferência, Dilma agradeceu os esforços e o equilíbrio respeitosos entre os países para encontrar consensos e elogiou a disposição que os países mais pobres apresentaram durante os trabalhos. “Aplaudo em especial os países em desenvolvimento que assumiram compromissos concretos com o desenvolvimento sustentável, mesmo na ausência da necessária contrapartida prometida pelos países desenvolvidos”.

Segundo Dilma, o Brasil continuará fazendo sua parte na direção da agenda global de sustentabilidade. “Colocaremos US$ 6 milhões no Pnuma [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente] e US$ 10 milhões no enfrentamento das mudanças do clima nos países mais vulneráveis da África e pequenas ilhas”.

A presidenta voltou a explicar que o documento da Rio+20 é um ponto de partida e não de chegada, como é considerada a convenção que ocorreu há duas décadas. E ressaltou que a Rio+20 não retrocedeu em relação aos compromissos assumidos nas conferências anteriores. Dilma ainda acrescentou que a Rio+20 provou que o multilateralismo é uma insubstituível expressão global da democracia. “É a via legitíma para a construção de soluções para problemas que afetam toda a sociedade. Cabe a nós dar efeito e concretude a tudo o que decidimos aqui. É hora de agir”.

O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, disse que o documento O Futuro Que Queremos fornece instrumentos necessários para que a conferência produza um legado duradouro. Zukang ressaltou que todos os líderes presentes devem ter orgulho do resultado “extraordinário” alcançado nos últimos dias, mas alertou que as nações precisam ser responsáveis na implementação desses compromissos.

“Vocês assinaram um quadro geral para ações que vão nos levar adiante. É hora de pegar esses compromissos e agir. Desenvolvimento sustentável é a única opção para a humanidade, para o nosso planeta compartilhado, para o nosso futuro”, disse.

O alerta sobre o cumprimento dos compromissos foi reforçado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que definiu a Rio+20 como uma conferência exitosa. “O documento adotado por consenso fornece firmes bases para a construção do bem-estar social, econômico e ambiental. Agora, é nossa responsabilidade desenvolvê-las”, disse.

Ao final da cerimônia, Ban Ki-moon entregou o martelo, símbolo da conferência, como um presente, uma lembrança da Rio+20 à presidenta Dilma, que foi anfitriã e coordenadora do evento.

Edição: Lana Cristina



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