O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) observa um aumento no número de refugiados sírios que chegam ao vale Bekaa, no leste do Líbano. Instituições beneficentes e autoridades locais relataram que cerca de 2.200 pessoas se estabeleceram na região durante a semana passada – quase o dobro da média semanal mais recente.

“O ACNUR está adicionando novas linhas telefônicas para ajudar o crescente número de refugiados que procuram se registar”, disse hoje (31) o Porta-Voz da Agência, Adrian Edwards, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

“A tensa situação de segurança em Trípoli na semana passada fez com que muitos refugiados não pudessem fazer seus registros. O centro agora está aberto e as operações voltaram ao normal”, acrescentou, observando que no norte do Líbano a taxa de chegadas permanece estável em cerca de 400 pessoas a cada semana.

“Em todo o Líbano, a superlotação dos abrigos continua a ser uma das nossas maiores preocupações e muitos refugiados ainda estão em escolas que devem abrir em uma semana ou duas para o novo semestre”, disse Edwards.

“Nós continuamos a procurar abrigo alternativo para os refugiados que estão em escolas, e temos uma linha direta para os refugiados que estão sob pressão para desocupar. Até o momento, recebemos 20 relatórios de refugiados sendo pressionados a sair “, disse Edwards. “Estamos monitorando esses casos e pedindo compreensão das autoridades escolares locais para evitar sírios sendo despejados.”

Ele acrescentou: “Na semana passada, apresentamos às autoridades uma lista de 11 prédios abandonados que propomos reformar para abrigar refugiados. Até agora, já recebemos permissão de usar três deles e estamos à espera de mais aprovações para as reformas. Esperamos que o governo possa acelerar as aprovações remanescentes”. Além disso, a agência também busca oferecer bolsas para subsidiar abrigos aos mais vulneráveis.

Conselho de Segurança prolonga mandato da Força de Paz no sul do Líbano

Enquanto isso, o Conselho de Segurança ampliou hoje o mandato das forças de paz das Nações Unidas na fronteira com Israel no sul do Líbano, até 31 de agosto de 2013, e pediu a todas as partes que cumpram as suas obrigações de respeitar a segurança dos funcionários da organização mundial.

Em uma resolução aprovada por unanimidade, o corpo de 15 membros condenou “nos termos mais fortes” todos os ataques terroristas contra a Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL), e reiterou o seu apelo para a rápida conclusão da investigação por parte do Governo sobre os três ataques contra a missão ocorridos em 2011.

Além disso, o Conselho instou Israel a agilizar a retirada do seu exército da parte norte da aldeia de Ghajar, sem mais delongas, em coordenação com a UNIFIL.

Fundada em 1978, a UNIFIL é encarregada de assegurar que a área entre a chamada Linha Azul – que separa Israel e Líbano – e o rio Litani seja livre de armas, pessoal e bens não autorizados. Além de cooperar com as Forças Armadas libanesas para que elas possam cumprir suas responsabilidades de segurança.

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