Secretário-geral da ONU, António Guterres, no Conselho de Segurança. Foto: ONU/Loey Felipe
Em resposta à saída dos Estados Unidos na terça-feira (19) do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que preferiria que o país permanecesse no órgão.
Em comunicado emitido pelo porta-voz Stéphane Dujarric, o chefe da ONU disse que o órgão com sede em Genebra era parte da “arquitetura” de direitos humanos das Nações Unidas, que tem papel importante na promoção e proteção dos direitos humanos no mundo todo.
O Conselho de Direitos Humanos é um órgão inter-governamental de 47 membros, que além de promover e proteger os direitos humanos, também combate violações de direitos e faz recomendações aos países.
Trata-se de um fórum para discutir todas as temáticas de direitos humanos e situações que requerem atenção, ao longo do ano. Os membros são eleitos pela Assembleia Geral da ONU.
“O secretário-geral (da ONU) preferiria que os Estados Unidos permanecessem no Conselho de Direitos Humanos”, disse o comunicado emitido na terça-feira à noite.
Os EUA anunciaram sua decisão pouco antes, quando, de acordo com relatos da imprensa internacional, a embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, disse ao lado do secretário de Estado, Mike Pompeo, que o Conselho de Direitos Humanos era politicamente “enviesado” contra Israel. Eles também criticaram o que consideravam uma política do órgão de admitir países que violavam os direitos humanos.
Haley, de acordo com a imprensa internacional, disse que a decisão não significava, de nenhuma forma, que os EUA estavam recuando de seus compromissos com os direitos humanos.