Pelo 21º ano consecutivo, a Assembleia Geral aprovou ontem (13) uma resolução que pede o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba.
Por uma votação de 188 votos a favor e três contra (Israel, Palau e Estados Unidos), com duas abstenções (Ilhas Marshall e Estados Federados da Micronésia), a Assembleia reiterou o seu apelo a todos os Estados para que se abstenham de promulgar e aplicar leis e medidas não condizíveis com suas obrigações de reafirmar a liberdade de comércio e navegação.
Durante o debate que precedeu a votação, o Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez Parrilla, afirmou à Assembleia que nos últimos quatro anos de governo do Presidente Barack Obama nos EUA, Cuba tem assistido a um “aperto persistente” do bloqueio, que está em vigor há mais de meio século.
“Não há nenhuma razão legítima ou moral para manter o bloqueio”, destacou, acrescentando que o uso do que chamou de “retórica menos estridente e ameaçadora” e certas medidas parciais para relaxar as restrições de viagem aos residentes de origem cubana, e outros para fins acadêmicos, científicos ou culturais, não conseguiram esconder o aumento do bloqueio ao longo dos últimos quatro anos.
“O bloqueio é uma das principais causas dos problemas econômicos do nosso país e um grande obstáculo para seu desenvolvimento econômico e social”, salientou o Ministro cubano.
O representante dos EUA, Ronald Godard, rebateu as críticas afirmando que Cuba busca “um bode expiatório externo” para seus problemas econômicos, que, segundo ele, foram causados pelas políticas internas do país durante o último meio século.
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