“As Nações Unidas já percorreram um longo caminho na adaptação da mediação para os desafios contemporâneos. Embora o progresso tenha sido feito, há potencial para se fazer muito mais”. Essa foi uma das declarações do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, em um relatório para a Assembleia Geral sobre a atuação das Nações Unidas nos processos de pacificação.
Segundo o Secretário-Geral, a ONU é atualmente muito mais bem preparada no auxílio para a resolução de conflitos de uma forma pacífica. Ban ressaltou que as Nações Unidas trabalham com organizações regionais e sub-regionais, além dos governos que têm um interesse fundamental na resolução de conflitos. A entidade consegue prevenir confrontos de uma maneira flexível e barata.
No relatório, Ban destaca a necessidade de uma melhor ligação entre as capacidades nacionais e locais com os esforços de mediação internacionais, além da maior participação das mulheres nos processos de paz. O documento inclui uma orientação da ONU para mediação, a ser lançada no dia 27 de setembro, e que apresenta oito fundamentos ligados à pacificação: preparação; consentimento; imparcialidade; inclusão; apropriação nacional; direito internacional; quadros normativos; e o desenvolvimento de acordos de paz de qualidade.
Ban disse que só existe mediação onde houver um compromisso com o diálogo. ”Infelizmente, algumas das tragédias nos mostram mais uma vez o terrível preço que se paga pela ausência da unidade internacional ou de vontade política das partes”, disse o chefe da ONU. “E enquanto nem todos os conflitos podem ser passíveis de mediação, devemos permanecer engajados e constantemente procurar oportunidades para o diálogo”, completou.
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