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Chefe da ONU lembra vítimas de atentado que matou Sergio Vieira de Mello

17 de Agosto de 2018, 16:56 , por ONU Brasil - | No one following this article yet.
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Guterres fala durante cerimônia para lembrar o aniversário de 15 anos do ataque terrorista contra a sede da ONU em Bagdá. Foto: ONU/Eskinder Debebe

Guterres fala durante cerimônia para lembrar o aniversário de 15 anos do ataque terrorista contra a sede da ONU em Bagdá. Foto: ONU/Eskinder Debebe

Lembrando os 22 colegas mortos no ataque terrorista contra a sede da ONU em Bagdá 15 anos atrás, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu nesta sexta-feira (17) que os funcionários da Organização prestassem homenagem àqueles que morreram dando andamento à missão e continuando a trabalhar em “lugares perigosos com o objetivo de torná-los mais seguros”.

Em uma cerimônia na sede da ONU em Nova Iorque por ocasião do Dia Mundial Humanitário, Guterres lembrou os compromissos da Organização — incorporados por aqueles que morreram em 19 de agosto de 2003 — de se posicionar ao lado daqueles que sofrem e entregar a ajuda da qual precisam.

Depois de observar um minuto de silêncio, ele disse que os funcionários assassinados fizeram o “último sacrifício pelos valores da Carta das Nações Unidas e pela população do Iraque”.

A cerimônia ocorreu em frente ao memorial construído para lembrar o ataque, onde foram colocadas a bandeira da ONU que estava na sede da Organização no país e o nome das vítimas.

“Eu era pessoalmente próximo de alguns dos colegas (que morreram), incluindo seu chefe, o incomparável Sergio Vieira de Mello”, disse Guterres. “Tive a oportunidade de ficar em estreito contato com ele durante seu trabalho no Timor Leste, onde teve papel essencial em garantir a liberdade da população do país e uma transição suave para a soberania”.

Dirigindo-se à plateia, que incluía familiares e colegas dos mortos, Guterres declarou que o ataque foi “enorme perda pessoal para muitos de nós”. “E uma perda ainda maior para as famílias daqueles que foram assassinados”.

O ataque, o primeiro a ter a ONU como alvo proposital, “foi traumatizante para toda a Organização, e aprendemos algumas lições muito difíceis”, disse Guterres, explicando que “os mecanismos existentes para a proteção dos sobreviventes e das famílias das vítimas eram inadequados, e levou muitos anos para melhorá-los”.

O chefe da ONU disse lamentar que “antes e desde aquele dia, os funcionários da ONU tornaram-se alvo daqueles que querem nos enfraquecer e fazer com que tenhamos medo de exercer nosso ofício”. Citando os ataques contra a ONU em Argel, Cabul, Mogadíscio, Abuja e outras localidades, ele disse que “terroristas tentaram nos silenciar e nos banir”.

Apesar de ter afirmado que o trabalho da ONU “nunca está livre de riscos”, o secretário-geral enfatizou que está “comprometido em melhorar a segurança de todos os funcionários das Nações Unidas”.

“A bandeira azul das Nações Unidas tremula alto porque mulheres e homens corajosos levam-na aos lugares mais longínquos do mundo”, disse, lembrando que “o legado dos trabalhadores humanitários, dos capacetes-azuis, dos militares e civis que deram suas vidas é duradouro e sempre estará presente nos nossos corações”.


Fonte: https://nacoesunidas.org/chefe-da-onu-lembra-vitimas-de-atentado-que-matou-sergio-vieira-de-mello/

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