As cooperativas agrícolas fornecem aos produtores de alimentos em pequena escala o que pode ser a sua melhor chance de competir nos mercados globais, afirmou o chefe da agência das Nações Unidas para a alimentação, acrescentando que as unidades cooperativas foram particularmente importantes para os agricultores do mundo em desenvolvimento.
Falando em uma reunião nesta sexta-feira (2) no Congresso Mundial de Cooperativas em Manchester, Inglaterra, o Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva, disse aos delegados reunidos que as cooperativas podem ajudar os agricultores e pescadores de pequeno e médio porte a agregar valor à sua produção e ganhar acesso a mercados mais amplos.
“As cooperativas seguem valores e princípios que são fundamentais para fazer negócios de uma forma equitativa, que visa capacitar e beneficiar seus membros e a comunidade em que estão inseridos”, disse Graziano da Silva.
“Isto é especialmente relevante nas comunidades rurais pobres, onde unir forças é fundamental para a promoção do desenvolvimento local sustentável”, acrescentou.
Graziano da Silva afirmou que, em um mundo que produz alimentos suficientes para todos – e apesar dos ganhos na luta contra a fome –, é “inaceitável” que cerca de 870 milhões de pessoas continuem a sofrer de desnutrição crônica. Ele afirmou ainda que uma maior ‘cooperativização’ ajudaria a reduzir a fome e a pobreza em comunidades rurais pobres.
“Esteja você no Reino Unido, Brasil, Quênia, Tailândia ou Nepal, as cooperativas contribuem para a geração de emprego, impulsionam as economias nacionais e reduzem a pobreza”, observou. “Esta, por sua vez, ajuda a ampliar a segurança alimentar.”
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