O Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima que 4,6 milhões de malineses estavam sob risco de insegurança alimentar até 31 de outubro, de acordo com relatório divulgado esta semana sobre a situação da nação africana. Para garantir o atendimento de emergência ainda são necessários 108 milhões de dólares.
O conflito provocou uma ruptura no país. O norte está sob domínio de diferentes grupos armados, enquanto o sul é controlado pelo Governo. A violência dificulta o trabalho de agentes humanitários na região norte, assim como o acesso dessa população a alimentos. No sul, a desnutrição é agravada pela seca.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) alcançou 1 milhão de pessoas em suas operações de emergência em todo o país.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) distribuiu 41.618 caixas de alimentos terapêuticos prontos para consumo e apoiou o treinamento de agentes de saúde para que prestem atendimento a crianças com desnutrição aguda.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) distribuiu 2 mil cabras, 604 toneladas de ração e 3 mil kits veterinários para 3 mil famílias vulneráveis de Diéma e Nioro.
Quase 2 milhões de pessoas vivem em áreas com acesso reduzido a serviços de saneamento básico. Cerca de 1,5 milhão de malineses correm risco de contaminação por cólera. Agências da ONU e seus parceiros distribuem centenas de kits de higiene em diversas áreas do país, beneficiando milhares de pessoas.
O UNICEF vacinou 307 mil crianças abaixo de 5 anos nas áreas de conflito armado e enviou 20 kits de malária para o norte do país, suficientes para o tratamento de 60 mil pessoas.
O Mali também enfrenta um grande desafio na área de educação, com milhares de crianças sem acesso a escolas no norte do país e mais de 130 unidades educacionais danificadas no sul por causa das enchentes de setembro e outubro.
A violência e a crise humanitária já provocaram o deslocamento interno de aproximadamente 204 mil malineses. Outros quase 210 mil vivem em condições precárias como refugiados em países vizinhos.
A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS) deve apresentar ao Conselho de Segurança da ONU, até 26 de novembro, um plano de recuperação para a nação africana. Há possibilidade de intervenção militar.
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