Gehe zum Inhalt

Cúpula dos Povos

Zurück zu Notícias da ONU
Full screen Einen Artikel vorschlagen

Evento em Boa Vista discute formas de garantir direitos de migrantes venezuelanos em Roraima

July 6, 2018 11:18 , von ONU Brasil - | No one following this article yet.
Viewed 11 times
Mais de 1 milhão de venezuelanos deixaram o país para fugir da violência política, das altas taxas de criminalidade e da falta de produtos básicos. Muitos, como a família da imagem, buscaram abrigo na Praça Simon Bolívar, em Boa Vista, Roraima. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

Mais de 1 milhão de venezuelanos deixaram o país para fugir da violência política, das altas taxas de criminalidade e da falta de produtos básicos. Muitos, como a família da imagem, buscaram abrigo na Praça Simon Bolívar, em Boa Vista, Roraima. Foto: ACNUR/Reynesson Damasceno

São muitas as vulnerabilidades que expõem as mulheres e a população LGBTI em contexto de migração. Tráfico humano, exploração sexual e violência são ameaças constantes aos direitos humanos de pessoas migrantes, refugiados e refugiadas.

O desafio de reduzir essas fragilidades em Roraima levou representantes de agências das Nações Unidas, da sociedade civil, do Sistema Judiciário e dos governos estadual e municipal ao auditório da Universidade Federal de Roraima na quinta-feira (5).

Cerca de 150 pessoas participaram do seminário “Migração, Refúgio e Violência de Gênero: promovendo o direito de todas e todos”, realizado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em parceria com a ONU Mulheres. O seminário contou com a participação de migrantes de seis abrigos de Boa Vista.

Mesas de debates compostas por especialistas que estudam e acompanham o movimento migratório discutiram e apresentaram dados importantes para impulsionar a proteção aos refugiados.

Durante o seminário, o representante no Brasil do UNFPA, Jaime Nadal, reforçou a importância de fortalecer políticas públicas para reduzir as violações aos direitos humanos de migrantes.

“Aumentar as respostas e a proteção a migrantes significa reforçar a capacidade humanitária de Boa Vista. São direitos que precisam ser garantidos a todos e todas. Mas, dentro desse grupo, ainda existem pessoas que precisam de maior atenção: idosos, mulheres, crianças e pessoas com deficiência”, destacou.

Um momento de emoção no seminário levou participantes a ficar de pé e a aplaudir a história da venezuelana Nilsa Hernandes. A migrante é coordenadora do projeto Valientes Por La Vida, que auxilia soropositivos.

“É preciso ser valente para decidir viver em outro país, enfrentar a violência e, nos casos dos soropositivos, até discriminação. Mas este seminário mostra que ainda podemos combater e melhorar esse acolhimento”, afirmou a coordenadora do projeto.

A representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasmam, também esteve em Boa Vista para participar do seminário.

“Quanto mais consolidada for a rede de proteção à mulher de um local, mais preparado ele estará para lidar com crises migratórias. As mulheres são fundamentais no processo de estabilidade e reconstrução de uma sociedade e elas precisam ter apoio para assumir esse papel”, afirmou.

A programação do seminário encerrou-se ao som das harpas do músico venezuelano Oswaldo Ponce.

Uma pesquisa realizada por uma parceria entre a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a organização não governamental Iniciativa Reach revelou as principais ocupações das mulheres venezuelanas que estão fora dos abrigos em Boa Vista.

A maioria delas trabalha com serviços de limpeza e atividades domésticas. Em segundo lugar, como vendedoras ambulantes. O levantamento identificou situações de assédio moral e sexual com risco de abuso e atentado violento ao pudor nos ambientes de trabalho domésticos.

Os venezuelanos e venezuelanas que vivem na capital trabalham na média de 10 a 15 dias no mês executando serviços informais. Segundo a pesquisa, as mulheres ganham menos que os homens migrantes e refugiados.

Enquanto o valor da diária para homens fica na média de 20 a 90 reais, a das mulheres fica em torno de 30 reais. Idioma, discriminação, falta de oferta de emprego e ausência de locais de acolhimentos para os filhos durante a jornada de trabalho aparecem como dificuldades encontradas por migrantes e refugiadas para conseguir um emprego e assim sobreviver fora do país de origem.

Seminário contou com presença de representante do UNFPA, da ONU Mulheres e da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Governo Federal. Foto: UNFPA

Seminário contou com presença de representante do UNFPA, da ONU Mulheres e da Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres do Governo Federal. Foto: UNFPA


Quelle: https://nacoesunidas.org/evento-em-boa-vista-discute-formas-de-garantir-direitos-de-migrantes-venezuelanos-roraima/

Rio+20 ao vivo!