De acordo com o Índice de Preços de Alimentos, publicado ontem (8) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura da Organização (FAO), os preços globais de alimentos diminuíram cerca de 1% entre setembro e outubro, apesar das difíceis condições de mercado.
O índice mede a variação mensal dos preços internacionais de 55 produtos alimentares. Açúcar e óleos foram os principais produtos que levaram à queda do índice, enquanto cereais apresentaram um ligeiro aumento em relação ao mês passado. Os preços da carne permaneceram inalterados no mesmo período e os derivados lácteos tiveram um aumento de 3%, em razão dos baixos estoques e de uma demanda crescente. A queda nos custos de transportes também favoreceu a diminuição dos preços finais.
Dados publicados do Relatório de Vigilância do Mercado Global, também publicado ontem pela FAO, revelam que a despesa global na importação de alimentos também deve cair este ano, ficando em 1,14 trilhão de dólares, 10% menor do que em 2011.
Entretanto, o principal motivo para que os preços do alimentos parassem de subir em espiral, como vinha acontecendo desde 2007, foram as políticas integradas, ressaltou o Diretor-Geral da FAO, José Graziano, citando como exemplo a ação do Grupo dos 20 do Sistema Agrícola de Informação do Mercado, que busca aumentar a transparência do mercado de alimentos, concentrando-se principalmente em quatro alimentos — trigo, arroz, milho e soja.
“Secas ou inundações não são o que causa a crise, é a falta de governança”, esclareceu Graziano. “Em um mundo globalizado, não podemos ter segurança alimentar em apenas um país ou em uma região. Precisamos fortalecer a governança global da segurança alimentar.”
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