Após a retomada das hostilidades pelo grupo rebelde M23 na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo (RDC), o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que o grupo cesse imediatamente os ataques, enquanto Forças de Paz da ONU no país apoiam o exército nacional para deter o avanço do M23.
O M23 – composto de soldados que se sublevaram do exército nacional em abril – retomou seus ataques no sábado (17) pela manhã, atingindo milhares de civis e levando a missão de paz da ONU (MONUSCO) a usar helicópteros, foguetes e canhões para ajudar os esforços do exército nacional.
A situação se deteriorou ainda mais durante a noite e os ataques do M23 continuaram durante todo domingo perto da capital da província, Goma, de acordo com o Departamento de Operações de Manutenção da Paz (DPKO). Os rebeldes estão na área de Munigi, próxima ao aeroporto de Goma.
“O Secretário-Geral condena veementemente a retomada das hostilidades por parte do M23″, afirmou um comunicado divulgado ontem (18) pelo Porta-Voz de Ban. “O Secretário-Geral pede a todos os Estados relevantes para que usem sua influência sobre o M23 para trazer um fim imediato aos ataques”.
Ban Ki-moon sublinhou igualmente que a MONUSCO permanecerá presente em Goma e vai prosseguir todos os esforços para “robustamente implementar o seu mandato na plenitude das suas capacidades” no que diz respeito à proteção de civis.
Capital do Kivu do Norte corre o risco de ser dominada por rebeldes
“A situação em Goma é extremamente tensa”, relatou o Porta-Voz da DPKO, Kieran Dwyer. “Há uma ameaça real de que a cidade possa cair nas mãos do M23 ou ser seriamente desestabilizada como resultado da luta.”
O Conselho de Segurança convocou uma reunião de emergência ontem, na qual também condenou veementemente a retomada dos ataques pelo M23 e qualquer apoio externo ao grupo, exigindo sua cessação imediata.
Há mais de 1,6 milhões de deslocados internos nas províncias de Kivu do Norte e do Sul, como resultado de confrontos entre o exército nacional e os grupos rebeldes na região. Eles fazem parte dos 2,4 milhões de deslocados internos por todo o país.
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