
Vista aérea da capital de Honduras, Tegucigalpa. Foto: ACNUR
Com a participação dos principais partidos de Honduras e a colaboração do Sistema ONU, foi lançado na terça-feira (28) em Tegucigalpa um processo de diálogo com o objetivo de reverter a crise política que afeta o país centro-americano.
Depois das eleições gerais de 26 de novembro de 2017, nas quais o presidente Juan Orlando Hernández foi reeleito, a Aliança de Oposição contra a Ditadura, liderada por Salvador Nasralla, não aceitou os resultados e o país entrou em uma grave crise política.
Em fevereiro, a pedido do governo, a ONU enviou a Tegucigalpa uma missão exploratória que afirmou a necessidade de iniciar um diálogo político.
O encontro representa “um primeiro passo por parte dos principais líderes políticos do país para iniciar um diálogo construtivo em Honduras”, indicou um comunicado emitido pela ONU no país centro-americano.
Durante o evento, os representantes do Partido Liberal, do Partido Nacional, do Partido Salvador de Honduras e agentes governamentais assinaram o documento “Compromisso por Honduras: Reconciliação para Transformar”, que reflete a vontade dos partidos políticos de “respeitar, continuar e se comprometer com a busca e obtenção de resultados”, durante o processo de diálogo.
Nesta semana, serão iniciadas as reuniões de coordenação entre os grupos de trabalho das formações políticas e a equipe que coordena o diálogo político, com o objetivo de detalhar o funcionamento das quatro mesas de trabalho que fazem parte do processo.
A primeira mesa será focada no processo eleitoral de 2017 e na reeleição presidencial, enquanto as três restantes abordarão os direitos humanos, as reformas constitucionais e eleitorais e o fortalecimento do Estado de Direito.
A expectativa é de que as quatro mesas comecem suas atividades na próxima sexta-feira e obtenham resultados concretos nos próximos dois meses.
O Sistema das Nações Unidas no país manifestou sua vontade de continuar acompanhando o processo de diálogo político em Honduras.