O Diretor de Operações do Escritório das Nações Unidas de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), John Ging, solicitou ontem (5) uma resposta maior para enfrentar os grandes problemas humanitários na República Democrática do Congo (RDC), onde mais de dois milhões de pessoas foram deslocadas pelos combates.
“O fato é que agora há 2,4 milhões de IDP [pessoas deslocadas internamente] na RDC, incluindo mais de 1,6 milhões nos Kivus [ zona conflituosa], e isso é uma ilustração muito sombria da situação humanitária de extrema gravidade que o país enfrenta”, disse Ging. A nação africana ainda enfrenta outros desafios: 4,5 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar, um milhão de crianças com menos de cinco anos sofrem de desnutrição e 27 mil casos de cólera foram registrados em 2012. O funcionário ressaltou que a ONU e seus parceiros solicitaram 791 milhões de dólares para ajuda humanitária no país este ano, mas só receberam 429 milhões.
A região de Kivus presenciou desde o início de 2012 o acirramento dos conflitos entre as tropas do governo – com o apoio das forças de paz da Missão de Estabilização da ONU na RDC (MONUSCO) – contra o Movimento 23 de Março (M23), composto de ex-soldados do exército nacional que se amotinaram em abril passado.
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