
Campo de algodão. Foto: Arquivo/Agência Brasil
Até o final do ano, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) oferece um curso online e gratuito sobre as cadeias de valor do algodão na América Latina e no Caribe. Promovida em parceria com o governo do Brasil, a formação traz um panorama mundial e regional da produção, além de abordar políticas públicas para o setor, novas tecnologias, pesquisa e assistência técnica.
Atualmente, 35 milhões de hectares são usados no cultivo de algodão em 60 países. Isso faz da planta uma das culturas não alimentares mais importantes do mundo. A matéria-prima representa 30% de todas as fibras utilizadas na indústria têxtil mundial. Nos países latino-americanos e caribenhos, 80% das propriedades que produzem algodão pertencem a agricultores familiares.
A capacitação da FAO discutirá experiências concretas na região, desenvolvidas pelo projeto +Algodón, da agência da ONU, na Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Haiti Paraguai e Peru. A iniciativa tem o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores.
Esta é a segunda vez em que o organismo das Nações Unidas realiza o curso, que foi atualizado com conteúdos audiovisuais em todas as suas unidades. A primeira edição do treinamento teve cerca de 1,2 mil inscritos de 29 países da América Latina e Caribe. As atividades são propostas em modelo de autoaprendizado — cada aluno progride pelos materiais em seu próprio ritmo, de maneira individual. Para completar a formação, é estimada uma dedicação de cerca de 60 horas.
Segundo a coordenador do +Algodón, Adriana Gregolin, as aulas ensinam a “melhorar a sustentabilidade do setor algodoeiro em termos produtivos, econômicos, sociais e ambientais”.
De acordo com a FAO, a área cultivada de algodão encolheu nos últimos dez anos na América Latina e Caribe, mas a planta continua sendo uma importante fonte de renda — às vezes, a única — em muitos territórios. A agência da ONU acredita que o fortalecimento da cadeia de valor do algodão pode contribuir para diminuir a fome e a pobreza, impulsionando o desenvolvimento local.
Para fazer o curso, clique aqui.